HLA-F - PRPPG

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VARIABILIDADE GENÉTICA DO GENE HLA-F EM UMA
AMOSTRA DE AFRO-BRASILEIROS DO SUL DO BRASIL
Fernanda Alcântara
UFPR/TN
Prof.ª Dr.ª Valeria Maria Munhoz Sperandio Roxo
INTRODUÇÃO/OBJETIVO
O MHC (Major Histocompatibility Complex ou Complexo
Principal de Histocompatibilidade) é constituído por um grupo de
genes que codificam a síntese de glicoproteínas de superfície
celular e nos seres humanos este complexo se chama complexo
HLA (Human Leukocyte Antigen) (PONTES et al., 1998). Eles
estão frequentemente em desequilíbrio de ligação (ou seja,
segregam-se conjuntamente), o que pode refletir uma vantagem
seletiva para certas combinações alélicas ou uma mistura recente
de populações; além disso, certos alelos HLA são mais frequentes
em determinadas etnias ou doenças, o que pode indicar uma
associação positiva (de susceptibilidade às doenças) ou negativa
(de resistência às mesmas) com estes alelos em se tratando de
patologias (ANTUNES; MATOS, 1992; PLAYFAIR; LYDYARD,
1999). Os genes HLA são polimórficos e são avaliados
principalmente para a definição de doadores compatíveis no caso
dos transplantes e para a definição do diagnóstico de inúmeras
doenças (PLAYFAIR; LYDYARD, 1999). O presente projeto de
pesquisa teve como objetivo principal estudar a variabilidade
genética dos éxons 1, 2 e 4 do gene HLA-F.
MÉTODO
Foram analisadas 159 amostras de indivíduos sadios, doadores
voluntários de medula óssea e que se auto-denominaram afrobrasileiros segundo a metodologia proposta e descrita por
MANVAILER (2012), que consistia em submeter as amostras à
extração de DNA com posteriores etapas de amplificação,
purificação, precipitação e sequenciamento.
CONCLUSÕES
A caracterização genética de uma população faz-se necessária e
importante ao passo que auxilia na definição de seu perfil
genotípico, capaz de influenciar na susceptibilidade à doenças e
na definição de possíveis doadores de órgãos.
RESULTADOS/DISCUSSÃO
Em relação às frequências alélicas, houve uma notável semelhança
entre as frequências de expressão dos alelos F*01:01 e F*01:03 entre
as populações de negroides e euro-brasileiros. Enquanto que os alelos
F*01:02 e F*01:04 foram mais frequentes na população negroide. Em
relação aos genótipos, pode-se observar que nos negroides há maior
variedade
que TABELA 8 – Frequências genotípicas do gene HLA-F em
entre os euro- negroides e euro-brasileiros
brasileiros.
O
NEGROIDES1
EURO-BRASILEIROS2
genótipo HLA-F
n=159
n=199
GENÓTIPO
*01:01/*01:02
é
Freq. abs.
Freq. abs. (freq. rel.)
duas vezes e meia
(freq. rel.)
mais frequente em
152 (76,38%)
negroides que em HLA-F*01:01/*01:01 115 (72,32%)
euro-brasileiros e HLA-F*01:01/*01:02
2 (1,26%)
1 (0,50%)
o genótipo HLA-F HLA-F*01:01/*01:03
35 (22,01%)
42 (21,10%)
*01:03/*01:03
é
4 (2,52%)
2,4 vezes mais HLA-F*01:01/*01:04
1 (0,63%)
frequente
nos HLA-F*01:02/*01:03
euro-brasileiros.
HLA-F*01:03/*01:03
1 (0,63%)
3 (1,51%)
HLA-F*01:03/*01:04
1 (0,63%)
1 (0,50%)
REFERÊNCIAS
ANTUNES, L. J.; MATOS, K. T. F. Imunologia médica. 1ª Ed.
São Paulo: Atheneu, 1992.
MANVAILER, L. F. S. Análise de polimorfismos do gene
HLA-F em amostras de euro-brasileiros da cidade de
Curitiba/PR. Curitiba, 2012.
PLAYFAIR, J. H. L.; LYDYARD, P. M. Imunologia médica. 1ª Ed.
Rio de Janeiro: Revinter, 1999.
PONTES et al. Dosagem de HLA classe I solúvel no soro humano
normal e de pacientes renais pré e pós-transplante. Jornal
Brasileiro de Nefrologia, n. 4, vol. 20, Rio de Janeiro, 1998.
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