Slide 1 - Palestras Católicas

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O INÍCIO DA VIDA DE UM ORGANISMO HUMANO:
A CONCEPÇÃO
1
A ORIGEM DO SER HUMANO DE ACORDO COM A EMBRIOLOGIA:
QUESTÃO FUNDAMENTAL DA CONCEPÇÃO CONHECIDA PELA
CIÊNCIA DESDE O SÉCULO XIX
 1827: Karl Ernst von Baer, o pai da embriologia moderna, observou o
ovo ou zigoto em divisão na tuba uterina e o blastocisto no útero de
animais. Nas suas obras Ueber Entwicklungsgeschiechteb der Tiere e
Beabachtung and Reflexion descreveu os estágios correspondentes do
desenvolvimento do embrião.
 1839: Schleiden e Schwan, ao formularem a Teoria Celular, foram
responsáveis por grandes avanços da Embriologia. Conforme tal
conceito, o corpo é composto por células, o que leva à compreensão
de que o embrião se forma à partir de uma ÚNICA célula, o zigoto que
por muitas divisões celulares origina os tecidos e órgãos de todo ser
vivo, em particular o humano. Provando que a vida se inicia a partir do
momento da concepção.
 1879: Hertwig descreveu eventos visíveis na união do óvulo ou
ovócito com o espermatozóide em mamíferos.
(Dra. Alice Texeira Ferreira, médica e professora da UNIFESP)
2
TODOS OS LIVROS DE EMBRIOLOGIA E CIENTISTAS RENOMADOS
AFIRMAM QUE A VIDA SE INICIA NA CONCEPÇÃO

“Não quero repetir o óbvio, mas, na verdade, a vida começa na
Fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos se encontram com
os 23 cromossomos da mulher, todos os dados genéticos que definem o
novo ser humano estão presentes. A fecundação é o marco do início da
vida. Daí para frente, qualquer método artificial para destrui-la é um
assassinato.” (Jérôme Lejeune, descobridor da Síndrome de Dawn)

“Embora a vida seja um processo contínuo, a fertilização é um marco
crítico porque é formado um organismo novo, geneticamente distinto,
quando os cromossomos provenientes dos pró-núcleos do homem e da
mulher se misturam no oócito.Apesar dos vários marcos do período
embrionário, o desenvolvimento é um processo contínuo e não um
processo aos saltos. (Ronan O’Rahilly y Fabiola Muller)

“O desenvolvimento humano se inicia na fertilização, o processo durante o
qual um gameta masculino ou espermatozóide se une a um gameta
feminino ou ovócito para formar uma célula única chamada zigoto. Esta
célula altamente especializada e totipotente marca o início de cada
um de nós, como indivíduo único.” (Keith Moore e T.V.N Persaud)
3
SITUAÇÃO LEGAL BRASILEIRA
 A Constituição Federal (CF/88) assegura, Art. 5º, caput, o direito
inviolável à vida;
 o Código Civil (CC) garante, Art. 2º, a proteção daquele que vai
nascer desde o momento da concepção;
 O Brasil é signatário do pacto San José da Costa Rica que protege a
vida desde a sua concepção e é tido como Norma Constitucional
segundo os termos do Art. 5º, § 2º da CF/88;
 Os direitos e garantias fundamentais da pessoa humana são objetos
de Cláusula Pétrea da nossa constituição, sendo proibida a tramitação
de projetos de lei que os ferem inclusive, como garante o Art. 60, § 4º,
Inciso IV da CF/88;
4
UM EMBRIÃO DE POUCAS SEMANAS ENCONTRA-SE NO INTERIOR DO
ÚTERO DE SUA MÃE: ESTÁ NO INÍCIO DO SEU DESENVOLVIMENTO,
FALTA AINDA UM LONGO CAMINHO A PERCORRER.
Fonte: Nathional Geographic Channel
5
O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO RELACIONA O ABORTO
INDUZIDO DENTRE OS CRIMES CONTRA A VIDA
 Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho
provoque:
Pena – detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos;
 Art. 125.
Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
 Art. 126. Provocar o aborto com o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos.
As penas cominadas nos dois artigos anteriores são
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos
meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe
sobrevém a morte.
 Art. 127.
6
NOS CASOS DE RISCO DE VIDA PARA A GESTANTE E GRAVIDEZ
DECORRENTE DE ESTUPRO
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante
legal.
Observem que na redação do artigo está escrito “não se pune” e
não que o aborto, nesses casos, “não é crime”. Portanto, o aborto
continua sendo ilegal mesmo se realizado em mulheres de gestação
arriscada, ou em vidas resultantes de estupro. Constitui-se, pois,
crime contra uma vida indefesa em qualquer caso.
“Matar alguém é crime. A interrupção da gravidez com a destruição
do produto da concepção é crime de aborto. A lei penal não contempla
a figura do aborto penal, mas torna impunível o fato típico e antijurídico
em determinadas circunstâncias.” (Dr. Jaques de Camargo
Penteado, Procurador de Justiça do Estado de São Paulo)
7
“DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA”
(CÓDIGO PENAL)
 O aborto, portanto, é crime e ilegal para todo e qualquer caso segundo
o que rezam as leis do país.
 Art.286. Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena – detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.
 Art. 287. Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor
de crime:
Pena – detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.
 Aquele que faz apologia da mulher criminosa por matar o filho no
ventre, ou do aborteiro que pratica o ato, está sujeito às penas acima
tipificadas por lei. A CF/88 assegura a todos o direito à liberdade de
expressão, mas esta liberdade tem limites e devem ser respeitados
por todos àqueles localizados em território brasileiro.
8
POR VOLTA DA 8ª SEMANA DE GESTAÇÃO (2 MESES) O
CORDÃO UMBILICAL PASSA A ALIMENTÁ-LO
Fonte: Nathional Geographic Channel
9
O NÚMERO DE ABORTOS ANUAIS NO BRASIL QUE
COSTUMAM SER DIVULGADOS COMO SENDO DA OMS E OS
NÚMEROS DISPONÍVEIS PELO SUS

