As civilizações hebraica e fenícia. Hebreus • Originários da antiga Palestina estreita faixa de terra cercada pela Fenícia (Líbano), Síria, Deserto da Arábia e Mediterrâneo, região cortada pelo Rio Jordão centro de rotas comerciais da Antiguidade. Hoje Estado de Israel e da Autoridade Nacional Palestina, no Oriente Médio. • Área colonizada por diversos povos, com forte herança histórica de judeus e árabes. • Judeus julgam-se com direitos históricos sobre a região, árabes palestinos dizem possuir direitos adquiridos após longa ocupação. • Civilização hebraica origem semita. Rio Jordão traz fertilidade à região; em outras áreas, viviam grupos nômades de pastores um deles era formado pelos hebreus, organizados em clãs patriarcais seminômades, criadores de gado em oásis dos desertos da Arábia. • Sociedade se consolida no 2º milênio antes de Cristo, época em que Egito e Mesopotâmia já era grandes impérios. • Principal fonte de pesquisa sobre a história dos hebreus Torá, ou Pentateuco (cinco primeiros livros do Antigo Testamento – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) • Hebreus – povo eleito de Deus (Iawé, Jeová) – que escolheria certos membros do grupo para comandar os demais – Abraão, Isaac, Jacó, Moisés • Sociedade patriarcal, famílias numerosas. Meninos treinados a partir dos 10 anos para vida na tribo, meninas preparadas para o casamento, a partir do qual passavam a ser propriedade dos maridos. • Sociedade escravocrata – dois grupos de escravos hebreus e estrangeiros (prisioneiros de guerra) • Fase inicial de organização política e econômica Período dos Patriarcas – sacerdotes, juízes, chefes militares, autoridade política e moral do clã – conduziam descendentes e rebanhos de oásis a oásis. Exílio no Egito • Tradição bíblica – por volta de 1750 a.C., fogem da seca e migram para o Egito, fixando-se no delta do Nilo, permanecendo por 400 anos no Egito dominado pelos hicsos. Quando esses últimos foram expulsos do Egito, hebreus passaram a ser perseguidos e escravizados. • Liderados por Moisés, deixam o Egito e iniciam retorno a Palestina (Êxodo), fato não comprovado pela história • Êxodo da identidade cultural ao povo judeu – bandos de hebreus tornam-se um povo baseado no culto de um Deus único. • Moisés recebeu de Iaweh, no Monte Sinai, as Tábuas da Lei (Decálogo, ou Dez Mandamentos) – regras civis, morais e religiosas. • Crença num Deus único + Dez Mandamentos primeira grande religião monoteísta – judaísmo. Influencia cristianismo e islamismo. Bíblia é livro sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos. • Papel na história pouca importância política e econômica, mas grande influência cultural a partir de sua religião monoteísta. Estado hebraico e decadência • Retorno do Egito, lutas contra cananeus e filisteus, intuito de se fixar novamente na Palestina necessidade de um poder unificado, estabelecendo-se a monarquia hebraica. • Primeiro rei hebreu – Saul. Inicia luta contra filisteus, é sucedido por Davi. • Davi, jovem guerreiro – derrotou povo inimigo (mata o gigante filisteu Golias), conquista toda a Palestina, estabelece capital hebraica em Jerusalém, unifica tribos hebraicas, centralizando o poder. • Auge da monarquia hebraica séc. X a.C. com Salomão, filho de Davi – sociedade alcança certo desenvolvimento econômico, poder centralizado com organização de burocracia e sedimentação de diferenças sociais (aristocracia e pequena elite proprietária). • Estado, luxo da corte, guerras aumento de impostos, exploração da mão de obra de camponeses e escravos – insatisfação. • Com a morte de Salomão, seu herdeiro, Roboão, não mantém o Estado unificado – divisão entre norte (Reino de Israel, rei Jeroboão, capital Samaria), e sul (Reino de Judá, rei Roboão, capital Jerusalém). • Revoltas e divisão facilitam a conquista por assírios e babilônicos – Nabucodonosor (586 a.C.) escraviza o povo hebreus, reconquistam independência com persas (539 a.C.), caem sob domínio macedônico (300 a.C.), enfrentam romanos (70 d.C.) e são obrigados a deixar a região e que viviam e se espalhar pelo mundo. Fenícios • Povo de origem semita, desde 3000 a.C. localizados entre montanhas e Mediterrâneo oriental (Líbano e pedaço da Síria) – dificuldades geográficas, Estados mais poderosos do Crescente Fértil povo fenício se expande para a costa do Mediterrâneo – tornam-se marinheiros e comerciantes. • Não tiveram Estado centralizado – organizavam-se em cidades-Estado, com seus próprios governantes e formas administrativas. • Atividade mais importante comércio, realizado nos portos – de tempos em tempos, algumas cidades ganhavam mais importância e hegemonia que outras. Primeira – Biblos, depois Sídon e Tiro. • Com o fim do domínio de Creta sobre o Mediterrâneo (1200 a.C.), fenícios tornaram-se os mais importantes comerciantes. Estabeleceram contatos entre Europa, norte da África, Ásia. Comercializaram vários produtos – tapetes, cavalos, joias, ervas aromáticas, criaram rotas de navegação e núcleos de comércio por todo o Mediterrâneo. • Com o comércio e as navegações, desenvolvem matemática. Pela necessidade de uma escrita para registro comercial, desenvolvem série de 22 sinais que, combinados, representavam o som da fala – alfabeto, mais fácil que hieróglifos, mais ágil que escrita cuneiforme.