SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE PARANAVAÍ CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS NEWTON GUIMARÃES, ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ - PR PLANO DE AÇÃO GESTÃO ESCOLAR 2006/2008 PARANAVAÍ-PR PLANO DE AÇÃO PARA DIREÇÃO DE ESCOLA PÚBLICA GESTÃO ESCOLAR: Ano de 2006 – 2008 ESCOLA: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Newton Guimarães, Ensino Fundamental e Médio. LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA: Rua Bahia, 151, Paranavaí-Pr, telefone (Fax): (44) 3423- 5844, e-mail: newtong-paranavaí@netescola.pr.gov.br NÚCLEO REGIONAL DE ENSINO DE PARANAVAÍ-PR MODALIDADE DE ENSINO QUE OFERTA: Educação de Jovens e Adultos PROPONENTE: Cleusa Fátima Scaliante Wiese TELEFONE: (44) 3423-5844 “O exercício da direção e coordenação depende de alguns fatores, tais como: autoridade, responsabilidade, decisão, disciplina e iniciativa.” (LIBÂNEO, 2004)’ 2. FUNDAMENTOS DESTE PLANO DE AÇÃO: Nos anos de 2003 e 2004 inúmeras capacitações propiciaram discussões e estudos realizados pelo DEJA (Departamento de Educação de Jovens e Adultos) da SEED/PR, que contribuiu para que todos os participantes da EJA conhecessem mais profundamente a origem da demanda escolar da Educação de Jovens e Adultos, suas necessidades e o perfil atual destes alunos, à luz dos princípios norteadores da política educacional da SEED/PR, e do Parecer CNE/CEB 11/2000 que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA, sendo que este trabalho culminou com a construção das Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos/2005 (versão preliminar) no Estado do Paraná. Ambos os documentos, Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA e Diretrizes Curriculares da EJA no Estado do Paraná, apresentam a realidade social global e do Estado do Paraná, da Educação de Jovens e Adultos ao longo dos tempos relatando a EJA como conseqüência dos “Dois Brasis”, da “Casa Grande e Senzala”, do “urbano e rural”, do “cosmopolita e provinciano”, do “litoral e sertão”, entre outros, que demarcaram, de certa forma, uma linha divisória entre os brasileiros: alfabetizados/analfabetos, letrados/iletrados (PARECER CEB 11/2000). Mas a história possui seqüência, e ainda hoje, muitas pessoas continuam não tendo acesso à escrita e leitura, enquanto outros têm iniciação de tal modo precária nestes recursos, que continuam apresentando dificuldades de uso freqüente e funcional da escrita e da leitura no dia a dia, e, novamente, estamos vendo um novo divisor entre cidadãos, que se forma pelo não acesso de muitos a formas de expressão e de linguagem baseadas na microeletrônica, que são indispensáveis para uma cidadania contemporânea. A demanda da Educação de Jovens e Adultos dessa forma, se constitui como fruto de uma história de segregação, de exclusão, de políticas públicas sem consistência, de oferta de ensino em forma de suprimento, supletivo, que ainda não deu conta de fazer a reparação legítima e merecida, desta dívida social inscrita na história da existência humana e na vida de tantos indivíduos, sendo este um dos fins da EJA, principalmente no Estado do Paraná, porque reconhece para todos, atualmente, o princípio da igualdade. Assim, a escola da EJA se faz viva na diversidade cultural da sua demanda (outro princípio da política educacional da SEED), se compondo de alunos trabalhadores das mais diversas profissões, donas-de-casa, muitos jovens ainda não empregados, desempregados, empregados em ocupações precárias e vacilantes, integrantes da população do campo e também da cidade, pessoas com necessidades especiais de educação, alunos desistentes, repetentes, iniciantes no processo escolar, de pouca idade, de muita idade, com pouca experiência de vida, com muita experiência de vida, pessoas que ingressaram “tardiamente” no processo escolar, gente cheia de sonhos, pessoas com pouca esperança, enfim, embora com um perfil bem variado, percebe-se que quando conquistados, há uma unificação da aspiração: o desejo de se formar e construir conhecimentos e habilidades, que transcendam o espaço da escola e os conduzam à realização de si mesmos, na busca da construção da felicidade, tendo a vontade do exercício da cidadania como condição a participação plena na sociedade. Por todas essas questões, a concepção teórica que norteia a EJA se dá a partir da LDB 9394/96 que a trata como modalidade da educação básica e não mais com caráter de “ensino supletivo”, devendo ser uma oferta regular, com especificidades própria, dirigida aos jovens e adultos que não tiveram ou não puderam concluir a