1 Biodiesel: uma Estratégia de Desenvolvimento Sustentável para o Transporte Rodoviário de Cargas Priscila Aparecida Munsimbone1 Professor Orientador: João Henrique Ribas de Lima2 Resumo A degradação ambiental assume proporções alarmantes na atualidade, e toda destruição do meio ambiente é consequência do exagero nos padrões de consumo e da crescente geração de resíduos resultantes deste modelo de vida. O transporte rodoviário de cargas tem contribuído significativamente com a poluição atmosférica e o agravamento do aquecimento global, através das emissões de poluentes locais e de gases de efeito estufa. Isso ocorre porque a principal fonte de energia do setor é o óleo diesel, um combustível altamente poluente e obtido a partir de fontes naturais não renováveis que leva milhões de anos para se formar. E é considerando essas graves causas e consequências que este artigo tem como finalidade apresentar o uso do Biodiesel no transporte rodoviário de cargas como uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o setor, ou seja, um método de gerir de forma preventiva a utilização do meio ambiente, visto que proporciona ao mesmo, grandes vantagens na redução das emissões de poluentes a partir do seu uso, sendo essencial à economia, a sociedade e ao meio ambiente. Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, poluição atmosférica, emissão veicular, transporte rodoviário e biodiesel. Introdução Uma das principais causas da poluição atmosférica é a emissão veicular. A emissão de veículos pesados ocorre através da combustão incompleta dos motores e libera na atmosfera gases prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, agravando os problemas respiratórios da população, o efeito estufa e o aquecimento global. Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), os veículos automotores3 são considerados a principal fonte de emissão de poluentes, com uma contribuição de 95% das emissões de CO (monóxido de carbono), 94% das emissões de HC (hidrocarbonetos), 96% das emissões de NOx (óxido de nitrogênio) e 65% das emissões de SOx (óxido de enxofre). Os veículos leves, movidos à gasolina e álcool, contribuem com 63% das emissões de CO, 28% das emissões de HC, 32% das emissões de HC evaporativo, 17% das emissões de NOx e 17% das emissões de SOx. Já os veículos pesados, movidos a diesel, contribuem com maior emissão de SOx (48%) e NOx (78%) (CETESBb, 2009). O avanço tecnológico trás também uma série de melhorias aos veículos automotores, com a finalidade de reduzir os níveis de emissões de poluentes na atmosfera, entre estas tecnologias aplicadas temos: os sistemas de injeção eletrônicos, os catalisadores pós-queima e alterações no combustível. No entanto o combustível utilizado nos veículos pesados é o óleo diesel, proveniente de fontes não renováveis que 1Graduada em Tecnologia Logística dos Tranportes pela Faculdade de Tecnologia de Jahu. Artigo Científico apresentado a Faculdade Internacional de Curitiba, como parte dos requisitos para a obtenção do título de MBA em Planejamento e Gestão Estratégica. 2Graduado em Administração, especialista em Informática. Professor de pós graduação presencial e a distância. Professor Avaliador, Orientador, Regente e Tutor em EaD. 3 Correspondem aos veículos leves e pesados, incluindo ainda as motocicletas e similares. 2 leva milhões de anos para se formar, sendo a principal fonte poluidora de gases responsáveis pelo aquecimento global, o que torna essencial o desenvolvimento de fontes alternativas de combustíveis, a fim de aumentar a sustentabilidade ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida e menor degradação ao ambiente. O aumento na poluição atmosférica vem agravando o efeito estufa e consequentemente acelerando o processo do aquecimento global, com isso a temperatura média do planeta está elevando, provocando assim o derretimento das geleiras, as tempestades, enchentes e secas mais agudas. Segundo a PETROBRASb (2009), o Biodiesel é um combustível biodegradável capaz de substituir completamente o óleo diesel, podendo ser obtido a partir de fontes renováveis tais como óleos vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, o pinhão-manso, o amendoim, o algodão, etc), gorduras animais e óleos residuais de frituras. Pode ser usado puro ou misturado ao diesel, sem a necessidade de adaptação do motor, e contribui decisivamente com o meio ambiente reduzindo a emissão de particulados, enxofre e dióxido de carbono (CO2), principal responsável pelo efeito estufa. O Brasil é um país com grande diversidade de oleaginosas. É importante adequarse ao aproveitamento energético deste potencial, que é benéfico não só ao meio ambiente, mas também a sociedade, com a geração de empregos, valorização do campo e qualificação do trabalhador rural. Sendo assim, o tema proposto pretende mostrar como o transporte rodoviário de cargas contribui decisivamente com a poluição atmosférica, e apresentar o biodiesel como uma alternativa estratégica de desenvolvimento sustentável para o setor, assim como, cada conceito e característica sobre o tema abordado, trabalhados pela literatura disponível, analisando as conseqüências da sua contribuição quanto às emissões de poluentes e o aquecimento global, estes, graves problemas sócio-ambientais. Desenvolvimento O transporte rodoviário surgiu porque o homem das cavernas arrastava tudo o que queria transportar. Com o passar do tempo ele descobriu a roda, até então quadrada, que com o uso foi se gastando tornando-se redonda, e foi a partir desta descoberta que iniciou uma nova era marcada com o primeiro transporte a partir dos carros de boi puxando carroças, qual foi evoluindo até chegar ao automóvel, principal responsável hoje pelo transporte no mundo. Com o avanço tecnológico foram surgindo assim vários meios de transporte: o fluvial, o aéreo e o terrestre (AZUAGA, 2000). Conforme o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA, 1998), “de acordo com a legislação brasileira, veículo pesado, é todo veículo automotor4 para transporte de passageiros e/ou carga, com massa total superior a 3.856kg projetados para o transporte de passageiros em ônibus e de carga em grandes caminhões”. