Alergias Alimentares

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Alergia Alimentar
Dra Vanessa Macedo
Gastroenterologista Pediátrica
HRAS/HMIB – 2013
www.paulomargotto.com.br
Brasília, 7 de agosto de 2013
Reações Adversas a Alimentos
Sintomas Semelhantes
Qual a diferença entre
Alergia Alimentar
e
Intolerância Alimentar ?
Intolerâncias Alimentares
Resposta Exagerada do organismo
causada pelo consumo de alguns
alimentos.
SISTEMA IMUNE
Intolerâncias Alimentares
Intolerância a Lactose
•
•
•
•
•
Deficiência da Enzima Lactase no Intestino
Enzima diminui após os 5 anos de idade
70% da população mundial - raças
Variação de indivíduo para indivíduo
Diferenças entre quantidades ingeridas e
sintomas
Intolerância a Lactose
Intolerância a Lactose
Deficiência Congênita
• Rara
• Diarréia grave após o nascimento
Deficiência Secundária
• Infecções Intestinais
• Giardia, parasitoses
Intolerância a Lactose
Deficiência Ontogenética
• Diminui a produção da enzima
ao longo da vida
Intolerância a Lactose
Diagnóstico
•Sintomas
•Dieta  diminuição
•Teste de Absorção da Lactose
Intolerância a Lactose
Tratamento
•Dieta
•Fontes Alternativas
•Leites com baixo teor de
Lactose
•Enzimas comerciais
Em SME - adianta tirar a
lactose da dieta materna?
Qual a indicação de leite
sem lactose para bebês?
Alergias Alimentares
• Reação adversa à proteína alimentar, mediada
por mecanismos imunológicos.
REAÇÃO ADVERSA AO ALIMENTO
INTOLERÂNCIA
ALIMENTAR
ALERGIA ALIMENTAR
Características
do alimento
Características
do hospedeiro
IgE
mediada
Componentes
farmacológicos
Desordens
metabólicas
Anafilaxia
Urticária
Contaminantes
tóxicos
Psicológicas
Angioedema
Síndrome da
Alergia Oral
Rinite Aguda
Asma
Mista
Dermatite
Atópica
Esofagite
Eosinofílica
Enterite
Eosinofílica
Não IgE
mediada
Dermatite de
Contato
Dermatite
Herpetiforme
Proctocolites
Doença Celíaca
Síndrome de
Heiner
Alergias Alimentares
Autodiagnóstico X Real
Alergias Alimentares
Alergias Alimentares
Fatores de Risco
Alergias Alimentares
• Fatores Genéticos:
 20 a 40% - um dos pais
 25 a 35% - irmãos
 40 a 60% - ambos os pais
Alergias Alimentares
Sistema Imunológico
Alergias Alimentares
Proteção do Trato Gastrointestinal
Alergias Alimentares
Agressores
Defesa
Tolerância X Doença
Fatores Agressores
• As características bioquímicas e moleculares
das proteínas alimentares influenciam na sua
absorção e estabilidade
POTENCIAL ALERGÊNICO
FACILMENTE
DEGRADADAS PELO
CALOR E DIGESTÃO
PROTEÍNAS ESTÁVEIS
REAÇÕES ALÉRGICAS
Fatores Agressores
20 PROTEÍNAS COM CAPACIDADE
ANTIGÊNICA
BETALACTOGLOBULINA
CASEÍNA
ALFALACTOALBUMINA
SOROALBUMINA
Fatores Agressores
Epítopos
REGIÕES DOS IMUNÓGENOS QUE SÃO
RECONHECIDOS PELO SISTEMA IMUNE E SE
LIGAM AO RECEPTOR DA CÉLULA T E/OU AO
ANTICORPO
DETERMINANTE ANTIGÊNICO
PACIENTES
IMUNOLOGICAMENTE
HETEROGÊNIOS
Epítopo conformacional
Proteína: forma terciária
Alérgenos com
epítopos lineares
tem potencial
alergênico mais
persistente e
resistente, sendo
causa de formas
persistente de AA
Antígeno desnaturado
Epítopo conformacional:
Alteração na sequencia de aminoácidos
após desnaturação da proteína
Epítopo sequencial
Manutenção da sequencia de aminoácidos
Fatores Agressores
• Fatores que influenciam no potencial
alergênico de um alimento:
Processamento (doméstico ou industrial)
Reação cruzada
Proteínas das carnes de animais filogeneticamente
similares
Produtos diferentes de um mesmo animal
Fatores Agressores
Reatividade Cruzada
• Duas proteínas alimentares compartilham
parte de uma sequência de aminoácidos
que contém um determinado epítopo
alergênico.