Dia 12 de abril de 1990, o Jornal do Brasil afirma que a Organização Mundial de
Saúde (OMS) aponta 3 milhões de abortamentos anuais;

Dia 22 de março de 2005, no lançamento da “Política Nacional de Direitos
Sexuais e Direitos Reprodutivos”, a agência do Ministério da Saúde informou
que, segundo a OMS, ocorrem 1,4 milhões de abortamentos anuais no Brasil;

Porém, A Dra. Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança, entrou em
contato com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que a informou,
por meio de fax, que a OMS e a OPAS “não auspiciaram, financiaram nem
realizaram qualquer estudo ou investigação sobre abortos no Brasil”. O
documento é subscrito pelo Dr. David Tejada Rivero, médico e pediatra; na
época, subdiretor geral da OMS;

Disponível no sítio oficial do Sistema Único de Saúde <www.datasus.gov.br>:
ATENDIMENTOS PELO SUS
NÚMERO DE CASOS EM 2004
ABORTOS ESPONTÂNEOS
127.065
TERMINAM EM ABORTO
124.160
ABORTO POR RAZÕES MÉDICAS
1.600
TOTAL
252.825
10
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA

Os dados divulgados na grande mídia sobre a mortalidade materna devido ao
aborto, no Brasil, giram em torno de 300 a 500 mil mortes anuais, os autores
das informações concluem que o aborto é uma das principais causas de
mortalidade materna no país;

Em 24 de junho de 2006, a ACI (Agência Católica de Imprensa) publicou um
artigo sobre as pesquisas de Ruy Laurenti, professor da faculdade de Saúde
Pública da USP, que realizou um estudo sobre a mortalidade de mulheres entre
10 e 49 anos, com ênfase na mortalidade materna, e constatou que a principal
causa de morte entre as mulheres em idade fértil no Brasil é o derrame cerebral,
enquanto que as mortes ocorridas durante ou depois do parto não figuram entre
as dez primeiras causas. Ele afirma que não acontecem 500 mil mortes anuais
devido ao aborto: “o epidemiologista comenta que, se esse número fosse
real, a população feminina brasileira estaria extinta”.

Número absoluto de mortes maternas em decorrência do aborto segundo o SUS:
ANO
Nº.
1996
146
1997
163
1998
119
1999
147
2000
128
2001
148
2002
115
2003
152
2004
156
11
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA

Com menos de 200 mortes anuais por gravidezes que terminam em qualquer
tipo de aborto no Brasil, incluindo os abortos espontâneos, rupturas de
gestações tubárias, molas hidatiformes, produtos anormais de concepção e
abortos não esclarecidos, o Data_Sus registra somente entre 6 a 10 mortes
anuais como aquelas resultantes de falhas de tentativa de aborto provocado:
ANO 1996
TOTAL 146
G.E.
34
M.H.
2
P.A.C. 13
A.E.
6
A.R.M.
1
O.T.A.
6
A.N.E. 72
F.T.A.
12

1997
163
26
6
13
9
1
13
83
12
1998 1999 2000 2001 2002 2003
119 147 128 148 115 152
23
30
27
25
22
36
4
3
2
9
5
3
15
22
12
16
10
21
7
6
5
10
8
8
8
4
13
10
1
18
21
60
64
62
68
45
57
6
9
10
11
7
6
2004
156
29
4
24
17
17
54
11
Legenda: G.E.:Gravidez Ectópica; M.H: Mola Hidatiforme; O.P.A.C.:Outros
Produtos Anormais de Concepção; A.E.: Aborto Espontâneo; A.R.M.:Aborto por
Razões Médicas e (ditas) Legais; O.T.A.:Outros Tipos de Aborto; A.N.E.:
Abortos Não Esclarecidos; F.T.A.:Falhas de Tentativa de Aborto.
12
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, A TAXA DE MORTALIDADE
MATERNA E O NÚMERO DE ABORTOS ANUAIS

Dia 24 de outubro de 2005 no jornal “O Globo”,
os abortistas Thomaz Gollop, obstetra e
ginecologista, juntamente com Lia Machado,
professora de antropologia da UNB afirmaram:
“nos países que legalizaram o aborto (...)
caíram drasticamente as taxas de mortalidade
materna e as de abortamento.”