escolarização básica na idade mais adequada. A mesma ainda se fortalece nas funções transcritas no Parecer CBE 11/2000, denominadas de reparadora, equalizadora e qualificadora, enquanto as Diretrizes Curriculares da EJA no Estado do Paraná/2005, p.29, afirma que: (...) enquanto modalidade educacional que atende a educandostrabalhadores, tem por finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso á cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. A concepção é progressista, pois se deseja a pratica de uma educação emancipadora, que possibilita a compreensão da realidade histórico-social explicitando o papel do sujeito como elemento construtor/transformador, portanto, reflexivo e crítico, que possa contribuir para a construção de uma sociedade na qual haja espaço para todos. A escola da EJA nesta perspectiva é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contrariamente deve existir nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social. Nesse contexto, a relação professor/aluno deve ser a de sujeitos do ato do conhecimento, enquanto as técnicas de ensino se fazem e se refazem na práxis, caminhando da ingenuidade para a criticidade pelo método dialógico. O conhecimento se dá pela organização dos conteúdos através de temas problematizados na prática de vida dos educandos para que a força motivadora da aprendizagem esteja sempre presente. Conseqüentemente, a função da avaliação deve ser o efetivo exercício da prática emancipadora. 2. EIXOS ORGANIZADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR COMPREENDIDOS NO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA O trabalho educativo é responsável pelo processo de humanização, pois garante a cada sujeito a incorporação dos elementos culturais essenciais à vida em sociedade. Por isso, é possível afirmar que “(...) a compreensão da natureza da educação passa pela compreensão da natureza humana.” (SAVIANI, 1991, p.19). A escola é uma das instituições sociais cuja responsabilidade diz respeito à formação científica dos indivíduos. Sua função é socializar o conhecimento produzido e acumulado historicamente pela humanidade, através do processo ensino-aprendizagem do saber sistematizado. Na perspectiva de transformação social, a escola tem como finalidade instrumentalizar o aluno, via apropriação do conhecimento, de modo a ampliar sua compreensão sobre a realidade social e promover ações transformadoras. Um dos passos que assegura tal intento é a prática da gestão democrática, que implica olhar a organização e a realização do trabalho pedagógico escolar sustentado na lógica da coletividade e do cooperativismo, orientada pelos princípios do respeito, da autonomia, da cooperação, da representatividade, do diálogo, da participação, da interação, da ética, do compromisso e da competência em todas as instâncias do trabalho educativo escolar exigindo uma administração colegiada de tomada de decisões. A gestão democrática exige a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar nas diversas instâncias colegiadas da escola, ou seja, conselho escolar, conselho de classe, grêmio estudantil e A.P.M.F., reconhecendo os diferentes papéis, funções e responsabilidades para com a escola, sem perder de vista que essas especificidades devem ser organizadas a partir dos mesmos fins, metas e objetivos educacionais estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da Escola a ser implementado a partir do ano letivo de 2006. Além da gestão democrática, outro eixo do trabalho pedagógico é a proposta pedagógica explicitada no Projeto Político-Pedagógico/2006 da escola. A Educação de Jovens e Adultos tem como elementos articuladores da sua ação pedagógico-curricular, a cultura, o trabalho e o tempo, ou seja, trabalha com a concepção de currículo como processo de seleção da cultura objetivando atender ás necessidades dos educandos da EJA. Por cultura se compreende toda produção de vida material e imaterial compondo um rol de significados que abrange todas as formas de atividade social. Também é importante ressaltar que não se está privilegiando no contexto educacional da EJA a cultura “curricularizada”, que preferencia uma forma mecânica e instrumental de organização dos saberes, que fragmenta e hierarquiza o conhecimento limitando a possibilidade de uma aprendizagem reflexiva, crítica e significativa. Na cultura também se inclui o trabalho e todas as relações que ele perpassa. O trabalho compreende uma forma de produção da vida material, ou seja, é a ação pela qual o homem transforma a natureza e, nesse processo, transforma-se a si