Cliente: Anefac Veículo: Insper Data: 05 de dezembro/2014 Editoria: Pág.: Governo busca retomar confiança com juros Ao mesmo tempo em que a alta dos juros deve deprimir bastante o consumo no próximo ano, a expectativa é que um aperto monetário maior recupere a confiança do mercado e dos investidores no Brasil. É o que afirmam especialistas entrevistados pelo DCI. Na última quarta-feira, o Banco Central (BC) elevou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia (Selic), para 11,75% ao ano. Segundo economistas, a taxa deve chegar, até março de 2015, entre 12,5% e 13% ao ano. O diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, afirma que o efeito do ciclo de alta deve impactar negativamente a atividade econômica e os investimentos do setor privado. “Como os juros vêm sendo elevado há algum tempo, a tendência é que os bancos sejam mais restritivos na concessão de créditos, tanto para as empresas, como para as pessoas físicas, tendo em vista o risco maior de inadimplência”, afirma Oliveira. Ele lembra que alguns ajustes e desonerações fiscais, previstos pela nova equipe de política econômica do governo, devem contribuir também para uma atividade econômica perto de zero. Para o professor de economia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Orlando Assunção Fernandes, um aspecto positivo desse panorama será a maior capacidade de poupança. “A alta de juros faz com que fique mais atrativo poupar, já que as aplicações de renda fixa ficam mais atrativas”, ressalta. Confiança Tanto para Fernandes como para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, o ciclo de aperto monetário será necessário, assim como outros ajustes na economia, serão necessários para que o governo recupere a confiança dos empresários e do mercado. “Os ajustes monetário e fiscal, mesmo que se tratem de políticas contracionistas, são importantes para mitigar riscos mais à frente, como a perda do grau de investimento do País”, afirma Rostagno, ressaltando que o ciclo de alta de juros, até o início do ano que vem, deve fazer com que a inflação brasileira volte a convergir para o centro a partir de 2016. O professor de economia do MBA de finanças do Instituo Insper, Otto Nogami, destaca que a alta de 0,5 pp na Selic nesse momento foi um remédio necessário para controlar a inflação. Além disso, afirma queum aperto monetário, no curto prazo, oferece mais condições para que o Banco Central volte a baixar os juros de forma mais rápida. NA Comunicação e Marketing Blog: http://nancyassad.com.br/blog Rua Felipe Cavalcanti, 96 - São Paulo – SP Tel.: (11) 3032-1877