Um informe do Observatório Regional para la
Mujer de América Latina y el Caribe
(ORLAMEC) conclui, através de comparações
estatísticas, que, de um modo geral, o
determinante para diminuir as taxas de
mortalidade materna é aumentar o número de
pessoal qualificado que assiste uma mulher em
processo de parto. Se a legalização do aborto
diminuísse essas taxas, a Índia, onde o
aborto é amplamente legalizado, não teria a
maior cifra do planeta, pois 1 (uma) de cada
4 (quatro) mortes maternas em todo o
mundo acontece nesse país (Vide Fig.1):
13
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, A TAXA DE MORTALIDADE
MATERNA E O NÚMERO DE ABORTOS ANUAIS

O informe da ORMALC aponta que, depois de 20 anos de legalização,
o número de abortos aumentou 400% na Espanha, onde uma de cada
seis gravidezes termina em aborto e, no Reino Unido, esse número
aumentou 272% .

Por outro lado, ao observar a evolução das taxas na Polônia, que
durante décadas permitiu o aborto sem restrição, e em 1993 o novo
governo decidiu penalizá-lo, o estudo da ORLAMEC verificou que o
número de abortos legais se reduziu a 99.8% (porque nos casos de
estupro, problemas com o feto, ou risco de vida para mãe ainda continua
sendo permitido) e houve também uma diminuição em 73.3% da
mortalidade materna que passou de 15 por 100.000 NV (Nascidos
Vivos) em 1990 para 4 por 100.000 NV em 2000.

Dia 06 de fevereiro de 2007, a agência ZENIT publicou as observações
do Dr. Renzo Puccetti, médico italiano, que refere: “Na Finlândia foram
avaliados os falecimentos de todas as mulheres em idade fértil entre um
ano do término da gravidez; o resultado é que as mulheres que
abortaram voluntariamente tiveram uma mortalidade três vezes
maior em relação àquelas que deram à luz, com uma taxa de
suicídio de 700% (Gisler M, Berg C, Bouvier-Colle MH, Buekens P. Am
J Obstet Gynecol. 2004 Feb; 190(2):422-7).”
14
O CASO PARADIGMÁTICO DA POLÔNIA
15
NA 16ª SEMANA DE GESTAÇÃO (4 MESES), ELE JÁ TEM
QUASE TODOS OS ÓRGÃOS DESENVOLVIDOS. AS MÃOS E OS
PÉS COMEÇAM A MOVER-SE.
Fonte: Nathional Geographic Channel
16
DR. BERNARD NATHANSON, EX-REI DO ABORTO,
E O CASO ROE versus WADE


