Revolução Industrial

Propaganda
História
Cursinho Triu
Léo e Bela
 Grande potência econômica europeia devido a expansão ultramarina e comercial
 Acumulação capital revertida em investimento na indústria – importância das
inovações técnicas!
 Atos de Navegação (1650-1651): consolidação do domínio inglês sob o comércio
marítimo.
 Importância dos tratados comerciais:
Tratado de Metheun (1703): acordo com Portugal (e suas colônias) em relação à
exportação de tecidos e vinhos
 “Cercamentos” (enclosures) e o êxodo rural
 Princípios liberais: abertura econômica e construção da figura do burguês
enquanto líder econômico
"laissez faire, laissez aller, laissez passer” = "deixai fazer, deixai ir, deixai passar“
MERCANTILISMO
LIBERALISMO
Séculos XVI a XVIII
Séculos XVIII e XIX
Controle do Estado
Estado mínimo
Riqueza = ouro e prata [metalismo]
Riqueza = terra/trabalho
Absolutismo
Democracia representativa
Economia baseada no comércio
[sobretudo na circulação de bens]
Economia baseada na indústria
[sobretudo na produção de bens]
Monopólio comercial
Livre concorrência
Protecionismo
Livre mercado
LEMBRE-SE: tanto o mercantilismo quanto o liberalismo são modelos econômicos!
Oliver Cromwell representado em gravura no final
do século XVII.
William Faithorne, “The Embleme of England’s
Distractions”.
 Inicialmente
limitada a Inglaterra,
mas, em menor escala, também em
países
como
Estados
Unidos,
Alemanha e França no período entre
1760 e 1860
 Criação e aprimoramento da máquina
a vapor (com o uso de carvão vegetal
e mineral)
 Inovações nos meios de transporte:
navios a vapor (1805) e ferrovias
(1830)
 Crescimento da indústria têxtil
Mapa comparativo das linhas férreas europeias
entre 1840 e 1880
Contrastes (1836)
Augustus Pugin
 Ocorrida em países já industrializados,
como Inglaterra, Estados Unidos, França,
Alemanha, Bélgica e Japão na segunda
metade do século XIX (1870)
 Inovações e uso de novas fontes
energéticas: energia elétrica, motor à
explosão e o petróleo
 Larga utilização de aço e alumínio na
indústria
 Além do investimento na ampliação da
malha ferroviária, o automóvel foi
inventado no início do século XX no
Estados Unidos
 Novas formas de racionalizar a produção
visando maximizar os resultados: fordismo
Tempos Modernos (1936)
Londres no final do século XIX...
... a cidade se torna uma problemática: a questão urbana
Eclosão de uma “cultura cosmopolita” na Europa
no final do século XIX até o início da Primeira
Guerra Mundial (1914).
Transformações culturais traduzem novos modos
de pensar e viver o cotidiano e a modernidade.
Cultura urbana de divertimento incentivada pelo
desenvolvimento dos meios de comunicação e
transporte e que ganhou status social na
burguesia
 Revolução técnico-científica-informacional ocorrida no período posterior à
Segunda Guerra Mundial (1945), sobretudo a partir da década de 1970.
 Decadência da efetividade do fordismo e surgimento do taylorismo
 Indústrias caracterizadas por alta tecnologia
 Mundo globalizado: perspectiva transnacional
Expansão industrial em países como China, México, Brasil, Coréia do Sul e Índia
 O ludismo surgiu na Inglaterra entre 1811 e 1812 e se posicionava contra a
substituição do homem pela máquina. Suas estratégias políticas de ação direta
levaram-nos a ser conhecidos como “quebradores de máquina”.
 O movimento ludista perdeu força com a ascensão das Trade Unions, os sindicatos,
cujo mais eficiente instrumento de lutas era a greve.
 O cartismo também surgiu na Inglaterra, mas a partir de 1830. O nome do
movimento surgiu com a carta escrita em 1838 pelo radical William Lovett, a “Carta
do Povo”.
 A carta continha seis exigências: voto universal; igualdade entre os distritos
eleitorais; voto secreto por meio de cédula; eleição anual; pagamento aos
membros do Parlamento; abolição da qualificação segundo as posses para a
participação no Parlamento.
 O anarquismo surgiu na Europa na metade do século XIX a partir das ideias
discutidas por filósofos como Pierre-Joseph Proudhon e Mikhail Bakunin. Como
ideologia, defendia o fim de qualquer forma de autoridade e dominação, além do
fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
 Já o socialismo utópico surgiu na primeira metade do XIX a partir dos esforços
teóricos em prol da criação de instituições que acomodassem os trabalhadores
sem a exploração imposta pela burguesia industrial. Um dos nomes mais famosos
desse movimento é o de Charles Fourier.
A “utopia” passou a adjetivar o movimento a partir de suas premissas de mudança
social sem que houvesse um conflito entre burgueses e proletários.
