Setor 25 - Imunologia da Relação Hospedeiro-Parasita 25.001 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE DE ISOLADOS DE CANDIDA DE PACIENTES HIV+ Almeida, R. S. C. de *; Sawazaki, R.; Silva, K. F. P. E.; Gaziri, D. A. *; Loureiro, J. F.; Gaziri, L. C. J.; Felipe, I.; Ciências Fisiológicas, UEL; Ciências Patológicas, UEL. Objetivo: Neste trabalho tivemos como objetivos a identificação de espécies do gênero Candida de 17 isolados de lesões pseudomembranosas presentes na superfície da cavidade oral de pacientes HIV+, internados no Hospital Universitário (HURNP). Ainda avaliou-se a produção de proteases e taxa de letalidade de camundongos infectados com estes isolados. Métodos e Resultados: As espécies de Candida foram identificadas por CHROMagar candida. A freqüência das espécies foi de 41,18% Candida albicans, 29,41% Candida tropicalis, 17,65% Candida krusei e 11,76% Candida glabrata. A produção de proteases foi maior nos isolados de C. albicans e C. tropicalis e menor para C. glabrata e C. Krusei. Os isolados foram cultivados a 28º C em caldo Sabouraud, diluídos a 108 cels./ml, inoculados via intraperitoneal em grupos de 10 camundongos para cada isolado e observados por 28 dias. A taxa de mortalidade de camundongos infectados com Candida corresponde a média da taxa de mortalidade de cada espécie. Assim, a média de morte pela C. tropicalis foi de 55,0%, a C. albicans 53.3%, a C. krusei 10% e a C. glabrata 5%. Conclusões: Os isolados produtores de proteinases (C. albicans e C tropicalis) foram mais patogênicos aos camundongos que os isolados de C. krusei ou C. glabrata cuja produção de proteases foi muito baixa. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, CPG, UEL 25.002 ATIVIDADE DE MACRÓFAGOS E NEUTRÓFILOS CONTRA ISOLADOS DE CANDIDA ALBICANS Gasparoto, T. H. **; Gaziri, L. C. J.; Felipe, I.; Ciências Fisiológicas, UEL; Ciências Patológicas, UEL; Patologia - CCB, UEL. Objetivo: Neste trabalho avaliamos a cinética de infecção de camundongos por C. albicans isolada de paciente HIV + (CR1) e de indivíduo HIV –(577) que apresentavam candidíase mucocutânea e analisamos a viabilidade de leveduras de ambos isolados que foram fagocitadas in vivo por macrófagos e neutrófilos. Métodos e Resultados: Camundongos Suíços machos foram infectados i.p. com CR1 e 577 e sacrificados após ½, 2 e 6 horas (n=4). As células dos exudatos peritoneais foram coradas com May-Grumwald-Giemsa e ou plaqueados em agarSabouraud. O número de unidades formadoras de colônias do exudato diminuiu em ambos os isolados e o de fagócitos aumentou em função do tempo de infecção. Um outro grupo de animais foi infectado i.p. com CR1 ou 577 e sacrificado após 30 minutos. As células dos exudatos foram coradas com laranja de Acridina e avaliadas em microscópio de fluorescência. Mesmo após a fagocitose, muitas leveduras de CR1 e 577 mantiveram a sua viabilidade, porém isto foi mais evidente com CR1. Conclusões: O isolado de C.albicans de paciente HIV+ mostrou maior resistência à destruição por células fagocíticas do que a cepa 577. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, Fundação Araucária, CPG, UEL 25.003 RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO DE MASTÓCITOS NO BAÇO E INTESTINO DELGADO DE CAMUNDONGOS BALB/C INFECTADOS POR Strongyloides venezuelensis. EFEITO DE TEOFILINA. Mazzolin, L. P. **; Richini, V. B. **; Sequeira, T. C. G. de O.; Gomes, J. C.; Farmacologia, UNESP - Botucatu; Parasitologia, UNESP - Botucatu. Objetivo: Aumento local do número de mastócitos ocorre em infecções helmínticas intestinais. Objetivamos investigar o efeito da infecção por Strongyloides venezuelensis (Sv) sobre a concentração de mastócitos determinada pela concentração de histamina (hi) em baço, intestino delgado (ID) e pulmões de camundongos, e também o efeito de teofilina (inibidor da secreção de mastócitos) sobre a infecção. Métodos e Resultados: A infecção de camundongos com 2000 L3 de Sv foi monitorada pela contagem de ovos nas fezes (OPG). Animais foram mortos em intervalos de 2 ou 4 dias (total de 56 dias). Baço, ID e pulmões foram retirados para dosagem de hi total (média±EPM em g/g, n=6). O período pré-patente da infecção foi de 5 dias, o pico de eliminação de ovos foi no 8º DPI e o término da eliminação no 12º DPI. A infecção por Sv aumentou o conteúdo total de hi no baço e ID, sem alterar a concentração nos pulmões. No ID a concentração inicial de 0,75±0,02 aumentou a partir do 8º DPI (1,81±0,22) com pico no 32º DPI (14,67±0,90), diminuindo nos dias seguintes. No baço, a concentração inicial de hi (4,40±0,42) sofre aumento, menos acentuado do que no ID, a partir de 16º DPI (5,36±0,68); no 36º DPI observou-se intenso incremento que coincide com o início da redução no ID. Os animais tratados com teofilina (25 mg/kg/dia, ip) foram mortos no 16º DPI, tiveram pico de eliminação no 7º DPI sem alterar o período pré-patente e o término da eliminação. A teofilina aumentou a intensidade da infecção demonstrado pelo aumento de OPG no dia de pico de eliminação (tratados 32500, controles 22000), porém não alterou a concentração de hi presente em baço, ID e pulmões de camundongos infectados. Conclusões: Sugere-se que nas helmintoses ocorra a migração dos mastócitos intestinais para o baço. Sugere-se também que a secreção de mastócitos não seja responsável pela expulsão dos vermes. Apoio Financeiro: CAPES 25.004 AGRAVAMENTO DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA POR UMA VACINA SEMELHANTE À LEISHVACIN EM CAMUNDONGOS: RELAÇÃO COM AUMENTO DE APOPTOSE, CITOCINAS TH2 E TGF-. Olmo Pinheiro, R. **; Lopes, J. R.; Barradas, M. M.; Fentanes, R. F.; Rossi-Bergmann, B.; IBCCF, UFRJ. Objetivo: A Leishvacin® é uma das principais vacinas em teste para a leishmaniose humana. A sua formulação é composta de promastigotas totais de L. amazonensis, uma espécie que pode causar a forma anérgica difusa de leishmaniose cutânea (LCD). Nós mostramos anteriormente que uma preparação "Leishvacin-like" feita com a mesma cêpa PH8 (LaAg) induz apoptose em linfócitos T de camundongos BALB/c in vitro. Aqui nós avaliamos pela primeira vez em camundongos a imunogenicidade e eficácia vacinal do LaAg administrado de forma análoga aos testes clínicos, isto é, sem adjuvantes. Métodos e Resultados: A vacinação com 2 injeções i.m. de 25 ug de LaAg em 7 dias de intervalo significativamente agravou a infecção subsequente com L. amazonensis-GFP em camundongos BALB/c, induzindo aumento do tamanho das lesões e da carga parasitária (fluorescência do tecido infectado). Não houve alteração na infecção de camundongos C57Bl/6. A análise citofluorimétrica (FACS) revelou que no dia 84 de infecção, 58,6 % ± 4,6 das células totais de linfonodo dos animais BALB/c pré-vacinados estavam em apoptose, contra 39,6 % ± 5,0 nos animais não vacinados. Nos vacinados, 18,1% eram CD4+ e 9,9% CD8+. Não foi verificada alteração significativa nos índices de apoptose nos camundongos C57Bl/6 quanto às células totais (7,5% vacinados x 6,6 % não-vacinados) ou CD4+. O aumento de apoptose em BALB/c foi acompanhado de diminuição de IL2 e TNF- e aumento de IL-10, IL-4 e TGF- pelas células re-estimuladas in vitro com LaAg. A vacinação não afetou a produção destas citocinas em C57Bl/6. Conclusões: Estes dados