IDENTIFICAÇÃO DOS ALELOS HLA DE CLASSE I E CLASSE II EM PACIENTES CO-INFECTADOS COM HANSENÍASE E AIDS. SILVA, S.M.U.R.1; CARVALHO, C.P.M.1; MARCOS, E.V.C.1; SOUZA, F.C.1; URA, S.1; ALMEIDA, R.A.M.B.2 1 Instituto Lauro de Souza Lima – Bauru/SP, Brasil. 2Faculdade de Medicina da UNESP – Botucatu/SP, Brasil. e-mail: [email protected] Introdução: O HLA tem sido amplamente estudado, na tentativa de elucidar os mecanismos que direcionam a forma clínica na hanseníase. Existem associações positivas dos alelos HLA-DR2 e HLA-DR3, com a forma tuberculóide (HT) e do alelo HLA-DQ1, com a virchoviana (HV). No HIV os alelos de classe I, HLA-B35 e HLACw4 parecem estar mais fortemente associados com a deterioração imunológica e rápida progressão para a aids e HLA-A1, HLA-B8, HLA-B27, HLA-Cw7 e os de classe II, HLA-DR3 e HLA-DQ2 com progressão lenta da doença. Não se tem, até o momento, nenhum dado na literatura descrevendo a participação dos alelos HLA em indivíduos co-infectados com HIV/Mycobacterium leprae. Objetivo: identificar os alelos HLA de classe I (-A, -B e Cw) e de classe II (-DR e -DQ) em pacientes coinfectados com hanseníase/HIV. Casuística e Métodos: foram estudados nove pacientes co-infectados com hanseníase e HIV, no Instituto Lauro de Souza Lima, no período de 1981 a 2006. A tipificação HLA foi realizada pelo método de PCRSSP. Foram também avaliadas a forma clínica da hanseníase, baciloscopia, reação ao antígeno de Mitsuda, contagem de linfócitos T CD4 e carga viral. Resultados: a presença de alelos associados com rápida progressão da aids (HLA-B35 e Cw4), em 5 pacientes, não influenciou na forma clínica da hanseníase, 2 deles manifestaram HT. Conclusão: Embora a infecção pelo HIV cause profundos danos no sistema imune, não houve direcionamento para a forma virchoviana multibacilar como se poderia esperar.