Planejamento Regional II Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz REB – 2015 Brasil primário exportador (ilhas econômicas regionais) ________________________________ Brasil urbano-industrial (economia nacional regionalmente localizada) Bases da desigualdade regional no Brasil Segundo Wilson Cano, as bases das desigualdades regionais no Brasil são forjadas entre 1880 e 1930 Séc. XX: paradigmas do desenvolvimento e aprofundamento das desigualdades regionais • Industrialização/mineração • Agricultura moderna, científica (agronegócio) • Serviços/Turismo O Processo de globalização e os novos desafios ao planejamento regional AGENTES GLOBAIS Nação (ente regulador/regulatório da economia e do desenvolvimento) Agentes e interesses locais CF 1988 – Divisor de Águas • Contexto histórico: avanço do neoliberalismo/financeirização da economia • Novos paradigmas: • Descentralização Administrativa • Planejamento participativo • Prática: o planejamento governamental mantém traços que lhe deram visibilidade durante a ditadura (Galvão & Brandão, 2003) Paradoxo • Embora a Constituição Federal de 1988 atribua à questão regional um status de “princípio geral”, na prática, nos anos que se seguiram à sua aprovação praticamente não houve planejamento regional no Brasil, tendo ocorrido, inclusive, um desmonte das instituições ligadas ao planejamento regional no país (sobretudo a partir da Reforma Collor, de 1990), como concluiu SILVA (2014). O Desmonte da polity do Planejamento Regional • Extinção da Sudeco e da Sudesul, em 1990 • Transformação da Sudene e da Sudam em Adene e ADA, respectivamente, Agências executoras de políticas públicas e não mais formuladoras destas. OS ENIDS (PPA 1996-1999): fundamentos • Relação entre espaço e transportes; • Entendimento de que a grande obra de infraestrutura revaloriza empreendimentos produtivos preexistentes e estimula e surgimento de novos; • Fundamentado nas ideias de logística, competitividade e “custo Brasil” • Mérito de recolocar o debate sobre a espacialidade do desenvolvimento brasileiro; (Galvão & Brandão, 2003) ENIDS Eixos de Desenvolvimento Fonte: BRASIL (2003) apud SILVA ( 2014) Áreas de Influência Fonte: EGLER (2001) apud SILVA ( 2014) A PNDR (2006/7) APNDR visa à redução do inaceitável fosso de desigualdade social e regional que se aprofundou ao longo da história brasileira, alijando milhões de brasileiros do alcance das ações do poder público e dos benefícios do progresso...(Brasil, 2006) Diagnóstico da PNDR • Padrão de ocupação territorial heterogêneo, desigual e ainda por consolidar; • processo de interiorização lento embora marcante; • Rendimento domiciliar distanciando N e NE do restante do país • Território seccionado pelo desnível educacional. (Fonte: Brasil, 2006) PNDR-Espaços Prioritários Fonte: BRASIL (2012) apud SILVA ( 2014) Algumas características da PNDR • Superação do paradigma das macro-regiões homogêneas • Abordagem multiescalar • Rompimento com a lógica de “política federal” (inclui os distintos entes federados no processo de planejamento) SILVA (2014) Referências Bibliográficas • BACELAR, Tania. O Brasil ainda precisa se consolidar como nação: depoimento (Maio/2006). Brasilia: Boletim Regional. Entrevista concedida a Eduardo Ferreira, pp. 14-22. • BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Construindo um Brasil de todas as regiões: catálogo exporegiões. Brasília: DF, 2006. • GALVÃO, Antonio. C. & BRANDÃO, Carlos. A. Fundamentos, motivações e limitações da proposta dos “Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento”. In: GONÇALVES, Maria F.; BRANDÃO, Carlos A.; GALVÃO, Antônio C. Regiões e cidades, cidades nas regiões – o desafio urbano-regional. Rio Claro: Unesp, 2003, pp. 187-205. • SILVA, Simone Affonso da. O planejamento regional brasileiro pós-CF 88: instituições, políticas e atores. 2014. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014.