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA, 2009) afirma que hoje, o transporte rodoviário é de suma importância no Brasil, ele representa 60% de toda matriz de transporte de cargas do país, e é feito majoritariamente por caminhões, que compõem uma frota nacional de aproximadamente 1.836.000 unidades de caminhões das mais diversas marcas e modelos e movimentam anualmente 561 bilhões de toneladas por quilômetro. As últimas estatísticas que determina o perfil do transporte rodoviário de carga mostram que existem atuante no setor 50 mil empresas de transporte de carga (ETC), 48 mil empresas de transporte de carga própria (TCP) e 500 mil caminhoneiros autônomos. O transporte rodoviário de cargas desempenha um papel importante no setor de transportes de bens e materiais no país, sendo fundamental na economia. 4 Corresponde a todo veículo com motor, pode ser: veículos leves, veículos pesados, motocicletas e similares, mas no caso, corresponde particularmente aos veículos pesados (AZUAGA. 2000) 3 De acordo com Mattos (2001), a economia mundial teve um grande crescimento econômico, movido por uma das mais importantes forças motrizes que é o setor de transportes. Quanto ao Produto Interno Bruto estima-se que o valor adicionado à economia pelo setor de transportes corresponda de 3 a 5% de um país. Os investimentos nos transportes equivalem de 2 a 2,5% do PIB, podendo chegar até a 3,5% quando se investe na modernização de infra-estruturas ultrapassadas, ou aplicam em nova infraestrutura. Conceituando sua grande importância, este setor representa de 5 a 8% do total pago aos trabalhadores. Esse grande crescimento, segundo Freedman (1995 apud PEDROSO, 2007, p.2), acarretou o aumento e a concentração da população mundial urbanizada, que trouxeram como conseqüências positivas o progresso econômico e tecnológico, mas provocou sérias conseqüências ambientais, como a contaminação do ar por uma variedade de poluentes, decorrentes da queima de combustíveis fósseis. O transporte rodoviário acarreta sérias conseqüências à sociedade e ao ambiente, considerando que os veículos automotores têm grande participação no crescimento acelerado da poluição, porque suas emissões veiculares correspondente negativamente pelas principais fontes de poluição atmosférica, que consequentemente são as de mais difícil controle, decorrente de sua grande dispersão. A poluição ambiental nos grandes centros urbanos é causada principalmente pelos poluentes atmosféricos gerados pela queima incompleta de combustíveis fósseis em veículos automotores, a aplicação de tecnologias é essencial para se manter os limites necessários de emissão, com a otimização do funcionamento dos motores e dos combustíveis proporcionando uma queima perfeita (AZUAGA, 2000). Os veículos pesados sofrem grandes dificuldades para atender a padrões rigorosos de emissões. A emissão se dá pelo consumo de energia, correspondentes à freqüência das viagens, à distância viajada e a tecnologia empregada. As grandes distâncias percorridas contribuem com o consumo de energia e emissão de gases de efeito estufa. Os veículos pesados dependem em sua maioria de um único tipo de combustível, o óleo diesel derivado de petróleo, representando 97% do total de energia consumida pelo transporte (MATTOS, 2001). Este é um combustível bastante poluente e advindo de fontes não renováveis, ou seja, passíveis de esgotamento no meio ambiente. Os principais poluentes emitidos pelos motores a diesel usados nesses veículos são os materiais particulados e os óxidos de nitrogênio, os filtros reduzem bastante o material particulado emitido e os catalisadores reduzem as emissões de óxido de nitrogênio, mas o primordial seria o diesel com baixo teor de enxofre (SZWARCFITER, 2004). A preocupação com o transporte rodoviário de cargas é decorrente dos custos relacionados à segurança, poluição do ar e sonora, competição pelo espaço urbano, problema de desabastecimento de petróleo e derivados, mas o transporte é necessário para o desenvolvimento da economia, e seu crescimento deve ser feito de maneira planejada de forma a minimizar os poluentes emitidos, contribuindo com o ambiente, e assim manter uma cultura de desenvolvimento sustentável (MATTOS, 2001). A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n°3 de 28/06/1990, descreve poluente atmosférico como toda substância lançada na atmosfera em altas concentrações, seja, quantidade, intensidade, tempo ou características, tornando o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, sendo inconveniente ao bem-estar público, danoso à fauna e à flora e prejudicial à segurança. E de acordo com a CETESBb (2009), o problema da poluição do ar é uma grave ameaça à qualidade de vida dos habitantes, e os veículos automotores são os principais causadores dessa poluição em todo o mundo, porque suas emissões carregam diversas substâncias tóxicas que, ao inspiradas, produz vários problemas a saúde e podem diminuir a segurança e aumentar o número de acidentes de trânsito pela redução da visibilidade. 4 Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 1999), sua intensificação ocorre com a emissão dos gases de efeito estufa 5 como, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e compostos de clorofluorcarbono (CFC), sendo a maioria proveniente da queima de combustíveis fósseis como o carvão, petróleo, derivados de petróleo, florestas e pastagens, com tempo de permanência na atmosfera de 10 décadas (FOLHA DE SÃO PAULO, 2001). A Tabela 1 apresenta a classificação dos gases de efeito estufa, assim como suas principais causas: Gases de estufa Principais causas Produzido pela combustão de combustíveis fósseis: petróleo, gás natural, carvão, desflorestação. O CO2 é responsável por cerca de 64% do efeito estufa. Diariamente são Dióxido de Carbono(CO2) enviados cerca de 6 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Seu tempo de duração é de 50 a 200 anos. São usados em sprays, motores de aviões, plásticos e solventes utilizados na indústria Clorofluorcarbono eletrônica. Responsável pela destruição da camada de ozônio. Também é responsável por (CFC) cerca de 10% do efeito estufa. Seu tempo de duração é de 50 a 1700 anos. Produzido por campos de arroz, pelo gado e pelas lixeiras. É responsável por cerca de Metano (CH4) 19% do efeito estufa. Seu tempo de duração é de 15 anos. Produzido pela combustão da madeira e de combustíveis fósseis, pela decomposição de Ácido nítrico fertilizantes químicos e por micróbios. É responsável por cerca de 6% do efeito estufa. (HNO3) É originado através da poluição dos solos, provocada pelas fábricas, refinarias de petróleo Ozônio (O3) e veículos automotores. Tabela 1 - Gases do efeito