mesmo, sendo, portanto, produção histórico-cultural. O tempo é enfocado nas suas dimensões: social (tempo individual e tempo coletivo) de tempo escolar (tempo físico, tempo vivido e o tempo pedagógico). Certamente um currículo articulado pelos eixos da cultura, do trabalho e do tempo, pressupõe o aprendizado de metodologias diferenciadas, quem sabe já aprendidas pelos educadores no campo conceitual, mas que ainda se constituem em desafios no aspecto da prática em sala de aula. A cultura, eixo principal da ação pedagógica, pois dela emanam todas as manifestações humanas (inclusive o trabalho e o tempo), propiciará a vivência intensa do principio da diversidade cultura, percebendo, compartilhando e sistematizando as experiências vividas pelas comunidades escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re) construção de seus saberes (Diretrizes Curriculares de EJA no Estado do Pr/2005), não agindo com os alunos da EJA como se a ausência de escolaridade ou escolaridade incompleta significasse que essas pessoas são incultas, mas que precisam somente acrescentar em suas vidas, outros conhecimentos que lhes permitirão viver em pé de igualdade nesta sociedade gafrocêntrica, onde o código escrito ocupa posição privilegiada, podendo assim, conquistarem o direito de vir a ter uma cidadania plena. Também deverá ser levado em conta, que o conhecimento possui múltiplas faces, que mesmo separadas por suas especificidades, na realidade são interligadas e formam uma rede de significados. As Diretrizes recomendam que além da natureza científica do conhecimento, se destaque também na metodologia do trabalho em sala de aula da EJA, a natureza política, econômica, ético-social dos conhecimentos, o que nos leva a refletir que será necessário investimento na formação profissional continuada dos professores e equipe pedagógica da escola. O que está posto nas Diretrizes e no Projeto Político-Pedagógico da EJA são de fato os caminhos necessários à construção da educação de qualidade. Entretanto, quando se analisa a distância que existe entre o ponto de partida (realidade atual da escola) e o ponto de chegada (realidade a ser conquistada), se conclui que será preciso muito esforço conjunto, e muito estudo por parte da equipe pedagógica, direção e professores, bem como participação ativa dos alunos e demais órgãos colegiados da escola para que tais ações aconteçam de fato no dia-a-dia escolar. Ao olhar para o CEEBJA Newton Guimarães, que nos últimos anos ofereceu a Educação de Jovens e adultos na forma de blocos, períodos e ultimamente na forma presencial, se conclui que foram muitas as propostas pedagógicas trabalhadas e diferenciadas em pouco tempo, sem falar, que nem sempre estas propostas deram conta de satisfazer em temos de oferta e organização escolar a uma demanda tão diversa como é a da EJA, e que isto, somado a outros fatores sociais, tem se constituído em desafio para a escola que vem apresentando índices consideráveis de evasão e retenção por faltas (ausência de flexibilidade nos estudos, necessária a essa demanda). Ações pedagógicas vem sendo tomadas pela escola, como também o suprimento da exigência do uniforme escolar já foi uma medida adotada A escola tem bom fluxo de matrícula mas o desafio da permanência e da conclusão com sucesso de todos os alunos que nela ingressam ainda precisa ser trabalhado e assumido por toda comunidade escolar. 3. QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS O Projeto Político-Pedagógico da escola para 2006 apresenta uma concepção pedagógica administrativa da gestão dos equipamentos e espaços escolares, que pressupõe, por exemplo, o entendimento da Biblioteca Escolar como um espaço onde alunos e professores possam dinamizar o processo ensino-aprendizagem pela prática de atividades que estimulem a cultura, com incremento da videoteca, cinemateca, grupos de teatro, clube de leitores, entre outros. Ela servirá para a integração com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar, para a pesquisa, para a pluralização das idéias. Quanto ao laboratório, o mesmo também se constitui em um espaço pedagógico extremamente rico, pois possibilita aos alunos e professores a construção dos conteúdos de forma prática, explicitando a melhor compreensão do conteúdo conceitual. O seu conceito vai além do seu espaço físico, que deve acompanhar uma educação científica nova, espaço que passará a incluir também o pátio da escola, o bosque, a praça pública, entre outros, reforçando o principio pedagógico da contextualização. Os recursos tecnológicos também são importantes na implementação das