Documento 250422

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Resenha do artigo Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no
Brasil;
Autores:Joyce Mendes de Andrade Schramm, Andréia Ferreira de Oliveira, Iuri da
Costa Leite,Joaquim Gonçalves Leite, Ângela Maria Jourdan Gadelha, Margareth
Crisóstomo Portela Mônica Rodrigues Campos.
Transição Epidemiológica é um conceito das mudanças ocorridas no tempo nos
padrões de morte, morbidade e invalidez, que são característicos de uma população,
ocorrendo concomitantemente com outras transformações demográficas, sociais e
econômicas.
No Brasil a transição epidemiológica não tem ocorrido de acordo com o modelo
experimentado pela maioria dos países industrializados. Há uma superposição de etapas
, nas quais predominam as doenças transmissíveis e crônico-degenerativas; a
reintrodução de dengue e cólera ou o recrudescimento de doenças como malária,
hanseníase, leishmaniose, indicam uma natureza não unidirecional denominada contratransição.
Nesse processo situações epidemiológicas de diferentes regiões em um mesmo
país tornam-se contrastantes (polarização epidemiológica).
A partir de 1960 a população de idosos no Brasil começou a aumentar. O
Estado ainda estava com a preocupação de controlar as doenças transmissíveis e a
mortalidade infantil, e de repente se depara com uma demanda crescente de doenças
crônicas – degenerativas semelhante a países industrializados.
O conceito de transição epidemiológica tem merecido críticas pelo fato de a
transformação dos padrões de saúde não obedecer aos mesmos parâmetros na seqüência,
intensidade e velocidade em diferentes regiões. Outra falha do conceito teórico seria de
enfatizar a tecnologia médica como principal alternativa de intervenção no curso da
transição, desconsiderando o papel das condições sociais e econômicas neste processo.
O presente trabalho analisado tem por objetivo analisar as diferenças
existentes quanto ao padrão epidemiológico no Brasil e grandes regiões, utilizando
como indicador o DALY( Disability Adjusted Life of Years- Anos de Vida Perdidos
Ajustados por Incapacidade).
Os resultados apresentados nos mostra o quadro de transição epidemiológica
pelo qual o Brasil passa. Doenças crônico-degenerativas 66, 3% da carga de doença no
Brasil; doenças infecciosas 23,5%; causas externas 10.2%.
Graças aos hábitos de vida não saudáveis , dieta hiper calórica, comida
industrializada, sedentarismo, as causas cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de
câncer tem aumentado no mundo e no Brasil.
O aumento das doenças crônico-degenerativas e o tratamento de suas
complicações implicam em custos crescentes na saúde bem como os agravos
incapacitantes(seqüelas de doenças cardiovasculares, violência , etc.)É um desafio para
as políticas públicas promover práticas eficazes de saúde em um país com grandes
diferenças
regionais
,
convivem
em
um
mesmo
país
vários
perfis
epidemiológicos.Pessoalmente acredito que mais do que investimentos tecnológicos
uma política de saúde regionalizada responde mais as necessidades e tem resultados
melhores . A estratégia da Saúde da Família pela minha experiência, responde a essas
questões . A territorialização, a adscrição de clientela favorece uma maior penetração
nas diferentes realidades brasileiras , considerando
fatores sociais , econômicos ,
culturais permitindo uma melhor adequação das intervenções para promoção de saúde.
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