DOUGLAS DOS SANTOS VASCO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB CURSO: SAÚDE COLETIVA VER-SUS GOIÂNIA E APARECIDA DE GOIÂNIA/GO 21/02/2016 Pela manha, fizemos uma visita ao acampamento do MST. Ir ao assentamento foi uma experiência incrível, que nos fez repensar nosso próprio ser. Conhecer uma realidade da qual só via por televisão, onde as informações são manipuladas sem veracidade. Isso nos faz pensar que nós nos temos problemas fúteis, medíocre, que tem gente que está em uma situação pior e ao invés de se abater, reúne mais força para lutar. A luta do Movimento Sem Teto do Brasil é admirável. Pessoas que não tem um direito básico, que é o direito a moradia. Tantas pessoas sem um lugar para dormir a noite, para se abrigar da chuva, enquanto outros com grandes quantidades de terra só para sanar um egoísmo do capitalismo. São nítidas as desigualdades e para combater isso devemos lutar por um país igual, por um país equânime. Conhecer essas pessoas me fez valorizar ainda mais todas as pessoas, cada luta, e me deu forças para lutar por isso. À noite discutimos saúde. Iniciamos uma roda de conversa sobre a Saúde Pública no Brasil. O palestrante da inicio falando sobre sua trajetória de vida desde a infância passando por quando decidiram fazer medicina, todas as dificuldades que enfrentou, e após toda sua luta contra a ditadura durante sua militância por saúde e por liberdade de expressão. Participou da formulação e consolidação da reforma sanitária na 8ª Conferencia Nacional de Saúde ao lado de grandes nomes da Saúde Pública como Arouca. A partir das discussões vimos que o Sistema Único de Saúde não está totalmente consolidado e sua consolidação é algo muito difícil de ser alcançado, pois a população sempre está mudando e o SUS tem que se adaptar a isso. As mudanças iniciais da saúde se deram a partir das lutas dos trabalhadores, que insatisfeitos faziam greves reivindicando mais saúde. A participação social teve grande importância na década de 80 durante a construção do SUS, mas ao longo do tempo essa participação foi diminuindo, mesmo com aquisição de espaços dentro do sistema. Isso se deve a intelectualização do sistema, onde o conhecimento popular é deixado de lado, ferindo um principio básico do SUS da Participação social. Outros problemas que interferem na consolidação do SUS são os problemas de financiamento e gestão, desrespeito da equidade por parte dos profissionais. Mas isso vem mudando, os universitários ja tem o SUS como foco na graduação e a partir das Práticas Integradas em Cuidados de Saúde, a humanização e controle social estão sendo valorizados, agregando os conhecimentos populares.