indivíduos portadores de déficit auditivo e perda total da audição

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INDIVÍDUOS PORTADORES DE DÉFICIT AUDITIVO E
PERDA TOTAL DA AUDIÇÃO: ACESSIBILIDADE À SAÚDE
Diene A. Seixas2 ,Thaíssa G. B. de Figueiredo1, Átila da S. e Souza1, Nathália V. Santos1 , Renan D. Bragança 1, Carolina R. Costa1, Marília Vilela1, Ana Paula A. Dias1, Virgínia
Sheila X. Silva1, Leonor Bezerra Guerra 3.
1-Aluno(a) voluntário - Faculdade de Medicina, 2-Aluna bolsista - Faculdade de Medicina , 3-Coordenadora - Instituto de Ciências Biológicas.
Área temática: Educação
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
Os portadores de perda auditiva são, dentre os
deficientes, os que enfrentam maior dificuldade de
inclusão na sociedade pois, independentemente da
linguagem que utilizem, podem enfrentar dificuldades
na comunicação efetiva, inclusive quando buscam
atendimento em saúde.
Em 2002 a legislação brasileira reconheceu a
LIBRAS como meio legal de comunicação através da
lei nº.10.436 e o Decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro de 2005, Capítulo VII, garante às pessoas
portadoras de perda auditiva, o direito à saúde,
sendo que a partir de um ano da publicação deste
Decreto, os serviços públicos de assistência à saúde,
devem garantir:
IX – atendimento às pessoas surdas ou com
deficiência auditiva na rede de serviços públicos de
assistência à saúde, por profissionais capacitados
para o uso de LIBRAS ou para sua tradução e
interpretação;
X – apoio à capacitação e formação de
profissionais da rede de serviços do SUS para o uso
de LIBRAS e sua tradução e interpretação.
Mesmo diante dessa requisição pela lei, não
observamos no curso médico da UFMG estratégias
específicas para sensibilização do estudante de
medicina no referente à relação médico-paciente
surdo.
O
projeto
COMUNICA
(PROEX/UFMG)
desenvolve atividades visando propiciar ao estudante
de medicina oportunidade de reflexão sobre este
tema.
Quatro instituições de saúde de Belo Horizonte participaram da
pesquisa, sendo três hospitais gerais e um centro de saúde. Um
dos hospitais gerais dificultou o acesso dos membros do projeto aos
responsáveis aptos a responder o questionário. Das informações
obtidas nas três instituições que responderam o questionário,
percebeu-se que:
Atendem pacientes surdos
Acompanhantes auxiliam e há indução à leitura labial
Não utilizam medidas facilitadoras de atendimento ao deficiente auditivo
Não houve até hoje qualquer iniciativa para
possibilitar melhor atendimento ao surdo:
Já houve iniciativa para possibilitar melhor atendimento
ao surdo: LIBRAS para funcionários:
Há falta de
conhecimento
dessa necessidade
Nunca discutiram o
assunto
Há interesse em melhorar
o atendimento, mas falta
incentivo financeiro
Conhecimento da
legislação
vigente
Desconhecimento
da legislação
vigente
Conhecimento da
legislação
vigente
1ª instituição
3ª instituição
2ª instituição
O contato com a comunidade surda, através da Associação de
Surdos de Belo Horizonte e da Escola Estadual Francisco Sales,
também em Belo Horizonte, viabilizou que seis participantes
opinassem
sobre
o
atendimento
à saúde, com a obtenção dos seguintes resultados:
OBJETIVOS
A qual profissional de saúde
você costuma ir?
Como você se comunica?
Como produto de suas discussões sobre a
existência de atendimento de qualidade à saúde
da população surda de Belo Horizonte, o
COMUNICA buscou elucidar as seguintes
questões:
Como você se comunica com
Médico
Fonoaudiólogo
LIBRAS
Oralmente+LIBRAS
Como você entende o que o
profissional diz?
esse profissional?
1. Os serviços de saúde em Belo Horizonte estão
preparados para o atendimento ao surdo?
2.Como realizam este atendimento?
Falando
Escrevendo/Desenh
ando
Intérprete da família
ou amigo
Acompanhante não
intérprete
MÉTODOS
Os dados foram obtidos através de
entrevistas por meio de questionários estruturados
especificamente para essa finalidade, aplicados a:
a)responsáveis pelos serviços prestados em
instituições hospitalares para verificação da
existência do atendimento específico
b) portadores de déficit auditivo e perda total da
audição, com o objetivo de verificar se estes
consideravam o atendimento à saúde adequado .
CONCLUSÃO
Muito bem
Bem
Mais ou menos
Não me entende
Como você acha que o profissional o
entende?
Muito bem
Mais ou menos
Não me entende
O estudo mostrou que, na prática, a legislação citada não está
sendo aplicada e que há necessidade de sensibilização de
profissionais, estudantes e instituições da área da saúde para a
criação e aplicação de soluções que melhorem a acessibilidade de
portadores de déficit auditivo e perda total da audição à saúde.
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