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ESTE LIVRO FOI
DIGITALIZADO PARA USO
EXCLUSIVO DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA VISUAL GRAVE.
ISTO PORQUE ESTES
CIDADÃOS TÊM DIFICULDADE
DE ACESSO A LEITURA QUE
VÃO MUITO ALÉM DA FALTA
DE CONDIÇÕES FINANCEIRAS
NA OBTENÇÃO DE LIVROS.
AMIGO DV, POR FAVOR, SEJA
CONSCIENTE E RESPEITE.
NÃO REPASSE ESTA OBRA A
PESSOAS QUE NÃO SÃO
PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIA VISUAL, SOB
PENA DE FERIR OS DIREITOS
AUTORAIS E PREJUDICAR
ASSIM A NÓS MESMOS NO
FUTURO. QUEM DIGITALIZA
LIVROS SABE O QUANTO É
DIFÍCIL ESTE TRABALHO E A
SUA CORREÇÃO POSTERIOR.
NUM MOMENTO EM QUE
ESTAMOS TENTANDO COM AS
EDITORAS QUE ESTES
VENHAM DIGITALIZADOS E
CORRIGIDOS PARA NÓS, NÃO
SERIA UMA BOA QUE ESTAS
OBRAS FICASSEM POR AÍ PARA
QUALQUER UM TER ACESSO.
SUA CABEÇA É O SEU GUIA!
CAPÍTULO 4
ORTOGRAFIA
PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA DA ORTOGRAFIA PORTUGUESA
A história da ortografia portuguesa pode dividir-se em três períodos:
a) O fonético, que coincide com a fase arcaica da língua, vai até o século XVI.
b) O pseudo-etirnológico, inaugurado no Renascimento, estende-se até os primeiros
anos do século XX.
c,) O histórico-científico, que se inicia com a adoção da chamada ‘nova ortografia’,
começa em 1911.
O PERÍODO FONÉTICO
Durante o primeiro período, não havia a preocupação de escrever de acordo com a origem
das palavras, senão exclusivamente com a maneira de pronunciá-las. Mas campeava (nem
poderia deixar de ser assim) absoluta falta de sistematização e até de coerência,
de tal sorte que o mesmo sinal gráfico era, às vezes, usado com valores diversos e
não raro antagônicos.
O h, por exemplo, podia indicar ora a tonicidade da vogal (he = é), ora a existência
de um hiato (trahedor = traidor), ora o som i (sabha = sabia), e, ainda, instalar-se
arbitrariamente, sem função definida (hi2a tia, hidade idade).
Por outro lado, a mesma palavra aparecia escrita com h ou sem ele:
havia e avia, hoje e oje, homem e omnemn ou orne.
Não obstante às vacilações existentes, o que caracterizava a grafia do português
arcaico era a simplicidade e, principalmente, o sentimento fonético.
O PERÍODO PSEUD
Com a floração dos febre de imitação dos c de aproximar a grafia
Durante os séculos a respeito do assunto; i Nunes de Leão, Alvar dureira Feijó, Luís
do. cimentos lingüísticos, o e cheia de complicaçõ evolução do idioma.
Na transcrição de p etimologismo largo car sophia, nyrnpha, iypho) rheuinatismno),
o ch (cli inide, hydrophobia,) pa
E a duplicação de c
latinas? Tendo diante c
abbade, gatto, bocca, e
língua, essas consoant Com a pretensão d
de erros, de formas at
O PERÍODO HISTÓ
Somente a partir de Coelho, deu entrada en possível enfrentar, com
O grande renovador çalves Viana, que, apó 1904, a sua notabilíssim se fez depois.
Em conseqüência d guês nomeou, em 1911 ortográfica. Essa comi de Portugal (Leite de
los, Adolfo Coelho, E nes e outros), propôs pequenas alterações.
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O PERÍODO PSEUDO-ETIMOLÓGICO
Com a floração dos estudos humanísticos, surgiu o eruditismo, a
febre de imitação dos clássicos latinos e gregos, e com isso o intento
de aproximar a grafia portuguesa da latina.
Durante os séculos XVI, XVII e XVIII multiplicaram-se os estudos a respeito do assunto;
porém, como faltasse aos seus autores (Duarte Nunes de Leão, Alvaro Ferreira de Vera,
João Franco Barreto, Madureira Feijó, Luís do Monte Carmelo e outros) segurança de
conhecimentos lingüísticos, o que eles pregavam era uma ortografia pretensiosa e cheia
de complicações inúteis, a qual desatendia os princípios de evolução do idioma.