Em conferência proferida pelo Dr. Bernard Nathanson no “Colegio Médico de
Madrid”, publicada pela revista “Fuerza Nueva”, “Eu fiz cinco mil abortos”,
disponível em <http://www.providafamilia.org.br>, o médico, que hoje luta
contra o aborto, mas já praticou cinco mil diretamente, confessa as
manipulações de estatísticas dos grupos abortistas que ele ajudou a aplicar
nos EUA: “É uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se
praticavam 1 (um) milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que
estes não ultrapassavam de 100 (cem) mil, mas esse número não nos servia
e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos
constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se
aproximavam de 10 (dez) mil, quando sabíamos que eram apenas 200
(duzentas), mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Esta
tática do engano e da grande mentira se repete constantemente e acaba
sendo aceita como verdade”.
Essas táticas culminaram na legalização do aborto em 1973 nos EUA,
coroada com um falso caso de estupro: “Roe versus Wade”: atualmente já
desmascarado pela confissão de Norma McCorvey que se apresentava com o
pseudo-nome Jane Roe para preservar sua identidade e, depois de 30 anos,
converteu-se à causa pró-vida, revelando que sua gravidez tinha sido fruto
apenas de uma aventura, e não de estupro como, de forma sensacionalista,
foi apresentado o caso ao público norte-americano a fim de estender a
legalização do aborto do Texas para todo o país, em todos os casos, sem
restrições; o que, de facto, sucedeu.
17
DRED SCOTT & ROE V. WADE
A ESCRAVIDÃO
SENTENÇA DRED SCOTT DE 1857
Sete Magistrados votaram a favor, dois
em contrário: o negro não é pessoa,
pertence ao seu dono.
Mesmo que possua um coração e um
cérebro e biologicamente seja tido
como humano, um escravo não é
pessoa perante a lei. A sentença Dred
Scott do Supremo Tribunal dos Estados
Unidos o afirma claramente. Por
conseguinte pode-se comprar, vender e
matar o escravo.
Um homem de raça negra só adquire a
sua personalidade jurídica ao ser posto
em liberdade. Antes disto, não nos
devemos preocupar com ele, pois não
tem direitos perante a lei.
O ABORTO
SENTENÇA ROE V. WADE DE 1973
Sete Magistrados votaram a favor, dois
em contrário: O não nascido não é
pessoa, pertence à sua mãe.
Mesmo que possua um coração e um
cérebro e biologicamente seja tida
como humana, a criança não nascida
não é pessoa perante a lei. O Supremo
Tribunal dos Estados Unidos o afirmou
claramente. Por conseguinte o não
nascido pode ser destinado à morte ou
deixado em vida.
Um bebê só adquire personalidade
jurídica ao nascer. Antes disto, não nos
devemos preocupar com ele, pois não
tem direitos perante a lei.
Publicado no jornal “Washington Post”, créditos de “ Woman for the Unborn”
18
DRED SCOTT & ROE V. WADE
A ESCRAVIDÃO
SENTENÇA DRED SCOTT DE 1857
Se você julga que a escravidão é má,
ninguém obriga você a ter um escravo.
Mas não imponha sua Moral aos
outros. A escravidão é legal.
Todo homem tem o direito de fazer o
que queira com aquilo que lhe
pertence.
Acaso não será a escravidão mais
humanitária? Afinal o negro não tem o
direito de ser protegido? Não é melhor
ser escravo do que ser enviado, sem
preparo e experiência, a um mundo
cruel?
O ABORTO
SENTENÇA ROE V. WADE DE 1973
Se você julga que o aborto é mau,
ninguém obriga você a cometê-lo. Mas
não imponha sua Moral aos outros. O
abortamento é legal.
Toda mulher tem o direito de fazer o
que queira com o seu próprio corpo.
Acaso não será o aborto mais
humanitário? Afinal não têm todos os
bebês o direito de ser desejados e
amados? Não é melhor que a criança
jamais chegue a nascer do que
enfrentar, sozinha e sem amor, um
mundo cruel?
Publicado no jornal “Washington Post”, créditos de “ Woman for the Unborn”
19
O ABORTO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (EUA)
20
COM 24 SEMANAS (6 MESES), SOMENTE OS PULMÕES NÃO ESTÃO
COMPLETAMENTE FORMADOS. MAS, SE UM BEBÊ NASCER NESTA
FASE, TERÁ GRANDES CHANCES DE SOBREVIVER.
O bebê mais prematuro do mundo: pezinhos de Amillia Taylor, ela nasceu
com 22 semanas; 284g e 24,1cm em 24/10/2006 (Fonte: ACI; 21/02/2007)
21
AS COMPLICAÇÕES POTENCIAIS DA REALIZAÇÃO DE UM
ABORTO, SEJA ELE CLANDESTINO OU EM CLÍNICAS DE
LUXO, PARA A SAÚDE REPRODUTIVA DA MULHER
 O Método da Aspiração pode lacerar o colo uterino provocada pelo uso de
dilatadores:
- Insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e
no segundo trimestre (10% das pacientes);
- Partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação.
 Perfuração do útero: Acontece quando é usada a colher de curetagem
ou o aspirador . O útero grávido é muito frágil e fino, pode ser perfurado sem
que o cirurgião se dê conta:
- Infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;
- Intervenção para estancar a hemorragia produzida;
- Perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;
- A artéria do útero, nesses casos, freqüentemente, é atingida, criando a
necessidade de histerectomia (extirpação do útero), se não for possível
estancar a hemorragia.
 Hemorragias uterinas: perda de sangue ou fortes hemorragias causadas
pela falta de contração do músculo uterino:
- Necessidade de transfusão de sangue;
- Ablação (extração) do útero, se a hemorragia não for estancada.
Fonte: Vida Humana Internacional.
Disponível: Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
Título: “Aborto: danos e conseqüências”
22
AS COMPLICAÇÕES POTENCIAIS DA REALIZAÇÃO DE UM
ABORTO, SEJA ELE CLANDESTINO OU EM CLÍNICAS DE
LUXO, PARA A SAÚDE REPRODUTIVA DA MULHER
 Evacuação incompleta da cavidade uterina. Necessidade de prolongar
a sucção e de fazer uma curetagem imediata;
- Possibilidade de extração do endométrio (mucosa uterina);
- Formação de aderências no interior do útero e, como conseqüência,
esterilidade, freqüentemente amenorréia (ausência de menstruação);
- Possibilidade de placenta prévia na gravidez seguinte, criando a
necessidade de cesariana.
 Solução Hipertônica Salina (Gravidez de 12 a 20 semanas):
- Retenção da placenta e hemorragia (50% necessitam de curetagem). As
mesmas complicações que uma curetagem pode produzir, com agravante de
uma possível perfuração do útero e da formação de aderências;
- Infecção e endometrite (inflamação da mucosa do útero);
- Hemorragia;
- Coagulopatia e hemorragia abundante;
- Intoxicação por retenção de água; efeitos secundários do soro salino e da
pituita que podem causar falhas de funcionamento do coração e morte;
- Perigo de entrada de solução salina na corrente sanguínea da mãe com
efeitos mortais;
- Possibilidade de gravidez mais avançada do que a informada pela mãe e,
na ausência de um exame sério, poderia abortar uma criança de 2 quilos ou
2 quilos e meio. Esse tipo de aborto apresenta um perigo dez vezes superior
à curetagem. A mortalidade vai de 4 a 22 por mil.
23
NESTA ETAPA, ELE JÁ MEXE OS BRAÇOS E AS PERNAS, PISCA OS
OLHOS, CHUPA OS DEDOS E TEM SEUS PRIMEIROS ACESSOS DE
SOLUÇO. ENQUANTO DORME, CHEGA ATÉ A SONHAR.
Fonte: Nathional Geographic Channel
24
AS COMPLICAÇÕES POTENCIAIS TARDIAS DA REALIZAÇÃO
DE UM ABORTO, SEJA ELE CLANDESTINO OU EM CLÍNICAS
DE LUXO, PARA A SAÚDE REPRODUTIVA DA MULHER
 Complicações tardias do aborto:
1 -Insuficiência ou incapacidade do colo uterino;
2 -Aumento da taxa de nascimentos por cesariana (para permitir que o
bebê consiga viver, mesmo que prematuro);
3 -Danos causados às trompas por possível infecção pós-aborto, causando
infertilidade (em 18 % das pacientes). Maior número de complicações em
mulheres grávidas que anteriormente provocaram aborto (67,5% entre as que
abortaram e 13,4 entre as que não abortaram). Dentre todas as complicações,
a mais grave é a hemorragia, que transforma a nova gravidez em gravidez de
alto risco;
4 -O aborto pode provocar complicações placentárias novas (placenta
prévia), tornando necessária uma cesariana, para salvar a vida da mãe e da
criança;
5 -O aborto criou novas enfermidades: síndrome de ASHERMAN (ruptura
do cólo uterino) e complicações tardias, que poderão provocar necessidade de
cesariana ou de histerectomia;
6 -Isoimunização em pacientes Rh negativo. Aumento, conseqüentemente,
do número de gravidez de alto risco;
7 -Partos complicados. Aumento do percentual de abortos espontâneos nas
pacientes que já abortaram.
Fonte: Vida Humana Internacional.
Disponível: Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
Título: “Aborto: danos e conseqüências”
25
COMPLICAÇÕES FATAIS DO ABORTO SOBRE
A CRIANÇA NÃO NASCIDA
MÉTODO “ASPIRAÇÃO”
DILATAÇÃO E CORTE
ENVENENAMENTO SALINO
26
HYSTERETOMIA
COMPLICAÇÕES DO ABORTO SOBRE
A CRIANÇA NÃO NASCIDA
 Sobre a criança abortada:
- Dores intensas (o feto é sensível à dor);
- Morte violenta;
- Aborto de crianças vivas que se deixam morrer.
 Sobre as crianças que nascem depois:
- Abortos de repetição no primeiro e no segundo trimestre de gravidez;
- Partos prematuros;
- Nascimento prematuro, através de cesariana, para salvar a vida da mãe
e da criança. Trinta e três por cento de abortos são abortos em que as
crianças nascem em posição invertida (de nádegas);
- Parto difícil, contrações prolongadas;
- Gravidez ectópica (fora do lugar) nas trompas (...);
- Malformações congênitas provocadas por uma placenta imperfeita;
- Morte perinatal por prematuridade extra-uterina (50% morrem no primeiro
mês de gravidez);
-Os prematuros que sobrevivem com freqüência são excepcionais
(paralisia cerebral, disfunções neurológicas etc.)
Fonte: Vida Humana Internacional.
Disponível: Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
Título: “Aborto: danos e conseqüências”
27
O COMÉRCIO LUCRATIVO DA VIDA HUMANA
28
AS DORES QUE UM FETO SENTE:
QUANTO VALE A VIDA HUMANA?

