musical é primeiros

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Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Administração
Trabalho de Conclusão de Curso
UCB VIRTUAL
Avaliar o uso de Ferramentas de Marketing de Promoção e Distribuição
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO, com Ênfase em
Comércio Exterior e Gestão de Pessoas
TEMA DO TRABALHO
Autor:
Orientador (a):
Brasília - DF
2011
Autor: Ederson Gessele
Orientador: Alano Nogueira Matias
Avaliar o uso de Ferramentas de Marketing na Determinação da
Demanda de Produção
Monografia apresentada ao curso de
graduação
em
Administração
da
Universidade Católica de Brasília como
requisito parcial para obtenção de título
de bacharel em Administração.
Orientador: Professor
Matias
Alano
Nogueira
Brasília
2011
2
Gessele, Ederson
Título: “Avaliar o uso das Ferramentas de Marketing na
Determinação da Demanda de Produção” / Ederson Gessele,
2011
Trabalho Final de Curso de Graduação em Administração –
Universidade Católica de Brasília, 2011
Orientação: Alano Nogueira Matias
1. Assunto: marketing, distribuição, demanda de produção
Monografia de autoria de Ederson Gessele, intitulada “Avaliar o uso de Ferramentas
de Marketing na determinação da Demanda de Produção”, apresentada como
requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Administração da
Universidade Católica de Brasília, em
18 de novembro de 2011, defendida e
aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
__________________________________________
Professor Alano Nogueira Matias, Ph.D.
Orientador
Curso de Administração UCB
__________________________________________
Professor Convidado Marcelo Gagliardi
RESUMO
As organizações buscam informações para elaborar um perfil de seu
mercado para elaborar estratégias de marketing que possibilitem a esta auferir maior
grau de competitividade em relação aos seus concorrentes. Avalia-se junto a este
processo a dificuldade das empresas do segmento calçadista em tabular estas
informações, visto que os produtos possuem características variadas como: cor,
numeração e modelo e que podem variar de acordo com as estações. Diante a esta
necessidade desenvolve-se a pesquisa exploratória com o objetivo de levantar as
informações e metodologias utilizadas no segmento de distribuição de descontos
dos produtos vinculado ao processo de Marketing. Com base neste levantamento
vislumbra-se a possibilidade de integração das informações auferidas no
departamento comercial de forma on-line com o departamento de produção. Para
que estas informações sejam integradas utilizam-se recursos vinculados a sistemas
de tecnologia de informação que permitem que a integração ocorra de forma on-line,
transparente e sem a intervenção de usuários. Este processo complica-se com o
lançamento de produtos variando por coleções, assim toda a política comercial da
organização é focada baseando em coleções vinculadas as estações que definem a
criação de novos produtos bem como o termino de outros produtos. Com as
informações auferidas em seus clientes ou distribuidores a organização no ambiente
irá conseguir tabular as necessidades dos clientes, permitindo organizar de forma
segura, rápida e robusta tanto as rotinas de compra como as de produção permitindo
assim avaliação constante dos níveis de estoque, necessidades de produção, ciclos
de vida de produtos ou ainda a necessidade de elaboração de promoções para que
haja giro ou vendas de produtos que estão em fase final de seu ciclo de vida.
Finalmente estuda-se a forma de implementação destas rotinas, a necessidade da
organização bem como o impacto deste processo no cliente, seja este distribuidor ou
lojista, ratificando seus pontos positivos com ganha de qualidade e agilidade na
tomada de decisão pela organização.
Palavras-chave: marketing, integrações, demanda de produção
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
1.1Descrição da Empresa .................................................................................. 10
1.2 Problema e sua importância ......................................................................... 12
1.3 Objetivos ........................................................................................................ 15
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 15
1.3.1 Objetivos Específicos ................................................................................ 15
1.4 Metodologia ................................................................................................... 16
2) REFERENCIAL TEORICO ................................................................................... 17
2.1) Revisão Bibliográfica ................................................................................... 17
2.2) Marco Teórico ............................................................................................... 19
3) DIAGNÓSTICO ..................................................................................................... 21
4) PLANO DE INTERVENÇÃO ................................................................................. 30
5) CONCLUSÃO ....................................................................................................... 45
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 46
LISTA DE SIGLAS
PCP – Planejamento e Controle da Produção
GCS – Gestão da Cadeia de Suprimento
SCM – Supply Chain Management
EDI – Eletronic Data Interchange
ERP – Enterprise Resource Planning.
Nfe – Nota Fiscal Eletrônica
B2B – Business-to-Business
TI – Tecnologia da Informação
CRM – Customer Relationship Management
7
LISTA DE GRÁFICOS E IMAGENS
Figura 1 – Grafico de Ishikawa......................................................................... 26
Figura 2 – Modelo Sandália Trilha.................................................................... 31
Figura 3 – Modelo Sandália Estações.............................................................. 31
Figura 4 – Gôndola de Exposição de Mercadorias........................................... 34
Figura 4 – Modelo de Nota Fiscal Eletronica (Nfe)........................................... 39
8
LISTA DE QUADROS
Tabela 1 – Tipos de Marketing......................................................................... 21
Tabela 2 – Analise de Swot.............................................................................. 25
Tabela 3 – Numerações disponíveis para Produção – Grade Adulto ............. 33
Tabela 4 – Numerações disponíveis para Produção – Grade Infantil .............. 33
Tabela 5 – Estoque Total no Distribuidor ......................................................... 40
Tabela 6 – Estoque por Distribuidor ................................................................. 40
Tabela 7 – Estoque por Produtos no Distribuidor ............................................. 41
Tabela 8 – Histórico de Vendas ........................................................................41
9
1. INTRODUÇÃO
1.1 Descrição da Empresa
A Indústria de Calçados Kocpitt, nasceu em 02 de janeiro de 1996
através da coragem, ousadia, trabalho, determinação e pela força de vontade
do até então representante comercial e empreendedor Jeová Souza.
Atualmente está localizada no Pólo JK, Trecho 01, Conjunto 5, Lote 05 – Santa
Maria – Brasília – Distrito Federal. Jeová vislumbrou no mercado a
oportunidade de criar uma nova linha de sandálias, atendendo a demanda de
um produto diferenciado e de valor competitivo perante aos concorrentes
existentes no mercado.
Além deste grande desafio empresarial de criação de uma linha de
produtos, a empresa nascia com espaço para produção muito reduzido. Porém,
através de determinação, levantamentos das necessidades do mercado; foram
desenvolvidos os primeiros modelos e os fornecedores de matérias-primas.
Após este processo definiu-se o mercado, os clientes em potencias, a região
de atendimento, a empresa partiu em busca de seu mercado, sendo que após
três meses a Indústria de Calçados Kocpitt, mudava-se para um pequeno
galpão.
Com o passar o tempo, iniciou processos para desenvolvimento de
tecnologias voltado ao seu ambiente de produção, como também parcerias
com fornecedores de matérias-primas localizados fora da região do Distrito
Federal, desenvolveu novos produtos e manteve seu alto crescimento.
Em 2002 a Indústria de Calçados Kocpitt, adquiriu uma fábrica de
Borrachas localizada em Franca / SP e a transfere para o Distrito Federal
ocupando assim uma área de 6.000m2, gerando mais de 350 empregos diretos
e indiretos.
Desta forma a organização passa a produzir também a sua
principal matéria-prima, possibilitando assim maior agilidade no processo
produtivo e personalização de produtos, atingindo uma produção de 12.000
pares / dia.