ações pedagógicas, mas partindo do principio de que não são os meios pelos meios que fazem à diferença na aprendizagem, mas a forma como os sistemas de aprendizagem utilizam os meios. Por isso, a clareza de que o processo interativo só se dá através do diálogo entre os sujeitos sobre o que se explorou com o apoio dos meios é fundamental. A aprendizagem não se dá através dos meios, mas através da comunicação que se estabelece a partir deles. Os meios são lineares e não possuem a capacidade semântica do cérebro de refletir sobre. Na mesma reflexão pode-se encaixar os materiais didáticos considerando-os sempre como apoio ao processo de ensinoaprendizagem. A Organização da escola relatada no Projeto Político-Pedagógico/2006 prioriza o eixo curricular ”tempo” quando propõe sua oferta através dos momentos coletivos e dos momentos individuais, que propiciará aos sujeitos, em respeito aos tempos individuais, tempos pedagógicos, tempos vividos, sua escolha e organização pessoal de estudo, não impondo um tempo único para todos os educandos, centrando também sua ação pedagógica muito mais na relação qualitativa com o conhecimento do que na quantitativa. Há um respeito ao real aprendizado do aluno, na medida em que a avaliação é compreendida como prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica (investigativa ou diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente e permanente), que propõe a recuperação paralela e individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudo, encarando o erro como possibilidade de aprendizagem e construção do conhecimento, e que, inclusive, permite no seu sistema, a avaliação de apropriação de conteúdos por disciplina (AACD). Obviamente tempo e espaços escolares são elementos importantes no Projeto Político pedagógico da EJA. 4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO PLANO DE AÇÃO 4.1. Objetivos Gerais Atender ao artigo 11, item VIII, parágrafo único, da Resolução nº 2847/2005 que dispõe sobre o processo de escolha de Diretores e Diretores Auxiliares dos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná, que solicita no ato da inscrição dos candidatos a diretores, a apresentação de um Plano de Ação para os dois anos de mandato (2006-2007). Exercer com entusiasmo e competência as funções gestoras e administrativas inerentes ao cargo de diretor. Criar condições didático-metodológicas para realização da Proposta Pedagógica e do Projeto Político-Pedagógico da escola, consensuadas com os eixos dos princípios da política educacional da SEED/PR, expressos a seguir: Educação como direito de todo cidadão. Universalização do Ensino. Escola pública, gratuita e de qualidade. Combate ao analfabetismo. Apoio à diversidade cultural. Organização coletiva do trabalho pedagógico. Gestão Democrática. 4.2. RELAÇÂO DAS AÇÕES A SEREM REALIZADAS, RESPONSÁBILIDADES COMPARTILADAS E PREVISÃO DO TEMPO DE EXECUÇÃO Conhecer a legislação educacional e do ensino, as normas emitidas pelos órgãos competentes, assegurando o seu cumprimento (durante todo o mandato). Supervisionar e responder por toda as atividades administrativas e pedagógicas da escola, com a comunidade escolar e com outras instâncias da sociedade civil (durante todo o mandato). Conferir e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências e expedientes da escola, de comum acordo com a secretaria escolar (durante todo o mandato). Dar a conhecer e implementar o Projeto Político-Pedagógico/2006 junto a comunidade escolar, através de estudos do texto da proposta para se propiciar a realização da gestão democrática no seio da escola, contando com o apoio da equipe pedagógica, professores e funcionários (durante os dois anos de gestão). Dar a conhecer e implementar o Regimento Escolar (durante os dois anos de gestão). Realização do processo de formação continuada em serviço dos professores, funcionários e equipe pedagógica, através de grupos de estudos quinzenais, organizando a hora atividade coletiva na escola, visando o entendimento por todos das questões didáticos-metodológicas existentes na proposta pedagógica, realizados com o apoio da equipe pedagógica, dos professores e direção (durante os dois anos de gestão). Construção, pelo grupo de professores, equipe pedagógica e direção, das avaliações que integrarão o processo de ensino-aprendizagem necessárias ao funcionamento da nova proposta pedagógica da EJA /2006 (no primeiro semestre letivo de 2006). Construção coletiva dos encaminhamentos de funcionamento inicial da nova proposta pedagógica da EJA a ser vivenciada por esta escola, sob a coordenação da