estufa Fonte: MEIRA, (2002) Segundo o BNDES (1999), consideram-se então para os devidos problemas do aquecimento global as seguintes conseqüências atuais: 5 Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura as calotas polares derretem ocasionando o aumento no nível da águas oceânicas, podendo futuramente chegar à submersão de muitas cidades litorâneas, aumentando ainda o índice de mortalidade na Terra. Isso afetará também a produção agrícola e as reservas de água, alterando as condições econômicas e sociais; Crescimento e surgimento de desertos: com o aumento da temperatura várias espécies animais e vegetais são levados à morte, desequilibrando os ecossistemas. Considerando então o desmatamento que ocorre, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil e países africanos), tem-se o aumento das regiões desérticas do planeta; Aumento no número de furacões, tufões, ciclones e frequentes tempestades de chuva e neve fortes: com o aumento da temperatura ocorre maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estas catástrofes climáticas; Ondas de calor: sofrem hoje com as ondas de calor as regiões cujas temperaturas são amenas, como exemplo, a Europa. Aumento do nível do mar: espera-se um aumento no nível do mar de 15 a 95 cm até o ano 2100, decorrente do degelo e expansão do volume de água; Alteração no suprimento de água doce, redução na quantidade disponível. O efeito estufa é um processo natural, ocasionado pela retenção de calor na Terra, devido à concentração de gases que impedem a dispersão dos raios solares na atmosfera, que é constituída por uma mistura de gases, e esse efeito gerado pela natureza é benéfico e imprescindível para a manutenção da vida sobre a Terra, mas, se a composição dos gases raros for alterada para mais, ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra sofre conjuntamente, acarretando o excesso de calor como uma estufa (MEIRA, 2002). 5 O aumento da temperatura da Terra provoca alterações climáticas, aumentando as ondas de calor, as cheias e consequentemente aumentando o número de doenças infecciosas com a proliferação de pestes. Como exemplo tem o fenômeno do El Niño, um aumento de temperatura no sistema oceânico, originando uma onda quente por todo o mundo. O resultado direto foi à deslocação dos mosquitos de propagação da malária e febre amarela para regiões temperadas a altitudes mais elevadas, vulnerabilizando a sociedade, não adaptada à consequência. Essa variação irá aumentar a frequência de dias de intenso calor, o que acarretará um aumento do número de mortes (MEIRA, 2002). Existem indícios de que algumas das alterações climáticas previstas por cientista, como grandes inundações e secas já estejam começando a ocorrer. Alguns deles defendem limitar o crescimento da indústria, do consumo e da população, outros, procuram medidas técnicas para combater às causas do efeito estufa, buscam por dispositivos para impedir que os gases poluentes emitidos entrem na atmosfera: seja pelo plantio maciço de árvores, como pelos sistemas de escoamento de águas, entre outros meios estudados (FOLHA DE SÃO PAULO, 2001). Considerando essa preocupação, a principal iniciativa internacional para tentar minimizar o problema é o Protocolo de Kyoto, um tratado assinado em 1997 que estabelece compromissos rígidos aos países desenvolvidos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, e que possibilita aos países em desenvolvimento a utilização de instrumentos que permitam alcançarem tais metas. O acordo impõe a 38 países níveis diferenciados de reduções, Os países em desenvolvimento não possuem cotas a cumprir e poderão manter seus planos de crescimento. O acordo prevê também mecanismos de flexibilidade, como a implementação conjunta - joint Implemention, o comércio de emissão - emission trading e o desenvolvimento limpo - clean development mechanism, para que os países industrializados cumpram com as suas cotas de redução fora dos seus territórios, onde os países mais poluentes poderão adquirir dos países em desenvolvimento os chamados “créditos de carbono”, assim não precisarão cumprir com as suas cotas de redução. (SALANEK FILHO, 2009). No Brasil, a preocupação crescente com a poluição possibilitou a criação de diversos programas de controle de emissões, entre estes, a CETESB, durante os anos 80, desenvolveu as bases técnicas que se completaram com a Resolução CONAMA nº. 18/86, estabelecendo o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), posteriormente complementada por outras Resoluções CONAMA, resultando assim, na redução de emissão dos poluentes pelos veículos automotores (CESTESBc, 2008). Quanto ao transporte rodoviário, uma nova alternativa de combustível pode trazer esperanças à sociedade e ao meio ambiente, já que os combustíveis alternativos, como o gás natural veicular, a eletricidade, e o Biodiesel 6 são também utilizados como substitutos dos combustíveis fósseis derivados de petróleo, mas em pequena escala, o que não possibilita uma solução em curto prazo para a minimização aos impactos de emissão de gases do efeito estufa, mas que dependendo de sua aplicabilidade e uso, substituindo esse combustível pode trazer reduções imediatas na emissão de poluentes (MATTOS, 2001). 6 Dentro do Programa Combustível Verde, o governo brasileiro está promovendo, a utilização em larga escala do biodiesel (a partir de óleo extraído de várias fontes, como mamona, soja, babaçu, dendê, etc.) a nível nacional, com uma mistura inicial de 2% (B2) no óleo diesel a partir de 2005 aumentando gradativamente para 5% em 2010. Isto permitirá uma redução nas importações de óleo diesel. O Programa prevê o uso de agricultura familiar, desenvolvimento tecnológico, isenção fiscal e estímulo ao crédito (SZWARCFITER, 2004). 