Testes de toxicidade para avaliação do impacto de despejos industriais em sistemas biológicos de tratamento de esgotos: estado da arte Jader Vieira Leite Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Pará, Mestre em Engenharia Hidráulica e Sanitária pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP), Pesquisador da Seção de Saneamento Ambiental da Divisão de Engenharia Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) Dione Mari Morita Engenheira Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Makenzie, Doutora em Engenharia Hidráulica e Sanitária pela EPUSP, professora do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da EPUSP, responsável pelo Laboratório de Saneamento “Prof. Lucas Nogueira Garcez” da EPUSP. RESUMO: A busca de formas de determinação da concentração limite de um dado composto inibidor ao sistema de lodos ativados levou a proposição de um número considerável de testes de toxicidade bacteriana. A escassez de bibliografia nacional sobre o assunto motivou a realização deste trabalho, que apresenta o estado da arte sobre os testes de toxicidade para avaliação do impacto dos poluentes presentes nos despejos líquidos industriais nos sistemas biológicos aeróbios de tratamento de águas residuárias. ABSTRACT: By seeking a way to determine the limit concentration of a certain inhibitory compound to activated sludge systems, various bacterial toxicity tests have been proposed. The lack of the Brazilian bibliography regarding this specific topic was a motivation in the accomplishment of this research that presents the “state of art” of toxicity tests to assess the impact caused by pollutants of industrial waste waters to aerobic biological wastewater treatment processes. Palavras Chave: Testes de toxicidade, microrganismos aeróbios, respirometria, inibição. 1. INTRODUÇÃO O lançamento de águas residuárias industriais contendo substâncias tóxicas no sistema de tratamento de esgotos sanitários pode afetar adversamente o ambiente, provocando um distúrbio nas funções bacterianas. Quando a composição da água residuária é conhecida, esses efeitos deletérios podem ser avaliados utilizando métodos de estimativa de toxicidade baseados na estrutura molecular do composto. Porém, a complexidade das relações entre os compostos e a biota e o desconhecimento de alguns constituintes de águas residuárias não domésticas demonstram que os dados obtidos por métodos com base somente em análises químicas são, em muitos casos, inadequados. Diante disso, tornou-se necessária a avaliação da toxicidade por meio de bioensaios capazes de representar de forma mais próxima os efeitos tóxicos dos efluentes industriais sobre os sistemas biológicos de tratamento. A princípio, tentou-se utilizar os mesmos métodos empregados na avaliação da toxicidade em corpos d’água, tais como experimentos com peixes e invertebrados (Fathead minnows, 1 Daphnia similis). No entanto, os resultados não representavam o que ocorria na prática (Schneider,1987). Esse fato é compreensível, uma vez que uma das premissas básicas do bioensaio é que o organismo teste seja representante fiel do ecossistema estudado. Portanto, os ensaios empregando microrganismos ou bioquímica microbiana são mais adequados para avaliação da toxicidade nos sistemas de tratamento de esgotos. Além disso, muitos desses testes apresentam rápida e relativa simplicidade de execução e sensibilidade a uma grande variedade de substâncias químicas, tornando-os bastante atrativos para o monitoramento e a operação de um sistema de tratamento biológico. Bitton; Dutka (1989) classificaram os ensaios utilizados na avaliação da toxicidade em estações de tratamento de águas residuárias em duas categorias, sendo estas subdivididas segundo os fundamentos dos testes em: Testes bioquímicos: Testes enzimáticos; Ensaios com Adenosina Trifosfato (ATP). Testes bacterianos: Ensaios de bio-luminescência bacteriana; Ensaios baseados na inibição do crescimento, respiração e viabilidade das células; Ensaios de efeitos ecológicos. 