IMPORTÂNCIA DO JOGO DRAMÁTICO PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES Carla Tatiana Zappe1 Caroline da Silva Sanches1 Eveline Pasqualin Souza1 Fabíola Borowsky1 Jeanisse Evelin Fürstenau1 Lúcia de Fátima Royes Nunes2 Tendo em vista a relevância da utilização de métodos diferenciados na educação, vê-se o quão importante vem a ser uma prática docente inovadora na Educação Especial. Devido ao fato de o aluno da Educação Especial possuir limitações que dificultam sua aprendizagem pelos métodos convencionais de ensino, há a necessidade de que o professor facilite sua aprendizagem e contribua para sua inserção no contexto social. Considerando a importância do lúdico para uma aprendizagem significativa e, sabendo que esta iniciativa deve partir do educador, esta pesquisa consiste em verificar, através de um relato de experiência, a importância do jogo dramático como parte da formação de professores. Ela foi elaborada a partir de uma vivência das acadêmicas enquanto componentes de uma peça teatral infantil, com a qual levaram o teatro para dentro de salas de aula. Palavras-chave: jogo, formação de professores e educação. Introdução Este trabalho teve início a partir de uma experiência do grupo ao integrar o Projeto “Ressignificando os Processos de Formação Inicial”, da Professora Dra. Helenise Sangoi Antunes, no qual devíamos contar uma história infantil para turmas do ensino fundamental para verificar os níveis da lecto-escrita em que elas se encontravam e então lhes aplicar um trabalho de alfabetização. 1 2 Acadêmicas do curso de Educação Especial - CE/UFSM. Orientadora. Profª do Departamento de Metodologia do Ensino – CE/UFSM. O grupo optou por encenar a história e, desde então, passou a descobrir o mundo da expressão dramática, terminando por produzir uma peça infantil sob a orientação da Professora Ms. Lúcia de Fátima Royes Nunes. Além de ter sido bastante construtivo para a formação do grupo aprender a trabalhar com o teatro em contato direto com as crianças, percebeu-se a total satisfação e interação delas com a produção, ficando mais atentas e interessadas naquilo que estava sendo transmitido. Devido a este grande respaldo positivo obtido, sentiu-se a necessidade de aplicar tal trabalho na Educação Especial, a fim de verificar a importância da arte dramática como parte da formação docente para formar professores mais críticos e abertos à inserção de novas práticas de ensino - dentre elas o jogo dramático – em seu contexto escolar. Assim, o professor irá a aprendizagem de crianças portadoras de necessidades especiais, facilitar sua capacidade de abstração, favorecer seu auto-conhecimento, exercitar sua criatividade e auxiliar em sua inserção social. Considerando a importância do lúdico para uma aprendizagem significativa no processo de educação infantil e, sabendo que esta iniciativa deve partir do educador, têm-se a relevância desta pesquisa no sentido de demonstrar a importância do jogo dramático como um diferencial na formação de educadores especiais. Embasadas em nossa experiência enquanto estudantes do ensino básico, onde sentíamos necessidade de que nos fossem oferecidos métodos inovadores, que exercitassem nossa criatividade e nos permitisse fazer a utilização do lúdico em nossa aprendizagem, vemos hoje, enquanto acadêmicas de Educação Especial, o quanto necessitamos de algo que nos facilite, como futuras educadoras, para tornar este processo mais prazeroso. Tendo em vista a relevância da utilização de métodos diferenciados de ensino na educação regular, a fim de chamar a atenção do aluno, despertando seu interesse e criatividade, vê-se o quão importante vem a ser uma prática docente inovadora na Educação Especial que corresponda aos reais objetivos dos alunos com necessidades especiais. Devido ao fato de o aluno da Educação Especial muitas vezes possuir limitações ou barreiras que dificultam sua aprendizagem pelos métodos convencionais de ensino, há a necessidade de que o professor o auxilie em seu processo de aquisição do conhecimento, facilite sua aprendizagem e contribua para sua inserção no contexto social. Assim, a partir das justificativas acima expostas e de nossa participação no Projeto “Ressignificando os Processos de Formação Inicial”, no qual