10
Em 2009 a organização sofre um grave acidente causado por um curtocircuito, que acarretou o incêndio de todo o seu parque industrial, como sua
principal matéria-prima é de alta combustão a perda foi praticamente total.
Porém, todo o empreendedorismo que em 1996 fundou a Indústria de
Calcados Kocpitt não foi esquecido, e no outro dia após o incêndio a
organização já buscava parcerias para atender aos pedidos dos clientes já
firmados, como também prospectar e buscar seu mercado.
Neste primeiro momento como não existia mais estrutura fabril, a
organização buscou parcerias para terceirização de sua produção com a
especificação e qualidade de seus produtos, atendendo assim a demanda de
seus clientes, enquanto a mesma preparava sua nova unidade fabril no terreno
ao lado onde a mesma estava instalada.
Em meados de 2010 a empresa está estabelecida em sua nova
unidade fabril com 85 funcionários e aproximadamente 1.260 m 2 de área
construída, atuando com três linhas de produção, separados em produtos de
borracha e produtos de borracha EVA e terceirizados. Como no início da
organização a borracha (produto intermediário de produção) é adquiria através
de fornecedores parceiros, e em abril de 2011 a inicia-se a produção da nova
unidade fabril de produção de borracha (produto intermediário de produção)
dispensando assim a aquisição de borrachas de fornecedores.
A Indústria de Calçados Kocpitt, não possui missão, visão de futuro,
valores, políticas, objetivos, estratégias e sistemas para monitoramento da
avaliação de resultados. Efetuam o seu monitoramento mensal através de
metas de vendas repassadas aos vendedores e distribuidores. A empresa já
passou por um processo de consultoria para a organização dos processos, ou
seja, uma consultoria organizacional, porém para o futuro próximo, tabulado
para o final de 2011 ou início de 2012 a organização irá buscar uma nova
consultoria para definir as diretrizes e metas do planejamento estratégico.
A empresa também possui outra linha de produção no mesmo
segmento dos produtos citados anteriormente, esta linha de produção consume
em torno de 60% (sessenta por cento) de sua capacidade produtiva e é voltada
para a terceirização de produtos no mesmo segmento para empresas de
grande porte nacional e a nível internacional.
11
Para o marketing, a organização possui vendedores com suas rotas
que executam visitas rotineiras aos clientes oferecendo seus produtos, porém
um dos grandes pontos de trabalho dos vendedores é a questão de preço em
relação aos seus concorrentes, Alpargatas, Ipanema, etc.
A Indústria de Calçados Kocpitt, não trabalha com vendas diretamente
ao consumidor final, ou seja, toda a operação é voltada para distribuição, ou
seja, atende a clientes pessoa jurídica que compram uma determinada
quantidade de produtos conforme a demanda definida por cada distribuidor
mensalmente, desta forma possui um ambiente interno simples, com
departamento financeiro/cobrança, projetos e compra/produção.
1.2 Problema e sua importância
Marketing é uma expressão de origem inglesa que não pode ser
traduzida literalmente para o português por perder o seu real significado. Em
inglês, market significa mercado e o sufixo ing indica ação. Num esforço de
tradução, Marketing é tomado como mercadização (ato de mercadizar). No
Brasil aceitamos a designação Mercadologia para expressar o mesmo sentido
da palavra.
Cita-se em administração, que marketing é o conjunto de técnicas e
atividades relacionadas com o fluxo de bens e serviços do produtor para o
consumidor que envolve a identificação e a satisfação das necessidades
humanas e sociais. Desta forma corresponde à implantação da estratégia
comercial, que abrange um leque vasto de atividades, que pode ser definido
através dos 4 P´s do marketing. Sendo que os 4 P´s podem ser especificados
como o estudo de produto, preço, praça e promoção.
O Plano de Marketing é parte constante do Planejamento Estratégico, e
pode-se considerar o Plano de Marketing como item essencial dentro da
organização, pois este define e orientada a maneira de como a empresa se
comportará no mercado, desde a sua produção até o pós-venda e retenção de
clientes, ou ainda o Plano de Marketing identifica as oportunidades que podem
gerar bons resultados para a organização baseando nas ferramentas de
análises como Swot ou Ishikawa.
Desta forma cita-se que “o plano de
12
marketing estabelece objetivos, metas e estratégias do composto de marketing
em sintonia com o plano estratégico geral da empresa”. (LAS CASAS, 2001, p.
18).
Desta forma o plano de marketing deve determinar a missão da
organização, sua visão, objetivos e metas a serem alcançadas. Contempla
também as estratégias que serão utilizadas, o plano de ação e também o plano
de custos, além das informações de como será sua implementação e seu
controle.
As empresas orientadas para o marketing guiam-se pela seguinte
forma de agir e pensar: procuram inteirar-se do que seus clientes desejam e
oferecem exatamente o que eles querem. Fazem isto antes dos seus
concorrentes e de forma que os seus produtos se tornem diferentes e atrativos
para os clientes, possibilitando assim possuir clientes satisfeitos e, tendo
clientes satisfeitos, terão clientes fiéis.
Desta forma cita-se que “as empresas orientadas para o marketing têm
uma preocupação constante com os desejos dos clientes”. (KOTLER, 2000, p.
13).
Quando esses desejos mudam, as empresas procuram evoluir,
orientando-se pelo que os clientes almejam, buscando formas para poder sanar
estas necessidades apontadas pelos clientes. Com o mercado cada vez mais
competitivo no Brasil, as empresas, de uma forma geral, assim como os vários
tipos de organização, a exemplo das escolas, precisam estar constantemente
preocupados com os clientes. Se não puderem atendê-los, um concorrente
poderá fazê-lo, e, então, os competidores serão os vencedores.
Diante das situações elencadas, empresas que trabalham com a
industrialização de produtos e conseqüentemente sua distribuição, possuem
dificuldades na elaboração de suas políticas comerciais envolvendo as políticas
de distribuição como a política de descontos, em vista que esta não atende
diretamente ao consumidor final, mas atende seus distribuidores no atacado.
Em função destas dificuldades ou situações inerentes ao negócio
específico seleciona-se o tema de marketing com foco na demanda de
produção, descontos e distribuição, por enquadra-se dentro do nosso tema de
administração, como também de cunho pessoal.
13
Neste ponto a empresa encontra um grande desafio que se alia a
administração que é conhecer seu consumidor, necessidades, pesquisas de
campo sobre os produtos, etc. Uma outra questão que também existe é a
grande necessidade e dificuldade em determinar a demanda do mercado
consumidor, pois como existe um distribuidor entre a indústria e o cliente, a
indústria tem grandes dificuldades em realizar qualquer tipo de projeção.
Por sua vez a organização precisa determinar, projetar e administrar a
demanda do mercado para que seja programada e estipulada a industrialização
ou produção de seus produtos, para que não ocorra desabastecimento de seus
produtos no ponto de venda, ou ao contrario para que não haja um grande
estoque de produtos acabados sem giro.
As empresas do ramo calçadista possuem grande dificuldade na
especificação de suas políticas de promoção e desconto, como também tabular
e acessar os dados de seu consumidor final, visto que sua relação comercial
em grande parte é voltada a distribuidores. Como a empresa possui
informações das vendas e das demandas dos distribuidores, a mesma não
consegue captar a informação do ponto de venda, que pode causar diferenças
nas perspectivas e programação da produção em relação aos modelos
lançados no mercado conforme cada estação.