Fatores Locais de Proteção
Barreira epitelial, Muco,
ácido gástrico
Células T Regulatórias,
Th1 e th2, células
produtoras de IgA e IgM
Flora Intestinal Protetora
Fatores Locais de Proteção
Barreira Intestinal
Enzimas Digestivas
Peristaltismo
Muco
Epitélio Intestinal
PROTEÓLISE
PREVINE QUE PROTEÍNAS ENTREM EM
CONTATO COM AS CÉLULAS DA
MUCOSA
BARREIRA FÍSICA – COMPLEXO JUNCIONAL
MECANISMOS IMUNOLÓGICOS (SÍNTESE DE
VÁRIAS CITOCINAS E QUIMIOCINAS, CÉLULAS
ESPECIALIZADAS NA CAPTURA DE ANTÍGENOS,
CÉLS. PRODUTORAS DE MUCO, CÉLS. COM
FUNÇÃO ANTIMICROBIANA, E LIE)
Fatores de Defesa
• Fatores de risco para AA associados à barreira
intestinal:
Aumento da permeabilidade da barreira e baixa
atividade enzimática com diminuição da
proteólise
Diminuição da secreção ácida
Inflamações Intestinais
Fatores Locais de Proteção
Sistema Imune
IgA
IMUNOGLOBULINAS
IgG
IgM
GALT
 Folículos linfóides
 Inibir
a adesãode
bacteriana
 Células
M (captura
antígenos)
 Neutralizar
e toxinas bacterianas
 Gânglios
linfáticosvírus
mesentéricos:
 céls
Prevenir
a penetração
de eantígenos
ricos em
dendríticas,
linfócitos
plasmócitos
 Lâminaalimentares
própria : plasmócitos (IgA), linfócitos (Th),
macrófagos
Linf. Th naive
Linfócitos T
efetores
Célula B
(IgG)
Linfócito Tc
Célula NK
Alergia não IgE mediada
CAA
Fatores Locais de Proteção
Imaturidade
Fatores de Risco
• Fatores de risco para desenvolvimento de AA,
associados ao sistema imune:
Rn e lactentes: baixa produção de IgA e
predomínio da resposta Th2.
Deficiências de IgA
Predomínio da resposta Th2
Perda da hiporesponsividade das céls.dendríticas
Ausência de céls.T regulatórias
Predisposição genética
Tolerância Oral
AUSÊNCIA DE
RESPOSTA IMUNE
ALÉRGICA, FRENTE A
UM ANTÍGENO QUE
ENTRA EM CONTATO
VIA TGI
Permite ao
indivíduo saudável
ingerir alimentos
sem apresentar
reação adversa
imunológica.
Reconhecer e combater
os patógenos
Permitir a colonização da
flora comensal
Reconhecer e ignorar as
proteínas dos alimentos
Qual são os
alimentos mais
alergênicos??
Principais alérgenos
Leite de Vaca
Soja
Principais alérgenos
Ovo
Peixe e Frutos do Mar
Principais alérgenos
Trigo
Amendoim
Nozes
Principais alérgenos
Alergias Alimentares
Qual são as
manifestações clínicas
mais comuns??