tivemos contato com o teatro e iniciamos a idéia deste projeto, iremos demonstrar, através de nosso relato de experiência, as formas como o jogo dramático pode proporcionar benefícios para o processo de Educação Especial, sendo inserido na formação de professores. Este trabalho desenvolveu-se com base na experiência relatada, através de um levantamento da vivência de cada uma das integrantes do grupo e também dos estudos dos referenciais teóricos consultados, a respeito da relevância de se estudar a arte dramática durante a formação docente, como um método diferenciado de mediar o conhecimento. Formação de Professores e Qualidade de Ensino A formação dos educadores vem sendo, alvo de muitas discussões e descontentamentos. Muitas pesquisas recentes (dentre elas Fontana 2000, Sadalla (1998), Cunha (1992)) tem centralizado as "bons professores", suas investigações procurando encontrar "professores competentes", "professores reflexivos", ou seja, educadores que em sala de aula apresentam um fazer pedagógico coerente com concepções progressistas de educação. Entretanto, as pesquisas tem revelado o quanto a prática pedagógica destes profissionais pode ser ressignificada à luz das novas concepções de educação. Coerente com o momento histórico por qual passava a concepção de educação, contentou-se em "treinar" o educador tendo como eixo central a modelagem de comportamentos, desencadeando ações apenas com finalidades mecânicas. Ao educador era atribuída a tarefa de fazer e não de pensar, impondo-se modelos, receitas, técnicas do fazer pedagógico. Buscando superar a dinâmica das formações anteriores surge, na década de 80, novos conceitos de se pensar/fazer tal processo: "aperfeiçoamento" e "capacitação" de educadores. Porém para alguns educadores, tais estratégias de formar ainda não respondem as demandas de uma prática pedagógica transformadora. Ultrapassando concepções fragmentárias, exclusivas, maniqueístas ou polarizadoras de formação, delineia-se outro tipo de formação; "formação permanente" (Freire, 1982) e ou "formação continuada" (Nóvoa, 1992, Perrenoud, 1993). Estes dois termos podem ser considerados similares pois pontuam como eixo central a pesquisa em educação, valorizam o conhecimento do professor, e em um processo interativo/reflexivo, buscam contribuir para uma análise do próprio fazer docente. Educar/formar nesta nova perspectiva é considerar, conforme defende Nóvoa (1992), os professores a partir de três eixos estratégicos: a pessoa do professor e sua experiência; a profissão e seus saberes, e a escola e seus projetos. "A formação não se constrói por acumulação (de cursos de conhecimento ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexão crítica sobre práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa a dar estatuto ao saber da experiência". (Nóvoa, 1992, p. 38). Assim, o objetivo central da formação é desenvolver o educador pesquisador. Não um pesquisador obcecado pela academia ou pela cientificidade, mas um profissional que tem, primeiramente, uma atitude cotidiana de reflexão da sua prática, que busca compreender os processos de aprendizagem e desenvolvimento de seus alunos e que vai construindo autonomia na interpretação da realidade e dos saberes presentes no seu fazer pedagógico. A ressignificação da prática dá-se também através da busca de métodos diferenciados de ensino, que qualifiquem a atuação do professor, facilitando a aprendizagem dos alunos. É de suma importância que o docente esteja disposto a inserir novos meios de trabalho em seu cotidiano escolar, renovando os métodos tradicionais de ensino. Entre os novos caminhos educacionais pelos quais o educador pode direcionar sua prática está o uso do jogo dramático como um mediador do conhecimento. Para as crianças, é extremamente necessário o uso da brincadeira na mediação do conteúdo escolar, pois esta, além de prender a atenção do aluno, estimula sua criatividade, despertando a afetividade e as relações sociais. Enfim, é fundamental que o educador seja auxiliado a refletir sobre sua prática, a organizar suas próprias teorias, a compreender as origens de suas crenças para que possa tornar-se pesquisador de sua ação, um profissional reflexivo, que melhorando o seu trabalho em sala de