TCC- DOCÊNCIA E PRÁTICAS DE ENSINO As Práticas de Ensino na docência realizadas, aplicadas com os alunos não condizem com as concordâncias entre estudos e textos relacionados ao assunto. A realidade dessas práticas é a de colocar o docente como o centro do processo na conquista da aprendizagem, e isso não dialogam com as teorias fundamentais de ensino. O ensino e a prática docente não podem nem devem podar a relação do aluno com o objeto de ensino, não deve dificultar o desenvolvimento do autoconhecimento e da capacidade de escolher qual a melhor forma de organizar, adaptar e decidir a melhor maneira de apossar-se do conhecimento sendo, o aluno, um ser individual de qualidades próprias.. As metodologias criadas e pensadas ao longo da história servem para organizar, distribuir e focar as estratégias de ensino rumo aos objetivos previamente relacionados. Assim o ensino torna-se um processo com início, meio e fim, o qual não acaba necessariamente, mais chega aos objetivos traçados inicialmente. Não é possível falar de práticas e ensino na docência sem falar da formação desses profissionais. Os cursos de formação superior para a docência estão em busca de uma identidade e, principalmente, de qualidade para ofertar profissionais capazes de praticar e desenvolver o ensino. A educação tem como base a formação pedagógica dos docentes, ou seja, falta investimento, tanto do Estado quanto privado, para a capacitação desses profissionais que são a base da formação de uma nação cidadã. No caso do curso de Pedagogia, a LDB (Lei n° 9.394/96) no art. 64, não estabelece a exclusividade da prática docente á nível fundamental somente para os graduados dessa área de ensino, nem como base teórica para outros cursos á nível de entendimento de práticas de ensino. Cada Curso de formação para a docência tem suas especificidades, porém não devem deixar de politizar durante o decorrer do curso, adquirir a diversidade de conhecimentos pedagógicos indispensáveis na prática do ensino, esse utilizando-se de parâmetros socioeconômico e político brasileiro. No campo da formação do corpo docente brasileiro há alguns agentes que perduram em debates neste momento em que várias instituições oferecem cursos de graduação e licenciatura. Existe uma preocupação, mais da sociedade e dos formandos do que do Estado, com a qualidade desses e com o tipo de profissional que elas estão colocando no mercado de trabalho pelo curto tempo de permanência dentro das universidades ou faculdades privadas.. A preocupação é com o processo de ensinamento de habilidades teóricas e técnicas, proporcionando reflexão sobre o papel do professor dentro de uma contextualização do seu processo de trabalho a partir do conhecimento adquirido durante o Curso, pois, o momento histórico e social em que vivemos exige do profissional um perfil mais dinâmico. Percebendo a importância da discussão em torno da formação docente e da qualidade dos cursos oferecidos voltamos a primazia do fundamento das práticas educacionais da docência. A prática do ensino é uma disciplina dos cursos de formação de docentes que faz com que a prática e a teoria sejam colocadas lado a lado para que o educando não fique desprovido de um ou outro recurso necessário na junção de fatores que o levem á boa pratica do ensino. Os profissionais, Pedagogos, são colocados num patamar de diferenciados dos demais por sua formação ladeada de teorias e teóricos que depositam nessa formação a capacidade de organização e transmissão não outorgadas á outras áreas do conhecimento. Isso faz desse profissional um especialista em educação, por isso áreas da esfera institucional da educação necessitam dessa mão de obra específica. Falamos de formação docente, mais para quê ela serve? A resposta é simples, porém dividida em partes. Não há como desenvolver um trabalho docente satisfatório sem saber em que utilizar as ferramentas pedagógicas, um exemplo é em relação á aprendizagem e ao conhecimento do aluno, sem essas referências não se tem como realizar a prática do ensino. Há várias teorias sobre o desenvolvimento da aprendizagem o do saber cognitivo. Vigotski (1991) amplia e dá grande importância ao papel do ensino no processo de desenvolvimento dos sujeitos. A ZDP é reconhecida como a distância existente entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, aquilo que a criança já é capaz de fazer de forma independente e o nível de desenvolvimento potencial, aquilo que a criança é capaz de realizar a partir da colaboração de outros. Essa foi a contribuição desse teórico no que se refere ao desenvolvimento mental-intelectual da criança, ou seja, ele dá a importância ao conhecimento cognitivo, a aquisição da aprendizagem e aos portadores de conhecimento que cercam esses indivíduos. É necessário que se atentemo-nos para o fato de que a criança aprende assim que nasce, ela observa, repete, faz gestos desconexos, podem, durante esses processos ela já está aprendendo e adquirindo conhecimentos próprios, seja por observação, seja por experimentação. O docente não é o agente da aprendizagem, mais do ensino já que o agente é aquele que age durante o processo de aquisição dela diretamente, que é o aluno, ele é que coloca á disposição da intenção de ensinar suas capacidades e seus conhecimentos cognitivos como uma engrenagem processadora a favor de sua compreensão e aquisição do conhecimento. O processo de ensino/aprendizagem pode mudar de forma quando analisamos o processo de aprendizagem/cognitiva, a primeira referencia da a impressão que a aprendizagem tem seus começo no processo institucional de ensino, a segunda colocação se refere a mesma aprendizagem, porém, partindo do conhecimento do aluno. Assim, ao separarmos e pensarmos nos objetivos do ensino provavelmente partiremos da segunda colocação para então inserirmos a segunda individualmente de acordo com cada aluno, fazendo um tralho amplo, mais o adequando a cada aluno. Essas colocações não dizem respeito apenas ao ensino de crianças. Em 2000, tivemos a regulamentação das Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos (DCNs/EJA), pela Resolução CNE/CEB Nº 1, de 5 de Julho de 2000, e pelo Parecer 11/2000 do Conselho Nacional de Educação, que implica numa organização adequada a essa demanda juntamente com a capacitação de profissionais capazes de lidar com as questões desses educandos. Eles requerem diferencias que pedem profissionais envolvidos com a diversidade cultural dessa demanda. Pra que tanto crianças quanto jovens e adultos sejam atendidos em suas necessidades educativas institucionais, é preciso que haja profissionais de educação e principalmente, docentes em sala de aula. Para que isso ocorra é preciso reconhecer esse profissional e sua importância na sociedade, remunerálo dignamente e estimulá-lo ao crescimento profissional, pois como em qualquer outra profissão, o professor ñ é o “tio” ou a “tia” que deve se contentar apenas com o carinho dos alunos, é como um médico que além do esforço técnico, se envolve afetivamente com o paciente e mesmo assim recebe seu salário devido. Ao falarmos de trabalho docente, temos também que refletir sobre que tipo de base ele recebe nas salas de aula durante seu curso de formação. São sabidos os problemas da categoria, dos baixos salários e más condições de trabalho, mas um fator também é importantíssimo nesta pauta, como é elaborado o currículo de formação dos professores? Eles atendem as mudanças de comportamento da nova sociedade? Eles acompanham as tendências tecnológicas presentes em muitos ambientes educativos e na vida cotidiana dos alunos? São questões que as instituições tanto do Estado quanto particulares devem discutir para não permitir que se formem-se profissionais medíocres e desatualizados provenientes de má formação acadêmica. Pensando nessa questão vemos a importância da atividade de estágio supervisionado onde o acadêmico pode avaliar as necessidades reais, tanto do educando quanto do educador, suas frustrações e expectativas.