Normas para elaboração do Resumo Expandido

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9ª MPU 2010
COMPARAÇÃO DE ECOSSISTEMAS DO SUL DO PAÍS FRENTE A SEU
POTENCIAL PARA LEVEDURAS CAROTENOGÊNICAS
OTERO, Deborah*;BULSING, Bruna; HUERTA, Katira; BURKERT, Janaína
[email protected]
Palavras Chave:leveduras, carotenóides,biodiversidade
Introdução
O Brasil detem cerca de 20% da biodiversidade mundial, e o Rio Grande do Sul possui
8 áreas consideradas prioritárias dentre as quais estão o Escudo Sul-rio-grandense e
o Litoral Médio [1].
Carotenóides são tetraterpenóides de quarenta carbonos, constituído de oito unidades
de isoprenóides, sendo a molécula linear e simétrica, de coloração amarela, laranja ou
vermelha [2].O objetivo deste trabalho é comparar dois ecossistemas de interesse
frente ao seu potencial em leveduras carotenogênicas.
Metodologia
Foram coletadas amostras ambientais da biodiversidade do Litoral Médio e do Escudo
Sul-riograndense. Estas foram enriquecidas em 50 mL de meio Extrato de Malte e
Levedura (YM) e mantidas por 48 h/ 30ºC a 150 rpm;após inoculadas em ágar YM a
30ºC/120h. As colônias com cor característica(amarelo-vermelho) foram transferidas
para YM inclinado a 30ºC e reisoladas em estrias no ágar YM (30ºC/72h) [3].A
bioprodução foi a 25ºC, 180 rpm/168 h em erlenmeyers de 250 mL com 90 mL do
caldo YM com 10% de inóculo[4]. Ao término dos cultivos foram determinados a
biomassa por gravimetria [5] e a produção de carotenóides por espectrofotometria a
474 nm [6] utilizando o coeficiente de absortividade específica 2100 para éter de
petróleo[7]. Para a produção volumétrica de carotenóides foi utilizada a astaxantina
específica e a biomassa.
Resultados e Discussão
Foram coletadas 71 amostras no Ecossistema Sul-riograndense(Eco. 1) sendo 28
flores, 13 cascas de árvores, 8 frutos, 16 folhas e 6 solos, e 66 no Litoral Médio(Eco.
2) totalizando 8 solos, 20 cascas de árvores, 10 frutos, 17 folhas e 14 flores. As
leveduras isoladas, com suas respectivas fontes, que sequencialmente foram
avaliadas quanto a sua capacidade carotenogênica, estão apresentadas na figura 1.
Dentre as leveduras isoladas dos solos, 100% apresentaram características
carotenogênicas, seguido das folhas (93,7%) e as flores foram as amostras com
menor presença de leveduras características (35,6%) em ambos ecossistemas.
M icro-organism os
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
A
B
C
D
E
F ig ura 1: M ic ro-org anis m os is olad os c om
c arac terís tic as c arotenog ênic as d os E c o. 1
e 2.
FURG, 19 a 22 de outubro de 2010.
Eco . 1
Eco . 2
9ª MPU 2010
Após isolamento, as colônias que apresentaram cor característica foram testadas, e as
leveduras com destaque na produção de cada fonte estão apresentadas nas figuras
2a e 2b.
120
100
80
60
40
20
1 ,0
0 ,8
(g/m L)
P roduç ão de c arotenoides
(b)
140
(g/g)
P rodução de carotenoides
(a)
0 ,6
0 ,4
0 ,2
0 ,0
0
S o lo s
C a s ca s
Flo re s
Fru to s
Fo lh a s
F ontes d e ob tenção
E co .1
E co .2
Figuras 2a: Produção específica de carotenoides(µg/g) a partir
das diferentes fontes de obtenção nos Ecossistemas. 1 e 2
S o lo s
C a s ca s
Flo re s
Fru to s
F ontes d e ob tenção
Fo lh a s
E co .1
E co .2
Figura 2b: Produção volumétrica de carotenoides(µg/mL) a partir
das diferentes fontes de obtenção nos Ecossistemas 1 e 2
No ecossistema 1 foi isolada de casca de árvore a levedura com maior potencial na
bioprodução de carotenoides, obtendo-se uma produção específica de 122,81 µg/g e
0,96 µg/mL para produção volumétrica, apresentando cor amarela. No ecossistema 2
a levedura mais promissora foi isolada de folhas onde alcançou 51,30 µg/g e 0,61
µg/mL e cor avermelhada.
Conclusão
Com isso conclui-se que ambos ecossistemas são fontes de leveduras
carotenogênicas de interesse, sendo que no Escudo Sul-riograndense a
biodiversidade oferecida foi maior, além de haver proporcionado a levedura com maior
capacidade carotenogênica.
Referências Bibliográficas
[1]BIODIVERSIDADE. Disponível em: http://www.agua.bio.br . Acesso em: 6 de agosto
de 2010.
[2]GOMES, F. S. Ver. Nutr. e Cân. v.20, n.5, p. 537-548, 2007.
[3]VALDUGA, E. Bioprodução de compostos voláteis e carotenóides por
Sporidiobolus salmonicolor CBS 2636. Tese, Florianópolis, Brasil, 2005.
[4]SILVA, D.A. Maximização da produção de astaxantina por Phaffia rhodozyma
utilizando água de parboilização do arroz. Dissertação, Rio Grande, Brasil, 2009
[5]Association of Official Analytical Chemists – AOAC.; 16th ed., AOAC Internaional:
Washington, 1995.
[6]BONFIM, T. M. B. Produção de astaxantina pela levedura Phaffia rhodozyma a
partir de meios de cultura de baixo custo. Tese,Curitiba,Brasil, 1999.
[7] AN, G.; SCHUMAN, D.; JOHNSON, E. Applied and Evironmental Microbiology.
v. 55, p.116-124. 1989
FURG, 19 a 22 de outubro de 2010.
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