6 A Tabela 2 apresenta detalhadamente as características dos gases da emissão veicular. Observa-se que os veículos automotores são as principais fontes de monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NO x). Quanto ao dióxido de enxofre (SO2), também as indústrias são importantes fontes, e considerando as partículas inaláveis (PI) contribuem ainda outros fatores como a ressuspensão de partículas e a formação de aerossóis secundários. Gases da Emissão Características Veicular Monóxido de carbono Substância inodora, insípida e incolor, que resulta da queima incompleta de (CO) combustíveis fósseis e atua no sangue reduzindo sua oxigenação. Óxidos de nitrogênio Uma combinação de nitrogênio e oxigênio formados durante a combustão, o NO sob (NO), e Dióxido de a luz solar se transforma em NO2 e participa na formação de oxidantes fotoquímicos Nitrogênio (NO2) como o ozônio. São gases e vapores expelidos da queima incompleta - diversos hidrocarbonetos (ex. Hidrocarbonetos (HC) benzeno) são cancerígenos e mutagênicos. Resulta da queima de combustíveis que contém enxofre, como óleo diesel, óleo Óxido de enxofre combustível industrial e gasolina, podem reagir com substâncias presentes no ar, (SO) e dióxido de formando partículas de sulfato, responsáveis pela redução da visibilidade na Enxofre (SO2) atmosfera. É um dos principais formadores da chuva ácida. Um conjunto de pequenos poluentes como: poeiras, fumaças e todo material sólido e líquido, suspenso na atmosfera, que reduz a visibilidade na mesma. Pode ser: Material Particulado (MP) Partículas Totais em Suspensão (PTS): seu diâmetro aerodinâmico é menor que 50 µm, pode ser inalável, causando problemas à saúde; Partículas Inaláveis (MP10): seu diâmetro aerodinâmico é menor que 10 µm, podendo ainda ser classificadas como partículas inaláveis finas – MP2,5 (<2,5µm) que podem atingir os alvéolos pulmonares e partículas inaláveis grossas (2,5 a 10µm) que ficam retidas na parte superior do sistema respiratório. Material particulado suspenso na atmosfera proveniente da combustão é Fumaça (FMC) determinado pela refletância da luz que incide na poeira, e está diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera. Está suspensa na atmosfera podendo penetrar no organismo e atingir os alvéolos Fuligem (fumaça pulmonares provocando: mal estar, dor de cabeça, enjôo, bronquite, asma, irritação preta de mau cheiro) dos olhos, garganta e pele e câncer de pulmão. Tabela 2 - Gases da Emissão Veicular Fonte: CETESBa, adaptado pelo Autor (2009) Azuaga (2000), afirma que as emissões veiculares variam de acordo com os fatores abaixo descritos, e é estudando cada um que se pode chegar ao desenvolvimento sustentável no setor de transporte rodoviário: Tecnologia Automotiva: atua na otimização da relação ar combustível aperfeiçoando a combustão a fim de controlar as emissões de hidrocarbonetos e de monóxido de carbono da queima incompleta. Tecnologia dos Combustíveis: apesar dos esforços para aperfeiçoar a tecnologia automotiva, existem limitações que não permitem a total eliminação de gases poluentes, sendo preciso atuar também na melhoria do combustível. Características da Frota Circulante: dependem do tipo de veículo; da idade da frota; do tamanho, peso e potência do veículo, relacionadas às medidas de motor (carburadores, válvula de circulação do gás de exaustão, a calibração do afogador, etc), e implicam num maior consumo de combustível e numa maior emissão de gases poluentes. Uma localidade com maior número de ônibus e caminhões em circulação apresenta um maior índice de emissão de partículas em suspensão (fuligem). Portanto, o tipo de frota circulante é um fator que caracteriza o tipo de poluente emitido. Comportamento do Usuário, Características do Tráfego e Conscientização do Usuário: correspondem ao comportamento e estilo de direção de cada motorista, 7 das condições de tráfego (congestionamentos, aclives e declives, difícil acessibilidade, acidentes, poluição ambiental e alto consumo de combustível), todos esses fatores influenciam na emissão de poluentes. De acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP, 2007), o ciclo do motor, o tipo, a qualidade e as especificações do combustível, entre outros, são fatores determinantes na emissão de poluentes. Existem diversas tecnologias aplicadas nos veículos, para o controle das emissões e que produzem um impacto relevante sobre o ambiente: Válvula EGR (recirculação de gases de escapamento): Reduz as emissões de CO, HC e MP, favorece a redução da emissão de NOx de 25% até 40%; Catalisador: Transformam as moléculas de CO e HC em CO 2 e H2O (oxidação) e as de NOx em N2 e O2 (redução); LDA (limitador de débito máximo dependente da pressão de carregamento): controla o débito máximo da bomba injetora, limitando a quantidade de combustível injetado, evita-se o consumo desnecessário de combustível e a alta emissão de fumaça; Conversor Catalítico de Oxidação Diesel (DOCs): podem reduzir a massa de MP entre 25% e 50%, eliminar os odores dos gases de escapamento e reduzir em mais de 90% as emissões de CO, HC e de aldeídos; Filtros de Partículas Diesel (DPFs): Reduzem o MP em mais de 90%. Considerando então o principal combustível utilizado, o óleo diesel é a fonte de energia limitante no setor de transportes, sendo que, 80,5% do consumo desse combustível no país é realizado pelo setor de transportes, e desse total consumido 97,2% é de responsabilidade do modal rodoviário (MATTOS, 2001). Óleo diesel é um combustível derivado do petróleo, constituído basicamente por hidrocarbonetos, o óleo diesel é um composto formado principalmente por átomos de carbono, hidrogênio e em baixas concentrações por enxofre, nitrogênio e oxigênio e selecionados de acordo com as características de ignição e de escoamento adequadas ao funcionamento dos motores diesel. É um produto inflamável, medianamente tóxico, volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico (PETROBRASa, 2006). Segundo Azuaga (2000), os veículos automotivos possuem motores de combustão interna, sendo assim, nos motores a diesel, também considerados motores de combustão espontânea, as emissões se concentram no escapamento7, predominantemente como material particulado orgânico, na forma de fumaça. Sua importância para o transporte, varia de 45% a 50% do total de energia utilizada pelo setor. Os veículos de transporte de carga emitem CO2 por tonelada-quilômetro, então, quando se utiliza um veículo de pouca capacidade de carga, você tem uma emissão maior, pois eles consomem muita energia para o transporte de pouca quantidade de carga (de acordo com sua capacidade máxima de transporte). As emissões dos caminhões que transportam até 16, 28 e 40 toneladas de carga emitem menos CO 2 por tonelada-quilômetro, porque tem maior capacidade de carga, tornando a relação energia gasta e carga transportada mais eficiente (MATTOS, 2001). 7 Emissões de escapamento: são os subprodutos da combustão lançados na atmosfera pelo escapamento dos veículos. Os produtos da combustão completa são CO 2, H2O e N2, da combustão incompleta são CO, HC, aldeídos (R-CHO) e NOx, e ainda têm os materiais particulados e SO x (expressivos em motores de ciclo diesel, que se deve a quantidade de enxofre presente nos combustíveis) (AZUAGA, 2000). 