Dia 11 de maio de 2004, a agência ZENIT realizou uma entrevista com Dr.
Carlo Bellieni, “Dor comprovada do feto faz cientistas refletirem”, em
que ele afirma: “Hoje sabemos que o feto dentro do útero materno
percebe odores e sabores. Ouve os sons. Recorda-os depois do
nascimento. Desde logo sabemos que o feto, desde as 30 semanas de
gestação, é capaz de sonhar. Todas estas características permitem
apreciar as dimensões humanas. Este paciente, nos últimos anos, foi
objeto de investigação para garantir a saúde desde o útero materno”.

Algumas outras notícias sobre a relação entre feto e dor ocorreram dia
07/06/2006 (ZENIT): “Estudioso de renome mundial demonstra que o
feto experimenta dor”. Na Tribuna da Imprensa, 19 de setembro de 2005,
em: “Fetos choram quando aborrecidos, diz pesquisa”.

A legalização do aborto gera, para as empresas que lidam com esse
“negócio”, lucros imensos.Em 28 de junho de 2006, a ACI noticiou
“Transnacional abortista arrecada quase 900 milhões de dólares por
ano”: “Planned Parenthood Federation of America (PPFA), a maior
organização abortista do mundo” emitiu seu relatório anual, com uma
arrecadação que chega a quase 900 milhões de dólares. O relatório
apresenta uma enorme cifra de abortos realizados por esta organização:
“255,15 mil que geraram 108 milhões de dólares”.
29
AS DORES QUE UM FETO SENTE:
QUANTO VALE A VIDA HUMANA?