Por exemplo, caso um modelo de sandália apesar de vendido ao
distribuidor e este revendido ao lojista, o mesmo pode estar “parado” no
estoque de vendas. Assim a indústria precisa de alguma maneira captar as
informações no ponto de venda, para que esta informação de estoques na
gôndola possa ingressar em seu planejamento de produção dos produtos e
caso necessário a mesma informação pode auxiliar na criação de políticas de
preços e descontos. Lembrando que o este produto pode não ser lançado
novamente ao mercado, pois as coleções de produtos se renovam a cada
estação.
14
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Avaliar o uso de Ferramentas de Marketing na determinação da
Demanda de Produção.
1.3.1 Objetivos Específicos
Desenvolver e implantar ferramentas de Marketing na Indústria
voltadas para desenvolver políticas de preços e de descontos, de distribuição
de produtos do ramo calçadista levando em consideração a dificuldade de
analisar as demandas dos produtos geradas pelo consumidor no ponto de
vendas.
Deve-se considerar a dificuldade de auferir estas informações pela
indústria.
Segundo
a
necessidade
informada
pelas
indústrias,
estas
informações são necessárias para a empresa programar o seu ponto de
vendas, visto que este espaço na gôndola é alugado na grande maioria das
vezes e por consequência produtos que não possuem demanda de mercado
devem ser substituídos. Para viabilizar a substituição dos produtos na gôndola,
discute-se a hipótese de efetuarem-se promoções de queima de estoque.
Assim, identificar as políticas de distribuição dos produtos e de como
são vinculados novas regiões de mercado, criando novos canais de
distribuição. Deve-se considerar nesta análise a demanda do mercado, ou
ainda a capacidade de market share que é possível planejar para alcance em
determinada região e identificar políticas de marketing utilizadas para salutar o
produto na região, como rádio, televisão ou outros meios de comunicação.
Como se busca as informações ou análise do perfil de um produto no
mercado deve-se considerar a necessidade de novos modelos apontados pelo
mercado consumidor.
15
1.4 Metodologia
Para fundamentar a pesquisa e a análise de dados a ser fornecida pela
empresa utilizaremos a pesquisa exploratória com o objetivo de levantar as
informações e metodologias utilizadas no segmento de distribuição de
descontos dos produtos, pois “considera-se que cabem investigações
exploratórias em áreas nas quais há pouco conhecimento acumulado e
sistematizado”. (VERGARA, 2000, p. 23)
Assim sendo, pode-se considerar que a pesquisa exploratória é um
nível de pesquisa mais simples e flexível e menos exigente. É geralmente
utilizada na primeira etapa de uma investigação maior, que abrangerá outros
níveis de pesquisa. Na maioria dos casos, a pesquisa exploratória envolve:
levantamento bibliográfico ,entrevistas com pessoas relacionadas ao problema
pesquisado e análise de exemplos que levem à compreensão do caso.
Dentro da linha da pesquisa exploratória os dados serão coletados
através de pesquisa em campo com o uso de questionários específicos para os
membros do departamento comercial e marketing como também através de
pesquisas específicas que possibilitam que possibilitam uma maior troca de
informação entre os colaboradores da organização e o responsável pela
realização da pesquisa.
16
2) REFERENCIAL TEORICO
2.1) Revisão Bibliográfica
O ponto mais visível aos olhos do consumidor e que dá visibilidade ao
produto,
à
Marca
e
a
empresa
é
a
Distribuição.
Marketing não é apenas propaganda, por desconhecimento da ciência e até
mesmo pela imagem criada por profissionais completamente despreparados e
sem a menor condição de atuar na área.
A
Distribuição
é
tão
importante
quanto
produzir,
divulgar
e
compreender o mercado, é um dos fundamentos que mais trazem ao
consumidor a satisfação por adquirir um produto de certa Marca.
O processo ou sistema de distribuição envolve diversas atividades, não
somente as atividades de logística como alguns poderiam imaginar, mas todos
os componentes que envolvem os estudos dessa área tão importante, como:
a) Maior consumo: a sazonalidade é um dos fatores que pesam
nas decisões tomadas para que a rede de Distribuição seja
montada;
b) Setores mais importantes: algumas empresas têm peso maior
na cadeia de Distribuição, nada mais natural que valorizar os
melhores clientes:
c) Organização: rotas bem estruturadas, meios de transporte
adequados, horários bem formulados podem colaborar para todo
o fluxo criado pela Distribuição;
d) Clientes: devem estar classificados por setor, tamanho, volume
etc., para que haja um planejamento bem elaborado e que traga
a fidelização e formação de parceiras duradouras;
e) Armazenagem: não basta apenas levar e trazer (simplificando o
termo Distribuição), é necessário ter condições adequadas para
17
transportar, movimentar, estocar e muitas outras variáveis
necessárias para cada produto;
f) Transporte: muito mais do que levar e trazer, cabe ao transporte
entregar aos clientes o produto, fazer com que a empresa ganhe
confiança de seus parceiros, desde os fornecedores até o ponto
de venda mais próximo do consumidor, é um dos momentos que
mais podem gerar vantagens a empresa, quando feito
rapidamente, de maneira eficiente e sem prejudicar a cadeia
envolvida em Distribuição.
Para algumas pessoas o simples fato de colocar na prateleira um
produto é responsabilidade dos pontos de venda, mas elas não conhecem
todos os fatores que envolvem as variáveis que levam a estudar cada vez mais
a Distribuição, não como o ponto final do Marketing, mas um dos elos que mais
favorecem as organizações e às levam ao sucesso no mercado.
Quando as organizações compreenderem melhor o que é Marketing,
poderão alcançar o sucesso mais facilmente, enquanto isso, deixam seu
destino nas mãos do mercado e da concorrência, onde cita-se ““a correta interrelação operacional entre as áreas da empresas mais diretamente envolvidas
como fluxo de vens pode permitir ganhos para o sistema todo”. (DIAS, 1993, p.
138).
Tal afirmativa reforça a importância das ações de Marketing no
aperfeiçoamento
dos
processos
empresariais,
como
por
exemplo,
o
aperfeiçoamento constante da qualidade das informações de vendas
detalhadas, corretamente precificadas e quantificadas com previsão de entrega
determinada e maior qualidade nas informações para o PCP sobre a
programação e a necessidade de produção.
Assim sendo, vislumbra-se o trabalho conjunto das áreas da
organização voltando o desenvolvimento de novos produtos, aperfeiçoamento
dos produtos atuais, novas demandas dos clientes, estudo de redução de
custos, versatibilização do uso da mão-de-obra e equipamentos da área de
produção, ou ainda o acompanhamento dos preços de compra, prazos de
18
pagamento, acompanhamento da programação de compras e níveis de
estoque, por fim, o controle rigoroso dos prazos de faturamento, analise
cadastral dos clientes, acompanhamento de cobranças, etc.
Desta forma cita-se que o Marketing influencia toda a operação da
organização, podendo alimentar e monitorar dados para que os mesmos sejam
compartilhados em diversos setores, com o intuito de promover maior
segurança, eficácia e efetividade nas operações realizadas.
2.2) Marco Teórico
Marketing é uma expressão de origem inglesa que não pode ser
traduzida literalmente para o português por perder o seu real significado. Em
inglês, market significa mercado e o sufixo ing indica ação. Num esforço de
tradução, Marketing é tomado como mercadização (ato de mercadizar). No
Brasil aceitamos a designação Mercadologia para expressar o mesmo sentido
da palavra Marketing.
O conceito atual de marketing surgiu no pós-guerra, na década de 50,
quando o processo de industrialização se acirrou e aumentou a competitividade
entre as empresas e a disputa pelos mercados trouxe novos e profundos
desafios. A partir desse momento as empresas, finalmente, passaram a admitir
que a decisão final de compra estava nas mãos dos clientes.