Na transcrição de palavras de origem grega, encontrava o pseudoetimologismo largo
campo para demonstrações eruditas: o ph (philosophia, iiynpha, typho), o th (theatro,
Athenas, estheta), o rh (rhom.bo, ,heu,narismo), o cli (chi,nica, cherubim,
technico.), o y (‘rnartyr, pyrainide, hydrophobia) passaram a infestar a escrita
portuguesa.
E a duplicação de consoantes intervocálicas existentes em palavras latinas! Tendo
diante de si o latim dos livros, grafavam approximar, abbade, gatto, bocca, etc.,
por ignorarem que, na evolução para a nossa língua, essas consoantes se simplificaram.
Com a pretensão de ser etimológica, tal ortografia estava inçada
de erros, de formas absurdas, totalmente contrárias à etimologia.
O PERÍODO HISTÓRICO-CIENTÍFICO
Somente a partir de 1868, depois que, graças aos estudos de Adolfo
Coelho, deu entrada em Portugal a ciência lingüística, é que se tornou
possível enfrentar, com sólida base científica, o problema da ortografia.
O grande renovador foi o mestre português Aniceto dos Reis Gonçalves Viana, que, após
vários opúsculos preparatórios, publicou, em 1904, a sua notabilíssima Ortografia
nacional, ponto de partida de quanto se fez depois.
Em conseqüência da repercussão desse trabalho, o governo português nomeou, em 1911,
uma comissão para estudar as bases da reforma ortográfica. Essa comissão, integrada
por alguns dos maiores filólogos de Portugal (Leite de Vasconcelos, Carolina Michaëlis
de Vasconcelos, Adolfo Coelho, Epifânio Dias, Júlio Moreira, José Joaquim Nunes e
outros), propôs a adoção do sistema de Gonçalves Viana, com pequenas alterações.
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Realmente, em 1911, foi oficializada a ‘nova ortografia’ pelo governo português, e,
em 1931, foi ela estendida ao Brasil por um Acordo firmado entre a Academia das Ciências
de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras, com aprovação de ambos os governos.
Para essa unificação concorreu grandemente, além da ação diplomática dos dois países,
o entusiasmo com que acolheram e pregaram a reforma ortográfica, pela imprensa e pela
cátedra, muitos ilustres filólogos brasileiros, entre os quais Silva Ramos, Mário
Barreto, Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Jacques Raimundo.
Condições políticas especiais não permitiram, porém, que durasse o Acordo. A
Constituição brasileira de 1934 determinou a volta ao sistema anterior. Fez-se
necessário, então, novo entendimento entre os dois países, entendimento de que
resultou a Convenção Luso-Brasileira, de 1943, que revigorou o Acordo de 1931.
Posteriormente, a fim de aplainar pequenas divergências que surgiram na interpretação
de algumas regras, reuniram-se em Lisboa, de julho a outubro de 1945, delegados das
duas academias, daí surgindo as ‘Conclusões complementares do Acordo de 1931’. As
modificações então introduzidas foram, porém, tais e tantas, que quase equivaliam
a nova reforma, contra a qual protestaram prestigiosos professores brasileiros,
especialmente Júlio Nogueira eClóvis Monteiro.
Posta em vigor em Portugal a partir de 1? de janeiro de 1946, a ‘ortografia de 1945’
iiCzo está em uso no Brasil, onde continua de pé a ‘ortografia de 1943’,
consubstanciada no Pequeizo vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Imprensa
Nacional, 1943), elaborado pela Academia Brasileira de Letras.
Em fins de 1971, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei, que veio a ser sancionada
pelo presidente da República, introduzindo pequenas alterações no capítulo da
acentuação gráfica - de conformidade com parecer conjunto da Academia Brasileira de
Letras e da Academia das Ciências de Lisboa, segundo o disposto no art. III da Convenção
Ortográfica celebrada a 29 de dezembro de 1943 entre o Brasil e Portugal.
Está, assim, dado o primeiro passo para futura (e desejável) unificação completa da
ortografia nos dois grandes países de língua portuguesa.
SÍNTESE DIDÁTICA
DO SISTEMA ORTOGRÁFICO OFICIAL
GENERALIDADES
1. O ALFABETO
Todas as palavras portuguesas ou aportuguesadas se escrevem com
as seguintes vinte e três letras e suas combinações: a, b, c, d, e, f,
g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z.
Além dessas, há três que só se empregam em casos especiais: k, w, y.
2. EMPREGO DAS LETRAS K, W, E Y
Só se usam em abreviaturas e como símholos de alguns termos técnicos de uso
internacional:
K. — (potássio);
Kr. — (criptônio);
kg — (quilograma);
km — (quilômetro);
kw (quilowatt);
kwh — (quilowatt-hora);
W. — (tungstênio e, ainda, Oeste);
w. (watt);
Y. ((trio);
yd. — (jarda);
etc.