2. TESTES BIOQUÍMICOS 2.1 Testes enzimáticos No meio aquático, inúmeros estudos têm sido realizados para testar o efeito dos poluentes tóxicos sobre as atividades enzimáticas. Os testes enzimáticos consistem da medida da taxa de deplexão de um substrato ou a taxa de formação de um novo produto, utilizando para isso técnicas de espectrofotometria, fluorometria, titulometria ou elementos marcados radioativamente. Estes testes são muito úteis para a determinação dos mecanismos dos inibidores sobre as diferentes vias metabólicas. Porém, sua utilização para avaliar o efeito de águas residuárias complexas em sistemas de tratamento de esgotos torna-se restrita, uma vez que trabalha-se com efeitos sobre reações enzimáticas específicas, tornando-se necessário um conhecimento prévio dos substratos e enzimas envolvidas no processo biológico. 2.2 Testes com ATP A energia liberada através do catabolismo microbiano é convertida em uma substância química denominada Adenosina Trifosfato (ATP) (Braile; Cavalcanti,1993). Uma vez que o ATP é rapidamente destruído após a morte celular, torna-se uma forma ideal para se distinguir uma célula viável de uma não viável. A base do teste consiste na medida da luz emitida pela reação da luciferina de vagalume com o ATP. Esta reação é catalizada pela luciferase e pelo íon magnésio (Mg2+). Brezonik e Patterson, em 1972, foram os primeiros a propor o uso do ATP para a avaliação da toxicidade no sistema de lodos ativados (Bitton; Dutka, 1989). Anxionnaz (1981) apud Bitton; Dutka (1989) comparou o efeito de metais pesados, como o cobre (Cu2+), o mercúrio(Hg2+), o cádmio (Cd2+), o alumínio (Al3+) e o chumbo (Pb2+) sobre a viabilidade e níveis de ATP de culturas puras de Escherichia coli, Enterobacter aerogenes e Micrococcus sp. A relação entre a porcentagem de viabilidade e o nível de ATP não foi evidente em todos os casos. O teste com ATP apresentou falhas na determinação de efeitos subletais dos metais pesados. 3. TESTES BACTERIANOS 3.1 Ensaios de bio-luminescência bacteriana 2 As bactérias bio-luminescentes são, geralmente, organismos marinhos, que apresentam vida livre ou associada com outros organismos superiores. As principais bactérias luminescentes são Photobacterium (vibro) fisheri, P. phosphoreum e Beneckea harveyi. Do ponto de vista da bioquímica, os sistemas bio-luminescentes são considerados uma parte do sistema transportador de elétrons, onde a enzima luciferase catalisa a oxidação do FMNH2 (mononucleotídeo flavina reduzido) e de um aldeído, resultando na produção do FMN, ácido e luz (Bitton; Dutka, 1989). Em 1889, Beijerinck mostrou que algumas substâncias tóxicas reduziam a intensidade de luz produzida por uma suspensão de bactérias luminescentes. A partir de então, vários estudos foram realizados na tentativa de se utilizar esta característica como um indicador de toxicidade (Bitton; Dutka, 1989). Destas tentativas, surgiu um dos testes de toxicidade mais utilizados (Koopman et al. 1989): um ensaio baseado na inibição da bio-luminescência de uma cultura congelada a seco de bactérias marinhas, denominadas Photobacterium phosphoreum, comercializado pelo nome de Microtox (Ghosh; Doctor, 1992). Este teste é simples e reprodutível. Porém, a sua grande vantagem está no fato de que após a exposição a uma pequena amostra, o organismo responde rapidamente a um vasto número de substâncias. O efeito de compostos orgânicos, como o fenol, pode ser determinado em 5 minutos. A maioria dos metais bivalentes age num tempo de 15 minutos (Hiley, Pearnside,1993). O Microtox tem sido largamente utilizado para a determinação da toxicidade de efluentes industriais (refinarias, papel e celulose), água de processamento de combustíveis fósseis, sedimentos, chorume de aterros sanitários e lixiviados de resíduos sólidos perigosos (Munkittrick, 1991 apud Bitton,1994). Segundo Koopman et al. (1989), o Microtox apresenta as seguintes desvantagens: Como a salinidade de algumas amostras deve ser aumentada para um nível compatível com a bactéria utilizada, pode haver a precipitação de metais pesados; A bio-luminescência das bactérias diminui com o tempo, requerendo um controle preciso da duração do teste e limitando o número de amostras que podem ser processadas simultaneamente. Além das limitações citadas anteriormente, deve-se considerar que a cor de efluentes industriais influencia na medida da luz emitida pelas bactérias marinhas e que a toxicidade é uma função do tempo de exposição e da temperatura. 