Uma das definições mais consagradas foi enunciada pela Associação
Americana de Marketing que define o marketing como “um processo pelo qual
se planeja e efetua a concepção, a fixação do preço, a promoção e a
distribuição de idéias, bens e serviços que estimulam trocas que satisfazem
aos objetivos individuais e organizacionais”. Desta forma o conceito detalha: o
desenvolvimento do produto/preço, o estabelecimento do preço, a distribuição
e a sua promoção.
O
composto
posicionamento
de
desejado
marketing
na
mente
tem
do
a
função
consumidor,
de
conquistar
com
base
o
nas
necessidades que foram identificadas na pesquisa de mercado e na
segmentação.
19
Para atingir seus objetivos em Marketing as organizações utilizam a
segmentação definida como Mix de Marketing ou 4 P´s, que são formas de
influências sobre os canais de comercialização e dos consumidores finais. Os 4
P´s são definidos como : produto, preço, praça (canal) e promoção. Estes
termos possuem origem no inglês product, price, place and promotion.
Descrevendo cada item temos:

Produto: Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida e que
satisfaça as necessidades e desejos do mercado. Produto inclui
não só bens ou serviços, mas também marcas, embalagens,
serviços
aos
clientes
e
outras
características.
Não
necessariamente o produto precisa ser físico, ou seja, este por
sua vez não tem a necessidade de ser algo tangível.

Preço: Preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto e/ou
serviço, ou seja, preço é a quantidade de dinheiro, bens ou
serviços que deve ser utilizada para se adquirir a propriedade ou
uso de um produto e/ou serviço.

Praça: A definição de praça também é conhecido como ponto-devenda ou canal de distribuição e pode ser descrito como sendo
uma rede organizada de órgãos e instituições que, em
combinação, executam todas as ações necessárias para ligar os
fabricantes aos usuários finais.

Promoção: O item de promoção podem ser desmembrado em
propaganda,
promoção
de
vendas,
relações
publicas
e
publicidade, força de vendas e marketing direto.
O marketing por sua vez é usado para desenvolver trocas que visam
ou não lucros. A maior parte dos tipos de marketing são demonstrados na
tabela abaixo.
Tipo
Descrição
Produto
Marketing destinado a criar trocas
para produtos tangíveis
Serviço
Marketing destinado a criar trocar
para produtos intangíveis
20
Pessoa
Marketing destinado a criar ações
favoráveis em relação a pessoas
Lugar
Marketing destinado a atrair pessoas
para lugares
Causa
Marketing destinado a criar apoio para
ideais e questões ou a levar as
pessoas a mudar comportamentos
socialmente indesejáveis
Organização
Marketing destinado a atrair
doadores, membros, participantes ou
voluntários
Tabela 1 - Tipos de Marketing
A orientação para a produção centra-se nos produtos e em como
fabricá-los com eficiência. Empresas que orientam-se para produção sustentam
que os consumidores dão prioridade a produtos fáceis de encontrar e de baixo
custo, ou seja, a orientação à produção é um dos conceitos mais antigos nas
relações comerciais e muito usados em países em desenvolvimento como a
China, assim pressupõe-se que, se os produtos forem melhores, os clientes
irão comprá-los. O papel do marketing orientado para a produção é,
essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados.
Embora a orientação para a produção seja muito criticada por vários
profissionais de marketing, há situações em que ela é apropriada. Por
exemplo, em mercados de alta tecnologia com mudanças rápidas,
muitas vezes, não há tempo suficiente para realizar pesquisas de
marketing a fim de perguntar aos clientes o que eles querem. Em vez
disso, tenta-se fabricar produtos superiores aos dos concorrentes e,
depois, informar os clientes sobre os benefícios decorrentes de
comprar tais produtos. (CHURCHILL, 2000, p. 47)
Para orientação desta pesquisa e sua intervenção será o elaborado o
foco no produto, para conhecer seu mercado e sua demanda e por
conseqüência melhor orientação em na produção, ou seja, “quando a demanda
por produtos e serviços é bem maior do que a oferta, uma orientação para a
produção pode ser adequada.” (CHURCHILL, 2000, p. 48)
Analisa-se o conceito a ser utilizado e utiliza-se o sistema produto,
com Marketing voltado para a produção. Assim, considera-se que o produto
21
desenvolvido
pela
organização
classifica-se
em
bens
de
compra
comparados. Bens e/ou produtos com esta classificação, são bens que
durante o processo de compra pelo cliente, o mesmo caracteristicamente é
comparado em termos de adequação, qualidade, preço, modelo. Neste
segmento classificam-se uma série de produtos como: móveis, vestuários,
calçados, carros usados e os principais eletrodomésticos da linha branca.
22
3) DIAGNÓSTICO
Para a realização do diagnostico foi utilizada a pesquisa semiestruturada, que se baseou uma lista de questões ou tópicos para serem
preenchidos ou respondidos pela organização.
As pesquisas semi-
estruturadas possuem vantagens como o acesso a informação, esclarecer
aspectos, orientações e hipóteses para o aprofundamento da investigação.
A Organização Kocpitt iniciou com um projeto pequeno, porém sempre
com uma visão empreendedora, em vista disso com a preocupação de
melhorar seus processos e análises a organização implementou um processo
de consultoria visando a organização de processos, ou seja, uma consultoria
organizacional, porém, para meados de 2011 esta buscando uma outra
consultoria para definir as diretrizes, metas ou seja criar seu planejamento
estratégico.
Considerando sua estrutura organizacional a empresa possui 01 (uma)
unidade de negócio situada no Pólo de Desenvolvimento JK em Santa Maria –
Distrito Federal, onde atua no segmento calçadista no mercado de sandálias de
borracha. No mercado local atua com vendedores próprios e para as demais
regiões através de distribuidores. Os Distribuidores são pessoas jurídicas
sediadas e instaladas em outros estados da federação e que atendem a função
de atender o seu mercado local, fazendo que os produtos produzidos pela
organização cheguem às lojas de varejo. Assim sendo, com a estrutura de
fabricação e distribuição desenvolvida a organização não efetua vendas
diretamente ao consumidor final, podendo assim estabelecer que seu cliente
alvo são empresas varejistas (lojas, mercados, etc.), como também
hipermercados.
Além da linha de desenvolvimento e produção citada anteriormente, a
organização
também
atua
em
segmento
específico
com
produção
personalizada gerando sandálias sob encomenda para grandes empresas tanto
do mercado nacional como internacional, ou seja, neste caso temos uma
23
intercalação tanto na área produtiva, desenvolvimento e administrativa de
produtos próprios com produtos destinados a terceirização.
A empresa possui somente um diretor e proprietário, responsável por
toda a tomada de decisão estratégica e sobre a administração, contudo cada
setor tem limites para negociação pré-estabelecidos. Somente a diretoria da
organização poderá aprovar qualquer negociação tenha alterações em padrões
já definidos,
referenciando assim todos os processos envolvidos na
organização sejam estes de vendas, de compras de matérias-primas,
prestação de serviços, etc.
No âmbito comercial, a organização possui o departamento comercial
que está desenvolvendo o cadastro completo do perfil de seus clientes para
criar rotinas de relacionamento e cadastro integrado de informações. Este
departamento possui vendedores com suas rotas que executam visitas
rotineiras aos clientes, entretanto um dos grandes pontos de trabalho dos
vendedores é a questão de preço e qualidade dos produtos em relação ao seus
principais concorrentes, Alpargatas, Ipanema.