Além dos lucros que essas empresas obtêm, depois da legalização da prática
abortiva, existe um comércio clandestino de tráficos de órgãos e partes do
corpo de bebês abortados, como Andrew Goliszek, PhD em Biologia e
Fisiologia pela Universidade Estadual do Utah, denunciou nos Estados Unidos
através do livro: “In the Name of the Science”, publicado em português pela
Ediouro, sob o nome “Cobaias Humanas: a historia secreta do sofrimento
provocado em nome da Ciência”, revelando que um único bebê poderia
render até 14 mil dólares, separado e vendido em peças, para diversas
indústrias de pesquisas científicas:

“Amostra Não-Processada (> 8 semanas) - US$ 70
Amostra Não-Processada (< 8 semanas) - US$ 50
Fígados (< 8 semanas) - 30% de desconto,
se significativamente fragmentados - US$ 150
Fígados (> 8 semanas) - 30% de desconto,
se significativamente fragmentados - US$ 125
Baços (< 8 semanas) - US$ 75
Baços (> 8 semanas) - US$ 50
Pâncreas (< 8 semanas) - US$ 100
Pâncreas (> 8 semanas) - US$ 75
Timo (< 8 semanas) - US$ 100
Timo (> 8 semanas) - US$ 75
Intestinos e Mesentérios - US$ 50
Mesentério (< 8 semanas) - US$ 125
Mesentério (> 8 semanas) - US$ 100
(continua)
30
AS DORES QUE UM FETO SENTE:
QUANTO VALE A VIDA HUMANA?
Rim (< 8 semanas) com / sem adrenal - US$ 125
Rim (>8 semanas) com/ sem adrenal – US$ 10
Membros (pelo menos 2) – US$125,00
Cérebro (< 8 semanas) – 30% de desconto, se
significativamente fragmentados - US$ 999,00
Cérebro ( > 8 semanas) – 30% de desconto, se
significativamente fragmentados – US$ 150,00
Medula Óssea (< 8 semanas) - US$ 350
Medula Óssea (> 8 semanas) - US$ 250
Ouvidos (< 8 semanas) - US$ 75
Olhos (> 8 semanas) - 40% de desconto para um único olho
- US$ 75
Olhos (< 8 semanas) - 40% de desconto para um único olho
- US$ 50
Pele (> 12 semanas) - US$ 100
Pulmões e Bloco Cardíaco - US$ 150
Cadáver Embriônico Intacto (< 8 semanas) - US$ 400
Cadáver Embriônico Intacto (> 8 semanas) - US$ 600
Crânio Intacto - US$ 125
Tronco Intacto com / sem membros - US$ 500
Gônadas - US$ 550
Sangue de Cordão/ Congelamento Instantâneo em Luz 10 SEMANAS
US$ 125
Coluna Vertebral - US$ 150
Medula Espinhal - US$ 35
Preços Válidos até 31 de dezembro de 1999”
31
AS DORES QUE UM FETO SENTE:
QUANTO VALE A VIDA HUMANA?

Um depoimento citado no livro de Andrew
Goliszek, da enfermeira Brenda Shafer,
descreve: “Fiquei de pé ao lado do
médico e o assisti realizar o aborto de um
nascimento parcial em uma mulher que
estava grávida de seis meses. O
batimento cardíaco do bebê era
claramente visível na tela do ultrasom. O médico fez o parto do corpo e
braços do bebê, tudo exceto sua
cabecinha. O corpo do bebê se mexia.
Os dedinhos estavam apertados. Estava
chutando com os pés.
O médico pegou um par de tesouras e as inseriu no dorso da cabeça do
bebê e o braço do bebê sacudiu num recuo, uma reação de sobressalto,
como um bebê faz quando acha que pode cair. Então, o médico abriu as
tesouras. Depois, introduziu o tubo de aspiração em alta potência dentro do
buraco e aspirou para fora o cérebro do bebê. Então, o bebê estava
inteiramente flácido. Nunca mais voltei à clínica. Mas o rosto daquele
menininho ainda me assombra. Era o rosto angelical mais perfeito que já vi”.
32
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
33
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DECORRENTES DO ABORTO EM
GRAVIDEZ “NÃO DESEJADA”
Vários estudos apontam para um agravamento na saúde mental de mulheres que
já realizaram abortos induzidos em sua vida pretérita:
-Dra. Priscila Colleman (EUA):
1 -“Estudo demonstra que aborto pode aumentar risco de maus tratos infantis”
(07/11/2005, ACI);
2 - “Mulheres que abortaram consomem drogas e álcool para superar trauma”
(25/01/2006,ACI);
3 - “Estudo demonstra que adolescentes que abortam têm mais problemas
psicológicos”(01/09/2006, ZENIT).
– David Fergusson (Nova Zelândia): “Estudio revela que el aborto – y no el
embarazo – puede causar problemas mentales” (06/01/2006, ACI).
Quadro típico da Síndrome Pós- Aborto: queda de auto-estima, aversão ao
marido ou amante, frustrações no seu instinto materno, depressão, tentativa de
suicídio, neuroses diversas. Podem ocorrer também desejos conscientes ou
inconscientes por uma gravidez de “substituição” e abortos de repetição devido à
maior atividade sexual pós-aborto. No sítio do Pe. Lodi, presidente do grupo PróVida de Anápolis, existe o exemplo de Juliana. Brasileira, com 25 anos foi morar
em Londres, conheceu um rapaz. Aos 26 anos, engravidou e abortou. Vejamos o
seu depoimento a seguir -►
34
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DECORRENTES DO ABORTO EM
GRAVIDEZ “NÃO DESEJADA”