 Na Alemanha, no mesmo período, surgiu o socialismo científico, representado por
Karl Marx e Friedrich Engels. Seus esforços teóricos em estudar a dinâmica do
capitalismo resultou em livros como “O capital” (1867) e em teorias como a MaisValia, o Materialismo Histórico e a Luta de Classes.
 Tais autores acreditavam que o socialismo seria uma etapa intermediária, porém
necessária, para se chegar ao comunismo – momento no qual a sociedade não
estaria mais dividida em classes, não haveria propriedade privada, nem a
necessidade de Estado, alcançando a completa igualdade entre os seres humanos.
 Mudanças Tecnológicas
A Revolução Industrial promoveu uma série de mudanças tecnológicas que tiveram
grande impacto na economia e também na vida humana. A instalação de fábricas
nas cidades gerou um movimento de migração em massa para os núcleos urbanos
cujo impacto a gente sente até hoje.
As questões ambientais, assunto popular atualmente, também tem sua origem na
instalação das fábricas, não só pelo impacto na paisagem, mas especialmente por
causa da emissão de gases poluentes na atmosfera.
[ENEM 2009] Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de
baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução
tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.
São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período
posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
a) a erradicação da fome no mundo.
b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.
c) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
d) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
e) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.
 Resposta: C
 Habilidade: Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no
processo de territorialização da produção.
 Comentários: A questão é mal formulada. A contextualização, tendo como o início
o aumento da produtividade agrícola devido às atividades industriais, não faz jus
ao desfecho sugerido. Ou seja, a única alternativa que não faz referência à
agricultura e produção de alimentos é a que devemos assinalar como correta.
[ENEM 2010] “A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, tudo se transformava em lucro.
As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e
os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do
homem que seu poder.”.
[DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado)]
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no
contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no
início do século XIX?
a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em
espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do
trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o
deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da
engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de
experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de
aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.
 Resposta: E
 Habilidade: Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na
organização do trabalho e/ou da vida social.
 Comentários: A Revolução Industrial marcou o surgimento de novas relações de
trabalho. Boa parte dos operários trabalhavam sob péssimas condições e salários.
O surgimento das fábricas aumentou a importância das cidades, mas a forte
urbanização trouxe também forte impacto ambiental.
 Movimentos Trabalhistas
A Revolução Industrial acabou gerando uma série de problemas de ordem social,
em especial a exploração dos trabalhadores operários nas fábricas. Estes
trabalhadores, também chamados de proletários tinham que trabalhar muitas horas
por dia, ganhavam salários baixos e viviam sob más condições.
Este cenário fez surgir uma série de movimentos sociais contra a exploração do
trabalho, além de doutrinas criadas como opção ao sistema capitalista explorador:
o anarquismo, o socialismo científico, entre outros.
[ENEM 2010] A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu
em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura.
Um desses estágios foi o artesanato, em que se
a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.
b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série.
c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.
d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.
e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de
produção.
 Resposta: B
 Habilidade: Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na
organização do trabalho e/ou da vida social.
 Comentários: O artesanato foi o estágio mais simples de produção industrial.
Neste sistema, o artesão trabalhava sozinho na transformação da matéria-prima em
produto final. Como o uso de máquinas caracterizou a maquinofatura, existe
apenas uma alternativa que faz referência ao trabalho sem o uso de máquinas.
[ENEM 2010]
“Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos
que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?”
(SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do
Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.)
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822)
registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe
trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está
identificada
a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.
 Resposta: E
 Habilidade: Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no
espaço.
 Comentários: Percy Shelley mostra-se sensível aos problemas sociais presentes
na Revolução Industrial Inglesa, embora ele próprio pertencesse à camada
dominante. De certa forma, podemos associar sua visão às críticas formuladas na
época pelos primeiros socialistas utópicos.
[ENEM 1999] A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as
relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e
as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes
portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da
área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes
em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo
do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias
concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação
trabalhista, estão relacionadas com
a) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos
constitucionais.
b) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por
trabalhadores especializados.
c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária
nos parlamentos.
e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias.
 Resposta: Letra C
 Habilidade: Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para
mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
 Comentários: As mudanças advindas com a Revolução Industrial fez surgir o
operário, trabalhador das fábricas que, tendo que enfrentar condições miseráveis
de trabalho, passou a exigir melhores condições de trabalho, através de
mobilizações e greve. Surgia assim, consequência da Revolução Industrial, o
movimento operário.
[ENEM 2010] A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse nome,
mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e
continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos.
A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha
atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas
urbanos.
[SANTOS M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
EDUSP, 2002 (adaptado)]
O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe modificações na paisagem e
nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se
dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio
a) das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio urbano.
b) das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e culturais.
c) das teorias sobre a necessidade de harmonização entre técnica e natureza.
d) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes.
e) da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da natureza.
 Resposta: E
 Habilidade: Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações
impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
 Comentários: A Revolução Industrial é muito explorada pelo Enem para tratar
de questões ambientais, fazendo uma ligação entre o passado e o presente.
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