No área produtiva, a organização opera com dois turnos de produção
diária, com produção iniciando as 6 horas da manhã e finalizando o expediente
as 17 horas. Esta área possui sua estrutura definida e segmentada em células
produtivas, e cada célula produtiva é responsável pela elaboração de um
determinado produto ou conjunto de produtos seja este intermediário ou final.
24
Com a exposição de dados iniciais sobre a organização observa-se a
analise de SWOT:
Forças
Fraquezas
 Elaboração
de
Personalizados
Produtos
 Departamento de Criação
Desenvolvimento próprio
e
 Rápido processo de entrega e
distribuição de mercadorias no
Distrito Federal
 Atendimento personalizado ao
cliente
 Giro de Produtos
 Giro do Contas a Receber /
Caixa
 Falta de definição sobre a
demanda de produção
 Falta de definição sobre a
política de descontos
 Política para desconto e
negociação para produtos de
coleções antigas
 Estrutura Fabril
 Qualificação de Fornecedores
 Logística a Distribuidores
Oportunidades
Ameaças
 Desenvolver
produtos
personalizados a clientes
 Concorrentes que possuem
grande Market Share
 Internacionalização
–
Exportação e Importação de
Matérias Primas
 Desenvolver
processo
de
distribuição na Região Sul e
Sudeste
Tabela 2 – Análise de Swot elaborado pelo autor
25
Sobre o item definir a demanda de produção explora-se as causas
através do método de Ishikawa:
Figura 1 – Grafico de Ishikawa elaborado pelo autor
Desta forma, pode-se citar que a Organização, não possui missão,
visão de futuro, valores, políticas, objetivos, estratégias e sistemas para
monitoramento
da
avaliação
de
resultados
definidos.
O
método
de
monitoramento e controle é baseado em metas de vendas repassadas aos
vendedores e distribuidores não considerando valores intangíveis.
Para a demanda de produção, cada célula de produção possui sua
programação definida conforme a demanda de pedidos em aberto na carteira.
O Calculo da demanda é efetuado semanalmente para compor a nova
programação de produção, sendo que esta programação de produção é
efetuada com 21 dias de antecedência.
Ao final da produção de cada célula os produtos intermediários são
dispostos na esteira de produção, que efetua a montagem final do produto e o
disponibiliza para estocagem.
Como a empresa vislumbra sempre atender o distribuidor ou o lojista, a
mesma não efetua a venda de pares unitários ou em separado, ou seja, os
pares são embalados em caixas com 12 unidades. As caixas podem ser
compostas em grade sólida, por exemplo – 12 unidades da Sandália Modelo
025 – Trilha – número 37, ou no padrão denominado musical 1.2.2.3.3.1, ou
seja, 1 par 31, 2 pares 33, 2 pares 35, 3 pares 37, 3 pares 39 e um par 41, isso
26
considerando os modelos adulto, para modelos da linha infantil existe a grade
sólida seguindo os mesmos padrões da linha adulta, porém com numerações
distintas e também a grade musical, mas esta trabalha com outro padrão
diferente do 1.2.2.3.3.1 citado anteriormente.
Esta composição de pares por caixa, é vislumbrada pela organização
como uma maneira de conseguir maior giro de produtos e com a possibilidade
de criar caixas com padrões diferenciados de pares, colocando como opção ao
distribuidor, pois no método praticado anteriormente a este padrão a venda era
efetuada em caixa com 12 pares mas o cliente podia escolher ou montar os
pares dentro da sua caixa. Além de este processo consumir grande tempo
para separação e embalagem, o mesmo causava problemas no processo
logístico. Outro fator importante a ser considerado é o alto estoque de produtos
em certos números e/ou modelos, visto que a empresa deve ter estoque
disponível para qualquer numeração. Com a adoção dos padrões de caixas
citados anteriormente a organização atinge um giro de estoque mais eficiente,
pois todos os produtos possuem uma demanda de giro independente.
Quanto aos estoques, a empresa busca sua produção sempre voltada
ao giro de cada produto, porém deve-se levar em consideração que existem
produtos como o modelo 025 – Trilha que está sempre em produção, mas
outros produtos variam de acordo com a coleção outono/inverno ou
primavera/verão, e para isto a empresa possui um setor de projetos
responsável pelo desenvolvimento de novos modelos.
Como citado anteriormente, a empresa não trabalha com consumidor
final, ou seja, toda a operação é voltada para distribuição e venda no atacado,
assim sendo, atende a clientes pessoa jurídica que compram uma determinada
quantidade de produtos conforme a demanda definida por cada distribuidor
mensalmente, desta forma possui um ambiente interno simples, com
departamento financeiro, cobrança, projetos, compras e produção.
A Organização utiliza para comunicações entre a equipe telefones
celulares e com o cliente o contato é pessoal em visita ou através de telefone,
porém implementaram no ano de 2010 no sistema ERP adotado pela
organização a opção de envio automático da Nota Fiscal Eletrônica no
momento do faturamento.
27
Seguindo o processo de informatização a organização busca implantar
o sistema de venda através de Smart-Phones para os vendedores da Região
do Distrito Federal, e para os distribuidores a empresa vislumbra disponibilizar
um site, onde cada distribuidor poderá consultar os estoques dos modelos e
suas numerações, bem como poderá elaborar por este ambiente o seu pedido
de compra e realizar o acompanhamento do mesmo desde sua liberação e
aprovação financeira até o processo de separação e coleta pela empresa
logística.
Sobre o ambiente de trabalho, existe uma integração muito grande
entre os colaboradores, percebe-se o espírito de equipe e o compromisso de
todos em atender os clientes da melhor forma, porém respeitando as diretrizes
da empresa em relação a sua política comercial.
Como ponto fraco, observa-se que é uma administração muito
centralizada, ou seja, todas as decisões por mais simples que sejam são única
e exclusivamente direcionadas aos diretores, engessando desta forma a
organização, pelos estudos realizados percebe-se que a organização poderia
distribuir níveis de responsabilidade principalmente para os vendedores ou o
gerente de vendas, agilizando assim o processo de vendas quando, por
exemplo, existe uma necessidade de descontos ou negociação específica. A
mesma questão também é citada no departamento de compras, que precisa de
treinamento para qualificar novas matérias primas e ter maior poder de
negociação com os fornecedores.
Outro ponto fraco, que cita-se nesta diagnostico é sua logística, pois
existem relatos de pedidos atrasados, coleta atrasada de produtos pelas
empresas responsáveis pelo transporte, contudo a logística interna aparenta
estar bem organizada, pois a gerencia de produção busca controlar a demanda
de produção para sempre atender a demanda produtiva das células ou da
esteira de produção com matérias-primas ou produtos intermediários.
Ponto forte cita o processo de vendas, pois a organização busca
melhorar este processo com sua informatização, ou seja, a empresa busca
melhorias e já estão definidas novas implementações de processos neste setor
para aumentar sua eficiência eficácia.
28
Um dos pontos a serem consultados e verificados é a grande
dependência da empresa em relação as terceirizações de produção, vislumbrase que se esta demanda diminuir de forma abrupta pode gerar instabilidade
financeira nas operações da empresa, porém se há demanda externa para tal
operação a empresa deve buscar um percentual produtivo que não a coloque
em risco no mercado.
29
4) PLANO DE INTERVENÇÃO
Partindo para a análise da organização em função da Análise de Swot
e do diagrama de Ishikawa apresentados no capítulo 3 – Diagnostico,
especificamente nas páginas 25 e 26, pode-se verificar alguns pontos onde a
organização foca e necessita de intervenção para melhor atingir seus
resultados definidos em seu planejamento estratégico. Considera-se a análise
a partir das funções do Marketing neste segmento empresarial calçadista a
partir dos 4 P´s de Marketing (Produto, Preço, Promoção e Praça).