mostram que em camundongos BALB/c, mas não C57Bl/6, a vacinação i.m. com LaAg sem adjuvantes leva ao agravamento da doença, de forma associada à deleção seletiva de células CD4+ mas com preservação de células ativamente produtoras de citocinas TH2 e TGF-.. Estes resultados podem ter implicações quanto aos efeitos deletérios da Leishvacin em indivíduos mais propensos a desenvolver as formas mais graves de leishmaniose, como a LCD. Apoio Financeiro: CNPq 25.005 IMPORTÂNCIA DO REPERTÓRIO DOS AUTOANTICORPOS NO ESTABELECIMENTO DA RESISTÊNCIA À LEISHMANIOSE CUTÂNEA EXPERIMENTAL MURINA Morasche, M. *; Zerbinato Bispo, F. **; Silva, N. P. R. da; Oliveira, J. *; Flores Lira, M. L.; Amaral, V. F. do; Vasconcellos, R.; Imunobiologia, UFF; Imunologia, UFF. Objetivo: A resistência à leishmaniose está associada à indução preferencial de linfócitos Th1. Os estudos realizados no intuito de estabelecer o papel dos linfócitos B na imunidade protetora à leishmaniose obtiveram resultados controversos. Enquanto alguns autores demonstram que os anticorpos produzidos durante a infecção por Leishmania teriam um papel modulador da gravidade desta infecção, outros os implicam no agravamento da doença. Os autoanticorpos naturais estão associados a mecanismos imunorregulatórios, apesar do potencial patogênico. Observamos anteriormente uma associação de desvios no repertório desta categoria de anticorpos a uma resposta efetiva ao T. cruzi. No trabalho atual, realizamos a análise do repertório autorreativo do soro de camundongos resistentes à leishmaniose (C57BL/6) comparando com àquele dos camundongos susceptíveis à infecção (BALB/c), antes e após infecção por L. major. O mesmo foi efetuado após a infecção por L. amazonensis, que não apresenta um padrão de resposta claro relacionado às linhagens de camundongo. Métodos e Resultados: Camundongos BALB/c ou C57BL/6 adultos, infectados com formas promastigotas de L. major ou L. amazonensis no coxim plantar, foram avaliados quanto à progressão da lesão e à produção de autoanticorpos. Nossos resultados demonstram que BALB/c infectados com altas doses de L. major desenvolvem lesões mais severas, e apresentam um padrão mais autorreativo das IgG séricas, quando comparados com animais da mesma linhagem, que receberam baixas doses, ou ainda à linhagem resistente. Em contrapartida, C57BL/6 apresentam um aumento de IgM autorreativa. Resultados semelhantes, correlacionando a prevalência de autoanticorpos da classe IgG e susceptibilidade à infecção, foram observados após infecção por L. amazonensis. Neste modelo, mesmo os camundongos C57BL/6 apresentam uma lesão progressiva, comparável aos BALB/c. Conclusões: Nossos resultados associam o grau de resistência à leishmaniose experimental cutânea ao aumento dos autoanticorpos da classe IgM e a intensa susceptibilidade à emergência de autoanticorpos da classe IgG. Apoio Financeiro: PIBIC | iniciação científica 25.006 COMPARISON OF IMMUNE RESPONSES OF SCHISTOSOMA MANSONIINFECTED MICE WITH DISTINCT PATHOLOGICAL SYNDROMES. Menezes Silva, L. **; Andrade de Oliveira, S. **; Ribeiro dos Santos, R.; Araujo Andrade, Z.; Soares, M. B. P.; Imunofarmacologia - FIOCRUZ - BA., CENTRO PESQ.GONÇALO MUNIZ; Centro Pesquisa Gonçalo Muniz, FIOCRUZ. Objetivo: The pathologic studies in Schistosoma mansoni-infected mice have shown that animals with prolonged infection tend to present two different hepatic pathological syndromes: periportal accumulation of granulomas and fibrosis (pipestem fibrosis-PF) or scattered periovular granulomas (SG) within the liver. In this study, we investigated a correlation between the development of histopathological syndromes and immune response pattern in a model of S. mansoni infection in syngeneic BALB/c mice. Métodos e Resultados: BALB/c mice were infected transcutaneously with 30 S. mansoni cercariae of the Feira de Santana strain. Sixteen weeks after infection, a liver biopsy was obtained (carried out) in order to identify the mice developing periportal fibrosis or scattered granulomas. Mice with PF had higher collagen content than mice with SG, although the egg numbers were similar in the two groups studied. Spleen cells from mice with PF and GI were stimulated with parasite egg antigen (SEA) or mitogen (Con A) 20 and 40 weeks after S. mansoni infection. Proliferation and IFN-g production were suppressed, especially 40 weeks after infection. Both groups studied had a Th2 response with production of IL-4 and IL-5 and elevated IgG1 and IgE levels. No significant differences in the levels of IgG1, IgG2a, IgG2b, IgG3 and IgE were observed when serum levels of mice from PF and GI groups were compared. Conclusões: Our results support previous findings in laboratory mice that schistosome infection result in increased production of Th2 cytokines, and indicate that local factors such as microvascularization alterations and fibrogenic cytokine production regulate collagen deposition and fibrosis development. Apoio Financeiro: CNPq, FIOCRUZ 25.007 BONE MARROW STEM CELL THERAPY FOR CHRONIC CHAGASIC MYOCARDITIS Soares, M. B. P.; Santana de Lima, R. **; Maeda Takyia, C.; Orivaldo Mengel, J.; Pontes-de-Carvalho, L. C.; Campos de Carvalho, A. C.; Ribeiro dos Santos, R.; Imunofarmacologia - FIOCRUZ - BA., CENTRO PESQ.GONÇALO MUNIZ; Centro Pesquisa Gonçalo Muniz, FIOCRUZ; Integ. Microbiol. - CPqGM, FIOCRUZ; Cardiologia Celular Molecular - IBCCF, UFRJ; Histologia e Embriologia, UFRJ. Objetivo: A progressive destruction of the myocardium occurs in about 30% of Trypanosoma cruziinfected individuals, causing chronic chagasic cardiomyopathy (CChC), a disease so far without effective treatment. Syngeneic bone marrow cell (BMC) transplantation has been shown to cause repair and improvement of heart function in a number of studies in patients and animal models of ischemic cardiopathy. The effects of bone marrow transplant in a mouse model of CChC are described herein. Métodos e Resultados: Infection of BALB/c and C57BL/6 mice was performed by inoculation of 100 and 1000 Colombian strain T. cruzi trypomastigotes in saline, respectively, by the intraperitoneal route. BMC injected intravenously into chronic chagasic BALB/c mice migrated to the heart and caused a significant reduction in the inflammatory infiltrates and in the interstitial fibrosis characteristics of CChC. The beneficial effects were observed up to six months after BMC transplantation. A massive apoptosis of myocardial inflammatory cells was observed after the therapy with bone marrow cells. BMC treatment was efficient in inducing the healing of early as well as late chronic chagasic myocarditis, both in BALB/c and C57BL/6 mice. Transplanted BMC obtained from chagasic mice and from normal mice had similar effects in terms of mediating chagasic heart repair. BMC differentiated into cardiomyocytes and promoted a neovascularization in hearts of transplanted chagasic mice. Conclusões: These results show that BMC transplantation is effective for treatment of chronic chagasic myocarditis and indicate that autologous bone marrow transplant may be used as an efficient therapy for patients with CChC. Apoio Financeiro: CNPq, MCT, FIOCRUZ 25.008 ROLE OF IMMUNE RESPONSES AGAINST TRYPANOSOMA CRUZI TRANSSIALIDASE IN THE