aula, recria constantemente sua prática. O Jogo Dramático no Processo Educativo Conforme aponta Gil (1990), o jogo na educação infantil é um estudo dos pressupostos psico-pedagógicos que fundamentam o trabalho na escola reafirmando que a educação deve agir num movimento constante entre teoria e prática. Ele é uma manifestação da criança que contém representação, e que, segundo Vigostky contém criação de situações imaginárias. Pois, segundo Nunes (2003, p. 32) “O objetivo do jogo dramático é propiciar o desenvolvimento da totalidade da pessoa, seja no campo físico, seja no campo emocional. A base do jogo está centrada na improvisação de ações executadas pelos jogadores”. Os professores, de acordo com Brougère (1998), de uma maneira geral, não levam o jogo dramático a sério. Consideram-no uma atividade fútil, para preencher tempo. Esta imagem deve ser substituída para que o jogo tenha seu valor educativo reconhecido, para que ele seja considerado uma atividade séria e que tenha objetivos definidos. Se trabalhada na escola, a expressão dramática propicia às crianças estímulos na área da linguagem; capacidade de adaptação a situações; organização de idéias, emoções e fatos; capacidade de lidar com o real e a fantasia; observação; concentração; socialização; auto-expressão; sentido estético e crítico; sensibilidade; criatividade; orientação espacial; ritmo; equilíbrio; coordenação; definição de movimentos. A arte é expressão, seja ela teatro, música, pintura, escultura, cinema ou dança. Ela manifesta a capacidade de criatividade, imaginação, transformação e ação que existe em todos nós, seres humanos. Desta forma, a educação tem papel fundamental em propiciar para a criança um espaço pedagógico que estimule a expressão dramática, o jogo dramático, a expressão corporal ou as brincadeiras. Além disso, ao se permitir à utilização do teatro, o educador deve saber que estará contribuindo para o pleno desenvolvimento de seus alunos em diversos aspectos de sua totalidade. A cognição, o raciocínio, a autenticidade, a criticidade e a identidade destes alunos estarão sendo trabalhados e serão de fundamental importância para a formação de futuros cidadãos da sociedade. O objetivo das atividades de expressão artística é desenvolver a auto-expressão do aluno, oferecendo-lhe oportunidades de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo. Conforme Reverbel (1989), para que este objetivo seja plenamente atingido, é necessário que o professor ofereça ao aluno oportunidades de atuação espontânea, pois assim, as atividades de expressão lhe darão oportunidade de liberar sua espontaneidade e desenvolver sua personalidade, assimilando a cultura. O Jogo Dramático na Educação Especial Quando falamos em deficiência relacionamos, na maioria das vezes, diretamente com as palavras inabilidade e doença. Durante toda nossa vida enquanto seres humanos nos são repassados valores padronizados pela sociedade, o qual determina que só é capaz de viver e conviver em um contexto social aquele indivíduo saudável e ativo. Isso quer dizer, que segundo as regras da sociedade o sujeito deficiente não se encaixaria nas normas ditadas por ela e seria um sujeito isolado da vida. Porém, toda nossa vida é baseada pelas nossas relações com o outro e é essa vivência que nos faz crescer, aprender através do outro e consequentemente atuarmos ativamente na sociedade. Para tanto, segundo Marques (1997), é necessário à sociedade reconhecer que a diferença entre as pessoas por mais acentuada que seja, representa apenas um dado a mais no universo plural em que se vive. E sendo assim se torna difícil aceitar as pessoas deficientes, pois não convivemos com as suas diferenças para aceita-las ou não, apenas isolamos o indivíduo deficiente e não compartilhamos da sua vida. A percepção preconceituosa da deficiência mental e as formas impróprias de lidar com os seus portadores, segundo Ferreira (1998), é produto da desinformação, e a Educação- processo de transformação do homem – pode , e deve, envolver-se com esta questão. Há que se trabalhar por uma Educação Inclusiva, que resulte na formação de uma sociedade para todos- Sociedade Inclusiva – na qual a deficiência do outro é também problema de todos e ,portanto, juntos, todos devem ir em