Conforme relatado anteriormente a organização possui implementado
sua forma de distribuição, definida por vendedores locais na região do Distrito
Federal (DF / Brasil) e através de distribuidores em outras localidades. Esta
determinação define por sua vez, a política de dos canais de distribuição.
Quanto aos produtos a organização define toda a sua atuação em
produtos do ramo calçadista, voltado para o segmento de sandálias de
borracha. Por definição empresarial a organização possui produtos de linha,
que são produtos produzidos constantemente que não sofrem a sazonalidade
ou mudança de devido a estações e produtos sazonais que sofrem a influencia
das estações ou segmentação da moda, e ainda produtos personalizados que
podem ser confeccionados e produzidos conforme a necessidade específica de
um cliente.
30
Visualiza-se os produtos de linha conforme figura abaixo:
Figura 2: Modelo Sandália Trilha
Extraído de: http://www.kocpitt.com.br/. Acesso em: 17/10/2011
Os produtos sazonais possuem características diferenciadas, conforme
figura abaixo :
Figura 3: Modelo Sandália Estações
Extraído de: http://www.kocpitt.com.br/. Acesso em: 17/10/2011
Para os produtos personalizados, cada cliente pode definir a maneira
da elaboração do produto, desta a estampa até seus enfeites e acabamentos.
Estes produtos por sua vez são elaborados através de pedidos específicos e
somente após a aprovação da arte final pelo cliente.
31
Quanto a política e regras de definição de preços, a organização já
possui uma regra de formação de preços baseados no calculo do custo de
produção considerando a margem de contribuição a ser aplicada a cada
produto, desta forma, não vamos adentrar e apresentar plano de intervenção
para este item.
Porém existe grande necessidade na definição apurada sobre a
demanda de produção para os produtos de produção em linha e principalmente
para os produtos sazonais. Em relação aos produtos sazonais a demanda de
produção pode definir o ponto onde é necessária a redução da produção do
mesmo ou até sua parada ou talvez a mudança em sua propositura tornando
um produto de linha. Tais avaliações dependem do resultado da demanda
informada pela área comercial e da aceitação do produto.
Os produtos do segmento calçadista possuem uma grande diversidade
de especificações, pois os mesmos variam no mínimo por coleções, modelos e
numerações. Especificações estas que geram grande dificuldade para as
indústrias na administração de seu estoque, devido a sua rotatividade temporal,
como também para o controle dos insumos de produção, pois neste caso
devem-se considerar todas as variações de matérias-primas considerando as
separações por coleções, modelos, cores e numerações dos produtos
especificados. Além de considerarmos estes produtos desenvolvidos a
empresa também elabora produtos padrões que são desenvolvidos em linha de
produção continua.
Neste plano de intervenção utilizaremos a questão a ser explorada
sobre os problemas para definir a demanda de produção dos produtos como
também o uso das informações de Marketing para definir a política de
descontos dos produtos.
Geralmente vislumbram-se nestas situações grandes quantidades de
produtos com numerações 31, 33, 41, 43, ou seja, as numerações iniciais e
finais da grade adulto de produção das sandálias. Em contra partida os
números intermediários da tabela de grade de produção citada abaixo estão
em falta.
32
Numerações Disponíveis para
Produção – Grade Adulto
31
33
35
37
39
41
43
Tabela 3: Númerações disponivels para Produção – Grade Adulto
Desta forma vislumbra-se o maior giro de estoque na gôndola dos
produtos intermediários na tabela de grade dos produtos disponibilizados, ou
mais especificadamente os números 35, 37, 39 e 41.
Encontramos a mesma necessidade descrita anteriormente quando
referenciamos a grade de produtos a partir da numeração infantil. Abaixo temos
a lista de numeração da grade de produtos da linha infantil com sua
numeração:
Numerações Disponíveis para
Produção – Grade Infantil
19
21
22
23
25
27
29
Tabela 4: Númerações disponivels para Produção – Grade Infantil
33
Diante das informações colocadas considerando que em a empresa
produz aproximadamente 19 (dezenove) modelos diferentes de produtos. Cada
produto, possui um média 4 (quatro) cores distintas e na seqüência temos a
variação na grade de numeração que possui 7 numerações. Neste caso como
colocado (modelo x cor x numeração), temos uma gama de 532 produtos
distintos.
A grande questão inicial a ser desenvolvida, é qual cliente já foi
procurar alguma sandália em qualquer loja, supermercado ou hipermercado e
não encontrou o número desejado apesar de existir grande quantidade de
produtos na gôndola em exposição.
Para exemplificar cita-se o exemplo da gôndola instalada no cliente:
Figura 4: Gôndola de Exposição de Mercadorias
Extraido de: www.kocpitt.com.br. Acesso em 17/10/2011.
34
Em vista da situação colocada como resultados têm os seguintes
pontos:
 Alta quantidade de estoque na fábrica
 Alta quantidade de estoque no distribuidor
 Numeração sem estoque no ponto de venda
 Dificuldade na determinação de informações para promoção
Com base nas informações levantadas sugere-se a implementação do
estoques integrados da indústria, considerando o estoque do distribuidor e no
nível mais avançado considerando as informações no ponto de venda, criando
virtualmente uma unidade de negócio composta por estes três elementos
(industria, distribuidor, lojista). O mesmo conceito é utilizado por empresas de
autopeças lideradas por grandes montadoras. Este movimento é resultado da
necessidade de uma gestão estratégica integrada da cadeia produtiva e de
distribuição, requerendo assim o estreitamento nas relações e a criação
conjunta das competências distintas de cada empresa participante desta
unidade de negócio onde cita-se que:
este modelo enfatiza que cada elemento dessa virtual unidade de
negócios deve se preocupar com a competitividade do produto
perante o consumidor final e com o desempenho da cadeia produtiva
como um todo. (GOMES, 2011, p. 124)
Este processo singular pode ser definido como GCS - Gestão da
Cadeia de Suprimento ou SCM - Supply Chain Management. Com base ao
anteriormente exposto, demonstra-se alguns objetivos da GCS como:

maximizar e tornar realizada as potenciais sinergias entre as
partes da cadeia produtiva, de forma a atender o consumidor
final mais eficientemente, tanto pela redução dos custos como
pela adição de mais valor aos produtos finais

Reduzir os custos com a diminuição do volume de transações
de informações e papéis e de transporte e estocagem

Diminuir a variabilidade da demanda de produtos e serviços

Levar o produto certo ao local certo, com menor custo
35

Adicionar valor aos produtos por meio da criação de bens e
serviços customizados e do desenvolvimento de competências
distintas

Reduzir estoques e diminuir o número de fornecedores
(GOMES, 2011, p. 124)
Pode-se inferir que várias práticas de GCS são implementadas em todo
o mundo simplificando e obtendo os processos da cadeia produtiva mais
eficiente.
Focando a necessidade de informações para melhorar as informações
de marketing juntamente com a demanda de produção aliada aos controles
proporcionados pela GCS ou SCM cita-se a integração sistêmica através de
informações computacionais e a utilização crescente de sistema como EDI –
Eletronic Data Interchange, entre fornecedores, e neste caso a ser explorado a
troca de informações entre o cliente, distribuidor e a indústria, permitindo assim
atingir o objetivo de melhorar a reposição dos produtos na prateleira do cliente,
evitando a situação exposta de falta de numeração na gôndola.