3.2 Ensaios baseados na inibição do crescimento, respiração e viabilidade das células Vários ensaios bacterianos empregam a medida direta dos efeitos tóxicos sobre a taxa de crescimento de culturas puras ou heterogêneas ou sobre características fisiológicas, como a mobilidade e a respiração. 3.2.1 Medidas dos efeitos da toxicidade sobre a taxa de crescimento O uso do crescimento bacteriano como um bioensaio não é um conceito novo. As mudanças na taxa de crescimento dos microrganismos devido a adição de substâncias químicas podem ser medidas por turbidimetria, gravimetria, espectrofotometria, potenciometria, sistemas eletrônicos de contagem de células, métodos de contagem de colônias, método do Número Mais Provável, etc. A forma mais utilizada para estudar o efeito tóxico de uma substância sobre os microrganismos é monitorando o seu crescimento em uma “placa de agar”. O inóculo diluído é disposto em uma “placa de agar” contendo diferentes concentrações da substância tóxica. A redução na unidade de formação de colônias (UFC) em relação a um controle, sem o poluente tóxico, é obtida para cada concentração. A técnica de contagem é baseada no princípio de que cada organismo viável dará origem a uma colônia (Rand; Petrocelli, 1985). 3 Estes testes também podem ser realizados utilizando sistemas em batelada. As mudanças na taxa de crescimento são calculadas pelo coeficiente angular da tangente à curva de crescimento logarítmico (Mayfield,1997). Um decréscimo de 50% na taxa específica de crescimento (caracteriza o CE50 para a substância teste. A taxa de crescimento é calculada pela equação (1): dX / dt ...(1) X onde X representa a concentração de organismos e t, o tempo de exposição destes aos poluentes tóxicos. Outra forma bastante utilizada para avaliar as mudanças em ( é a medida de turbidez. Allsop et al. (1980) descreveram um teste de inibição ao crescimento bacteriano utilizando a turbidez como indicador da população de microrganismos. Neste teste, a substância investigada era introduzida em “erlenmeyers” de 250 mL, em várias concentrações, com uma mistura de agentes tamponantes, nutrientes, substrato de crescimento e um inóculo bacteriano. Eram preparados, também, controles com e sem a substância teste, com e sem o inóculo, para a correção da turbidez da amostra, cor, ou precipitação na solução. Tal solução era mantida em agitação, em temperatura controlada, por aproximadamente 16 horas. A turbidez era lida em comprimento de onda de 530 nm. O grau de inibição era determinado em relação a porcentagem da densidade ótica do controle com o inóculo, segundo a equação (2) Densidade ótica da concentração testada x 100 = % do controle ...(2) Densidade ótica do controle O valor percentual era plotado em função do logaritmo da concentração da substância teste. A concentração correspondente a 50% da absorbância em relação ao controle caracterizava a CE50. O método descrito por Allsop et al. (1980) apresenta a vantagem de poder utilizar inóculos provenientes de várias fontes, como sistemas de lodos ativados, solo e culturas puras. A maioria dos testes baseados no crescimento bacteriano utiliza culturas puras, sendo necessário tomar algumas precauções. A pureza da cultura deve ser verificada em intervalos freqüentes em vários meios adequados e sobre diferentes condições ambientais. Algumas culturas mistas são muito estáveis e portanto, difíceis de serem separadas em culturas puras. Quando esta separação for impossível, os organismos devem ser obtidos em órgãos especializados em coleção de culturas, como por exemplo a “American Type Culture Collection” (Mayfield,1997). 