Nos derivados vernáculos de nomes próprios estrangeiros, adota-se
a grafia das formas primitivas originárias:
kantismo (de Kant);
wagneriano (de Wagner);
byroniano (de Byron).
3. CONSOANTES MUDAS
Não se escrevem as consoantes que não se pronunciam:
ótimo, salmo, assinar (e não: optimo, psalmo, assignar), etc.
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Quando for facultativa a pronúncia, facultativa será a grafia:
aspecto e aspeto;
contacto e contato;
respectivo e respetivo;
secção e seção,
etc.
4. CONSOANTES DOBRADAS
Só se duplicam as letras c, r e s. Escreve-se cc ou cç quando soarerr
distíntamente as duas consoantes: occipital, convicção, etc.
E rr e ss quando, intervocálicos, representam os sons simples d r e do s iniciais;
e, também, quando a um elemento de composiçâc terminado em vogal se seguir, sem
interposição do hífen, palavra começada por r ou s:
carro, massa; pressentir, sacrossanto, prerrogativa, etc.
5. O SC
Neste dígrafo, elimina-se o s nos compostos formados em nossa língua; mas, quando
estes já vierem formados para o português, o s se
mantém (embora não se pronuncie).
Assim, escrever-se-ão:
contracenar, encenação, anticientífico, etc.,
a par de:
consciência, prescindir, inultisciente, rescisão, proscênio, etc.
A LETRA II
1. INiCIAL
Posto não represente nenhum fonema (é uma simples letra), persiste
em razão da etimologia e da tradição escrita:
haver, honra, humilde, honesto, hóstia, humanidade, etc.
2. MEDIAL
É suprimido, a não ser nos vocábulos compostos em que o segundo
elemento, com h inicial etimológico, se ligue ao primeiro por meio
de hífen:
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reabilitar, reaver, anti -higiênico, SO1
3. FINAL
Só se escreve em algumas interjeições:
ah!, oh!, puh!, etc.
Observação:
Grafa-se -Ó!- nos vocativos “Ergue-te,
ó Radamés, ó meu vassalo! Luís Delfino
4. DÍGRAFOS COM H
É mantido o h que faz parte dos dígrafos ch (com o valor de x),
lh e nh. Estas combinações representam fonemas simples; e para os
dois últimos há carência de símbolos no alfabeto:
chave, brecha; malho, melhor; minha, banho.
5. O VERBO ‘HAVER’
Empregando-se isoladamente, conserva o h em todas as formas, ao
contrário do francês avoir e do italiano abbiamo.
Mas quando figura como elemento formador dos futuros, degradado
à condição de simples desinência, perde o h:
amar-te-ei, dir-se-ia, tra-lo-emos, etc.
SEPARAÇÃO DE SÍLABAS
1) A separação das sílabas de um vocábulo se faz, de modo geral, pela silabação, e
não pelos elementos constitutivos segundo a etimologia:
bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co.
2) No caso de haver hífen, a partição se dá onde está o hífen — que se repete na linha
seguinte:
altar- perdoai- dar-mor -nos -lhe
3) Separam-se:
a) Os hiatos: co-or-de-nar, a-or-ta, sa-ú-de, pa-s.
b) Os dígrafos (rr, ss, sc, xc): car-ro, pas-sar, des-cer, ex-ce-to.
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c) Os encontros consonantais disjuntos:
— de uma consoante + uma consoante: op-tar
— de uma consoante + duas consoantes: es-tre-la
de duas consoantes + uma consoante: pers-pi-caz
— de duas consoantes + duas consoantes: pers-cru-tar
— de três consoantes + uma consoante: felds-pa-to
4) Não se separam:
a,) Os ditongos: pai-sa-gein, goi-a-ba, á-gua, fú-teis. b,) Os tritongos: sa-guão,
de-si-guais, guai-ar.
c) Os dígrafos (ch, lh, nh, qu, gu). fe-char, pa-lha-ço, etc
d) Os grupos consonantais: bra-vo, psi-co-lo-gia, gno-mo. e) O rn e o ii diacríticos
de nasalização: âm-bar, sin-to.
5) Tem-se por antiestético deixar uma só letra numa das linhas. Convém que se evitem
separações que tais:
e- Graja- sa leva ú í
ACERCA DOS DITONGOS ‘OU’ E ‘OI’
Em muitas palavras alternam os ditongos ou e oi. Regulando-nos pela pronúnncia normal
do Brasil, podemos, de maneira muito geral, aconselhar a escrita ou ‘invariavelmente’
antes de r e ‘quase sempre’ antes de qualquer outra consoante: ouro, louro, tesouro,
touro, vassoura, agouro, tesoura, dourar, couro, bebedouro; lousa, papoula,
arcabouço, trouxe, ouvir, azougue, etc.