buscas de estratégias, se não solucionadoras, pelo menos minimizadoras das dificuldades do outro (Ferreira, 1998). Considerando estas afirmativas faz-se necessário adaptarmos novas maneiras de educar para sair da rotina e possibilitar a estas crianças especiais momentos de alegria, e a arte é uma dessas possibilidades. Pois, Segundo Martins (2001), a arte atinge tanto o artistapor meio de sua expressão, construção e representação- como o espectador, que a recebe, decodifica e interpreta segundo o seu contexto sociocultural , e aqui poderíamos também incluir o afetivo. Propiciar vivência no âmbito das artes é proporcionar a oportunidade de expressão pessoal e o exercício da cidadania, mesmo na Educação Especial, pois a despeito das dificuldades e limites dos alunos, ainda assim a arte oferece um amplo campo de expressão e aprendizado, pois isto melhorará sua auto-estima e adiantará o processo de inclusão social. Destarte , dentre as artes , elegeu-se o teatro com os atores deficientes mentais (Ferreira et al., 1998) como uma estratégia que oportunizasse , aos espectadores normais, o contato, a informação, a reflexão e a busca conjunta de alternativas para a convivência harmoniosa com as diferenças e os diferentes. Pois, como bem diz De Paula (1996), a pessoa portadora de deficiência, qualquer que ela seja, deve conviver com os seus pares não deficientes, nos ambientes naturais de sua comunidade , e este fato não pode ser considerado uma concessão ou favor da sociedade, mas um direito do indivíduo e , portanto, uma questão de justiça e ética. Além disso, conforme Blascovi-Assis (1997), é preciso aprender e mostrar a todos que é possível e bom conviver com e diferença. Perante á estas tão consideráveis afirmações vê-se que o teatro para o deficiente é de tamanha importância, pois criar textos e encená-los, propicia uma autonomia de ação, que faz liberar as angústias, tristezas , ansiedades e inquietações carregadas por este indivíduo. Pois como diz Viegas (1995) “...a arte é um ponto de contato de uma pessoa com a outra, tornando possível a cada portador de deficiência substituir emoções imaginárias, encontrar e explorar o seu potencial de ser único. Todo indivíduo foi feito para criar basta que lhe demos a oportunidade disto. Relatando a Experiência Vivenciada Com base nos referenciais teóricos estudados e, principalmente na nossa experiência no Projeto “Ressignificando os Processos de Formação Inicial”, coordenado pela Professora Dra Helenise Sangoi Antunes, conseguimos perceber a relevância do jogo dramático para a educação infantil. O trabalho do Projeto parte de uma história infantil contada para as crianças, utilizando palavras monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas para a verificação dos níveis da lecto-escrita e, posteriormente, a aplicação de jogos baseados na história e direcionados a cada nível. Sendo assim, faremos um relato de nossa vivência, que serviu para reafirmar o que havíamos estudado. Nosso grupo optou por encenar o clássico infantil “A Formiguinha e a Neve” e, para tal, pedimos auxílio para a professora Lúcia de Fátima Royes Nunes da disciplina de Metodologia do Ensino da Expressão Dramática. A partir deste momento, nossa experiência enriqueceu-se ainda mais, pois através de um ingênuo auxílio pedido para uma idéia simples de encenação, começamos a aprender a fazer arte dramática. Foram diversos encontros, nos quais desenvolvemos todo um trabalho de preparação, estudo e de construção de uma, já denominada, peça infantil. Além de trabalharmos a arte, a interpretação em si, trabalhamos também a educação neste contexto, pois estávamos criando um trabalho direcionado a crianças e, ainda, à alfabetização destas crianças. Aprendemos muito neste período de preparação. Aprendemos a nos conhecer, a utilizar nosso corpo como forma de expressão, a perder a inibição, quebramos tabus que tínhamos a respeito de “o que é fazer teatro” e também, aprendemos a transmitir valores, conhecimentos e sentimentos para as crianças. Além disso, esta atividade nos trouxe muitas outras experiências positivas, como: a recepção calorosa por parte das escolas (alunos e professores), a valorização do nosso trabalho, o interesse das professoras em conhecer o que havíamos