8 O diesel é também o grande responsável pelas emissões de material particulado e de óxidos de enxofre. O óxido de enxofre pode ser reduzido, melhorando a qualidade do diesel utilizado, que depende da origem do petróleo refinado. O petróleo de melhor qualidade contém um menor teor de enxofre, então à melhoria vem do refino do petróleo com a instalação de uma série de equipamentos para o hidrotratamento e remoção de enxofre (AZUAGA, 2000). Foi em 1982, que o Dr. Rudolf Diesel, desenvolveu a idéia de motor a diesel e obteve sua patente, o motor de combustão interna dependia da geração de altas temperaturas pela alta compressão da carga de ar para inflamar o combustível injetado, um método de ignição totalmente confiável, e foi desenvolvido com o objetivo de criar um motor de alta eficiência (NANN, ANDERSON, 1992), cujo combustível utilizado era o óleo de amendoim (BIODIESELBRa, 2009). Entre 1911 e 1912, Rudolf Diesel fez a seguinte afirmação: “O motor a diesel pode ser alimentado por óleos vegetais, e ajudará no desenvolvimento agrário dos países que vierem a utilizá-lo (...) O uso de óleos vegetais como combustível pode parecer insignificante hoje em dia, mas, com o tempo, irão se tornar tão importante quanto o petróleo e o carvão são atualmente” (BIODIESELBRa, 2009). Considerando cada afirmação apresentada pelo Dr. Rudolf Diesel, o Geocities (2010), afirma que o rendimento, o tempo de vida útil, a segurança de funcionamento e o baixo custo de manutenção são algumas das características do motor diesel, que pode funcionar com praticamente qualquer tipo de combustível, desde os óleos vegetais, até o gás natural e a gasolina de alta octanagem, através de adaptações, porém, o mais comum e adequado é o óleo diesel destilado do óleo mineral cru. Segundo Monteiro (1998), é incorreto afirmar que o motor a ciclo diesel, devido seu funcionamento, expele grandes quantidades de fumaça perigosa e mal cheirosa, porque se trata de um motor de ignição por compressão com alta eficiência, queimando óleo diesel de boa ou má qualidade, álcool, óleos vegetais processados, e assim pode ter emissões muito limpas, portanto, o principal vilão das emissões não é o motor, mas sim, o combustível utilizado na queima. Referente à emissão dos gases que afetam a atmosfera, a queima de combustíveis fósseis deve ser a menor possível, já que o volume de dióxido de carbono produzido é proporcional à quantidade de combustível queimado. É considerando essa limitação do setor de transporte rodoviário e dependência do óleo diesel, que é um combustível obtido a partir de fontes não renováveis e altamente poluente, que é possível um estudo quanto às estratégias e desenvolvimento sustentável do setor. De acordo com Maioli (2009), o conceito apresentado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), define desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade como “O processo de desenvolvimento que permite às gerações atuais satisfazerem as suas necessidades sem colocar em perigo a satisfação das necessidades das gerações futuras”, ou seja, corresponde a um tripé econômico, social e ambiental no qual o crescimento econômico e a proteção ao ambiente podem sim acontecer ao mesmo tempo; as questões econômicas, sociais e de pobreza devem ser enquadradas nesse conceito; e é importante sempre considerar as gerações atuais e futuras que são e serão afetadas pelos danos ambientais causados por nossas ações. Mas o termo exibe uma extensa amplitude e complexidade de conceitos, onde as primeiras preocupações relacionadas ao desenvolvimento sustentável originaram-se a partir dos problemas ambientais, e da possibilidade de esgotamento dos recursos naturais indispensáveis à vida humana, mas o mesmo é mais abrangente e envolve não somente o meio ambiente como também a economia e a sociedade, e é melhor definido como um 9 percurso progressivo rumo ao crescimento econômico mais equilibrado, com igualdade social e proteção ao meio ambiente (COSTA, 2003). A preocupação empresarial com o desenvolvimento sustentável existe devido à necessidade do cumprimento de leis, a pressão da sociedade (stakeholders), ou a preocupação pela forma como os seus produtos e serviços são produzidos, desde a extração das matérias-primas até a produção, distribuição e resíduos do processo. Esse ponto de vista, ou obrigatoriedades, leva a empresa a almejar um comportamento ecologicamente correto, com uma gestão socialmente responsável, surgindo às certificações e os relatórios de sustentabilidade (MAIOLI, 2009). Mas também existem empresas que somente se utilizam do desenvolvimento sustentável focalizando o marketing, ou seja, divulgam sem praticar. Assim como existem empresas que realmente se preocupam em como sua produção interfere no meio ambiente e nas comunidades circunvizinhas. Essas empresas que buscam a utilização sustentável dos recursos naturais, apoiados ao desenvolvimento e crescimento econômico pensam no futuro não somente pelo lado financeiro, mas enxergam as consequências de seus atos (MAIOLI, 2009). Costa (2003), afirma que toda essa busca acontece pela preocupação de como o nosso planeta é explorado de forma gradativa ou acentuada levando a destruição do meio ambiente, a extinção de inúmeras espécies, a geração da poluição que trás consigo transtornos e doenças a população como também acentua o processo das mudanças climáticas, o aniquilamento da biodiversidade, e é esse desordenado crescimento populacional que consome além da capacidade da natureza de se recuperar. Para melhor se compreender, a Sustentabilidade deve ser vista como um estado desejado, ou um conjunto de condições que se mantém ao longo do tempo e o Desenvolvimento, é o processo pelo qual a sustentabilidade pode ser conquistada. Empresas, governos e organizações, caso não se importem e se dediquem ao desenvolvimento sustentável, estarão fadados a sérias dificuldades no futuro, que poderão colocar em risco o estilo de vida das populações e consequente mudança da forma de utilizarmos o meio ambiente para proporcionar o nosso estilo de vida (COSTA, 2003). É a partir dessa forma de desenvolvimento que o presente artigo busca elevar o transporte rodoviário de cargas, hoje o grande vilão da poluição atmosférica e do aquecimento global ao estágio de