ABSOLUTISMO O absolutismo foi a centralização despótica do poder nas mãos de um soberano. Os meios usados por estes monarcas para conseguir e justificar a centralização total do poder nos ajudam a evitar que isso ocorra nos nossos dias ABSOLUTISMO - O Estado Absolutista dominava a tal ponto a vida política da sociedade européia que um rei pôde dizer de si mesmo: “O Estado sou eu” (Luís XIV, França); PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Concentração do poder político nas mãos dos reis; O povo é considerado súdito Unificaçã o monetária Formação de uma burocracia Arrecadação de impostos Formação de um exército JUSTIFICANDO O ABSOLUTISMO - VÁRIOS TEÓRICOS EMPENHARAMSE EM EXPLICAR E JUSTIFICAR O ABSOLUTISMO: - THOMAS HOBBES; JACQUES BOSSUET - THOMAS HOBBES (1588- 1679) Em sua obra Leviatã, explicava racionalmente o absolutismo, partindo do princípio de que os homens em seu estado natural viviam constantemente em luta entre si, obedecendo somente a seus próprios interesses individuais (“o homem é lobo do homem”). Assim, para organizar a sociedade e permitir seu pleno desenvolvimento, os indivíduos cediam todos os seus direitos ao Estado, personificado na figura do rei, que através de um governo despótico, garantiria a segurança da nação, através do contrato social, onde cada um abriria mão da sua liberdade em favor de um governo absoluto, capaz de garantir a ordem, a direção e a segurança no convívio social. Era assim que Hobbes justificava o poder absoluto do governante do Estado: como uma condição necessária para se alcançar a paz e o progresso da sociedade. O poder do Estado nasceria do contrato social, no qual a vontade do governante valeria como a vontade de todos. Buscar o bem estar do povo seria o dever básico de quem ocupasse o poder. JACQUES BOSSUET (1627 1704) Bispo francês que viveu durante o governo de Luis XIV, da França, cujo governo foi considerado o auge do absolutismo monárquico, Bossuet defendeu a teoria da origem divina do poder real. O rei age como ministro de Deus na Terra. Segundo essa teoria, o poder do rei era absoluto porque vinha de Deus. Logo, ele devia satisfação de seus atos apenas ao Criador. ABSOLUTISMO - UMA SOCIEDADE ESTAMENTAL Quando o rei concentrou o poder em suas mãos, manteve como compensação muitos dos privilégios da nobreza e do clero, além da separação rígida entre os diversos grupos sociais. A sociedade estamental, portanto, não oferecia possibilidades de mobilidade social. Ex: o filho de um camponês deveria permanecer camponês pelo resto da vida, sem nunca chegar a ser nobre. A sociedade estamental estava, geralmente, dividida em três grandes estados. O primeiro estado era o clero; o segundo estado, a nobreza. A maioria da população estava reunida no terceiro estado, grupo composto de burgueses, artesãos, trabalhadores assalariados e camponeses. O terceiro estado não tinha poder de decisão na vida pública e era desprovido de privilégios. ABSOLUTISMO FRANCÊS •Características absolutistas podiam ser identificadas na monarquia francesa desde o século XVI. •O reinado de Luis XIV é considerado o mais tradicional ou um modelo de absolutismo monárquico. •Século XVI – O reino da França envolveu-se em uma sucessão de guerras contra forças militares de vários reinos do continente. •Em meio a esse longo período de guerras, o catolicismo, abalado pelas reformas religiosas, voltou-se a ser a religião oficial na França, depois de novas perseguições aos protestantes. •O rei Luis XIV, nesta época ordenou a construção de um grande palácio em Versalhes, nas proximidades de Paris,onde reuniu sua corte de cerca de 20 mil pessoas. As atividades produtivas e as finanças foram reorganizadas no país, Luis XIV estimulou a criação de companhias de comércio, ampliando o poder marítimo e o império colonial francês. • O Sol foi o símbolo adotado por Luis XIV, querendo dizer que a “luz” da França irradiava do rei – por isso ele foi chamado de Rei Sol. Atribui-se a esse monarca uma frase usada para tentar definir o absolutismo monárquico:’L État c’est moi” – O Estado sou eu. • “O ESTADO SOU EU” “É exclusivamente na minha pessoa que reside o poder soberano... É só de mim que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade; (...) a ordem pública inteira emana de mim, e os direitos e interesses da Nação (...) estão necessariamente unidos com os meus e repousam unicamente nas minhas mãos.” PALÁCIO DE VERSALHES: ABSOLUTISMO NA INGLATERRA Na Inglaterra , o processo de centralização dos poderes nas mãos do rei ocorreu a partir do final do século XV e teve continuidade no reinado de Henrique VIII e Elizabeth I. Em razão de conflitos religiosos, o rei Henrique VIII confiscou os bens da Igreja e fortaleceu-se mais diante da nobreza e da burguesia. Mas o absolutismo real inglês encontrava uma barreira no Parlamento. Elizabeth I (1558 – 1603) - auge: Retomada do anglicanismo. Colonização da América (Virgínia). Vitória sobre a “Invencível Armada” (ESP). Dinamização do comércio. Intensa atividade burguesa. Início da supremacia naval inglesa. Império colonial se expandiu na América do Norte, nas Antilhas e em partes da África.