PATHOGENESIS OF EXPERIMENTAL CHAGAS’ DISEASE. Soares, M. B. P.; Fraga Vasconcelos Senra, J. *; de Oliveira Ramos, C. *; Vasconcelos, J. R. **; Ribeiro dos Santos, R.; Rodrigues, M. M.; Imunofarmacologia FIOCRUZ - BA., CENTRO PESQ.GONÇALO MUNIZ; Centro Pesquisa Gonçalo Muniz, FIOCRUZ; Imunologia, Microbiologia e Parasitologia, UNIFESP; Microbiologia, UNIFESP. Objetivo: Chagas’ disease in an important health problem in Latin American countries, where it is estimated that about 18 million people are affected. The mechanisms leading to the development of chronic chagasic cardiomyopathy (CChC), the most common symptomatic form of the disease, are unknown. In this work we investigated the role of immune responses to trans-sialidase (TS), an immunodominat Trypanosoma cruzi antigen, in the development of myocarditis in a mouse model of infection. Métodos e Resultados: BALB/c and C57BL/6 mice were infected with 100 trypomastigotes of T. cruzi Colombian strain. Production of IFN-gamma and antiTS antibodies was compared. Levels of IFN-gamma were higher in splenocyte cultures of susceptible BALB/c mice, compared to those of C57BL/6 mice, both in acute (1 month of infection) as well as in chronic phase of the disease (6 months of infection). Levels of anti-TS antibodies of IgG1 and IgG2a isotypes were significantly higher in sera of BALB/c mice, compared to C57BL/6 mice in both time points analyzed. Naked DNA immunization with a plasmid containing the catalytic domain of TS alone or in combination with recombinant TS immunization, did not affect the control of parasitemia during the acute phase of infection with Colombian strain T. cruzi. However, mice immunized with TS prior to infection developed a more intense myocarditis 4 and 8 months after infection compared to control mice. Conclusões: Our results indicate that immune responses against trans-sialidase participate in the pathogenesis of chagasic myocarditis and suggest that T. cruzi antigens may be used as targets for immuno-intervention in Chagas’ disease. Apoio Financeiro: CNPq, FIOCRUZ, FAPESP 25.009 DETECÇÃO DE gp-43 DE Paracoccidioides brasiliensis NA URINA DE CAMUNDONGOS INFECTADOS. Ramos, S. de P. **; Tatibana, B. T.; Camargo, Z. P.; Sano, A.; Uno, J.; Itano, E. N.; Ciências Patológicas, UEL; Patologia, UEL. Objetivo: Detectar gp43 solúvel de Paracoccidioides brasiliensis na urina no decorrer da infecção experimental em camundongos. Métodos e Resultados: Grupos de 5 camundongos Swiss foram infectados com 1 X 106 leveduras de P. brasiliensis, cepa 18, via endovenosa e sacrificados a 7, 14, 28, 56 e 120 dias. Amostras de plasma e urina de camundongos infectados e de controles sem infecção foram colhidas para detecção de IgG antigp43 e de gp43, respectivamente. Foi utilizado ELISA clássico para detecção de IgG antigp43. As placas sensibilizadas com gp43 foram incubadas com amostras de plasma seguida de conjugado peroxidase anti-IgG de camundongo. Para análise de gp43, as placas foram sensibilizadas com IgG de coelho anti-gp43 seguida de amostras de urina, IgG monoclonal anti-gp43 e conjugado peroxidase anti-IgG de camundongo. Os resultados obtidos demonstraram aumento de IgG anti-gp43 a partir de 28 dias, porém estatisticamente significativo apenas no grupo de 120 dias pós-infecção e nível estatisticamente elevado de gp43 na urina nos dias 7, 14, 56 e 120 dias pós- infecção, em comparação ao grupo controle. Conclusões: Como na paracoccidioidomicose humana, a gp43 pode ser detectada na urina dos camundongos infectados. A não detecção aos 28 dias pode ser devido à sua neutralização pelos anticorpos recém produzidos, porém esta afirmação requer estudo adicional. Apoio Financeiro: CAPES 25.010 MODULAÇÃO DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA INDUZIDA PELO SCHISTOSOMA MANSONI EM ANIMAIS NOCAUTES PARA GALECTINA-3 Frazão Neves, P. **; Oliveira, F. L. de **; Miguel Oliveira Pascarelli, B. *; Chammas, R.; Cury El-Cheikh, M.; Borojevic, R.; Maeda Takiya, C.; Histologia e Embriologia, UERJ; Histologia, UFRJ; Histologia e Embriologia, UFRJ; Histologia e Embriologia - BL F, UFRJ; Disciplina de Oncologia, USP. Objetivo: Galectina-3 é uma lectina com afinidade a -galactosídeos, encontrada no citosol e na membrana de uma variedade de células. Participa de importantes eventos intracelulares e extracelulares como ativação celular, apoptose, proliferação e adesão de células inflamatórias à matriz extracelular. O objetivo de nosso trabalho foi verificar modificações na cinética de células inflamatórias envolvidas na lesão hepática induzida pelo Schistosoma mansoni em animais deficientes para galectina-3. Métodos e Resultados: Animais galectina-3 deficientes (KO) e selvagens (WT) foram infectados com S. mansoni e sacrificados na fase aguda e crônica. Fragmentos de fígado foram retirados, fixados e processados em parafina. Análises histopatológicas demonstraram não haver modificações proeminentes na citoarquitetura dos granulomas dos animais KO, porém esses eram menores que os dos animais WT (p<0,05) e continham menos colágeno (Picro-Sirius) tanto na fase aguda quanto na crônica (p<0,05). Eosinófilos também estavam diminuídos em número nos animais KO, em ambas as fases (p<0,05). O número de células B220+ encontrava-se diminuído no animal KO, na fase aguda e sem diferenças na fase crônica. Em contrapartida, o número de plasmócitos estava aumentado nos animais KO, na fase aguda e sem diferenças na crônica. Através da imunodetecção para caspase-3, pudemos observar um aumento de células positivas nos animais KO na fase crônica, aumento visto principalmente em células precursoras da linhagem mielóide presentes nos focos de mielopoese extramedular perigranulomatosos. Conclusões: Esses dados nos permitem concluir que a galectina-3 parece interferir na cinética de células da linhagem B e na meia-vida de células inflamatórias da linhagem mielóide na resposta tecidual induzida pelo Schistosoma mansoni. Apoio Financeiro: CNPq, PRONEX, Inst. Milênio Bioeng. Tecidual 25.011 ESTUDO DA AÇÃO LEISHMANICIDA DA PRÓPOLIS: UMA ABORDAGEM IN VITRO E IN VIVO. Monteiro, M. C. **; Júnior, É. T. *; Savi-Neto, D. *; Silva, O. S. da; Paulino, N. **; Nogueira, L. **; Balbim Donate, P. *; Blazius, R. D.; Cunha, F. Q.; Romão, P. R. T.; Farmacologia - FMRP, FMRP-USP; BIOFAR, UNISUL; Grupo de Pesquisa em Imuno - Parasitologia, UNISUL; Farmacologia - FMRP, USP. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da própolis sobre a viabilidade de formas promastigotas de diferentes espécies de Leishmania (L. amazonensis, L. braziliensis, L. donovani e L. major) e seu efeito in vivo no modelo de Leishmaniose Cutânea Experimental em camundongos BALB/c. Métodos e Resultados: Para avaliar a atividade leishmanicida da própolis, 3 x 106 formas promastigotas das diferentes espécies de Leishmania foram incubadas em meio M199 na presença ou ausência de diferentes concentrações de própolis (30-300 g/ml). Após 24 horas de incubação a viabilidade celular foi determinada através da contagem dos parasitas viáveis em Câmara de Neubauer. Para avaliar o efeito da própolis in vivo, camundongos suscetíveis (BALB/c) infectados com 2 x 106 formas promastigotas de L. major foram tratados diariamente por via oral com 200 mg/kg de própolis durante todo o período de infecção. O desenvolvimento das lesões cutâneas foi monitorado semanalmente através da medida do tamanho da pata através de paquímetro. O número de parasitas presentes nas lesões foi estimado através do ensaio de diluição limitante. O tratamento das diferentes espécies de Leishmania com própolis (30-300 g/ml) resultou na morte dose-dependente dos parasitas. Dentre as espécies testadas, L. braziliensis apresentou maior grau de sensibilidade ao efeito tóxico da própolis. A concentração que inibiu em 50% a viabilidade celular (IC50) foi determinada para cada espécie: L. amazonensis (122,2 g/ml), L. major (109,7 g/ml), L. donovani (97,2 g/ml) e L. braziliensis (64,6 g/ml). Estes dados nos conduziram a investigar o possível efeito terapêutico da própolis. No entanto, o tratamento dos animais infectados com própolis não alterou a curso de infecção progressiva não cicatrizante dos animais suscetíveis BALB/c. O tamanho da lesão de pata dos animais tratados com própolis não foi modificado em relação às lesões verificadas nos animais do grupo controle (tratados com salina). Além disso, o número de parasitas recuperados das lesões durante o curso de infecção foi equivalente em ambos os grupos tratados e não tratados (5 x 106 na sétima semana após infecção). Conclusões: A indicação deste produto ou componentes isolados como antileishmanicida precisa ser revista. Apoio Financeiro: CNPq 25.012 DECREASED HUMORAL AND PATHOLOGIC RESPONSES IN UNDERNOURISHED MICE INFECTED WITH SCHISTOSOMA MANSONI Andrade de Oliveira, S. **; Menezes Silva, L. **; Barbosa Júnior, A.; Ribeiro dos Santos, R.; Coutinho, E.; Araujo Andrade, Z.; Soares, M. B. P.; Imunofarmacologia - FIOCRUZ - BA., CENTRO PESQ.GONÇALO MUNIZ; Centro Pesquisa Gonçalo Muniz, FIOCRUZ. Objetivo: It has been demonstrated that a low-protein diet interferes with the morphology of hepatic lesions resulting from Schistosoma mansoni infection in mice. Periovular granulomas are smaller than in controls, and portal pipestem fibrosis does not develop. Here we compared the humoral and cellular immune responses in well-nourished and undernourished mice during chronic S. mansoni infection. Métodos e Resultados: Mice were submitted to a deficient diet (RBD) planned to simulate the one usually ingested by low income people in Northeast Brazil (Coutinho et al., 1997), with 8% protein content. Control mice (well nourished groups) were fed a balanced, commercial mouse chow (Nuvital Nutrients Ltda, Colombo, Parana, Brazil), containing 22% protein. Splenocyte proliferative response against S. mansoni soluble egg antigen (SEA) or concanavalin A (Con A) was similar for both groups. The production of IFN-gamma, IL-4 and IL-5 could only be detected in splenocyte cultures stimulated by Con A. But no difference was observed between the two groups of mice. Undernourished mice produced detectable levels of anti-SEA antibodies when compared to non-infected undernourished animals. However, the serum levels of SEA-specific IgG1, IgG2a, IgG2b and IgG3 antibodies in infected mice were significantly higher in wellnourished in comparison with undernourished mice. Undernourished animals also exhibited diminished periovular granuloma size and less portal fibrosis than wellnourished infected controls.Mice were submitted to a deficient diet (RBD) planned to simulate the one usually ingested by low income people in Northeast Brazil (Coutinho et al., 1997), with 8% protein content. Control mice (well nourished groups) were fed a balanced, commercial mouse chow (Nuvital Nutrients Ltda, Colombo, Parana, Brazil), containing 22% protein. Splenocyte proliferative response against S. mansoni soluble egg antigen (SEA) or concanavalin A (Con A) was similar for both groups. The production of IFN-gamma, IL-4 and IL-5 could only be detected in splenocyte cultures stimulated by Con A. But no difference was observed between the two groups of mice. Undernourished mice produced detectable levels of anti-SEA antibodies when compared to non-infected undernourished animals. However, the serum levels of SEA-specific IgG1, IgG2a, IgG2b and IgG3 antibodies in infected mice were significantly higher in wellnourished in comparison with undernourished mice. Undernourished animals also exhibited diminished periovular granuloma size and less portal fibrosis than wellnourished infected controls. Conclusões: These results support the importance of the nutritional status of the host on the humoral immune response in mice and its effects on the development of periovular granulomas in malnourished animals infected with S. mansoni. Apoio Financeiro: CNPq, FIOCRUZ 25.013 EFEITO MICROBICIDA DE SOBRENADANTE DE CULTURA DE MACRÓFAGOS ALVEOLARES EM ESTAFILOCOCOS. Machado Manhães de Castro, F. *; Câmara Antas, M. das G.; Ferreira e Silva, W. T. **; Manhães de Castro, R.; De Castro, C. M. M. B.; Medicina, UFPE; Medicina Tropical, UFPE; Nutrição, UFPE. Objetivo: Determinar in vitro a cinética do efeito microbicida do sobrenadante de macrófagos alveolares (MA) ativados com PMA sobre Staphylococcus aureus (S.a). Métodos e Resultados: Lavado broncoalveolar foi realizado com soro fisiológico (SF) em ratos machos (n=08; 120 dias de vida). Em cada animal, alíquotas de SF foram injetadas na traquéia e aspiradas, obtendo-se um volume final de 30 ml, a partir do qual, os MA foram separados por adesão em placas de Petri, com densidade de 1 X 106 células/ml de meio de cultura. Em seguida, os MA foram estimulados com PMA. Amostras do sobrenadante de cultura foram coletadas na quantidade de 200l nos tempos de 0, 1, 3, 6 e 24h após estímulo. As alíquotas retiradas foram adicionadas a 800l de meio de cultura para bactérias, BHI, com S.a na concentração de 2 X 108 bactérias/ml. Em seguida, incubou-se por 2h e desta mistura, foi retirado 1l com alça calibrada e semeado em placas de Petri em ágar-sangue. Após 1 dia em estufa à 37ºC, foram contadas as colônias bacterianas (CB). Os dados obtidos foram representados em média ± EP: Sobrenadante de MA sem PMA (à 0h, 136 ± 25; às 3 h, 161 ± 19; às 6 h, 235 ± 11; e às 24h, 269 ± 18). Com PMA (à 0h, 126 ± 27; às 3h, 97 ± 28; às 6h, 114 ± 28; às 24h, 120 ± 48). Houve redução das CB a partir das 6h (p<.05; teste t de Student). Conclusões: O sobrenadante de cultura de macrófagos alveolares, após as primeiras 6 h do contato com as CB, tem importante efeito microbicida crescente. Este efeito está associado a diversos fatores solúveis liberados. Apoio Financeiro: UFPE 25.014 ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE gp43 DO Paracoccidioides brasiliensis II. AVALIAÇÃO DE DIVERSOS ANTÍGENOS OBTIDOS DE PAREDE CELULAR E DE VÁRIOS TEMPOS DE CULTIVO. Matano, G. **; Ferreira, E. C. J.; Cavalcante, S. C.; Charbel, C. E.; Vidal, M. S. M.; Fazioli, R. A.; Imunologia, INST.ADOLFO LUTZ; Micologia, INST.MEDICINA TROPICAL. Objetivo: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose causada pelo fungo P. brasiliensis (Pb). A gp43 é a fração imunodominante deste fungo reconhecida por quase 100% dos soros dos pacientes com PCM. Este trabalho pretende avaliar a presença da gp43 em antígenos de parede celular ("cell free antigen"- CFA) utilizando alguns isolados fúngicos, diversos meios de cultura e vários tempos de