feito (jogos, teatro etc) e a afetividade demonstrada pelas crianças. Gostaríamos de relatar também a nossa visão sobre o que foi aprendido com relação à Educação Especial. Achamos muito importantes todas estas vivências para a área da Educação Especial, tanto para a habilitação da deficiência da audiocomunicação, quanto da deficiência mental. Geralmente em nosso cotidiano profissional, nos deparamos com alunos que têm muita dificuldade para aprender através de meios convencionais de ensino, em função de suas limitações. Além disso, a educação especial trabalha com as potencialidades dos alunos e estas, muitas vezes, são difíceis de ser alcanças por nós, educadores, devido a problemas de comunicação, de expressão ou, até mesmo, de dificuldade em estabelecer um vínculo afetivo com o portador de necessidades especiais. Desta forma, é de suma importância que nós tenhamos contato com métodos alternativos de ensino, como, por exemplo, a educação através do jogo, da arte ou da música, para que possamos utilizá-los em nossa prática. Pois, a profissão do educador especial (e dos educadores em geral) não é algo pré-determinado ou previsível, cada aluno exige um grau de dedicação exclusivo, e cada dia é uma nova descoberta sobre o aluno. A prática desenvolvida contemplou, sem dúvida, a este aspecto da Educação Especial, no momento em que nos mostrou o quão importante é o estudo da arte dramática na nossa formação acadêmica. Considerações Finais Após a realização deste estudo, podemos concluir o quão significativa pode ser a educação, de qualquer natureza, através do uso de métodos diferenciados de transmissão de conhecimentos. Podemos perceber a grande relevância que tem o ensino da expressão dramática na formação de professores, bem como o papel fundamental este desempenha neste processo. No processo de ensino-aprendizagem, o educador deve repensar qual é o seu verdadeiro papel, qual é a abrangência de seu papel na escola. Se este será de simples transmissor de conhecimentos, ou também de alguém aberto, que entenda o ser humano na sua totalidade e que compreenda a importância de trabalhar a ludicidade, a brincadeira, o jogo, como forma de enriquecer a educação e de contribuir para a estruturação de uma sociedade autêntica, autônoma e crítica. O jogo dramático, por ser um trabalho que proporciona benefícios globais aos indivíduos, como a socialização, a aprendizagem, o auto-conhecimento, a criatividade e a expressão de sentimentos, idéias e emoções, tem fundamental importância na formação docente, alicerçando o trabalho de educadores que buscam o seu aperfeiçoamento profissional, bem como a qualidade daquilo que é passado para seus alunos. Neste aspecto, salienta-se a importância da formação continuada a fim de que os professores saiam da ociosidade e busquem constantemente a sua qualificação, proporcionando, assim, uma aprendizagem mais significativa aos educandos que usufruem de seus conhecimentos. Além disso, ressalta-se a necessidade de que os educadores estejam abertos a novas formas de ensinar, que eles se conscientizem da importância de manter a brincadeira como parte do processo educativo e também de se darem a liberdade de inserir o jogo no seu cotidiano escolar. É preciso que se quebre a idéia de que o jogo serve apenas como um complemento para divertir os alunos e que se absorva o conceito de jogo enquanto transmissor de valores morais e de conceitos relevantes, como limites, responsabilidades e criatividade. Bibliografia BLASCOVI-ASSIS, S. M. Lazer e deficiência mental. São Paulo, Papiros, 1997. BROUGÈRE, Gilles. Jogo e Educação. Ed. Artes Médicas: Porto Alegre, 1998. CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. São Paulo: Papirus, 1982. DE PAULA, L. A. L. Ética, cidadania e educação especial. Revista Brasileira de Educação Especial, v.2, n.4, p.91-109, 1996. FERREIRA, S. L.; PEREZ, L. R. J.; SILVA, A.P. O teatro na educação especial. In: MARQUEZINE, M.C. (org.). Perspectivas multidisciplinares em educação especial. Londrina, Ed. UEL, 1998, p.207-9. FERREIRA, S.L. Aprendendo sobre a deficiência mental: um programa para crianças. São Paulo, Memnon, 1998a. FONTANA, Roseli A Cação. Como nos tornamos professoras? 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