Grafam-se, todavia, com oi: noite, noitibó, oiti, coivara, oito, dezoito, oitavo,
oitenta, pois, depois, coitado, goivo, noivo, e poucas mais.*
Indiferentemente com ou ou oi: cousa e coisa. Esta é forma corrente;
aquela, de preferência literária.
VERBOS EM ‘OAR’, E EM ‘UAR’
1) Nos verbos em oar, a 1ª, a 2ª e a 3ª pessoas do singular do presente do subjuntivo
escrevem-se com oe, e não com oi:
abençoe, perdoes.
* Ver, especialmente, Said Ali, Gramática secundá ria da língua portuguesa, edição
revista e comentada de acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira pelo prof.
Evanildo Bechara, São Paulo, Melhoramentos, 1985, p. 28.
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2) Nas mesmas pessoas, os verbos em uar grafam-se com ue, e não
cultue, habitues.
3) E os verbos em uir, com ui e não ue:
constitui, destituis.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. PALAVRAS PROPAROXÍTONAS
São acentuadas todas as palavras proparoxítonas.
Exemplos:
gramática, exército, insólito, tímido, público; câmara, lêvedo,
quilômetro; amássemos, entendêramos, louvaríamos.
2. PALAVRAS PAROXÍTONAS
Só se acentuam:
a) As terminadas em i e u, seguidos, ou não, de s.
Exemplos:
júri, dCmdi, lápis, tênis, bônus.
Observação:
Não se acentuam os prefixos paroxítonos acabados em i: semi-selvagem.
b) As terminadas em um, uns.
Exemplos:
álbum, álbuns.
c) As terminadas em ão, ãos, ã, ãs.
Exemplos:
órgão, acórdão, bênção, sótãos, ímã, * ó,fã, órfãs.
d) As terminadas em ditongo oral.
* Hoje, está firmada a pronúncia ímã paroxítono), embora pela sua origem (o francês
ainia,It) devesse a palavra ser oxítona, com a final nasal, rimando com manhã.
O t final da palavra francesa aparece no verbo imantar.
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Exemplos:
jóquei, pênseis, ágeis, pusésseis;
área, ministério, tiroct’nio, vácuo, imundície; ignorância, gênio, fêmea, estrênuo.
e) As terminadas em l, r, n, x.
Exemplos:
amável, automóvel, sensível, útil;
cadáver, éter, aljôfar, açúcar;
regímen, gérinen, abdômen;
tórax, córtex, ônix.
Observação:
Não se acentuam os prefixos paroxítonos acabados em r: super-homem; nem os
vocábulos paroxítonos finalizados em ens: regimens, germens, abdomens, jovens,
nuvens.
f) As terminadas pelo hiato oo, seguido, ou não, de s.
Exemplos:
enjôo, perdôo, vôos.
3. PALAVRAS OXÍTONAS
Só se acentuam as terminadas em:
a — cajá, vatapá, satanás, amarás;
e — café, jacaré, você, português;
o — avó, filó, trisavô, dominós;
em também, annaém, alguém;
e/Is vinténs, armazéns, parabéns;
seguidas, ou não, de s as três vogais.
Observação:
Nesta regra se incluem as formas verbais terminadas em s, r ou z e acompanhadas
do pronome lo, lsz, los, las, nas quais estas consoantes se assimilaram ao 1 do pronome,
dando-se posteriormente a queda do primeiro 1.
Exemplos:
transpôs + lo = tranpô-lo.
saber + lo + emos = sabê-lo-emos.
satisfez + lo = satisfê-lo.
Fica, pois, entendido que não se acentuam, num e noutro caso, os oxítonos terminados
em:
— aqui, ali, juritis, feri-lo;
ii — bambu, urubu, perus;
seguidos, ou não, de s, exceto nos casos previstos no item 8): Hiatos.
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4. MONOSSÍLABOS TÔNICOS
Acentuam-se os terminados em:
(1 — Já, md, pá, hás, zás-trás;
e — pé, ré, vê, três, inês;
o — só, pó, nós, pôs;
seguidos, ou não, de s.
Os terminados em i e u não se acentuam:
i - vi, li, bis, quis;
u - tu, nu, cru, pus;
seguidos, ou não, de s.
5. DiToNGOS
Põe-se o acento agudo nas palavras portadoras dos ditongos:
éi - papéis, assembléia, réis;
éu - chapéu, véu, réus;
ói - heróico, rouxinóis, jibóia.
6. ACENTO GRAVE
Usa-se para marcar a crase da preposição a com o artigo a e com
os pronomes demonstrativos, a, aquele, aqueloutro e aquilo, os quais,
com as respectivas flexões, se escreverão assim:
à, às, àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo, àqueloutro,
àqueloutra, àqueloutivs, àqueloutras.