cultivo, para purificação dessa fração. Métodos e Resultados: Este antígeno (Ag) foi obtido da forma clássica (CFAc) e modificada (CFAm - realizou-se liofilização e diálise), sendo produzido a partir de 2 isolados fúngicos (Pb 113 e Pb 339, levedura), 2 meios de cultura sólidos: Fava Netto (FN) e Sabouraud Tiamina e Asparagina (STA) e vários tempos de cultivo (3, 7, 10, 14 e 20 dias) a 36°C. A produção da gp43 foi avaliada por ID e SDS-PAGE. O CFAm do Pb 339 em meio FN apresentou quantidades maiores de gp43 que o CFAc em todos os tempos ensaiados. O CFAc e o CFAm do Pb 113 em meio FN apresentaram quantidades semelhantes de gp43 em todos os tempos analisados. O CFAc e o CFAm do Pb 339 em meio STA apresentaram quantidades elevadas de gp43 em todos os tempos avaliados, entretanto o CFAc apresentou quantidades maiores. O CFAc e o CFAm obtidos do Pb 113 em meio STA apresentaram quantidades baixas de gp43 em todos os tempos avaliados. Os resultados obtidos por ID confirmam os achados de SDS-PAGE. Conclusões: O CFAc obtido em meio STA e o CFAm em meio FN do Pb 339 apresentaram as maiores quantidades de gp43. O isolado Pb 339 produziu quantidades maiores de gp43 que o Pb 113 independente de meio de cultura, tempo de cultivo e método utilizado. A forma de obtenção do Ag CFA do Pb 113, clássica ou modificada, não alterou a quantidade de gp43. Observamos também, alta variabilidade no perfil eletroforético dos antígenos estudados. Apoio Financeiro: IAL-FUNDAP 25.015 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE DE PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS NO ESTUDO DA IMUNIDADE CELULAR. Ferreira, E. C. J.; Matano, G. **; Fazioli, R. A.; Imunologia, INST.ADOLFO LUTZ. Objetivo: Estudos experimentais e clínicos mostram que a imunidade celular (IC) é o mecanismo principal de resistência ao P. brasiliensis (Pb). A reação de hipersensibilidade do tipo tardio (HTT) reflete a IC de pacientes com Paracoccidioidomicose ou de modelos experimentais, entretanto, a falta de antígeno ideal tem dificultado diversas interpretações. O modelo de infecção subcutânea (sc) de animais B10.A é um excelente instrumento na padronização de reações de HTT. Este trabalho visa padronizar a dose adequada, selecionar o isolado e o melhor antígeno a ser utilizado no estudo da IC em animais resistentes (A/Sn) e susceptíveis (B10.A) no curso da infecção. Métodos e Resultados: Camundongos B10.A (machos e fêmeas) infectados sc com 1x106 ou 5x106 leveduras do Pb18, aos 15 de infecção, foram desafiados na pata com o antígeno de Fava Netto (AgFN) ou "cell free antigen" (CFA) obtidos do pool de isolados (Pb18, Pb 265, Pb 113 e Pb 339) ou de um único isolado em diversas concentrações (entre 150 a 550 g proteínas/mL). Estudo cinético foi também realizado. Animais B10. A fêmeas inoculados sc com 5x10 6 e desafiados com o AgFN (pool) apresentaram respostas de HTT maiores que a dose de 1x10 6. A dose de 250 g/mL induziu as maiores reações de HTT. O estudo cinético e a curva de dose-resposta do CFA (pool) em animais B10.A fêmeas mostraram que a leitura de 24h e as doses de 450 e 550 g/mL induziram as maiores reações de HTT para o AgFN. As doses de 350 e 450 g/mL dos CFA obtidos do Pb 339 e Pb 113, respectivamente, induziram as maiores reações de HTT em B10.A machos às 24h. Conclusões: Os resultados mostraram que o CFA induziu reações de HTT maiores que o AgFN em camundongos B10.A fêmeas, quando obtidos do pool de isolados. O CFA obtido do Pb 339 induziu respostas de HTT maiores que o Pb 113 em B10.A machos. A dose de 5x106 leva a respostas de HTT maiores e discriminatórias entre animais normais e infectados. Apoio Financeiro: IAL-FUNDAP 25.016 ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE GP43 DO PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS I. AVALIAÇÃO DE DIVERSOS ANTÍGENOS OBTIDOS DE FILTRADOS DE CULTURA E DE VÁRIOS TEMPOS DE CULTIVO. Ferreira, E. C. J.; Matano, G. **; Charbel, C. E.; Cavalcante, S. C.; Vidal, M. S. M.; Fazioli, R. A.; Imunologia, INST.ADOLFO LUTZ; Micologia, INST.MEDICINA TROPICAL. Objetivo: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pelo fungo dimórfico P. brasiliensis (Pb). A gliproteína de 43 kDa (gp43) é a fração imunodominante deste fungo sendo reconhecida por quase 100% dos soros dos pacientes com PCM. Este trabalho visa estudar a produção da gp43 em alguns isolados fúngicos mantidos em diferentes meios de cultura e em vários tempos de cultivo, para posterior purificação. Métodos e Resultados: Os isolados fúngicos (Pb 113 e Pb 339, levedura) foram mantidos em diversos meios de cultura líquidos (NGTA, YPD e STA) e vários tempos de cultivo (7, 10, 14 e 20 dias) a 36°C, sob agitação constante. Analisamos também o antígeno de Tomate (AgTom). A produção da gp43 foi avaliada por ID e SDS-PAGE. O Pb 339 em meio Negroni acrescido de Tiamina e Asparagina (NGTA) produziu quantidades elevadas de gp43 em todos os tempos ensaiados e o Pb 113 produziu quantidades maiores no 7 o e 20o dia de cultivo. Em meio Yeast Peptone Dextrose (YPD) ambos os isolados mostraram baixa quantidade de gp43 em todos os tempos analisados. O Pb 339 e o Pb 113, quando cultivados em meio Sabouraud Tiamina e Asparagina (STA), produziram gp43 em todos os tempos ensaiados, embora o Pb 339 apresente produção exuberante de gp43 aos 10 dias de cultivo. Diversas concentrações do AgTom mostraram quantidades elevadas e crescentes de gp43. Os resultados obtidos por ID confirmam os achados de SDS-PAGE. Conclusões: Estes dados sugerem que a produção de gp43 varia com o tempo de cultivo, meio de cultura e o isolado fúngico utilizado. A maior produção de gp43 foi obtida com o Pb 339 aos 10 dias de cultivo em meio STA, sendo esta maior do que aquela apresentada pelo Ag de referência (AgTom). Observamos também grande variabilidade no padrão eletroforético dos diversos preparados antigênicos estudados. Apoio Financeiro: IAL-FUNDAP 25.017 ESTUDOS DOS EFEITOS DE ACILHIDRAZONAS PIRAZÓLICAS NA VIABILIDADE DE PROMASTIGOTAS DE LEISHMANIA SP. Charret, K. dos S. *; Machado, G. M.; Morasche, M. *; Leon, L. L.; Bernardino, A. M.; Amaral, V. F. do; Imunologia, FIOCRUZ; Imunobiologia, UFF; Química Orgânica, UFF. Objetivo: As leishmanioses tegumentar e visceral incidem em regiões tropicais e subtropicais do mundo. No norte do Brasil, a Leishmania amazonensis é responsável pela forma cutânea da doença. No entanto, esta espécie também tem sido descrita nas formas clínicas mucocutânea, difusa e visceral. Atualmente, não existe vacina eficiente para leishmaniose e a quimioterapia disponível é inadequada e cara. Drogas antimoniais pentavalentes que controlam casos de leishmanioses ainda são consideradas o tratamento de primeira escolha, apesar das suas propriedades tóxicas e efeitos colaterais. Há grande interesse na procura de drogas menos tóxicas e de maior eficácia. Os efeitos anti-protozoários de acilhidrazonas pirazólicas foram observados inicialmente em Trypanosoma cruzi, despertando grande interesse devido, principalmente, a sua ocorrência na composição de moléculas com diversificada atividade farmacológica. O principal objetivo é testar a capacidade leishmanicida dos diferentes substituintes destes compostos (acilhidrazonas pirazólicas). Métodos e Resultados: Os compostos