Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, A Vida é o valor máximo e essa verdade vem sendo afirmada pela história dos povos que, desde as primeiras civilizações criavam seus meios, rudimentares ainda, simplesmente para salvar suas vidas e a dos seus, sobretudo a vida dos mais indefesos. E assim tem sido o proceder do homem por séculos. Atualmente com os desenvolvimentos tecnológicos, os avanços nas técnicas de medicina, de biotecnologia, dos vários campos do conhecimento, o homem goza de meios que deveriam lhe assegurar uma cômoda situação de segurança. Uma garantia de que sua vida não lhe será extraída por fatalidades naturais ou extraordinárias que antes o homem era obrigado a suportar passivamente, pois não dispunha dos meios para defender-se. Mas os verbos que acabo de usar denunciam a realidade: “deveria, poderia”, mas não é assim. A ameaça à vida saiu da natureza, já não está na enfermidade que mata, e nem nas fatalidades casuais. Hoje, a ameaça à vida está no próprio homem, um homem que é capaz de matar até seu irmão, quando ele ainda está no ventre de uma mulher que todos nós aprendemos a chamar de Mãe. 1 Esta realidade aqui denunciada, Srs. Deputados, não é exagero, nem muito menos invenção da nossa imaginação, ela é real e está presente entre nós e na nossa sociedade. No último dia 2 de agosto passado aconteceu um SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE REFORMA LEGAL PARA AVANÇAR NA PROTEÇÃO DOS DIREITOS SEXUAIS E REPROD UTIVOS NO BRASIL promovido com recursos públicos da Secretaria das Mulheres, pelos dólares da Fundação Ford e pelos movimentos feministas financiados. Confesso que fiquei perplexo pela forma com que o tema foi abordado pelos expositores e participantes daquele evento. As palavras, as expressões, os métodos que os militantes usaram para defender sua causa é quando pouco desrespeitosa, para não dizer desumana. Pasme, Sr. Presidente, fere os ouvidos de quem ama a vida escutar expressões como: “geleinha” referindo-se a um embrião, e é triste permitir que uma pessoa no início de sua vida seja chamada de “montinho de células”, como se a vida fosse adquirida com o passar do tempo, por prestação, ou seja, é menos pessoa humana quem menos tempo de vida tem. A vida se recebe uma vez e em sua totalidade, logo a dignidade de Pessoa Humana é devida ao homem desde o primeiro instante de sua existência 2 no seu estado inicial, em um estado ainda embrionário. Os métodos dos movimentos próaborto e pró-mortes feministas não são democráticos, por não permitirem o acesso a seus seminários e eventos, e mais ainda, quando retiram deles integrantes do movimento pró-vida. O que eles temem? o que querem esconder? Ora, quem não deve não teme. Talvez temam que seus métodos desleais de burlar a inocente opinião de milhares de mulheres que aderem, inconscientemente, a seus slogans repetitivos de “defesa da mulher”, “controle de natalidade” “direitos reprodutivos” que escondem a prática criminosa do aborto. O PRONA, como é de conhecimento de todos, é contra essa prática desumana do aborto, defendendo a vida desde a concepção até a morte natural, e é o único partido 100% a favor da vida, da dignidade insubstituível da Pessoa Humana e dos valores perenes da moral, não de uma moral particular ou contingente, mais uma moral natural e universal. Mas como mencionei anteriormente Sr. Presidente, esta ameaça à vida está presente aqui entre nós, por meio de projetos que buscam desde a aprovação à descriminação do aborto, isso sob o sofisma de que, nos países nos quais essa prática foi legalizada, o número de aborto diminuiu. 3 Essa é uma manipulação de um dado falso que não é conforme a realidade, logo não é verdade. Em países como a Espanha, Rússia e vários outros que legalizaram a prática do aborto, o número de casos praticados aumentou consideravelmente. O que lamentamos pois, nós que amamos a vida e defendemos os santos inocentes que não têm o direito de viver e de conhecer a vida para a qual foram criados. Nós não podemos aprovar estes projetos que na verdade se chamam sentença de morte dos inocentes. Srs, Deputados, segundo o projeto descabido da descriminação do aborto proposto pelo governo, poder-se-ia abortar até a 12ª semana de gestação e quando a gravidez fosse fruto de violência sexual até a 20ª semana. Os direitos inalienáveis da pessoa devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política. Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, e também não representam uma concessão da sociedade e do Estado, pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa em razão do ato criador do qual esta se origina. Não é cabível uma lei que contrarie a natureza de Deus. Não vamos brincar irresponsavelmente com a vida, nem fazer deste tema um jogo político. Vamos cumprir com o nosso dever de representar o povo, 4 sabendo que o povo é contrário à legalização do aborto. Muito obrigado , Boa tarde à família brasileira. Elimar Máximo Damasceno PRONA-SP 5