7. TREMA
Usa-se no u, átono, dos grupos qu e gu (antes de e e de i), quando
esse u for articulado.
Exemplos:
eqüestre, conseqüência, cinqüenta;
qüinqüênio, ltqüido, eqüino;
agüentar, ungüento, pingüim, lingüiça.
8. HIATOS
Recebem acento agudo o i e o u tônicos que não formarem sílaba
com a vogal anterior.
53
1 1
4
1 4
4 111 1 47 1
Exemplos:
a-i - aí.
pa-is país (cf. pais).
sa-i-a - saía (cf. saia).
do-i-do doído (verbo doer, cf. doido). vi-u-va viúva.
dis-tri-bu-i-lo - distribuí-lo.
sa-u-de - saúde.
ba-la-us-tre balaústre.
porquê - sub:
porque - adv pôla(s) - sub:
pola(s) - ag arcaica do
côa(s) - do v
coa(s) agiu:
pára do veri
brisa;
para - prepo péla(s) do v pela(s) - aglui
Observação:
Neste grupo, não há o mas sim de intensidade
b) ás - suhst. (cu às - contraçã
Observação:
Neste par, a primeira geral de acentuação dos 1 que se assinala o fenômi
c) pêra - subst. sem acento;
pera - forma péra - eleme:
talvez monu pêlo(s) - suh pelo(s) - agluti pélo do ver pólo(s) sub polo(s) - agiu
caica do art pólo(s) - subst
Observação:
Neste grupo - de três assim como, no grupo ai n° 5.765 não aboliu acei circunflexo
de pêra, pê1 respectivamente, com os
Torna-se desnecessária qualquer marcação gráfica no caso de essas mesmas vogais
estarem antes de nh, nd, mb ou de qualquer consoante que não seja s e que não inicie
outra sílaba.
Exemplos:
tainha, ainda, coimbra; juiz, paul, demiurgo.
9. GRUPOS ‘QU’ E ‘GU’
Assinala-se com acento agudo o u tônico dos grupos qu e gu, seguido de e e de i.
Exemplos:
argúi - argúis.
10. PARTICULARIDADES
A interpretação da lei n? 5.765, de 20. 12.1971, que simplificou o emprego de notações
léxicas, tem dado margem a dúvidas de pormenor.
Giram tais dúvidas, sobretudo, em torno da acentuação diferencial, que, ao contrário
do que se possa supor, não ficou universalmente abolida: suprimiu-se, tão-somente,
o uso do acento circunflexo com que se distinguiam, pelo timbre, o e e o o tônicos
de palavras homógrafas (exceção feita para a dupla pôde/pode).
Daí decorre que permanecem as seguintes distinções gráficas, constantes no sistema
de 1943:
ci) pôr - verbo;
poi• - preposição.
quê - suhst., ou em fim de frase;
que - pron., conj., etc.
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porquê - subst., ou em fim de frase;
porque - adv., ou conj.
pôla(s) - suhst. (rebento ou broto de árvore);
pola(s) - aglutinação da antiga preposição por com a forma arcaica do artigo ou pronome
la(s).
côa(s) - do verbo coar, ou suhst. (coação), ou topônimo; coa(s) - aglutinação da
preposição com ao artigo a(s).
pára - do verbo parar, ou elemento de palavra composta: pára- brisa;
para preposição.
péla(s) -do verhopelar, ou subst. (nome de certo jogo de bola); pela(s) - aglutinação
da preposição per ao artigo ou pronome la(s).
Observação:
Neste grupo, não há oposição de timbre (vogal tônica fechada/vogal tônica aberta),
mas sim de intensidade (vocábulo tônico/vocábulo átono).
b) ás suhst. (carta de baralho, ou aviador, ou atleta de categoria); às contração
da preposição a com o artigo ou pronome as.
Observação:
Neste par, a primneira das palavras conserva o acento agudo de acordo com a regra
geral de acentuação dos monossílabos tônicos; e a outra mantém o acento grave com
que se assinala o fenômeno da crase.
c,) pêra - subst. (o fruto da pereira). No plural, porém, peras - sem acento;
pera forma arcaica e popular da preposição para;
péra elemento do suhst. composto péra-fita (grande pedra,
talvez monumento megalítico).
pêlo(s) - suhst. (cabelo, penugem);
pe1o(s.) aglutinação da preposição per ao artigo ou pronome loft); pélo - do verbo
pelar.
pôlo(’s.) - subst. (gavião ou falcão menor de um ano);
polo (s) aglutinação da antiga preposição por com a forma arcaica do artigo ou pronome
lo(s);
pólo(s) - suhst. (extremidade do eixo da Terra, nome de um jogo).