Manifestações Clínicas
Digestivas
Cutâneas
Respiratórias
Tosse
Cardiovasculares
Síncope
Vômitos
Urticária
Diarréia
Dermatite atópica Broncoespasmo
Anafilaxia
Angioedema
Hipotensão
Esofagite (Disfagia)
Gastrite
Proctite
(Evacuação c/ muco
e sangue)
Hemorragia Digestiva
Constipação
Dermatite de
Contato
Prurido
Edema Labial
Espirros
Edema de laringe
Prurido nasal
Rouquidão
Dispnéia
Manifestações Clínicas
Sintomas IgE Mediada
Coceira
Manchas
Sintomas IgE Mediada
Exantema
Urticária
Hipotensão
Broncoconstrição
Urgência Médica
Anafilaxia
Sintomas IgE Mediada - TGI
Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarréia
Imediatos a ingestão do alérgeno
Não IgE Mediada – TGI
Enterocolite
Proteína do Leite de Vaca, Soja, peixe
Sintomas no 1º ano de vida
Náuseas, vômitos, hipotonia, palidez, apatia e cólicas,
diarréia mucossanguinolenta profusa
Desidratação, acidose metabólica, choque hipovolêmico,
Diagnóstico clínico, pode levar a sensibilização
multiplas proteínas da dieta do lactente
Biópsia jejunal: atrofia, edema e aumento de
linfócitos, eosinófilos e mastócitos.
Colonoscopia: colite difusa, microulcerações
TTO: hidratação e FeH.
PLV: tolerância 2-3 anos de idade
Não IgE Mediada – TGI
Proctite e Proctocolite
Rn e lactentes pequenos (2 meses)
50% LME
Causa de sangramento retal em lactentes jovens
Beta-lactoglobulina
ENTERORRAGIA
Estado de saúde SATISFATÓRIO
GANHO PONDERAL
CÓLICA, IRRITABILIDADE
Tratamento:
LME: DIETA DE EXCLUSÃO PARA MÃE
LACTENTES EM USO DE FÓRMULAS: FeH
Não IgE Mediada – TGI
Doença do Refluxo Gastroesofágico
Lactentes - após a introdução do LV
Sem boa resposta ao tratamento convencional
APLV e DRGE  40 a 56% de associação
Regurgitação ou vômitos, irritabilidade, recusa
alimentar
Retardo do esvaziamento
gástrico
Reações Mistas – TGI
Esofagite Eosinofílica
Escolares e Adolescentes
Sintomas sugestivos de DRGE
Disfagia / impactação
Não responde bem a IBP
Tratamento: dietas de exclusão, uso de IBP,
corticoide deglutido
Não IgE Mediada – TGI
Enteropatia Induzida por Proteínas
Alimentares
DIARRÉIA CRÔNICA
ERITEMA PERIANAL
DISTENSÃO ABDOMINAL
ESTEATORRÉIA
ENTEROPATIA PERDEDORA DE PTN
EDEMA E DESNUTRIÇÃO
VÔMITOS
PERDA PONDERAL
Doença Celíaca
INSUF. DO CRESCIMENTO
Biópsia: Quantidade DE LIE
TTG
EMA
HLA DQ2 e DQ8
Enteropatia Induzida por Proteínas
Alimentares
TRATAMENTO
DIETA DE
RESTRIÇÃO
DOS
ALÉRGENOS
NPT
GRAU DE
LESÃO
DA MUCOSA
FAA
LACTOSE
SACAROSE
FeH
Diagnósticos Diferenciais
Intolerâncias
Alimentares
Imunodeficiências
Doença Celíaca
Anorexia
Náuseas
Vômitos
Cólicas
Diarréia
Enterorragia
Anemia
Perda Ponderal
Alterações anatômicas
do TGI e Respiratório
Infecções
EIM
Fibrosa Cística
Linfangectasia
Como se faz o
diagnóstico?
Alergias Alimentares
Diagnóstico
História/ Exame
Sintomas
Testes Alérgicos
Dieta de Exclusão
Alergias Alimentares
Diagnóstico
História
Dieta de Exclusão
2 a 8 semanas
Remissão dos
sintomas
Diagnóstico Laboratorial
• Pesquisa de IgE específica aos alimentos
 Auxilia quando alergia mediada por IgE ou
reações mistas
– In vitro: IgE específica no sangue – RAST
– In vivo: testes cutâneos
Testes Cutâneos
– Avaliam a sensibilização aos alérgenos.