foram solubilizadas em dimetilsulfóxido, testados em diferentes concentrações e incubados à 26o C por 24 horas com promastigotas (formas extracelulares) de L. amazonensis infectantes. Fez-se a contagem em câmara de Neubauer e o percentual de inibição pela droga foi estimado comparando-se com os controles. Entre 50 derivados testados, os substituintes Br/NO2 e NO2/Cl foram os mais eficientes sobre Leishmania amazonensis também inibindo promastigotas de Leishmania braziliensis. Conclusões: Com base nestes dados a avaliação de novos derivados pirazólicos quanto à sua atividade leishmanicida justificam o desenvolvimento deste trabalho, necessitando-se avaliar a toxicidade para as células hospedeiras, a sensibilidade nas formas amastigotas (intracelulares) e ação sobre outras espécies de Leishmania. Apoio Financeiro: PIBIC | iniciação científica, PAPES, FIOCRUZ, UFF 25.018 GM-CSF ACTIVATES HUMAN MONOCYTES AND MONOCYTE-DERIVED MACROPHAGES TO KILL PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS BY A MECHANISM DEPENDENT ON REACTIVE OXYGEN INTERMEDIATES Martins do Carmo, J. P.; Calvi, S. A. *; Victoriano de Campos Soares, Â. M.; Alarcão Dias, L. **; Garcia Tavian, E.; Janegitz Acorci, M.; Microb. - Imunol., UNESP - Botucatu; Microbiologia e Imunologia, UNESP - Botucatu; Microbiologia Imunologia, UNESP Botucatu. Objetivo: The ability of recombinant human granulocyte-macrophage colonystimulating factor (GM-CSF) to activate human monocytes/macrophages for virulent Paracoccidioides brasiliensis killing and the mechanisms involved in this effector function Métodos e Resultados: Peripheral blood monocytes (MO) and monocyte-derived macrophages (MÆ) were activated with different concentrations of GM-CSF. Afterwards, cells were challenged with P. brasiliensis strain 18 (Pb18) and the fungicidal activity was evaluated, plating and counting the Colony Forming Units (CFU) after 10 days. GM-CSF activated MO and MÆ for P. brasiliensis killling in a concentration–dependent manner. There was an association between this activity and the release of high levels of H2O2 by activated cells. Moreover, the killing effect was inhibited by Catalase (CAT), confirming the role of H2O2 in this process. On the contrary, L-Monomethyl-Arginine (L-NMMA) had no effect on fungicidal activity, suggesting that nitric oxide (NO) is not involved. Conclusões: Based on these data, the role of GM-CSF-activated human cells in the defense mechanisms against P. brasiliensis and its potential therapeutic effect in patients with paracoccidioidomycosis are discussed. Apoio Financeiro: FAPESP 25.019 ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA INFECÇÃO INDUZIDA PELO TRICHOPHYTON MENTAGROPHYTES EM CAMUNDONGOS SUÍÇOS Venturini, J. *; Luchini, A. C.; Arruda, M. S. P. de; Ciências Biológicas, UNESP - Bauru. Objetivo: Os mecanismos imunológicos envolvidos na prevenção e controle das dermatofitoses não são claros. De modo geral, tem se postulado que a resistência a essas infecções estaria associada ao desenvolvimento de hipersensibilidade tardia. No presente estudo, nos propusemos a investigar essa premissa empregando camundongos inoculados com Trichophyton mentagrophytes. Métodos e Resultados: Assim, 36 camundongos suíços foram inoculados no coxim plantar com 107 Trichophyton mentagrophytes; 15 dias da inoculação 18 destes animais foram reinoculados com 107 fungos no coxim contralateral. Lotes de animais foram avaliados às 6, 20 e 48 horas e 7, 14 e 30 dias pós inoculação, através do teste do coxim plantar (TCP), da determinação dos níveis séricos de TNF-a, IFN-g e IL-4 (método imunoenzimático-ELISA) e da presença de linfócitos CD4+, CD3+ e CD8+ (imunohistoquímica) nas lesões de inoculação. Os resultados demonstraram que a reinoculação não afetou os parâmetros estudados. Assim, todos os animais estudados mostraram-se TCP negativos, do mesmo modo, não exibiram níveis detectáveis de TNF-a e IL-4; às 48h animais dos dois grupos apresentaram IFN-g. A identificação imunohistoquímica das células presentes nas lesões revelou, nos dois grupos, a presença de linfócitos CD4+ e de IFN-g. A partir do 14º dia da inoculação os animais não exibiam mais lesões. Conclusões: No modelo ensaiado, independente da reinfecção, o T. mentagrophytes não levou ao desenvolvimento da resposta imune mediada por células, detectável pelas técnicas ensaiadas. Apesar disso, a infecção evoluiu para a resolução sugerindo a participação de outros mecanismos nesse processo. Aliado a dados presentes na literatura, a detecção de IFN-g sérico e de células produtoras IFN-g desde as primeiras horas da infecção sugerem a participação importante da imunidade inata na modulação das dermatofitoses. Apoio Financeiro: FAPESP 25.020 POTENCIAL IMUNOGÊNICO DOS ESTÁGIOS PRECOCES DO * DESENVOLVIMENTO LARVAL DE ASCARIS SUUM Saraiva, T. C. ; Enobe, C. S. **; Macedo-Soares, M. F. de; Imunopatologia, BUTANTAN; Imunopatologia, INSTITUTO BUTANTAN. Objetivo: O curso da infecção experimental por Ascaris suum em camundongos, ao menos nos estágios precoces do desenvolvimento larval é bastante similar ao que ocorre no hospedeiro natural (porco). Considerando que os estágios larvais, por comporem a fase migratória do parasita, são importantes na indução de respostas protetoras para o hospedeiro, o objetivo deste trabalho é estudar o potencial imunogênico do parasita e seus produtos, nas fases iniciais de seu ciclo vital. Métodos e Resultados: Camundongos BALB/c (n=3-5/grupo) foram inoculados por via intragástrica com 2500 ovos embrionados e 28 dias após foram re-infectados. Semanalmente e por 8 semanas os animais foram sangrados pelo plexo oftálmico para quantificação de anticorpos por ELISA, e pulmões e fígados foram retirados para avaliação da presença de larvas (método agar). Observou-se larvas no fígado a partir do 1º dia pós-infecção (12+8), que permanecem por 2 semanas. Nos pulmões as larvas foram identificadas a partir do 8º dia (25+5), permanecendo também por 2 semanas. Na reinfecção o número de larvas no fígado foi significantemente maior (66+12), mas houve uma redução bastante acentuada da presença de larvas no estágio pulmonar (5+3). Com relação à resposta imune humoral, a infecção induziu a produção de anticorpos IgM, IgG1 e IgE, mas não IgG2a, IgG2b e IgG3. Na re-infecção também não foram detectadas as sub-classes IgG2a, IgG2b e IgG3, mas observou-se um aumento expressivo dos anticorpos IgM, IgG1 e IgE. Conclusões: Na infecção murina por A suum, assim como o que ocorre em suínos, as larvas se desenvolvem nos estágios hepáticos (L2) e pulmonares (L3), no 1º e 8º dia pós-infecção, respectivamente. Além disso, estes estágios larvais precoces induzem a produção de anticorpos especialmente das classes IgM, IgG1 e IgE. Por outro lado, observou-se uma significativa inibição do desenvolvimento larval, ao menos no estágio pulmonar, devido à re-infecção. Em conjunto estes resultados sugerem que os anticorpos induzidos na infecção por A. suum têm um papel protetor na reinfecção. Apoio Financeiro: FAPESP 25.021 PERFIL DE PRODUÇÃO DE ANTICORPOS EM CAMUNDONGOS INFECTADOS POR ASCARIS SUUM. Enobe, C. S. **; Oshiro, T. M. **; Saraiva, T. C. *; Macedo-Soares, M. F. de; Imunopatologia, BUTANTAN; Imunopatologia, INSTITUTO