Observação:
Neste grupo - de três formas - mantém-se o acento agudo de péra, pélo e pólo(s), assim
como, no grupo anterior, se conservou o de pára e o de pélaft), porque a lei n? 5.765
não aboliu acento agudo, ainda quando diferencial; e permanece o acento circunflexo
de pêra, pêlo(s) e pôlo(s), por serem vocábulos tônicos, em contra.ste,
respectivamente, com os átonos pera, pelo’s,) e polo’s).
55
d) tê,n - terceira pessoa do plural do presente do indicativo de ter; escre tem terceira pessoa do singular do presente do indicativo de ter; afim vêm - terceira
pessoa do plural do presente do indicativo de vir; binaç vem - terceira pessoa do
singular do presente do indicativo de vir.
Observação: devat
Nos derivados desses verbos, a distinção gráfica (que corresponde a diversidade
de pronúncia) assim se faz: posto:
ele retém, detém, contém, etc. / eles retêm, detêm, contêm, etc. lo-á,
Apenas quatro verbos - ler, dar, crer, ver e seus derivados - se escrevem com vê?n-l
ee na terceira pessoa do plural, mantendo-se o acento circunflexo do singular:
lêem (sing. lê); dêem (sing. dê); crêem (sing. crê); vêem (sing. vê).
Distinguem-se, deste modo, vêm (do verbo vir) e vêem (do verbo ver). 2)
ama
la-ia
USO DO HÍFEN* E Do APÓSTROFO Obsei
eàfc
Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que
se mantém a noção da composição, isto é, os elementos das palavras 3
compostas que mantêm a sua independência fonética, conservando cada tdje
um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido.
grá/
Dentro desse princípio, deve-se empregar o hífen nos seguintes casos: bras
Obse
1) Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acen- A tuação própria, não
conservam, considerados isoladamente, a sua significação, mas o conjunto constitui
uma unidade semântica: água-ma- (= te rinha, arco-íris, galinha-d ‘água, couve-flor,
guarda-pó, pé-de-meia (mealheiro; pecúlio), pára-choque, porta-chapéus, etc. 4
Observações: jetiv
1. Incluem-se nesta norma os compostos em que figuram elementos foneticamente
reduzidos: bel-prazer, és-sueste, mal-pecado, su-sueste, etc. P
2. O antigo artigo ei, sem embargo de haver perdido o seu primitivo sentido e açu,
não ter vida à parte na língua, une-se por hífen ao substantivo rei, por ter este
ele ment evidência semântica. 5
3. Quando se perde a noção do composto, quase sempre em razão de um dos ele mento
não ter vida própria na língua, não se escreve com hífen, mas aglutinada- a
mente: abrolhos, bancarrota, fidalgo, vinagre, etc. tra,
4. Como as locuções não têm unidade de sentido, os seus elementos não devem (IUt(
ser unidos por hífen, seja qual for a categoria gramatical a que elas pertençam. Assim,
selv
* Academia Brasileira de Letras, Pequeno vocabulário ortográfico da língua por- Obs
uguesa, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1943, pp. XXXVI-XL (transcrito, sem A
alterações, do Formulário Ortográfico, na parte referente ao hUn.) pelo
56
escreve-se, v. g., vós outros (locução pronominal), a desoras (locução adverbial),
a fim de (locução prepositiva), contanto que (locução conjuntiva), porque essas
combinações vocabulares não são verdadeiros compostos, não formam perfeitas unidades
seinânticas. Quando, porém, as locuções se tornam unidades fonéticas, devem ser
escritas numa só palavra: acerca (advérbio), afinal, apesar, debaixo, decerto,
depressa, devagar, deveras, resvés, etc.
5. As formas verbais com pronomes enclíticos ou mesoclíticos e os vocábulos compostos
cujos elementos são ligados por hífen conservam seus acentos gráficos: amálo-á, amá
reis-me, amásseis-vos, devê-lo-ia, fá-la-emos, pô-la-íamos, possuí-las,
provêm-lhes, retêm-,ias; água-de-colônia, pão-de-ló, pára-sóis, pesa-papéis; etc.
2) Nas formas verbais com pronomes enclíticos ou mesoclíticos:
ama-lo (amas e lo), amá-lo (amar e lo), dê-se-lhe, fá-lo-á, oferecêIa-ia, repô-lo-eis,
serenou-se-te, traz-me, vedou-te, etc.
Observação:
Também se unem por hffen as enclíticas lo, la, los, las aos pronomes nos, vos
e à forma eis: no-lo, no-las, vo-la, vo-los, ei-lo, etc.
