Ms. Elyana Teixeira de Souza

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Apoio Matricial em Saúde
Mental
Msc. Enf.ª Elyana T. Sousa
Teleconsultora Núcleo Telessaúde SC
Enfermeira da Prefeitura Municipal de Barra do Garças/MT
Estamos falando também de CUIDADO...
Qual cuidado?
Leonardo Boff traz, em seu livro “O cuidado
necessário”, 4 acepções de cuidado...
O cuidado tona a vida ora leve, radiante e feliz, ora
sombria, preocupada e dramática. E como os sentidos
se realizam e coexistem permanentemente,
mesclando-se de forma inseparável, tornam a
existência humana paradoxal e contraditória, mas
sempre aceptível e de valor inestimável.
O que é Apoio Matricial?
Apoio Matricial
Núcleo Profissional
Campo de
atuação
O Apoio Matricial em saúde
objetiva assegurar retaguarda
especializada a equipes e
profissionais encarregados da
atenção a problemas de
saúde,
de
maneira
personalizada e interativa . Um
especialista com determinado
núcleo, apoia especialistas
com
outro
núcleo
de
formação,
objetivando
a
ampliação da eficácia de sua
atuação.
Campos e Domitti, 2007; Cunha e Campos, 2011
Apoio Matricial e Equipes de Referência
• Apoio matricial e equipe de referência objetiva ampliar as possibilidades
de realizar-se clínica ampliada e integração dialógica entre distintas
especialidades e profissões. A composição da equipe de referência e a
criação de especialidades em apoio matricial buscam criar possibilidades
para operar-se com uma ampliação do trabalho clínico e do sanitário, já
que se considera que nenhum especialista, de modo isolado, poderá
assegurar uma abordagem integral.
Equipe e os
Profissionais de
Referência são
aqueles que têm a
responsabilidade pela
coordenação e
condução de um caso
individual, familiar ou
comunitário.
O apoiador matricial é um especialista que pode
agregar recursos de saber e mesmo contribuir
com intervenções que aumentem a capacidade
de resolver problemas de saúde da equipe
responsável pelo caso. O apoio matricial procura
construir e ativar espaço para comunicação
ativa e para o compartilhamento de
conhecimento entre profissionais de referência e
apoiadores.
Campos e Domitti, 2007; Cunha e Campos, 2011
Apoio Matricial
Matricial
Apoiadores
Matriciais
Apoio
Relação Horizontal
DIALÓGICA!
Equipe de
Referência
Relação Horizontal
Criação de espaços coletivos
que permitam a interação;
Valorização dos saberes do
núcleo profissional do
apoiador e dos anseios do
profissional de referência,
concomitantemente.
Campos e Domitti, 2007; Cunha e Campos, 2011
Como fazer Saúde Mental?
Processo “social”
• INVENTIVIDADE!
• Para além da psicoterapia e
da medicação!
Saúde Mental
Amarante, 2007
Ferramentas do Apoio Matricial
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Trabalho com grupos;
Projeto Terapêutico Singular (PTS);
Genograma;
Ecomapa;
Atendimento Domiciliar Compartilhado;
Atendimento Individual Compartilhado;
Atendimento Individual Específico;
Contato a distância com uso de telefone e outras
tecnologias de comunicação.
Brasil, 2014; Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental, 2011
COMO posso fazer AM?
• Depende do seu contexto local!
• Cada equipe precisa organizar seu processo de
trabalho, considerando as características do
território, os profissionais das equipes, e
outros.
Estudos de Casos!!!
• Vamos pensar alguns casos que podem (???) ser
matriciados...
• Primeiro, dividiremos o grupo em pequenos grupos de 10
pessoas. Procure pessoas diferentes dos amigos e
conhecidos, vamos nos entrosar!
• Darei um caso para o pequeno grupo, e alguns papéis.