sustentabilidade, a partir da aplicação de novas formas de energia, energia limpa e não nociva à sociedade e ao ambiente, qual hoje apresenta uma alternativa encontrada pela substituição do Diesel comum, altamente poluente e advindo de fontes não renováveis pelo Biodiesel, que segundo a Lei nº11.097, de 13 de janeiro de 2005, corresponde a um “biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustível de origem fóssil”. O Biodiesel é um combustível biodegradável capaz de substituir o óleo diesel, pode ser obtido a partir de fontes renováveis tais como óleos vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, o pinhão-manso, o amendoim, o algodão, etc), gorduras animais e óleos residuais de frituras. O diesel do petróleo é um combustível não-renovável e leva milhões de anos para se formar (PETROBRASb, 2009). Segundo a Ecovale (2009), o biodiesel reduz 78% das emissões de poluentes como o dióxido de carbono que é o gás responsável pelo efeito estufa que está alterando o clima à escala mundial, e 98% de enxofre que são um dos causadores da chuva ácida, e possibilitam também uma redução de 11% a 53% na emissão de monóxido de carbono. É uma fonte renovável que trás benefícios ambientais e possibilita a geração de empregos. 10 Conforme Teixeira (2009), o óleo vegetal bruto não pode ser diretamente colocado no tanque dos veículos diesel. Este procedimento leva à formação de depósitos nos cilindros do motor, à contaminação do lubrificante, a emissão de substâncias nocivas à saúde (acroleína, que é cancerígena), além de emitir um odor extremamente desagradável dos escapamentos. Para evitar esses inconvenientes deve-se então: Adaptar o motor ao combustível: motores e componentes, que permitem queimar óleo vegetal sem tratamento. Trata-se de filtros adicionais, elementos de controle e relés, modificações do sistema injetor e da bomba de combustível e ajustes do controle eletrônico do motor, e a conversão exige pré-aquecimento do combustível. Adequar o combustível ao motor: exige um tratamento químico chamado de craqueamento, esterificação ou transesterificação, que tem por objetivo eliminar a glicerina contida nas gorduras animais e óleos vegetais, sendo a principal responsável pela inadequação do uso da gordura bruta em motores diesel. Segundo o BIODIESELa (2009), a produção do biodiesel pode ocorrer por craqueamento, esterificação e transesterificação. O craqueamento térmico ou pirólise provoca a quebra de moléculas devido o aquecimento a altas temperaturas, a esterificação é uma reação química reversível qual um ácido carboxílico reage com um álcool produzindo éster e água. O método mais utilizado é a transesterificação, uma reação química de óleos vegetais ou de gorduras animais com álcool comum, etanol ou metanol, que estimulada por um catalisador obtém o éster (biodiesel) metílico ou etílico, dependendo do álcool utilizado, e a glicerina. De acordo com o mesmo autor, o processo de transesterificação é, portanto, a separação da glicerina do óleo vegetal. A glicerina como subproduto do biodiesel pode ser utilizada na indústria de cosméticos e medicamentos, têxteis e estudos mais recentes mostram sua aplicação na geração de biogás (BIODIESELBRe, 2009). Mas a cadeia produtiva do biodiesel gera também torta, farelo, etc que podem agregar valor e formar outras fontes de renda para os produtores. O Biodieselbrd (2009) afirma que para identificar a concentração do biodiesel na mistura com óleo diesel, utiliza-se uma nomenclatura estabelecida por Bx, onde o X determina a porcentagem em volume de biodiesel, assim, B2, B5, B20 e B100, referem-se respectivamente a concentração de 2%, 5%, 20% e 100% de biodiesel, onde os níveis são: Aditivo de lubricidade (B2); Aditivo (B5); Misturas (B20 – B30); Puro (B100). No Brasil cerca de 60% a 70% do biodiesel advém da soja, e este biodiesel está sendo adicionado na proporção de 2% ao óleo diesel sem necessidade de qualquer adaptação para receber a mistura (TEIXEIRA, 2009). Segundo BIODIESELBRb (2009), as vantagens do biodiesel são: Reduz a poluição ambiental e não contribui com o aquecimento global; Reduz o êxodo rural, com a geração de emprego e renda no campo, promovendo a inclusão social. Com os solos de alta qualidade do Brasil a agricultura é autosustentável do plantio direto, a topografia favorece a mecanização, é rico em água doce e o clima e as tecnologias permitem a produção de duas safras ao ano; Fonte de energia renovável: a energia armazenada nos vegetais é transformada em combustível, e após a combustão uma parte destina-se à operação do sistema 11 motor, e outra retorna para a nova plantação na forma de CO 2, que combinado com a energia solar realimenta o ciclo; Reduz a dependência do petróleo; Produção em larga escala e uso de tecnologias, favorece o custo de produção; Substitui o diesel sem necessidade de ajustes nos motores dos veículos, é um ótimo lubrificante, podendo aumentar a vida útil do motor; Tem baixo risco de explosão, necessita de uma fonte de calor acima de 150ºC para explodir; Permite fácil transporte e armazenamento, devido o baixo risco de explosão; O produtor rural produz seu combustível; O produtor estará fazendo rotação de culturas em sua propriedade, incorporando nutrientes na sua lavoura; Pode ser usado puro nos motores, também aceita qualquer percentual de mistura com o diesel; O gás carbônico do ar é absorvido pela planta; O calor produzido por litro é quase igual ao do diesel; Pouca emissão de partículas de carvão; Combustão completa na queima; Necessita de uma menor quantidade de oxigênio que o diesel; Constituído de carbono neutro, as plantas capturam todo o CO 2 emitido pela queima do biodiesel e separam o CO2 em Carbono e Oxigênio, neutralizando suas emissões; Promove o desenvolvimento, amplia o mercado de trabalho e valoriza os recursos energéticos; Redução da emissão de poluentes locais com melhorias na qualidade de vida e da saúde pública; Possibilidade de utilização dos créditos de carbono vinculados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo decorrentes do Protocolo de Kyoto; Com B100 tem uma melhor operação, pela ausência de enxofre e material particulado; A Tabela 3 representa uma análise comparativa entre o diesel e o biodiesel e suas características em diversas propriedades: Propriedades Biodiesel Diesel Cetanagem 51-62 44-47 Lubricidade Maior que o diesel quando comparado com óleos lubrificantes Baixo fator de lubricidade