3) Nos vocábulos formados pelos prefixos que representam formas adjetivas, como anglo,
greco, histórico, ínfero, latino, lusitano, luso, póstero, súpero, etc.:
anglo-brasileiro, greco-romano, histórico-geográfico, ínfero-anterior,
latino-americano, lusitano-castelhano, lusobrasileiro, póstero-palatal,
súpero-posterior, etc.
Observação:
Ainda que esses elementos prefixais sejam reduções de adjetivos, não perdem a sua
individualidade morfológica, e por isso devem unir-se por hífen, como sucede com
austro (= austríaco), dólico (= dolicocéfalo), curo (= europeu), telégrafo (
telegráfico), etc.; austro-húngaro, dólico-louro, curo-africano, telégrafo-postal,
etc.
4) Nos vocábulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como açu,
guaçu e mirim, quando o exige a pronúncia e quando
o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente: andá açu
amoré-guaçu, anajá-mnirim, capi,n-açu, etc.
5) Nos vocábulos formados pelos prefixos:
a) auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi e ultra, quando se
lhes seguem palavras começadas por vogal, h, r ou 5:
tiuto-educa çtto, contra-almirante, extra-oficial, infra-hepático, intraocular, neo-republicano, proto -revolucionário, pseudo-revelaçto, semiselvagem,
ultra-sensível, etc.
Observação:
A única exceção a esta regra é a palavra extraordinário, que já está consagrada
pelo uso.
57
b) ante, anti, arqui e sobre, quando seguidos de palavras iniciadas por h, r ou 5:
ante-histórico, anti-higiênico, arqui-rabino, sobre-saia,
etc.
c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal, h, r ou s: supra-axilar,
supra-renal, supra-sensível, etc.
d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra principiada por h ou r: super-homem,
super-requintado, inter-regional, etc.
e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos iniciados por i. e b: ab-rogar,
ad-renal, ob-reptício, sob-roda, sub-reino, sub-bibliotecário, etc.
f pan e mal, quando se lhes segue palavra começada por vogal ou
h: pan-asiático, pan-helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc.
g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autônoma na língua ou quando a pronúncia
o requer: bem-ditoso, bem-aventurado, etc.
h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de cessamento ou estado anterior),
etc.: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vicereitor, vizo-rej, ex-diretor,
etc.
1) pós, pré e pró, que têm acento próprio, por causa da evidência dos seus significados
e da sua pronunciação, ao contrário dos seus homógrafos inacentuados, que, por
diversificados foneticamente, se aglutinam com o segundo elemento: pós-meridiano,
pré-escolar, pró-britânico; mas pospor, preanunciar, procônsul, etc.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira chama a atenção entre outras omissões do
Vocabulário de 1943 - para a ausência do prefixo com (sob a forma co), com o sentido
de ‘a par’, quando o segundo elemento possui vida autônoma na língua: co-autor,
co-herdeiro, co- proprietário, co-responsável, etc. (Novo dicionário da língua
portuguesa, Nova Fronteira, s. d., p. Xl da 1a edição). Registramos, especialmente,
este caso, por suscitar ele dúvidas freqüentes.
fios-d’ovos mnãe-d ‘água pau-d’água pau-d’arco, etc.
EMPREGO IJ
Emprega-se
1) No começ final.
Exemplos:
“Cálido, lado, o sc tiginosam
dos, num LHO NET(
“E a vick Um adian Numa ete
Guardemos
“Sóoinfl
à escrita
Observação:
Alguns poetas mas não se tem gc
Eis um exempi E há luz e em qualq há força, h há sol, há r
(HERMESFC
2) Nos subsi
a) Nomes de hipocorísticos, bulosos):
Olavo Br
Va/entina
Machado,
Cid, o C
O APÓSTROFO
Só se emprega em certas palavras compostas ligadas pela preposição de:
* Neste tópico de emprego das mi siga as normas ad( zação do prof. Ro
58
EMPREGO DAS LETRAS INICIAIS MAIÚSCULAS*
Emprega-se letra inicial maiúscula:
1) No começo de discurso, verso, ou citação direta; e depois de ponto final.
Exemplos:
“Cálido, o estio abrasava. No esplendor cáustico do céu imaculado, o sol, dum brilho
intenso de revérbero, parecia girar vertiginosamente, espalhando raios em torno. Os
campos amolentados, numa dormência canicular, recendiam a coivaras...” (COELHO NETO)
“E a vida passa, efêmera e vazia.
Um adiamento eterno que se espera,
Numa eterna esperança que se adia!...” (RAUL DE LE0NI)
Guardemos de cor estas belas palavras de Rui Barbosa:
“Só o influxo da arte marmoriza o papel, comunica durabilidade
à escrita e transforma a pena em escopro.”