Vocês discutirão o caso, com os elementos que possuem, e
pensarão estratégias para aquele caso. Cada estratégia será
descrita nesse papel dado ao grupo.
• No final, discutiremos todos juntos...
Caso 1
• Maria é uma mulher de 50 anos, casada, com dois filhos,
dona de casa. É dependente de álcool há 20 anos. Toda sua
família usa álcool socialmente. Além de dependência
alcoólica, ele tem cleptomania, o que dificulta o convívio
com os familiares. Seu marido, na tentativa de protegê-la, a
tranca em casa quando sai. A família, quando os visita,
bebe em sua companhia, e tranca todos os pertences com
medo de serem roubados. Sua família deseja interná-la, e
ela se recusa, pois já foi internada uma vez, e tem as piores
lembranças dos dias de internamento.
• Maria quer se tratar, mas não sabe como.
• A vizinha procura a unidade de saúde e conta à enfermeira
toda essa situação. Após reunião de equipe na ESF,
decidem convocar a psicóloga do NASF para matriciar esse
caso, e pensarem em conjunto o que fazer.
Caso 2
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•
Antonio é um homem de 55 anos, divorciado, desempregado (vivia fazendo bicos),
sofreu um acidente há um ano e meio de moto e ficou tetraplégico. Hoje, sua filha
que é enfermeira, cuida do pai. A relação dos dois sempre foi conflituosa. Antonio,
depois de um ano do acidente conseguiu a aposentadoria por invalidez, e tem um
home care custeado pela prefeitura. Apesar de ter uma equipe multiprofissional
cuidando dele, sua filha está descontente, e procura a unidade de saúde da família
solicitando apoio, pois o pai tem se negado a receber alimentos e medicação, e
ainda tem contado histórias mentirosas, que ela acredita ser falta de caráter, ou que
ele está com espíritos maus. A filha procura a unidade porque lhe foi aconselhado
por uma amiga que seu pai passasse por outro psicólogo, mas ela não acredita
muito que um psicólogo possa ajudar.
Ela se estressa por acreditar que faz tudo pelo pai, e que ele tem todas as condições
possíveis, e que ele não tem motivos para negar o tratamento. A filha já foi
diagnosticada como depressiva, mas abandonou o tratamento.
O marido da filha diz que ela é hipocondríaca, e que precisa de tratamento
psicoterapêutico ou outro, mas não medicamento, uma vez que ela sempre
abandona o tratamento.
O psicólogo do home care diz que Antonio não tem nada; e a filha acredita que o pai
engana o psicólogo, fazendo-o de bobo.
Convite à reflexão...
• Como discutir em grupo pode ajudar a
construir um plano de intervenção para o
paciente? Ajuda mesmo?
• O apoio matricial é bom para quem?
• Como construir espaços que possibilitem o
apoio matricial?
• O que vocês acharam desta discussão?
Dúvidas sobre como organizar o processo de
trabalho para facilitar a utilização das
ferramentas e instrumentos discutidos hoje?
Pergunte ao Núcleo Telessaúde SC!
http://telessaude.sc.gov.br
[email protected]
(48) 3212 3505
Referências Bibliográficas
• AMARANTE, P. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Rio de Janeiro:
Fiocruz, 2007.
• CAMPOS, G.W.S.; DOMITTI, A.C. Apoio matricial e equipe de
referência: uma metodologia para a gestão do trabalho
interdisciplinar em saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399-407, fev/2007.
• CUNHA, G. T.; CAMPOS, G. W. S. Apoio Matricial e Atenção Primária
em Saúde. Saúde e Sociedade. São Paulo, v.20, n.4, p.961-970, 2011.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da
Família. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
• Guia prático de matriciamento em saúde mental / Dulce Helena
Chiaverini (Organizadora) ... [et al.]. [Brasília, DF]: Ministério da
Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.
Obrigada!!!
"Me trata com teu trato, que eu te devolvo o
teu trato!“
(Estamira)
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