O TRABALHO EDUCATIVO: REFLETINDO COM OS FUNCIONÁRIOS. Docente: Maria Madselva Ferreira Feiges Diretora Geral do CEP Curitiba, 23/07/08 “Ninguém conseguiu inventar um computador capaz de sentir, de comprometerse com o entorno, de chorar ou de rir. (Restrepo,2001,p.18) Quando a ternura e o carinho se imiscuem nas rotinas da vida diária, tornamo-nos capazes de responder com atitudes amorosas e afetivas as desigualdades que geram resistência e violência. A ternura e a solidariedade constroem laços amorosos com os outros para enfrentar e destruir o medo, a solidão e qualquer forma de manipulação . Que tipo de sentimento nos aproxima? Quais sentimentos nos separam? Com quem e por que fazemos alianças? As crianças não perdem a ternura , o carinho ... São sempre aprendizes de atitudes amorosas. São acolhedoras , simpáticas e alegres! Não temem o fracasso: caem, levantam e recomeçam tudo de novo! Os adultos reformulam suas verdades, exprimem novos sentimentos de cortesia, respeito e generosidade. Somos capazes de conhecer com intensidade nossos limites e propor formas colaborativas de resolver problemas, banindo a desconfiança, a apatia, a intolerância, o comodismo, o individualismo, a resistência à mudança, as prática de acusações e qualquer forma de violência. O ser humano ao ver-se obrigado a transformar suas atitudes, a superar seus limites, reconfigura sua vida cotidiana com base nas possibilidades de interagir com o outro, de ajudar-se mutuamente, no verdadeiro sentido de encontro inter-humano.. A paciência, o afeto, a ternura, a ética, a responsabilidade individual e coletiva, o toque amoroso e o diálogo fundamentam a autoridade e a liberdade do exercício profissional. As diferentes formas de trabalho humano e o esforço utilizado para produzir uma vida digna deve igualmente produzir em cada um de nós as condições de nos tornar mais humanos , mais respeitosos e mais solidários consigo mesmo e com os outros. A ternura é um conjuro social destinado a colocar um dique à nossa agressividade para que não se transmute em violência destruidora. (p.53) É preciso reconhecer a necessidade de convivência respeitosa com o outro e entender que o meu trabalho depende necessariamente das relações de inter-dependência com outros colegas. Acolher o outro, especialmente o excluído,o desigual é, sem sombra de dúvida, cultivar os mais nobres sentimentos de respeito e de justiça social, ou seja, o desejo mais profundo de transformação social. Sou capaz de “encarar” o cotidiano sem fazer pré-julgamento do outro? Sou capaz de excluir qualquer atitude preconceituosa? “ Não é o favelado que “ deve ter vergonha da condição de favelado, mas quem, vivendo bem e fácil, nada faz para mudar a realidade que causa a favela.” ( Freire, Paulo,2000,p.91) “ Olhando para minhas mãos, vejo as mãos de muitos outros trabalhadores que também constroem comigo um mundo melhor”. Vamos retomar nossos compromissos profissionais? Quais são os meus direitos? Quais são os meus deveres? Que resultados esperam sobre o meu trabalho? O que o Colégio espera do trabalho de todos nós? Qual é a minha tarefa específica? Preciso de ajuda para realizá-la? Quando preciso de ajuda, a quem recorro? Encontro respostas satisfatórias que permitem melhorar meu desempenho pessoal e profissional? “ Dou valor a falsas aparências e estratégias de sedução que mascaram a realidade e envenenam as relações entre os demais colegas?” Aquele que busca construir com responsabilidade ética a sua própria profissionalização,assume compromissos corajosos com as mudanças na organização escolar. Reconhece que a violência deve ceder lugar à paz ,ao amor fraterno e generoso, à convivência com o diferente, à verdade que elimina o falseamento da realidade. Reconheço que a alegria e a cortesia constituem aspectos favoráveis do meu fazer cotidiano? Temos medo de amar? Sabemos enfrentar conflitos? Você decide? Nós decidimos! Somos responsáveis pelos processos de mudança no CEP!