direção e da equipe pedagógica da escola junto a todos os que prestam serviço nesta Instituição Escolar (primeiro semestre letivo de 2006). Organização do espaço físico da escola para a implementação da nova proposta pedagógica da EJA, a ser feita, após decisão conjunta, pela direção da escola (janeiro e fevereiro/2006). Orientação de funcionamento da escola (nova forma de funcionamento da EJA) realizado pela equipe pedagógica da escola a todos os alunos que fizerem suas matriculas nesta modalidade de ensino (durante os dois anos de gestão). Divulgação pela direção e equipe pedagógica, professores e funcionários, da nova Proposta Pedagógica da EJA, objetivando atingir a toda comunidade que se encontra fora da escola e que não realizou ainda seus estudos, através de panfletos, faixas, rádios, TV, jornais, etc (mais intensamente no primeiro semestre de 2006). Levantamento do perfil dos alunos, através de questionários contendo perguntas, aplicados pela equipe pedagógica para realinhamento da melhor identificação dos nossos alunos e percepção de suas necesiidades. (segundo semestre letivo de 2006). Realização de Conselhos de Classe com a participação de toda comunidade escolar: alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e direção (durante os dois anos de gestão). Realização pela equipe pedagógica e direção da escola da avaliação sobre a implementação do Projeto Político-Pedagógico/2006 ouvindo a todos que compõem a comunidade escolar, através de representatividade, pelo menos duas vezes ao ano (primeiro e segundo semestre de cada ano letivo 2006/2007). Criação de Grêmio Estudantil, iniciando pela formação de grupo de estudo com representantes das turmas para entendimento da fundamentação necessária para funcionamento e organização do mesmo. Implementar exposições e atividades esportivas/culturais que demonstrem o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, que gere integração na escola (a partir do segundo semestre do ano letivo 2006). Implementar na escola os projetos que a SEED vem propondo às escolas, tais como: FICA Comigo, Educação Fiscal, Protagonismo Juvenil, Programa de Segurança com paz nas escolas, Projetos Preventivos - Pré-Vida, etc Participar dos projetos implantados pelo NRE (regionalizados) , tais como Tema da Campanha da Fraternidade, entre outros. Atuar como elo entre os diferentes segmentos da escola e desta com a comunidade – direção, equipe pedagógica, professores e funcionários (durante os dois anos de gestão). Agir com entusiasmo e compromisso diante dos diversos assuntos escolares e Projeto Político-Pedagógico (durante os dois anos de gestão). Fortalecer os vínculos com a comunidade escolar via Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil. APAMF (durante os dois anos de gestão). Orientar pedagogicamente pais e responsáveis, alunos, educadores e demais funcionários da Instituição Escolar sempre que necessário (durante os dois anos de gestão). Contribuir para o desenvolvimento dos alunos matriculados na escola (durante os dois anos de gestão). Trabalhar em parceria com os educadores para compreender, quando for o caso, o comportamento dos alunos e agir de maneira adequada em relação a eles – direção e equipe pedagógica (durante os dois anos de gestão). Dinamizar metodologia de projetos na escola quando se tratar de temas sociais contemporâneos e relevantes para a transformação da sociedade. Promover junto à comunidade escolar o conhecimento das Diretrizes Curriculares da EJA no Estado do Paraná (durante os dois anos de gestão) Desenvolver projetos que favoreçam o acesso e a permanência do aluno na escola, bem como seu sucesso escolar, investindo na adequação metodológica e no atendimento de todos os setores da escola (durante os dois anos de gestão). Implementar metodologias que favoreçam a construção da autonomia e da autodisciplina por meio de situações criadas em sala de aula para reflexão, discussão, tomada de decisão, tornando o educando sujeito do seu próprio conhecimento, construindo seu compromisso com a sociedade enquanto cidadão (durante os dois anos de gestão). Incentivar o crescimento profissional dos professores, promovendo sistematicamente momentos de aperfeiçoamento, grupos de estudos, participação em eventos de capacitação promovidos pela SEED e ou Núcleo de Ensino (durante os dois anos de gestão). Identificar e atuar sobre os fatores que geram o fracasso escolar (durante os dois anos de gestão). Promover ações que levem os alunos a evitarem posturas inadequadas frente ao patrimônio escolar e á coletividade (durante os dois anos de