Observação:
Alguns poetas preferem usar inicial minúscula no começo dos versos, à espanhola;
mas não se tem generalizado esta prática.
Eis um exemplo:
‘‘E há luz purificando a Abóbada espiendente,
e em qualquer ser que à luz sorria,
há força, há vida, há fogo, há dia,
há sol, há muito sol, há um dilúvio de sol...”
(HERMES FONTES, Apoteoses, poema ‘Meio-dia’)
2) Nos substantivos próprios de quaisquer espécies:
a) Nomes de pessoa (prenomes, sobrenomes, cognomes, alcunhas, hipocorísticos,
antonomásicos; os relativos a divindades e a seres fabulosos):
Olavo Brós Martins dos Guirnarães Bilac;
Valentina, Evangelina, Maria de Lourdes, Marcelo;
Machado, Freitas, Silva Ramos,
Cid, o Cainpeador, Frederico, o Grande;
* Neste tópico da Gramática normativa mantivemos, evidentemente, as normas de emprego
das iniciais maiúsculas defendidas pelo Autor, embora o restante da obra siga as normas
adotadas pela José Olympio Editora, que recebeu, para isso, autorização do prof. Rocha
Lima. (N. da E.)
59
Juca, Zequinha, Betinho;
o Patriarca da Independência, o Todo-Poderoso;
Deus, Jeová, Buda, Aló, Tupã;
Vênus, Marte, Netuno, lara, Saci.
b) Nomes de lugar:
América do Sul, Africa;
Brasil, Inglaterra, Portugal;
Rio de Janeiro, Paris, Veneza;
Avenida Presidente Vargas, Rua do Ouvidor.
Incluem-se aqui os nomes de acidentes geográficos e os relativos
a entidades astronômicas:
Amazonas, Guanabara, Vesúvio, Morro da Viúva; Paquetá, Danúbjo, Estreito de
Magalhães,
Lua, Via-Láctea, Sírius, Cruzeiro do Sul, etc.
c) Títulos em geral (nomes de altos cargos, dignidades ou postos; de repartições,
estabelecimentos ou edifícios públicos e particulares;
de livros, jornais, revistas, produções artísticas ou científicas, etc.):
Papa, Cardeal, Presidente da República, Almirantado, Ministério da Educação, C’olégio
Pedro II, Tesouro Nacional, Banco do Brasil, Livraria José Olympio, Casa Carvalho,
Memórias Póstumnas de Brús Cubas (de Machado de Assis), Os Sertões (de Euclides da
Cunha), O Globo, Revista da Semana, Transfiguração (de Rafael), O Guarani (de Carlos
Gomes).
d Nomes de fatos históricos (grandes eras, épocas e datas; notáveis
acontecimentos e empreendimentos públicos):
Idade Média, Hégira, Queda da Bastilha, Sete de Setembro, Quaresma, Natal, Revolução
Francesa; Questão Religiosa, A cor- do Luso-Brasileiro, etc.
Observação:
A não ser em casos como o do exemplo citado (Sete de Setembro), devem grafar-se
com inicial minúscula os nomes dos MESES, bem corno os dos DIAS DA SEMANA: janeiro,
fevereiro, março, etc.; segunda-feira, terça-feira, sábado, domingo, etc.
3) Nos substantivos comuns, quando individuados, ou quando, em sinal de respeito ou
deferência, se usam em sentido elevado ou simbólico:
o Poeta dos Descobrjmnentos (Camões);
o C’rescente (a Turquia);
a Península (Portugal);
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a Igreja (a religião católica);
a Raça; o Estado; a Arte; a Agricultura;
a Filologia Romúnica; o Amor; a Inveja, etc.
Na poesia é que melhor se pressente a valorização estética e o inmito especial dos
nomes comuns empregados com inicial maiúscula.
4) Nos tratamentos de reverência:
D. (Dom ou Dona); Sr. (Senhor); V. M. (Vossa Majestade); V. Ex. P (Vossa Excelência);
MM. ou M (Meritíssimo); Exceleiitíssimo Senhor Presidente da República, etc.
5) Nas palavras, de quaisquer categorias, referentes a nomes sagrados:
“E recebeste-O nos teus braços. Vinha
Do alto do Lenho onde estivera exposto
Ao ímpio olhar, tão ímpio! da mesquinha
Multidão que insultava o santo Rosto...”
(ALPHONSUS DE GUIMARAENS, Setenário das Dores de
Nossa Senhora, Sexta Dor, soneto IV)
61
MORFOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
EXPRESSÃO DO GÊNERO E DO NÚMERO
O GRAU
Substantivo
Artigo
Adjetivo
Numeral
CLASSES Pronome
DE PALAVRAS Verbo
Advérbio
Preposição
Conjunção
Interjeição
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