EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE MARITUBA, PARÁ. Francisco Eguinaldo de Albuquerque Félix Júnior (Bolsista PIBIC/INTERIOR) – [email protected] Curso de Bacharelado em Engenharia de Computação, Faculdade de Computação, Campus Universitário de Castanhal) Prof. Dr. Josafá Gonçalves Barreto (Orientador) – [email protected] Laboratório de Epidemiologia Espacial, Faculdade de Educação Física, Campus Universitário de Castanhal A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, capaz de provocar incapacidades físicas e deformidades. O Brasil, com 33.303 casos novos detectados em 2012, ainda não conseguiu alcançar a meta de controle da doença, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de até 1 caso/10.000 habitantes. A OMS estimula a utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para análises geoespaciais do comportamento da endemia hansênica objetivando contribuir no programa de controle da doença em áreas endêmicas. Diante disso, este estudo objetiva utilizar SIG para Georreferenciar as residências dos indivíduos diagnosticados com hanseníase nos últimos dez anos (2004-2013) no município de Marituba – PA, realizar análises estatísticas espaciais e determinar um padrão de distribuição geográfica dos casos da doença, agregados por setores censitários. Foram mapeados 514 casos município, no período de 2004 à 2009. Juntamente à localização geográfica dos agravos citados, foram armazenadas informações de nome e endereço dos pacientes diagnosticados. Com isso, utilizando o mapa de setores censitários disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram realizadas análises estatísticas notando que haviam aproximadamente 4,803 casos por setor censitário, sendo que desses, apenas 5 não possuíam nenhum agravo mapeado, ressaltando que 1 dos 102 setores possuía 29 casos georreferenciados. Foi também realizada uma comparação dos dados correspondentes aos números de casos e rendas per capitas dos setores censitários, constatando que os locais com menores rendas eram os mais atingidos pela enfermidade. Por fim, a última análise demostrou que o município de Marituba é considerado hiperendêmico, uma vez que grande parte dos seus setores censitários apresentam um coeficiente anual de detecção de casos de hanseníase por 100.00 habitantes maior ou igual a 40. Embora não tenham sido realizadas análises temporais, é possível, acerca dos dados obtidos, realizar planos de controle da enfermidade, facilitando medidas de combate em regiões específicas. Palavra-chave: Epidemiologia Espacial, Hanseníase, Sistemas de Informações Geográficas. Título do projeto do orientador: EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL DA HANSENÍASE NO ESTADO DO PARÁ. Grande-área: Ciências da saúde Área: Saúde coletiva Sub-área: Epidemiologia