Biodegradabilidade Alta Muito baixa Toxidade Não tóxico Altamente tóxico Oxigênio 11% de oxigênio livre Muito baixo Aromáticos Não possui 18-22% Enxofre Nenhum 0,05% Contaminação por derramamento Nenhum Muito alto Ponto de ignição 148-204 ºC 52ºC Compatibilidade com outros materiais Degradação natural de polímeros butílicos Nenhum risco em nenhuma das atividades Efeito não natural em polímeros butílicos Transferência e estocagem Altamente perigoso 12 Valor calorífico 2% menor que o diesel Suprimento renovável Renovável Não renovável Combustível alternativo Sim Não Processo produtivo Reação química Reação química e fracionamento Composição química Ésteres de alquila (metila, etila) Hidrocarbonetos Tabela 3 - Análise comparativa entre o diesel e o biodiesel Fonte: LADETEL (2006). De acordo com o BIODIESELBRc (2009), as emissões de poluentes locais (controlados e não controlados) do biodiesel, variam de acordo com o tipo de triglicerídeos e ácidos graxos, ou seja, o tipo de óleo vegetal (soja, mamona, girassol, etc), ou gordura animal usado na sua produção. O fato de o biodiesel ser um éster etílico ou metílico, é considerado relevante quanto às emissões de poluentes locais. O autor ainda afirma que o uso do biodiesel reduz as emissões do monóxido de carbono (CO), do material particulado (MP), do óxido de enxofre (SO x), dos hidrocarbonetos totais (HC) e de grande parte dos hidrocarbonetos tóxicos. Essa redução varia de acordo com o tipo de óleo vegetal (soja, mamona, palma, girassol, etc) ou gordura animal usados na produção do biodiesel. Conforme o mesmo autor, considerando o biodiesel puro (B100), produzido com óleo de soja, seu uso reduz as emissões do monóxido de carbono (CO) em 48%, de material particulado (MP) em 47%, do óxido de enxofre (SO x) em praticamente 100% e dos hidrocarbonetos totais (HC) em 67%. Observa-se também que um grande grupo de óleos vegetais e de gordura animal apresenta benefícios ambientais superiores. A Tabela 4 apresenta o percentual de redução ou aumento na emissão de poluentes considerando o Biodiesel da soja como combustível em 4 proporções. Um estudo conjunto do Departamento de Energia e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostra que o biodiesel reduz em 78% as emissões líquidas de CO. Estudos realizados pelo Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas, mostram que a substituição do óleo diesel mineral pelo biodiesel resulta em reduções de emissões de 20% de enxofre, 9,8% de anidrido carbônico, 14,2% de hidrocarbonetos não queimados, 26,8% de material particulado e 4,6% de óxido de nitrogênio. Contudo, estudo da União Européia mostra aumento das emissões de NO x associado ao biodiesel em relação as do diesel de petróleo, entretanto, não é impedimento para a disseminação do biodiesel devido às grandes vantagens em relação aos outros poluentes, mas deve ser considerado porque é um dos principais precursores do ozônio troposférico, atualmente o mais grave problema de qualidade do ar na maior cidade brasileira (BIODIESELBRc, 2009). Poluente Redução/ Aumento B100 B20 B10 B5 Gases de Efeito Estufa R 78 15 7,5 3,75 Enxofre R 98 19 9,5 4,95 Material Particulado R 50 10 5 2,5 NOx A 13* 2,5** 1,3** 0,65** * USEPA ** Caso o incremento seja linear Tabela 4 - Emissões de poluentes das misturas em porcentagem (%) Fonte: OLIVEIRA; COSTA (2001). 13 Há estudos em andamento visando à redução do NOx com a utilização de catalisadores adequados, a identificação da fonte a ser modificada para minimizar as emissões e a mudança do tempo de ignição do combustível, a fim de proporcionar menor formação de óxido de nitrogênio, e consistem em operações simples podendo ser realizadas durante a produção de veículos novos (BIODIESELBRc, 2009). Conforme o Biodieselbrc (2009), outro estudo envolvendo as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo ciclo de vida do insumo álcool (desconsiderando o da matéria graxa), com o uso do biodiesel metílico reduz a emissão de gases causadores do citado efeito em 95%, e o biodiesel etílico, a redução é de 96,2%. Os hidrocarbonetos totais controlados apresentam uma diversidade de compostos tóxicos que não são controlados individualmente. Dos 21 compostos hidrocarbônicos tóxicos, que provocam câncer e outros sérios efeitos à saúde, identificados como fonte móvel de gases tóxicos “mobile source air toxics” (MSATs), sete são metais. Como o biodiesel é livre de metais, apresentará redução de emissões destes compostos em relação ao diesel mineral e a seus aditivos que contenham metais. Dos quatorze compostos MSATs remanescentes, o Environmental Protection Agency (EPA) 2002, avaliou onze (BIODIESELBRc, 2009). A Figura 1 apresenta o impacto do biodiesel nas emissões dos gases tóxicos, bem como dos hidrocarbonetos, considerando a porcentagem de biodiesel quanto ao óleo diesel. Figura 1 - Efeito do biodiesel sobre as emissões associadas ao biodiesel Fonte: BIODIESELBRc (2009). Conforme o BIODIESELBRc (2009), o biodiesel também influencia os custos relacionados à poluição. Com o acréscimo do B5 ao diesel convencional, os custos evitados com a poluição estariam em torno de R$76 milhões anuais, e a substituição do diesel de origem fóssil pelo biodiesel puro (B100) proporcionaria uma redução desses custos em R$ 192 milhões anuais, nas dez principais cidades brasileiras, e em aproximadamente R$ 873 milhões, em nível nacional. O álcool utilizado na produção do biodiesel pode ser vegetal (rota etílica) ou mineral (rota metílica), quando de origem vegetal, a emissão de dióxido de carbono (CO 2) decorrente da combustão8 do biodiesel é reabsorvida na íntegra pela fotossíntese, durante o crescimento das próximas safras das biomassas das quais se produz o álcool e o óleo. Quando o álcool for mineral, somente o percentual do CO 2 produzido pela 8 Processo de queima de combustíveis, para geração de energia, realizada na presença de oxigênio. 