Frustração no seu instinto materno: “senti que nao era boa o suficiente
pra ser mae...ja que meu namorado falava isso o tempo todo (sic)”;
Insônias: “ele estava com 13 semanas...ja formadinho...era o meu
bebezinho...a pessoinha que eu mais quis na minha vida...mas minha
fraqueza e meu egoismo nao a deixaram vir ao mundo...sonho com essa
imagem a cada noite que eu consigo dormir...qdo consigo...pq ja nao
durmo bem... (sic)”;
Depressão e aversão ao amante: “....chorava muito...o arrependimento
doi na alma...ele chegou um dia do trabalho e me disse q nao entendia o
pq eu chorava tanto... ‘aquilo nao tinha vida’ dizia ele....minha magoa por
ele cresce e cresce a cada dia...pq eu matei meu bebe e ele o ofende
como se nao fosse nada...(sic)”;
Tentativa repetida de suicídio: “Um dia estava tendo mais um acesso de
insanidade...queria me matar novamente...foi uma crise horrivel...eu
chorava muito...fiquei descontrolada...nao tinha ninguém comigo...(sic)”.
Em Londres, na Inglaterra, o aborto é legal desde 1967, a facilidade de
realização do aborto nos países onde a prática é descriminalizada, torna a
luta pela preservação da vida da criança, do ventre até o seu nascimento,
cada vez mais difícil e as estatísticas de registro da realização do aborto
maiores anualmente. Juliana comentava: “algumas coisas aqui me
assustam, como a liberdade de se fazer o que quer sem ser punido(...)
sabe, Padre, aqui tudo e gratuito e acessivel... talvez se eu disser que eu
35
quero me matar eles me ajudem na escolha do metodo tambem!(sic).”
GRAVIDEZ DECORRENTE DE ESTUPRO:
TESTEMUNHOS




A Dra. Alice Texeira, ao escrever o artigo “A origem da vida do ser humano e
o aborto”, refere estudo do ano 2004 feito pela Universidade Federal de São
Paulo em mulheres estupradas e que conceberam uma criança: “Quanto às
vítimas de estupro, que já sofreram um ato de grande violência, não tem
cabimento se propor outro ato de igual violência, como o aborto. Num
levantamento realizado em 2004 na UNIFESP, verificou-se que 80% destas
mulheres grávidas por estupro se recusaram a abortar, e estão contentes com
os filhos, enquanto que as 20% que realizaram o aborto estão arrependidas”.
Testemunhos disponíveis <www.providaanapolis.org.br>:
Alcineide foi violentada quando tinha 15 anos. Seu filho estava com 12 anos na
época do relato e ela já era mãe de mais três filhos com seu marido, que o
menino David, gerado em decorrência do estupro, chama de pai. No
depoimento, fala que não lembra do crime de violação quando olha para David:
“eu amo meu filho mais do que tudo na minha vida”, diz ser totalmente
contra o aborto no caso de estupro porque “um erro não justifica outro”.
Alcineide conta sua experiência enquanto estava grávida: “desde quando a
criança se mexe pela primeira vez dentro do ventre da gente, é uma coisa
mágica, sabe? Você não pensa em mais nada. Fica imaginando a carinha dele
quando nascer... o jeitinho dele... Quando você pegar aquela criança e sentir
que é sua, jamais você vai ter coragem de fazer uma coisa dessas: matar um
bebezinho”.
Luciene, quando indagada se recordava a agressão sempre que olhava para
seu filho, respondeu: “No início, quando você percebe que está grávida, fica
com muita raiva. Mas depois que a criança nasce, você nem se lembra mais do
que aconteceu”.
36
EM BREVE, O BEBÊ ABANDONARÁ A PLACIDEZ DE SUA CASA. A
PLACENTA E OS PULMÕES SINALIZARÃO A HORA DO PARTO E O
PEQUENINO VIRÁ À LUZ!
Fonte: Nathional Geographic Channel
37
‘ANENCEFALIA’
CONCEITO E PERSPECTIVA DE VIDA

Anencefalia significa, literalmente, ausência de encéfalo. Entretanto, esse termo
é impróprio pois, segundo o Dr. Dernival da Silva Brandão, livre docente pela
USP, “não há ausência do encéfalo, mas só de parte dele”. O bebê nasce com
tronco encefálico e, portanto, com capacidade de respirar, de responder a
alguns estímulos e com batimentos cardíacos.

“São relatadas percentagens de nascidos vivos entre 40-60%, enquanto depois
do nascimento somente 8% sobrevive mais de uma semana e 1% entre 1 e 3
meses. Foi relatado um caso único de sobrevivência até 14 meses e dois casos
de sobrevivência de 7 a 10 meses, sem recorrer a respiração mecânica.”
(Comitê Nacional de Bioética da Itália, 1996).