Segundo alguns autores tais praticas tem proporcionado, sobretudo,
trabalhar com entregas Just-in-time e diminuir os níveis gerais de estoque.
Além disso, a utilização de representantes permanentes junto aos clientes tem
alcançado melhor balanceamento entre as suas necessidades e a capacidade
produtiva do fornecedor, bem como uma agilidade maior na resolução de
problemas.
Seguindo a
implementação dos recursos
necessários para o
desenvolvimento do sistema oriundos ao GCS, é necessário a utilização de
recursos de uma sistema ERP – Enterprise Resource Planning. Como a
atividade principal da empresa é o desenvolvimento e comercialização de
sandálias, cita-se a necessidade da utilização de um Sistema ERP que possua
a capacidade de integração com demais sistemas através dos recursos
disponíveis e utilizados através do EDI. Para tanto sugere-se o outsourcing de
um sistema ERP. Outsourcing pode ser definido como uma prática em que
parte do conjunto de produtos e/ou serviços utilizados por uma organização
são desenvolvidos por outra organização. Desta forma, a empresa ou
organização fornecedora desenvolve e continuamente melhor a competência e
36
a infra-estrutura para atender a empresa ou organização cliente. Deve-se
ressaltar que outsourcing vai muito além das práticas rotuladas ou definidas
como subcontratação ou terceirização, assim sendo, outsourcing baseia-se
essencialmente na opção por uma relação de parceria e cumplicidade com um
ou mais fornecedores da cadeia produtiva ou de apoio administrativo. Esta
decisão é uma decisão estratégica para a organização abrangente e de difícil
reversão, desta forma, a organização deve-se cercar dos cuidados necessários
tantos técnicos, administrativos e legais para salutar a parceria.
Diante do processo vislumbra-se a possibilidade de criação e
monitoramento de novos indicadores que auxiliam tanto o departamento de
estoques e expedição como também a área comercial, devido a seu enfoque
na gestão de marketing. Este indicador poderá definir-se como ciclo do pedido
do cliente, que este é definido pelo tempo decorrido entre o pedido do cliente e
o recebimento do seu produto.
Com o advento da internet ampliou-se as formas de troca de
informações entre as organizações, e também gerando novos modelos de
comércio como o e-commerce, que é a realização de toda a cadeia de valor
dos processo de negócios em um ambiente eletrônico, ou seja, é a compra e a
venda de informações, produtos e serviços pela internet, especialmente pela
World Wide Web (WWW).
Desta forma pode-se utilizar o conceito de Comércio Eletrônico, para
definir a troca de informações entre o distribuidor e a indústria ou da mesma
forma entre o lojista e a indústria. Por definição Comércio Eletrônico engloba
toda a realização sobre a cadeia de valor do processo de negócio em um
ambiente eletrônico, não se restringindo apenas a aplicativos comercias de
compra ou venda denominados Lojas Virtuais. Pode-se citar que o Comércio
Eletrônico utiliza funções ou recursos de Marketing como também do SCM,
considerando os seguintes aspectos.
 Necessita de massa crítica de organizações e consumidores
 Permite negociação
 Integra o Comércio
37
Outro ponto importante a considerar neste ambiente é a necessidade
de emissão de Nfe – Nota Fiscal Eletrônica, definida em nível nacional em
meados de 2009 e com calendário definido em legislação para emissão deste
novo documento fiscal. Trabalhe-se com a previsão que em 2012 todas as
empresas, desde as micro-empresas estejam utilizando a Nfe para a emissão
de seus documentos de vendas. Com a utilização da Nfe as empresas ou
organizações encerram a utilização de formulários de Notas Fiscais ou Blocos
de Notas Fiscais.
Assim, para a implementação do processo é necessário que a
organização possua um sistema, que permita a digitação de todos os dados
necessários para a emissão do documento fiscal. O software deverá possuir
capacidade de conexão com a Secretaria de Fazenda para a transmissão das
informações digitadas, que por sua vez serão auditadas pela Secretaria de
Fazenda.
Somente após a aprovação das informações pela Secretaria de
Fazenda é que o Documento Fiscal ou Nfe é autorizado e conseqüentemente
sua impressão. Para casos em que não há condições de comunicação com a
Secretaria de Fazenda, a organização emitente poderá confirmar a Nfe com até
48 (quarenta e oito) horas após a emissão do documento em contingência.
Abaixo exemplifica-se o modelo de uma Nfe:
38
Figura 5 – Modelo de Nota Fiscal Eletrônica (Nfe)Fonte:
http://yeahs.com.br/contadores/wp-content/uploads/2011/04/Nota-FiscalEletr%C3%B4nica.jpg. Acesso em 20/10/2011
Os
recursos
acima
expostos
reforçam
a
possibilidade
de
implementação de desenvolvimento dos recursos do B2B - Business-toBusiness, que representa o comércio feito entre as empresas, podendo para
isso utilizar o EDI. A estrutura do Comércio Eletrônico associado ao B2B possui
a implementação mais simples, pois as empresas envolvidas possuem relação
firme e os processos de integração são de fácil monitoração.
Reforçando a metodologia de integração proposta o Comercio
Eletrônico permite redução de tempo para o processamento de pedidos,
economia de custos, precisão e fluxo aprimorado de informações. Tomando por
base informações do mercado, uma economia de 5% nos custos operacionais
de mercadorias e serviços geralmente resultará em um aumento de 28% nos
lucros auferidos pela organização. Este processo a ser documentado
39
posteriormente já é utilizado como referenciado anteriormente no caso da Nfe,
a proposta é utilizar a informação já existente gerando competividade, agilidade
e segurança na tomada de decisão.
Exemplificando o processo a ser implementado, durante a emissão de
uma Nota Fiscal também citada tendo como origem a indústria e como
destinatário o Distribuidor, a indústria poderá considerar e sabe que o cliente
Distribuidor possui um estoque de “x” produtos com determinada numeração e
cores. Tal informação também poderá ser disponibilizada em um relatório de
vendas.
Porém, em outro momento quando o Distribuidor efetua uma venda
para um Lojista, além de gerar o Documento Fiscal ou Nfe o mesmo também
deve enviar para a Industria através do EDI, qual produto, em que cor, em que
numeração e qual quantidade houve a transação.
Para isso sugere-se o
seguinte layout: <referência do produto>;<cor>;<número>;<quantidade>
Ao receber estas informações a indústria poderá processá-las e auferir
com exatidão o estoque de produtos disponíveis no seu distribuidor, conforme
exemplo a seguir:
Evento
Estoque no Distribuidor
Venda Indústria para Distribuidor
100 pares
Venda no Distribuidor – 60 pares
40 pares
Estoque total no Distribuidor
40 pares
Tabela 5 – Estoque Total no Distribuidor
Com base nestas informações a indústria por sua vez poderá monitorar
o estoque em cada distribuidor conforme tabela abaixo:
Distribuidor
Estoque no Distribuidor
Distribuidor A
60 pares
Distribuidor B
40 pares
Estoque total nos Distribuidores
100 pares
Tabela 6 – Estoque por Distribuidor
40
Como a troca de informações entre as organizações são consideradas
variáveis como modelo, cor, tamanho, o estoque também poderá ser
visualizado por distribuidor considerando estas variáveis, conforme o exemplo
abaixo sugerido em relação ao Distribuidor A:
Produto
Cor
Numeração
Estoque
Trilha Ref. 025
Azulino
35
10 pares
Trilha Ref. 025
Preto
37
15 pares
Trilha Ref. 025
Branco
37
25 pares
Trilha Ref. 025
Preto
39
10 pares
Tabela 7 – Estoque por Produtos no Distribuidor
Com a aquisição destas informações a indústria poderá definir qual o
ponto de corte da produção ou ainda qual a demanda de estoque dos seus
distribuidores e automaticamente efetuar a programação de Ordens de
Produção para atingir a demanda do mercado. Para isso pode-se utilizar um
histórico de vendas para conhecer e auferir com exatidão a demanda de
vendas média, conforme tabela abaixo, referente ao Distribuidor A:
Produto
Cor
Numeração
Mês
Vendas
Trilha Ref. 025
Azulino
35
Julho/2011
500 pares
Trilha Ref. 025
Azulino
37
Agosto/2011
600 pares
Trilha Ref. 025
Preto
37
Julho/2011
300 pares
Trilha Ref. 025
Preto
39
Agosto/2011
500 pares
Tabela 8 – Histórico de Vendas
Com esta tabela acima temos a ratificação que as vendas ocorrem em
quantidades diferentes por referencia, cor e numeração. Diante destas
informações adquiridas com maior qualidade ,pode-se elaborar a demanda do
produto, utilizando variáveis como média de vendas de um determinado
produto ou referencia, cor e numeração.