14 combustão do biodiesel referente à queima do óleo vegetal é reabsorvido, o correspondente a no mínimo 78% (OLIVEIRA; COSTA, 2001). Há redução de 78% nas emissões de gases do efeito estufa decorrente do uso de biomassa consorciado a 22% de metanol fóssil, redução comprovada de 50% das emissões de material particulado e de 98% de enxofre. Apenas os óxidos nitrogenados (NOx), causadores de doenças respiratórias, têm aumento, na faixa de 13% (USEPA, 1998 apud, OLIVEIRA; COSTA, 2001, p.11). Os óleos vegetais também favorecem os aspectos de recuperação dos solos improdutivos, pela oxigenação natural a partir do cultivo de espécies oleaginosas, proporcionam redução gradativa dos custos com manutenção dos veículos, visto que suas características permitem o aumento na vida útil dos mesmos, e os custos com essa energia, já que a distância pela capacidade tonelada-quilômetro transportada é superior à mesma utilizando óleo diesel, devido sua maior eficiência (OLIVEIRA; COSTA, 2001). Conclusão O setor de transportes é uma das mais importantes e significativas forças motrizes da economia brasileira, que privilegia o transporte rodoviário de cargas. A relação entre transporte e urbanização é de mútua influência e dependência, e essa relação provoca consequências ambientais expressivas, como o consumo de recursos naturais e a emissão de poluentes atmosféricos. As emissões veiculares são as principais fontes de poluição atmosférica e consequentemente as de mais difícil controle, decorrentes da sua grande dispersão. Só na cidade de São Paulo correspondem a 92% da poluição. Os altos índices de poluentes emitidos são decorrentes da queima de combustíveis fósseis, pois os veículos pesados são todos dependentes de um único tipo de combustível, o óleo diesel, que é um combustível altamente poluente, e é a fonte de energia limitante no setor de transportes, correspondente a um consumo de 80,5% no país, e desse total 97,2% é consumido pelo modal rodoviário. A emissão veicular carrega substâncias tóxicas que são uma ameaça à saúde da população, e está contribuindo para aumentar o efeito estufa, que é um processo natural, e imprescindível a manutenção da temperatura e vida na Terra, com a emissão de poluentes, entretanto, o acúmulo de gases de efeito estufa, tais como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os compostos de clorofluorcarbono (CFC), contribuem para elevar a temperatura média do planeta, causando sérios problemas ambientais, e contribuindo para o aquecimento global. Gerenciar, monitorar e controlar os níveis de emissões de poluentes dos veículos de transporte pode significar reduções consideráveis dos níveis de poluição local e na emissão de gases do efeito estufa. Além das novas tecnologias para o controle das emissões é necessário o incentivo ao uso de combustíveis ambientalmente sustentáveis, como o biodiesel, obtido através de fontes renováveis, que pode ser utilizado como substituto aos combustíveis fósseis derivados de petróleo. A opção de se utilizar o biodiesel no transporte rodoviário de cargas é uma grande estratégia para que se tenha condições de se adaptar as necessidades presentes e trabalhar de forma sustentável, afinal o mesmo reduz as emissões de monóxido de carbono (CO), de material particulado (MP), de óxido de enxofre (SO x), dos hidrocarbonetos totais (HC) e de grande parte dos hidrocarbonetos tóxicos. Essa redução varia de acordo com o tipo de óleo vegetal (soja, mamona, palma, girassol, etc) ou gordura animal usados na produção do biodiesel. Atualmente a inclusão de 2% ou 5% de biodiesel ao óleo diesel é obrigatória e também irrisória quanto à redução nas emissões de poluentes, mas, conforme aumenta a 15 porcentagem de biodiesel adicionado na mistura, aumenta também a redução de poluentes e gases de efeito estufa lançados na atmosfera, A substituição completa pelo biodiesel oferece benefícios ambientais imediatos, mas é a longo prazo que se torna mais tentadora a olhos econômicos, sociais e ambientais, visto que o valor do Biodiesel tende a ser inferior a do óleo diesel, afinal ele é produto agrícola e o óleo diesel advindo de fontes não renováveis que tendem a se esgotar. A cultura de plantio do mesmo aumentará o emprego e renda agrícola e quanto ao efeito estufa qual a situação é preocupante, pois a quantidade de CO2 emitidos é grande, o biodiesel é neutro quanto à emissão de gases do efeito estufa, pois, como sua matéria prima (óleos vegetais e álcool) absorvem o CO 2 através de suas plantações para a realização do ciclo da fotossíntese. Alternativas de combustíveis ambientalmente sustentáveis como o biodiesel, precisam ser estimuladas através de políticas públicas de estímulo a produção e consumo. A conscientização ambiental do consumidor é importante do desenvolvimento de programas e leis que estimulem e favoreçam a difusão do biodiesel, a fim de conscientizar quanto as suas vantagens ambientais e sociais, porque essa alternativa proporciona reduções significativas considerando o volume de consumo brasileiro de óleo diesel. Considerando a frota de veículos do ciclo diesel no Estado de São Paulo que é composta por mais de 1 milhão de veículos, ou mesmo a frota da RMSP que é composta por mais de 452 mil veículos, e ressaltando que no Brasil são consumidos cerca de 25 bilhões de litros ao ano de óleo diesel no transporte rodoviário, é possível vislumbrar uma redução significativa dos poluentes com o uso do biodiesel, o que contribui de forma decisiva ao meio ambiente e melhora a qualidade de vida da população urbana. Como os resultados de todos os aspectos analisados são em sua maioria positivos, o uso do biodiesel reduz os gastos com o controle e combate da poluição e proporciona uma melhoria na qualidade de vida da população urbana, além de favorecer a inclusão social com a geração de empregos, devido o grande potencial para a produção de matérias-primas necessárias para a extração do biodiesel no Brasil. É possível concluir que o biodiesel é um combustível sustentável, capaz de auxiliar efetivamente e em curto prazo de tempo na obtenção de um transporte rodoviário sustentável em escala global. Referências ANFAVEA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. Anuário Estatístico da ANFAVEA. São Paulo: ANFAVEA, 2009. ANTP - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS. Transporte e meio ambiente: Série cadernos técnicos. 6.v. São Paulo: ANTP, 2007. AZUAGA, Denise. Danos ambientais causados por veículos leves no Brasil. 2000. 168 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Planejamento Energético) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000. BIODIESELa. O biodiesel. Disponível em: <http://www.biodiesel.gov.br/index.html>. Acesso em: 30 novembro 2009. BIODIESELBRa. Motor diesel. Disponível em: <http://www.biodieselbr.com/biodiesel/ motor-diesel/motor-diesel.htm>. Acesso em: 07 dezembro 2009. BIODIESELBRb. Vantagens do biodiesel. 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