Saúde, doença e o Sistema Único de Saúde Seminário Descentralização da Saúde em Santa Catarina Diretoria de Planejamento e Coordenação Secretaria de Estado da Saúde As origens da saúde pública A saúde pública: preocupação da modernidade Realização do lucro CICLO DA CICLO DA PRODUÇÃO Mercadoria REPRODUÇÃO Matéria prima Tecnologia Mão de obra $$$$$ Recuperação do desgaste da mão de obra Saúde e conflito ideológico Liberalismo Ortodoxo Estado de Bem Estar Social A saúde pública no Brasil Seguro Social Seguridade Social As origens do sistema de saúde pública do Brasil Modelo Sanitarista Campanhista Coletiva/epidemio Seleção de clientela Tecnologia apropriada Autoritário Descontinuidade Público Busca da eficácia Modelo Previdenciário Individualista/Clínica Demanda espontânea Incorp. Tecnológica “Democrático” Contínuo e sistemático Misto - ... Busca da eficiência Evolução dos modelos de saúde no Brasil $ Modelo previdenciário Campanhismo 1900 20 30 40 50 60 70 80 Saúde e crise do final dos 70 Crise econômica Recessão (crise do petróleo,...) Déficit previdenciário Crise político-institucional Fracasso sanitário (epidemias de meningite, endemias,...) Esgotamento do regime autoritário Pressões sociais pela redemocratização Influências internacionais Saúde para Todos no ano 2000 SPT2000 (Alma Ata 1978) A saúde na Constituição de 1988 A primeira vez que o tema foi incluído em Carta Magna no Brasil; Artigo 196: “A saúde é um direito de todos e dever do Estado...”. A saúde como bem coletivo; O conceito de saúde ampliado; As bases para um novo sistema de saúde; Os princípios do SUS Universalidade Eqüidade Integralidade Participação da Comunidade Descentralização / Resolutividade Regionalização / Hierarquização O processo Saúde - Doença Monocausal = a supremacia do biológico Multicausal = O Modelo Ecológico Agente Meio Hospedeiro A Determinação Social: Organização Social Agente Meio Hospedeiro Teoria do Campo da Saúde Carta de Otawa 1986 ASPECTOS BIOLÓGICOS Lalonde Atenção Primária MEIO (AMBIENTE...) ESPACO SOCIAL ESTILOS DE VIDA ORG.DOS SERVIÇOS DE SAÚDE Conceito de causação da saúde-doença e o SUS O SUS tem como base um conceito híbrido do processo saúde-doença: Ecológico Hospedeiro, meio e agente ... Estilo de vida e organização dos serviços Social O Social determina o ambiente e o biológico Remete às ciências sociais A construção do SUS: o passado e o presente Sistema Médico Assistencial Privatista Subsistema de alta tecnologia O Modelo Misto Subsistema de alta tecnologia Subsistema privado atenção médica supletiva Seguro - saúde Subsistema privado contratado moderno Subsistema privado contratado tradicional Subsistema público Subsistema estatal Anos 70 Anos 80 Anos 90 O presente e a relevância do SUS Mais de 90 % da população brasileira é, de algum modo, usuária do SUS; 28,6 % da população é usuária exclusiva do SUS; 61,5 % usa o SUS e algum outro sistema de atenção; Apenas 8,7 % da população não usa o SUS O SUS e a complexidade do contexto político-social Dimensão geográfica do país (8,5 milhões Km²) Intenso processo de urbanização Relação paradoxal entre as unidades federadas – coexistência entre autonomia federativa e práticas político-administrativas centralizadoras e paternalistas Estrutura econômica-social heterogênea Convivência, na área da saúde, de doenças típicas do subdesenvolvimento, com demandas crescentes por serviços de ponta, como transplantes de órgãos Resultados do SUS DADOS GERAIS SOBRE ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL E HOSPITALAR NO SUS (competência 2002) 63.650 Unidades Ambulatoriais, que realizam em média 153 milhões de procedimentos/ano 5.794 Unidades Hospitalares, com um total de 441.045 leitos, responsáveis por mais de 