41
Aliando estas informações ao estoque a organização pode decidir se
programa a linha de produção para este produto, referencia e cor ou não, caso
seu estoque de produto pronto esteja elevado.
Da mesma forma, se um produto não possuir giro ou não estiver com
níveis de vendas que garantam o retorno através da margem de contribuição, a
organização poderá elaborar políticas de vendas necessárias para elaboração,
por exemplo, de estratégias permitindo alavancar o giro de vendas do produto
como a política de promoção ou desconto. Tal política é muito utilizada e de
fundamental importância quando um produto chega ao final de seu ciclo de
vida.
Em indústrias deste segmento, o ciclo de vida de alguns produtos,
encerra-se de forma muito rápida, pois os mesmos mudam de estação para
estação, assim é importante o ponto de aferição da demanda, a ser definida
quando um produto poderá ou terá sua produção diminuída ou ainda parada.
Na segunda fase do projeto, visualiza-se a implementação destes
mesmos recursos com o Lojista vinculado a indústria. Como exposto
anteriormente a indústria também trabalha com vendas diretas a Lojista,
através de vendedores próprios que possuem rotas de visitas definidas
previamente.
Para que o Lojista participe de tal projeto, com trocas das informações
vendidas junto a industria, estuda-se a proposta de alterar a política comercial,
por exemplo, majorando-se o prazo de pagamento de 7 ou 14 dd (dias direto)
para por exemplo 14 ou 21 dd (dias direto), ou ainda a possibilidade de aplicarse entre 2(dois) e 4(quatro) por cento de desconto nos produtos vendidos.
Esta política vem de encontro a necessidade da indústria em obter
estas informações transferindo assim esta vantagem adquirida para o lojista em
forma de valores financeiros. Tal fato, é importante, porque o Lojista precisará
adaptar e configurar o seu sistema atual de vendas para a exportação de
informações a industria através do EDI proposto anteriormente.
Todas as implementações utilizadas para atender a integração entre os
distribuidores também será utilizada para atender a integração entre os lojistas.
42
Desta forma a indústria também poderá conhecer o perfil de cada
lojista que trabalha com a sua marca, evitando assim que falte produto
específico na gôndola. Para que isso não aconteça, conforme as vendas
enviadas pelo Lojista a organização poderá criar níveis de alerta, por exemplo,
quando uma numeração que possua demanda, esteja com 5 unidades
disponíveis um novo pedido automaticamente poderá ser elaborado pelo
sistema para aprovação do lojista.
Tais ações a serem desenvolvidas pela indústria vêem de encontro
com as diretrizes apontadas na analise de SWOT que identifica o grande
market share dos concorrentes, assim sendo, a melhor administração dos
estoques tanto no distribuidor como a exposição na gôndola no lojista é uma
estratégica que vem de encontro a aumentar o market share da organização,
visto que com tais ações o estoque sempre estará gerenciado e por
conseqüência não haverá falta de produtos na gôndola.
Este pedido é elaborado com o perfil das vendas auferidas no sistema
integrado. Com a aprovação envia-se o pedido para área de faturamento e por
conseqüência a logística de entrega.
Porém como no caso do Lojista temos a figura do vendedor efetuando
visitas programadas, pois apesar de toda a integração é importante o
relacionamento com o cliente, assim sendo, pode-se criar aplicativos para uso
em dispositivos móveis onde o vendedor poderá informar tanto a quantidade de
estoque dos produtos disponíveis em gôndola tanto da marca da indústria
Kocpitt como também dos concorrentes.
Com isso cria-se um novo padrão de análise de mercado da indústria
em relação aos concorrentes, pois com o vendedor efetuando vendas
programadas, podem-se verificar os modelos que os concorrentes estão
trabalhando e da mesma forma a quantidade de produtos que existem na
gôndola.
Estes processos vem de encontro com a desenvolvimento do CRM –
Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o
Cliente, sistema este importante no desenvolvimento do Marketing. O CRM é
um termo de TI que abrange a metodologia, softwares e capacidade da internet
43
para ajudar uma empresa a gerencias suas relações com cliente de uma
maneira organizada e produtiva.
Da mesma forma, cita-se outro indicador de customer share, a ser
analisado após a aplicação do conceito de integração proposto. Quando cita-se
customer share, consideramos que há necessidade de trabalho em função do
perfil de clientes, pois, existem clientes fieis que estarão dispostos a fornecer a
industria ou marca todo o seu consumo, porém um grande número de clientes
irá partilhar o seu consumo com outras organizações ou marcas.
Com base nestas diretrizes, avalia-se o desenvolvimento deste
conceito de customer share junto ao lojista, pois, considera-se importante
identificar os clientes partilhados com outras organizações ou marcas e que
tem ainda potencial de aumento de consumo com a indústria ou marca
valorizando assim seus clientes.
Assim sendo, com a utilização do EDI proposto, as informações correm
de forma automática do distribuidor ou ponto de venda diretamente para a
indústria de forma on-line e sem manutenção neste espaço de tempo, situação
esta que garante a qualidade da informação recebida. O processamento das
informações recebidas através do EDI dependerá do número de arquivos
recebidos, do tamanho de cada arquivo, e do horário de seu recebimento.
44
5) CONCLUSÃO
A programação de compras e da produção deve ocorrer de forma
organizada, rigorosa e de forma constante, para evitar materiais estocados e
obsoletos ou ainda propiciar à direção da organização a possibilidade de
elaboração de políticas de comerciais de desconto para que determinados
produtos possuam giro de mercado.
Em alguns casos a necessidade de
produção enviada pelos clientes sofre variações, desta forma a empresa deve
alterar sua programação tanto de compra como a de produção de produtos
acabados.
Dentro dos benefícios obtidos com a troca eletrônica de informações
através do EDI podem-se destacar: rapidez na transmissão e processamento
das informações, maior agilidade na realização das transações comerciais,
precisão, segurança, redução de erros e custos, economia de tempo e
principalmente, redução de risco de não atender o cliente no momento certo.
Tais indicadores demonstram a importância no investimento de
projetos de integração de informações, seu ganho de competitividade para a
organização como também o aumento na gama de informações e
possibilidades de marketing para a organização, podendo-se considerar como
um item de fundamental importância no desenvolvimento das políticas de
marketing dentro da organização integrando informações sobre as demandas
de produtos e programação de produção.
45
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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orientado para o mercado. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
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Prentice Hall, 2006. xxii, 750 p.
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VERGARA S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São
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46
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