A morte encefálica acontece quando há paralisação de todo o encéfalo,
inclusive do tronco encefálico, devem ser constatadas: apnéia, coma
aperceptivo e ausência de atividade motora supra-espinhal. O ‘anencéfalo’,
pois, não pode ser enquadrado como um “natimorto cerebral”.

O Dr. André Machado Soares, professor de filosofia e especialista em Bioética,
considera que o bebê com ausência de parte do cérebro não terá a mesma
qualidade de vida de um bebê normal, “mas isto não significa que não terá a
mesma dignidade. Muitos confundem dignidade com viabilidade”. O fato de a
viabilidade ser baixa, não diminui a dignidade de ser humano que esta vida tem
e, como tal, deve ser respeitada. (Retirado do livreto: “Vida: O Primeiro Direito
da Cidadania”).
38
‘ANENCEFALIA’
ASPECTOS PSICOLÓGICOS

Dr. Herbet Praxedes, médico e professor da UFF (Universidade Federal
Fluminense), do Departamento de Medicina Clínica, afirma que a mulher
gestante de pessoa ‘anencéfala’ não corre risco de vida se comparada a
uma gravidez normal: “pode haver excesso de líquido amniótico que é
tratado sem que se constitua risco materno maior”.

A médica e psicóloga, Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira observa que uma
mãe gestante de criança com essas especialidades, ao forçar “a
interrupção da gravidez, abortando, não pode assimilar, elaborar e
descobrir o sentido da dor que é obrigada a suportar (...). Não tem a
oportunidade de descobrir o sentido daquela vida que gerou.” Kipman
ainda alega que o processo de elaboração do luto é melhor na medida em
que a mãe pode ver o corpo morto e reconhecer aquele a quem gerou,
medida que o aborto exclui.

“Quando já não somos capazes de mudar uma situação, somos desafiados
a mudar a nós próprios” (Viktor Frankl, In: “Em busca de sentido”, 1991).
39
CONSELHOS PARA LIDAR DIGNAMENTE COM PAIS DE
FILHOS PORTADORES DE ‘ANENCEFALIA’
 A Dra. Elizabeth Kipman, no livreto “Vida: o primeiro direito da
cidadania” recomenda:
1. Apoio de amigos e familiares como amparo efetivo. Não deve
2.
3.
4.
5.
haver projeções das próprias inseguranças sobre o bebê, mas
receber a gestante e seu filho como pessoas inteiras e dignas;
Ouvir essa mãe, acolhendo-a, a fim de que ame seu filho e
vença a própria dor;
Ela e o bebê podem construir, juntos, uma história;
Convidar o pai, se possível, para assimilar a dor e a unidade
com a companheira. Outros filhos são chamados a testemunhar
a aceitação do irmão comprometido e a aprender que a morte
faz parte da vida, integrando o deficiente na sua visão social;
A morte e a destruição podem ser vencidas pelo amor. Porque
a vida vale sempre e tem sua dignidade e valor em qualquer
situação.
40
MARCELA DE JESUS FERREIRA
ANENCÉFALA COM MAIS DE 91 DIAS DE NASCIDA.
ANIVERSÁRIO EM PATROCÍNIO PAULISTA: DATA: 20/11/2006
41
CARTA DE CACILDA SOBRE SUA FILHA MARCELA,
‘ANENCÉFALA’
Patrocínio Paulista, 30 de Novembro de 2006.
Hoje, minha filha está com 11 dias de vida, embora eu considere que ela
começou a viver quando foi concebida dentro de mim. Vida esta que é
abençoada por Deus.
Sabe, meu Deus, ela é muito linda, sorri, mexe muito até aprendeu a dar
gritinhos, enfim ela é perfeita, às vezes dá um susto na gente, mas logo
passa, e volta a sorrir novamente.
Ela é uma princesinha, uma rosa que veio enfeitar a minha vida, uma jóia
de muito valor que o Senhor me confiou para eu cuidar até que venha
buscar. Sabe, meu Deus, sei que vou sofrer, mas tenho a certeza que o
Senhor vai me consolar, pois amo muito a minha filha, desde quando ela
estava em meu útero.
Quando ela estava em meu útero, os médicos não davam esperança
nenhuma, pois acreditavam que ela não sobreviveria, mas ela está aqui até
quando o Senhor quiser.
Todas as vezes que eu vinha ao médico, saía triste, mas logo ficava feliz
novamente por sentir o bebê mexendo e chutando a minha barriga, não sabia
o sexo, mas já a amava mesmo assim.
Ao mesmo tempo, parecia que ela estava me conformando, conversando
comigo através dos chutes que ela me dava. Como se estivesse me
agradecendo por não ter tirado a vida dela.
Cacilda Galante
42
TODOS TEMOS O DEVER DE PROTEGER A VIDA HUMANA:
NASCER É UM DIREITO!
43
PROTEJA A VIDA HUMANA DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ A
MORTE NATURAL.
UM PRESENTE DE DEUS CONFIADO A VOCÊ,
NÃO O DECEPCIONE!
44
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