BUTANTAN. Objetivo: A infecção experimental em camundongos mimetiza a infecção natural em suínos, nos estágios precoces do ciclo vital. O presente trabalho teve como objetivo a análise do potencial imunogênico dos estágios larvais do parasita, considerando que estes estágios compõem a fase migratória e a mais lesiva ao hospedeiro. Métodos e Resultados: Camundongos BALB/c (n=5) foram inoculados via intragástrica com 2500 ovos embrionados (obtidos do terço distal do útero de fêmeas adultas de Ascaris suum). Os animais foram sangrados 1, 8, 14 ou 21 dias após infecção e os níveis séricos de anticorpos foram testados por ELISA e por ACP. Os soros dos camundongos infectados, testados por ELISA, apresentaram uma produção de anticorpos da classe IgM e IgG1, mas não IgG2a, IgG2b ou IgG3. Com relação aos anticorpos da classe IgE, tanto específicos para antígenos de Ascaris suum, quanto totais, observou-se também níveis acentuados nos animais infectados. Além disso, analisamos a produção de anticorpos anafiláticos (da classe IgE e IgG1) pela infecção experimental através da técnica de analifaxia cutânea passiva (ACP). Estes resultados demonstram que a infecção experimental induz a produção de anticorpos capazes de induzir a degranulação de mastócitos, tanto da classe IgE como IgG1. Conclusões: Estes resultados comprovam mais um aspecto de identidade do modelo experimental murino com a infecção natural, visto que uma das principais características da infecção por helmintos é justamente promoverem aumentos dos níveis séricos de IgE em seu hospedeiro. Além disso, os animais respondem com a produção de anticorpos da classe IgM e IgG1. Apoio Financeiro: FAPESP, Fundação Butantan 25.022 EFFECTS OF MALE GONADAL HORMONES OVER CHAGASIC INFECTION AND BIOCHEMICAL EVALUATIONS Prado Jr, J. C.; D Ambrósio Fernandes, R. *; Pinto, A. C. H. **; Toldo, M. P. A.; Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas - RP, FCFRP-USP; Análises Clínicas - RP, USP; Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas - RP, USP. Objetivo: To evaluate tryglicerids and cholesterol involvement during experimental Chagas’ disease in Calomys callosus, and the possible role of male gonadal hormones in the immune response. Métodos e Resultados: Male C. callosus, aging 28-30 days and weighing 20-26 gr, were divided in 3 groups: Control Group (CG), Infected Group (IG), Infected and Castrated Group (ICG). Animals were i.p. infected with 2x104 blood trypomastigotes of the Y strain of Trypanosoma cruzi. ICG was infected 30 days after operation to prevent possible interference of surgery. Parasites were counted by BRENER`S method and parasitemia levels were controlled on 5th, 7 th and 9 th days after infection. Animals were injected with a lethal dose of Tribromoethanol and blood was collected for tryglicerids and cholesterol evaluations by Trinder-Enzimatic Method. Experimental values are gleaned in table: Table- Experimental values Tryglicerids (mg/dL) Cholesterol (mg/dL) CG (n=5) 242,0 ± 46,7 162,4 ± 26,4 IG (n=5) 248,2 ± 84,8 137,0 ± 11,2 ICG (n=5) 875,0 ± 68,5 187,1 ± 25,8 As previously observed in our laboratory, parasitemia reached its highest values on 7 after infection, slowly decreasing after 9 th day. th day Conclusões: Our results support the evidences that sex-associated hormones can also modulate immune responses and consequently directly influence the outcome of parasitic infection (1,2). Both orchiectomized and control infected groups displayed similar parasitemias (3), with slight lower levels for ICG. This means that male gonadal hormones play a fundamental role during experimental trypanosomiasis, and similarly to what happens in African trypanosomiasis, higher tryglicerid values are important, since concomitantly enhanced TNF levels are present, being important in the control of parasitemia during the acute phase of illness. References: (1)Parasitol Research, v.85, p.826, 1999; (2) Clin Microbiol. Rev., v. 31, p.476, 2001; (3) J Parasitol, v.2, p.213,1975. 25.023 PODE O PROCESSO DE SENESCÊNCIA FAVORECER A INFECÇÃO POR TRYPANOSOMA CRUZI EM CALOMYS CALLOSUS SENIS? Caetano, L. C. **; Nunes, A. de S. **; Helena Faccioli, L.; Carraro-Abrahão, A. A.; Prado Jr, J. C.; Análises Clínicas e Toxicológicas, FCFRP-USP; Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas - RP, FCFRP-USP; Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas - RP, USP. Objetivo: Os objetivos deste trabalho foram avaliar a capacidade de proliferação de células esplênicas submetidos a estímulos de mitógeno em Calomys callosus machos e fêmeas infectados com Trypanosoma cruzi. Métodos e Resultados: Grupos de 12 fêmeas e 10 machos foram infectados com 1x106 tripomastigotas sanguícolas da cepa MORC-1 de T.cruzi e deixados envelhecer. Quinze meses após a infecção os animais foram divididos em 2 grupos para cada sexo: Grupo I-05 machos infectados, 05 infectados e imunossuprimidos com ciclofosfamida (CY) e Grupo II–06 fêmeas infectadas, 06 infectadas e imunossuprimidas com ciclofosfamida. As células totais dos baços desses animais foram colhidas em dia pré-determinado, sendo as mesmas estimuladas com 2g de Concanavalina A (ConA) por 72 hs. A proliferação foi avaliada através da adição de 0,5Ci/poço de timidina triciada 18 hs antes do término da incubação. As células foram recuperadas e a medida da proliferação feita por cintilação(cpm). Foi utilizado o teste estatístico T não comparável. A parasitemia foi negativa para todos os grupos. Realizou-se cultura de sangue para identificação de formas tripomastigotas, sendo que apenas uma fêmea entre o total revelou-se positiva. As fêmeas apresentaram uma proliferação de esplenócitos induzida por ConA mais acentuada (19.500 CPM) quando comparadas aos machos (16.706 cpm). Após a imunossupressão com CY ocorreu uma queda significativa na linfoproliferação, no entanto mantendo uma marcante diferença entre fêmeas e machos (2.666 cpm x 1.263 cpm respectivamente significativo). Conclusões: Os dados acima evidenciam que o processo de imune senescência não é um fator limitante que leve a uma resposta imune deficiente, além de demonstrar o importante papel desempenhado pelo dimorfismo sexual na magnitude da resposta imune durante a evolução da doença de Chagas experimental crônica em animais senis. 