900 mil internações por mês, perfazendo um total de 11,7 milhões de internações/ano O SUS: Resultados DADOS GERAIS SOBRE ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL NO SUS (competência 2002): Assistência integral e totalmente gratuita para portadores de HIV e doentes de AIDS, renais crônicos e pacientes com câncer 1 bilhão de procedimentos de Atenção Básica 251 milhões de exames laboratoriais 8,1 milhões de exames de ultra-sonografia 132,5 milhões de atendimentos de alta complexidade entre tomografias, exames hemodinâmicos, ressonância magnética, sessões de hemodiálise, de quimioterapia e radioterapia Sistema Único de Saúde: RESULTADOS O PSF conta com 17.610 equipes atendendo mais de 55 milhões de pessoas em 90% dos municípios do país. DADOS GERAIS SOBRE ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NO SUS; (competência 2002): 2,6 milhões de partos 83 mil cirurgias cardíacas 60 mil cirurgias oncológicas 92,9 mil cirurgias de varizes 23,4 mil transplantes de órgãos Descentralização 5561 municípios / 73% < 20.000 hab. Municipalização: 586 em Gestão Plena de Sistema (40 em SC) 4.952 em Gestão Plena da Atenção Básica Estados em Gestão Plena – 16 Heterogeneidade e complexidade de problemas Normatização excessiva, com viés punitivo Sistema de Saúde Brasileiro Participação do nível federal no financiamento do SUS Orçamento Ministério da Saúde Fundo Nacional de Saúde Impostos e Contribuições Os Recursos para o Custeio da Assistência são alocados como Tetos Estaduais e Municipais Transferências Fundo a Fundo Estados e Municípios Convênios Estabelecimentos Remuneração por Prestação de Serviços de Saúde Desafios Organizacionais do SUS Recursos financeiros insuficientes e gastos irracionalmente; Pouca participação dos Estados no financiamento; Deficiência quali-quantitativa de recursos humanos; Precarização das relações de trabalho; Baixa resolutividade e limitações no acesso aos serviços de média complexidade (filas); Desafios organizacionais do SUS Definição da divisão de responsabilidades entre União, estados e municípios; Integração entre sistemas municipais; Implantação de Política de Recursos Humanos em saúde; Financiamento e critérios de alocação de recursos - orientação pelas necessidades da população; Garantia de resolutividade e acesso aos serviços. Orçamento 2003 – Ministério da Saúde Aprovado: 30,5 bilhões Contingenciado: 1,6 bilhões Disponível: 28,9 bilhões 74% em transferências a estados e municípios 20% com despesas de pessoal 6% para projetos prioritários e restos a pagar 2,9 bilhões inscritos em restos a pagar 650 milhões pagos até o momento RESUMO DO ORÇAMENTO DA SECRETARIA DA SAÚDE PARA O EXERCÍCIO DE 2003 Unidade Orçamentária: 4801 - Gabinete do Secretário DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS PROGRAMADOS PARA 2003 TESOURO ESTADUAL/SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE-SES Em R$:1,00 ESPECIFICAÇÃO DA DESPESA SECRETARIA DA SAÚDE-SES Folha de Pessoal Ativo Folha de Pessoal Inativo Auxílio Alimentação Folha dos Médicos Residentes Outras Despesas Correntes Subvenções Sociais Manut. Serv. Informática Despesas de Capital SUB TOTAL DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS POR FONTE DE FINANCIAMENTO 00 10 40 172.592.764 37.013.754 12.200.000 3.500.000 22.341.256 70.000 2.800.000 5.000 250.522.774 Fonte: Gerência De Programação e Orçamentação, 2003. - - TOTAL 172.592.764 37.013.754 12.200.000 3.500.000 22.341.256 70.000 2.800.000 5.000 250.522.774 DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS PROGRAMADOS PARA 2003 Unidade Orçamentária: 4891 -FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE Em R$:1,00 ESPECIFICAÇÃO DA DESPESA FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE - FES Encargos com Estagiários Manutenção das Regionais de Saúde Manut. Serv. Téc. Administrativos Setor Saúde Desenvolvimento de Recursos Humanos Manut. da Escola de Formação em Saúde Manut. Laboratório Central - LACEN Ações de Promoção a Saúde Manut. da Rede de Saúde Pública Desenvolvimento Macro Regiões de Saúde Construção do Hospital Infantil de Joinville Hospitais Conveniados Gestão Plena Estadual Programação Pactuada Integrada - Assist.. Saúde Implementação Programa Cirúrgia Epilepsia Manut. Rede Hospitalar pertencentes a SES Manut. Diretoria de Medicamentos Básicos - DIMB Manut. Laboratório Ind. Farmacêutico - LAFESC Manut. Diretoria de Vig. Sanitária - DIVS Manut. Vigilância Ambiental Manut. DiretorIa Vig. Epidemiológica - DIVE Fisc. Controlar Ações Através Cons. Est. Saúde * Construção Hosp. Regional de Criciuma * Apoio Financeiro Des. Ações Saúde Lages SUB TOTAL TOTAL GERAL DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS POR FONTE DE FINANCIAMENTO 00 10 40 1.000.000 19.425.000 200.000 400.000 3.000.000 3.660.000 300.000 4.360.000 14.000.000 24.394.000 6.800.000 400.000 9.044.921 19.278.145 1.000.000 500.000 700.000 1.000.000 20.000 1.000 500.000 109.983.066 360.505.840 FONTE: GERÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO E ORÇAMENTAÇÃO, 2003 820.000 1.000.000 4.644.445 2.200.000 3.500.000 700.000 11.480.000 3.800.000 120.000 100.000 3.221.173 3.000.000 550.000 5.810.000 3.120.000 3.120.000 47.185.618 47.185.618 1.000.000 3.592.091 8.185.195 2.000.000 684.805 8.050.000 1.507.909 672.717 3.250.000 150.000.000 300.000 145.100.000 29.402.283 800.000 325.000 1.500.000 3.500.000 130.000 360.000.000 360.000.000 TOTAL 1.000.000 4.592.091 28.430.195 3.200.000 5.729.250 13.250.000 8.667.909 1.672.717 15.840.000 21.050.000 24.514.000 150.100.000 6.800.000 700.000 157.366.094 51.680.428 2.350.000 6.635.000 5.320.000 7.620.000 150.000 1.000 500.000 517.168.684 767.691.458 Os desafios do presente A Transição Epidemiológica: doenças agudas em jovens doenças crônicas em velhos A Transição Demográfica: o envelhecimento da população a urbanização da população a inserção da mulher no trabalho A Transição Político - Institucional Deslocamento das práticas dos indivíduos para as famílias Da cura da doença para a prevenção e promoção da saúde Desenvolvimento de novas abordagens dirigidas para a mudança de hábitos e estilos de vida Novas concepções de práticas educativas e de comunicação Os desafios do futuro... DALY: Anos de vida ajustados por incapacidade ATENÇÃO BÁSICA X ATENÇÃOESPECIALIZADA E HOSPITALAR ATENÇÃO BÁSICA • o mais próximo possível de onde os usuários vivem e trabalham; • descentralizada ATENÇÃO ESPECIALIZADA E HOSPITALAR • oferta hierarquizada e regionalizada - garantia de economia de escala; • regionalizada VIGILÂNCIA DA SAÚDE CONTROLE DE CAUSAS CONTROLE DE RISCOS PROMOÇÃO DA SAÚDE PROTEÇÃO DA SAÚDE / PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS VIGILÂNCIAS: SANITÁRIA POLÍTICAS EPIDEMIOLÓGICA PÚBLICAS AMBIENTAL TRANSETORIAIS INTERVENÇÃO SOCIAL ORGANIZADA CONTROLE DE DANOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO / REABILITAÇÃO RECUPERAÇÃO VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ASSISTÊNCIA MÉDICO - HOSPITALAR AÇÕES PROGRAMÁTICAS DE SAÚDE / OFERTA ORGANIZADA VIGILÂNCIA DA SAÚDE POLÍTICAS PÚBLICAS CIDADE SAUDÁVEL PROMOÇÃO DA SAÚDE ATENÇÃO BÁSICA ATENÇÃO ESPECIALIZADA E HOSPITALAR SAÚDE DA FAMÍLIA ARTICULAÇÃO INTERMUNICIPAL SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS Gestores do SUS Entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias, da lógica organizacional e dos princípios organizativos do SUS. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS ESFERAS GESTORAS FEDERAL Ministério da Saúde Conselho Nacional de Saúde Comissão Intergestores Tripartite ESTADUAL Secretaria de Estado da Saúde MUNICIPAL Conselho Estadual de Saúde Secretaria Municipal de Saúde Comissão Intergestores Bipartite Conselho Municipal de Saúde Regionalização - Aspectos Legais LEGISLAÇÃO - NORMAS OPERACIONAIS Norma Operacional Básica - NOB 01/91 Norma Operacional Básica - NOB 01/92 Norma Operacional Básica - NOB 01/93 Norma Operacional Básica - NOB 01/96 Instrumentos de regulação do SUS MUNICIPALIZANTE Norma Operacional da Assistência à Saúde NOAS-SUS 01/2002 REGIONALIZANTE Regionalização e Hierarquização A rede do SUS deve ser regionalizada e hierarquizada, permitindo conhecimento dos problemas de saúde da população de uma área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. O acesso deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção, qualificados para resolver os principais problemas saúde. Os que não forem resolvidos neste nível deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. Organizando os Serviços HIERARQUIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DE ATENÇÃO Nível Terciário Nível Secundário Nível Primário 5% dos problemas 15% dos problemas 80% dos problemas NOAS - 01/2002 Três Estratégias articuladas: I II Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS Regionalização e organização da assistência III Revisão de critérios de habilitação de municípios e Estados Processo de Reorganização da Assistência Agenda de Saúde Processos de Apoio Cartão SUS Plano de Saúde Avaliação dos Municípios Habilitação PABA Pop. atendida no município Termos de Garantia de Acesso Plano Diretor Regionalização (esboço) Pop. a ser referenciada PPI Insuficiência de serviços Plano Diretor Regionalização (versão final) PDI Habilitação dos municípios em PSM Qualificação das microrregiões Cadastro de estabelecimentos e profissionais Contratação de prestadores Controle, Avaliação e Regulação Habilitação de estados Macro-regiões de Saúde Objetivo Estruturar e organizar as macroregiões, através do planejamento dos serviços e ações de saúde, visando consolidar o modelo assistencial de Santa Catarina. MACRO-REGIÕES DE SAÚDE FUNDAMENTOS • descentralização • • • • regionalização hierarquização articulação sistema de referência RESOLUTIVIDADE MACRO-REGIÕES DE SAÚDE Critérios: localização geográfica população agrupamento por regionais de saúde eqüidistância sistema viário cultura de deslocamento índice de desenvolvimento social (IDS) complexo econômico-regional recursos tecnológicos bacia hidrográfica 8 Macro-regiões de Saúde Referência em Média e Alta complexidade Planalto Norte Extremo Oeste Meio Oeste Nordeste Vale do Itajaí Planalto Serrrano Grande Florianópolis Sul MACRORREGIÃO DO EXTREMO OESTE MUNICÍPIO-SEDE PÓLO PARA: Hemoterapia 146.625 hab. Hemoterapia e TRS 174.746 hab. 363.248 hab. TOTAL: 684.619 hab. Hemoterapia, TRS, GAR, U/E, Tomografia, Quimioterapia, Neurocirurgia e Transplante 18 Regionais de Saúde* Referência em Média complexidade JOINVILLE CANOINHAS MAFRA SÃO M. OESTE JARAGUÁ DO SUL XANXERÊ CHAPECÓ VIDEIRA RIO DO SUL CONCÓRDIA BLUMENAU ITAJAÍ JOAÇABA FLORIANÓPOLIS * Extintas pela Lei Complementar nº 243/03 LAGES TUBARÃO CRICIÚMA ARARANGUÁ 29 Gerências Regionais de Saúde* * Incluídas pela LC nº 243/03 e vinculadas às Secretarias de Desenvolvimento Regional Regionalização do Estado de Santa Catarina 64 Módulos Assistenciais conforme PDR e PPI Municípios Sedes e Municípios Satélites 64 Municípios Sedes de Módulos OUVIDORIA DA SAÚDE 0800 482 800 * Reclamações * Elogios * Críticas * Sugestões * Informações Ligação gratuita, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas. A Secretaria de Estado da Saúde na internet www.saude.sc.gov.br