gestão).. Abordar em grupos de estudos, temas que possam contribuir para a formação de valores e atitudes em relação ao outro, á política, á economia, ao sexo, a droga, á saúde, ao meio ambiente, á tecnologia e outros, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas (durante os dois anos de gestão). Promover o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em grupo em todos os setores da escola, visando favorecer o descobrimento das potencialidades do trabalho individual e, sobretudo, do trabalho coletivo. Aproveitar, quando for compatível com essa modalidade de ensino, experiências significativas adotadas por outros profissionais de outras escolas (durante os dois anos de gestão). Buscar parcerias com a comunidade paranavaiense no sentido de ajudar a escola a ser melhor em todos os seus aspectos (durante os dois anos de gestão) Promover a democratização das informações sobre as ações da escola na comunidade interna e externa (durante os dois anos de gestão).. Criar um ambiente acolhedor para alunos, professores, pais, funcionários, comunidade e parceiros, de modo que acreditem e participem ativamente da escola que escolheram, promovendo atividades integradoras (durante os dois anos da gestão). Cuidar da manutenção física da escola em todos os seus espaços e recursos priorizando necessidades elencadas conjuntamente (durante os dois anos da gestão). Administrar os recursos públicos com transparência, em comum acordo com o Conselho Escolar, mantendo a comunidade sempre informada (durante os dois anos da gestão). Despertar na comunidade escolar, o amor, a valorização e a necessidade do bom trabalho de todos para que a escola faça a diferença na vida de todos os que nela estão envolvidos (durante os dois anos da gestão). Assumir os problemas como desafios, estabelecendo o diálogo contínuo e sempre que necessário, com alunos, pais, professores e funcionários, na busca das soluções mais precisas (durante os dois anos da gestão). Olhar sempre de frente para os problemas reais que por ventura a escola vier a apresentar (aluno, professores, funcionários), buscando apoio e ajuda junto aos órgãos colegiados e Núcleo Regional de Educação. Cuidar para que todas essas intenções se convertam em ações concretas na escola. 4.3. AVALIAÇÃO DESTE PLANO A avaliação desse plano de ação deve ocorrer durante e paralelamente a sua execução, de formas diversas e qualitativas para garantir o êxito do mesmo, podendo ser retomado, melhorado, acrescido, nas questões que se fizerem necessárias, sem perder de vista, que “o diretor da escola é o dirigente e principal responsável pela escola, tem a visão de conjunto, articula e integra os vários setores (setor administrativo, setor pedagógico, secretária, serviços gerais, relacionamento com a comunidade, etc.) ... sendo, portanto suas funções gestoras e admistrativas” (LIBÂNEO, 2004, p.217). A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir no sentido de corrigir a coerência (relação entre o projeto e o problema), a eficiência (gestão e administração dos recursos e meios) e eficácia (relação entre a ação e os resultados. (CARVALHO e DIEGO, 1994, p. 66) Ao se concluir esse plano de ação para o CEEBJA Newton Guimarães EFM, se reforça a consciência já estabelecida de que o diretor deve ser o articulador do Projeto Político-Pedagógico na escola, que a gestão democrática é o desafio a ser assumido, que a construção da universalização do ensino fica mais fácil quando se tem uma escola pública, gratuita e de qualidade, quando se respeita a verdadeiramente diversidade cultural, mas que, para que tudo isso se instale no interior da escola é fundamental e imprescindível a organização coletiva do trabalho pedagógico. A escola poderá ser muito boa na medida em que todos, cooperativamente, forem capazes de construí-la. Encerra-se com as palavras de Paulo Freire quando afirma “(...) sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino.”, consequentemente, não se constrói uma escola que contribua para a transformação da sociedade. CLEUSA FÁTIMA S. WIESE Candidata a diretora do CEEBJA Newton Guimarães - EFM 03/11/2005 BIBLIOGRAFIA DE APOIO: BRASIL.SEED/DEJA. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar). 2005. BRASIL. CEB. Parecer 011. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos. 2000 BRASIL. SEED. Proposta Pedagógico-Curricular da Educação de Jovens e Adultos. 2005 CARVALHO, Angelina; DIOGO, Fernando. Projeto educativo. Porto: Edições Afrontamento, 1994. LBBEN 9394/96 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed.,Goiânia: Editora Alternativa, 2004.