É simples e rápido.
– Limitação pela quantidade reduzida de
extratos padronizados disponíveis para
uso clínico
– Considerados testes positivos os em que
haja formação de pápula com pelo
menos 3 mm de diâmetro médio
Testes Cutâneos
Testes Atópico de contato
Patch Test
•
•
•
•
Mediados por IgE
Não Mediados
Mistos
Alérgeno aplicado por 48 horas sobre a pele do
dorso do paciente
• Avaliada reação cutânea local após remoção
• Limitação: não há padronização na aplicação e
preparação do antígeno
Teste de Desencadeamento Oral
Considerado o único método fidedigno
para se estabelecer o diagnóstico de
alergia alimentar: sob supervisão médica,
monitoramento de possíveis reações
Administração de doses crescentes de
alimento/placebo, intervalos regulares
Aberto (paciente/familiar e médicos)
Simples cego (apenas médico)
Duplo cego e controlado por placebo (Padrão
Ouro)
AVALIAÇÃO DA
AQUISIÇÃO DE
TOLERÂNCIA
Diagnóstico
IDENTIFICAÇÃO DO ALIMENTO SUSPEITO
ELIMINAÇÃO DA DIETA POR 2 A 4
SEMANAS
TESTE DE DESENCADEAMENTO
OFERECER
ALIMENTOS EM
DOSES
CRESCENTES
CONTRAINDICADO NAS
ANAFILAXIAS
Tratamento
Dieta de Exclusão
Leite de Vaca
Dieta de Exclusão
Em SME
Manutenção do aleitamento
Dieta de restrição para a mãe, com
suplementação de cálcio
Leite de Vaca
ovo, soja, amendoim
Dieta de Exclusão
Fique de
Olho no
Rótulo !!
Caseína, caseinato, proteína do soro, lactose,
lactoalbumina, lactoglobulina, proteína hidrolisada
Cosméticos e medicamentos
Dieta de Exclusão
Fórmulas de Substituição
Proteínas Isolada da Soja:
Não são rotina em não mediadas por IgE  risco
de sensibilização simultânea à soja – 60%
Fitatos e Isoflavonas – apenas em >s de 6 meses
Mediada por IgE e sem comprometimento TGI
Dieta de Exclusão
Fórmulas de Substituição
Proteínas Extensamente Hidrolisadas (90%)
Proteínas Extensamente Hidrolisadas com
lactose na composição
Aminoácidos livres
(100 % não alergênicas)
Dieta de Exclusão
Fórmulas de Substituição
SISTEMA IMUNE
-Fórmulas Parcialmente
Hidrolisadas??
-Leites de outros
mamíferos?
DIETA DE EXCLUSÃO
MATERNA
2 A 4 SEMANAS
SME
NÃO
MELHOROU
LIBERAR DIETA MATERNA
OUTRAS CAUSAS
MELHORA
INTRODUZIR 1 ALIMENTO
POR SEMANA E OBSERVAR
SINTOMAS
PACIENTE
ASSINTOMÁTICO
REAPARECIMENTO
DOS SINTOMAS
LIBERAR DIETA
MANTER RESTRIÇÃO
FeH
FAA
LACTENTES EM USO DE FÓRMULA
DIETA DE RESTRIÇÃO +
FeH
2 A 4 SEMANAS
MELHORA
SEM MELHORA
TESTE DE
PROVOCAÇÃO
OUTR0S
ALIM.
FAA
SINTOMAS
AA
MANTER DIETA FeH/FAA
ATÉ 9 A 12 M
OU POR 6M
OUTRAS
CAUSAS
Prognóstico
• Tolerância Clínica nos primeiros 3 anos de vida
• Evitar dieta de exclusão por longos períodos
Prevenção
• Dieta da mãe na gestação:
– não recomendado
• Dieta da mãe nutriz:
– não há consenso, mais estudos são
necessários
Prevenção
Aleitamento Materno Exclusivo
até 6 meses
Introdução de Alimentos
Janela Imunológica
Dieta Saudável
Prevenção
Prevenção
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