25.024 CUTANEOUS LEISHMANIASIS IN RIO GRANDE DO NORTE AND RISK FACTORS FOR INFECTION. Capistrano, C. C. G. de O. **; Lacerda, H. G. **; Martins, D. R.; Monteiro, G. R.; Queiroz, J. W.; Sousa, J. A.; Porpino, L. C.; Ximenes, M. F. F. *; Braz, R. F. *; Wilson, M.; Pearson, R.; Jeronimo, S. M. B. *; Bioquímica, UFRN; Microbiologia e Parasitologia - CCB, UFRN; Medicine, University of Iowa; Medicine, University of Virginia. Objetivo: THE STATE OF RIO GRANDE DO NORTE IS ENDEMIC FOR CUTANEOUS LEISHMANIASIS SINCE 1987. THIS STUDY WAS PERFORMED WITH THE OBJECTIVE TO DETERMINE THE EPIDEMIOLOGICAL PATTERN OF CUTANEOUS LEISHMANIASIS IN RIO GRANDE DO NORTE. Métodos e Resultados: AN ENTOMOLOGICAL SURVEY OF THE SAND FLY VECTORS, A CASE-CONTROL AND A PREVALENCE STUDIES WERE PERFORMED. ALL PARTICIPANTS UNDERWENT A PHYSICAL EXAMINATION AND BLOOD WAS DRAWN FOR DETERMINATION OF LEISHMANIAL ANTIBODIES. MONTENEGRO AND TUBERCULINIC TESTS WERE ALSO PERFORMED. THE PROTOCOL WAS APPROVED BY UFRN ETHICAL COMMITTEE. SAND FLIES WERE CAPTURED USING CDC LIGHT TRAPS. THE FOLLOWING SPECIES OF SAND FLIES WERE CAPTURED: L. LONGIPALPIS, L. OSWALDOI, L. EVANDROI, L. INTERMEDIA, L. LENTI AND L. MIGONEI. THE COEFFICIENT OF INCIDENCE OF CL IN SÃO MIGUEL WAS 245.2/100,000 IN 1987 COMPARED TO THE STATE WHICH WAS 49.1/100,000. THERE WAS NO DIFFERENCE IN THE GENDER DISTRIBUTION. CUTANEOUS LEISHMANIASIS OCCURRED IN ALL AGE GROUPS, BUT 50% OF THE CASES WERE OVER AGE 40. FORTY PER CENT OF INDIVIDUALS PRESENTED A POSITIVE MONTENEGRO TEST. THERE WAS A DIFFERENCE IN THE SIZE OF THE MONTENEGRO TEST BETWEEN INDIVIDUALS FROM CASE AND CONTROL FAMILIES. THERE WAS AN INCREASED RISK OF INFECTION BY LEISHMANIA EITHER WITH THE PRESENCE OF ANIMALS (DOGS AND PIGS) OR WITH A HISTORY OF HUMAN CUTANEOUS LEISHMANIASIS IN THE HOUSEHOLDS. Conclusões: THE PRESENCE OF SAND FLY SPECIES, THE AGE AND GENDER DISTRIBUTION OF CUTANEOUS LEISHMANIASIS INDICATE THAT TRANSMISSION OF THIS DISEASE IN SÃO MIGUEL OCCUR IN THE CLOSE PROXIMITY OF THE HOUSEHOLD. THERE SEEMS TO BE A FAMILIAR AGGREGATION OF LEISHMANIA INFECTION IN THIS POPULATION. Apoio Financeiro: CNPq, UFRN 25.025 SUB-POPULATIONS BEHAVIOR OF A WILD STRAIN OF TRYPANOSOMA CRUZI, WITH DIFFERENT MORPHOMETRIC CHARACTERISTICS Saraiva, J. **; Dost, C. K.; Albuquerque, S.; Prado Júnior, J. C. D.; Ciências Farmacêuticas, FCFRP; Análises Clínicas e Toxicológicas, USP; Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas - RP, USP. Objetivo: To verify if in the TA strain of T. cruzi, the morphometric predominance of blood trypomastigote forms is related to the biological behavior. Métodos e Resultados: Sub-populations with different morphometric characteristics were separated by differential centrifugation. From these subpopulations, as well as from the original strain, 30 blood trypomastigote forms were submitted to the following morphometric measures: flagellum length (CF), body length (CC), total length (CT), body width (LC), nucleus and posterior extremity distance (PN), nucleus and anterior extremity distance (NA), kinetoplast larger diameter (DAC), kinetoplast smaller diameter (DEC), nucleus larger diameter (DAN), nucleus smaller diameter (DEN). In the sub-populations, the morphometric characteristics were analyzed on the 3rd and the 6th passages in mice. Significant differences (p<0.001) were observed, mainly between the width of the body of the TA strain and the supernadant sub-population (SB), as well as between the SB sub-populations and the sediment sub-populations (SD). It was also observed that there was no occurrence of morphometric modifications after successive passages in mice. The SB sub-population (in which trypomastigote forms measured around 1,3 mm) developed faster in mice than the SD whose trypomastigote forms measured around 1,99mm. However either TA strain as its sub-populations are classified as type II. Conclusões: The alteration of the morphometric predominance in the blood trypomastigote forms of T. cruzi may determine a distinct behavior in animals. Nevertheless, due to the heterogeneicity of forms found in the sub-populations, the alterations of the morphometric predominance did not modified the basic behavior in which they fit in, showing that type II can display both forms slender and broad ones and not necessarily only predominance of broad forms. Apoio Financeiro: CAPES 25.026 ANÁLISE DA ATIVIDADE PROTEOLÍTICA NA HEMOLINFA DE CHRYSOMYA MEGACEPHALA (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) EM PRESENÇA DE CORPO ESTRANHO Faraldo, A. C. **; Lello, E.; Guimarães, S.; Morfologia, Instituto de Biociências/IB; Morfologia, UNESP; Parasitologia, UNESP - Botucatu. Objetivo: Proteases da hemolinfa são importantes no sistema de defesa dos insetos, sendo responsáveis pela ativação da cascata enzimática envolvida nos processos de coagulação e melanização, e em outros eventos que promovem o isolamento e a destruição de corpos estranhos. Este trabalho tem como objetivo analisar a atividade de proteases presentes na hemolinfa de larvas de Chrysomya megacephala após diferentes períodos de incubação com patógeno. Métodos e Resultados: Larvas de terceiro instar foram inoculadas com solução de leveduras de Saccharomyces cerevisae (106 células/mm3) e a hemolinfa coletada após, 30, 60 min, 2, 4, 12, 24 e 48 horas de incubação. Para detectar a atividade de proteases, 3 mg de proteína foram fracionadas em géis de poliacrilamida 10% contendo gelatina 0,2%. Os géis foram incubados em tampão fosfato contendo ditiotreitol e para a visualização das bandas de proteólise foram corados com amido black. Atividade proteolítica foi detectada em todos os períodos de incubação. Zonas de hidrólise mais discretas foram observadas após 30, 60 min e 2 h, na região entre 205 e 116 kDa. A partir de 4 h, observou-se aumento da atividade proteolítica, sendo a maior zona de hidrólise detectada após 48 h, na região entre 205 e menos de 29 kDa. Conclusões: A atividade proteolítica na hemolinfa de C. megacephala foi proporcionalmente mais alta com o aumento do tempo de incubação com o patógeno, fato que pode ser associado às reações de defesa celular e humoral do inseto. Nas primeiras horas, as células fagocitam o corpo estranho e a cascata de profenoloxidase é ativada por poucas proteases. A partir de 12 h, a concentração de proteases é maior e o processo de melanização se inicia, juntamente com o achatamento das células e subsequente formação de nódulo para isolamento de corpo estranho. Apoio Financeiro: FAPESP 25.027 CONTRIBUIÇÃO METABÓLICA NA ENDOSIMBIOSE DE HERPETOMONAS ROITMANI. Binda Jr., A. L. *; Freitas Lemes, A. P. *; Freitas Lemes, A. P. *; Evangelista Fiorini, J. **; Schneedorf, J. M.; Biologia e Fisiologia de Microorganismos, UNIFENAS; Faculdade de Ciências Médicas, UNIFENAS; Medicina, UNIFENAS. Objetivo: A família Tripanosomatidae possui importância singular por sua capacidade infectante em diversos organismos e até no homem, resultando em esforços para sua erradicação, os quais esbarram na falta de conhecimento da biologia desses parasitos. Para estudos biológicos da família tem o grupo Herpetomonas sido considerado um bom modelo comparativo. O pesente trabalho busca uma avaliação do potencial ergogênico em Herpetomonas roitmani através de microcalorimetria de condução. Métodos e Resultados: Os protozoários foram cultivados em Meio Definido Roitmani, para manutenção da cepa, para microcalorimetria, e para o controle. Já para a obtenção da cura foram feitos repiques sequenciais para Caldo Sangue, contendo cloranfenicol, e Meio Mínimo. Foram realizados ensaios em microcalorimetro, com a utilização de 0,5ml de substrato energético, 0,5ml de soro fisiológico e 0,8ml de suspensão celular. A análise estatistica foi conduzida por ajuste linear de mínimos quadrados. Os resultados de condução termal apresentavam um valor de 29,3 -/+ 12,9 pW/célula de liberação de calor pelo protozoário simbionte.(R=0,794). Conclusões: A realização dos experimentos mostra que o valor médio de calor liberado pelo Herpetomonas ritmani encontra-se entre valores já reportados para outras células como Hybridoma,30-50pW/célula;linhagem 3T3, 53pW/célula, sendo superior as linhagens humanas normais.. Apoio Financeiro: ProBIC