3.2.2. Medidas dos efeitos da toxicidade sobre a respiração microbiana A respirometria é a medida da variação da concentração de oxigênio dissolvido (O.D.) ao longo do tempo em um reator. No caso do sistema de lodos ativados, a mudança na concentração de O.D. causa alterações em outros fatores como a respiração endógena e a exógena (Ros, 1993). Segundo Schneider (1987), os métodos de avaliação da inibição à respiração podem ser classificados, segundo os meios de medição, em: Modificações no teste da DBO; Respirômetros de volume constante; Respirômetros eletrolíticos; Eletrodos de oxigênio dissolvido em recipientes fechados; Monitores biológicos “on-line”. Ros (1993) classifica os métodos em função das características do respirômetro utilizado, em: Respirômetros fechados, subdivididos em manométricos, volumétricos ou combinados; Respirômetros abertos, subdivididos em descontínuos ou contínuos . 4 A medição manométrica na respirometria teve seu início ainda no século passado (1880), quando Haldane utilizou-a para a determinação dos gases no sangue. Em 1890, Adney apud Beach et al. (1995) desenvolveu o primeiro respirômetro com a finalidade de medir a demanda de oxigênio em águas residuárias. Utilizou um tubo em “U” graduado e conectado a dois recipientes, um contendo a amostra de água residuária e outro com água limpa. Este conjunto era mantido em banho termostatizado e em agitação. O decréscimo no volume de oxigênio era indicado pela distância que a coluna d’água percorria no interior do tubo graduado. O respirômetro de Warburg, criado em 1926, foi uma modificação do método desenvolvido por Haldane. A deplexão de oxigênio dissolvido era medida por manômetros. Empregando volume constante, foi inicialmente utilizado para determinar a Demanda Bioquímica de Oxigênio de águas residuárias. Porém, sua finalidade principal era a avaliação da toxicidade tanto em sistemas aeróbios como anaeróbios. A aplicação regular da respirometria no estudo dos processos de tratamento de esgotos teve seu início na década de 30. Desde então, grandes esforços têm sido realizados para tornar estes métodos menos laboriosos e facilitar a interpretação dos dados obtidos. Com advento dos eletrodos de membrana e sua posterior conjugação com registradores gráficos e com a informática, a leitura dos dados de concentração de OD tornou-se mais prática, possibilitando o surgimento de testes respirométricos mais precisos e rápidos. Uma das técnicas mais utilizadas é a que emprega respirômetros abertos. Ros (1993) realizou vários testes com respirômetros abertos descontínuos, para a avaliação da toxicidade de substâncias e compostos químicos no sistema de lodos ativados. Na Figura 1 apresenta-se o aparato utilizado por Ros, que consistia de um reator aberto de 1 litro, com aeração e mistura providas, respectivamente, por bomba de aquário e agitador magnético. A concentração de O.D. era monitorada por um medidor de oxigênio, conectado a um microcomputador com periféricos tais como: conversor A/D, monitor e impressora. Figura 1. Respirômetro aberto descontínuo Fonte: Ros (1993) A “Organization for Economic Cooperation and Development” (OECD) apresentou em seu manual de testes de substâncias químicas (OECD, 1984), o teste OECD 209. Este método baseia-se na diferença entre as taxas de utilização de oxigênio dos microrganismos, devido à degradação de um substrato sintético, na ausência e na presença de diferentes concentrações 5 do poluente tóxico, empregando um respirômetro aberto com volume útil de 500 mL. O teste tem uma duração aproximada de 3 horas. Volskay; Grady (1988) utilizaram esse método para avaliar a toxicidade de 33 compostos da lista do “Resource Conservation and Recovery Act” (RCRA). Eles observaram que este tipo de procedimento não era recomendável para compostos orgânicos muito voláteis, porque com a contínua aeração ocorria a perda destes antes mesmo de se realizar as medidas de seus efeitos. Os autores sugeriram algumas modificações para o método OECD 209, que consistiam, basicamente, na utilização de menores concentrações de biomassa e substrato e o emprego de uma tampa de vedação de politetrafluoretileno (PTFE), acoplada ao frasco do teste. Este dispositivo era dotado de um anel móvel, permitindo a eliminação da porção de ar aprisionada na interface com o líquido. Também contava com um orifício, que permitia o acoplamento da sonda de OD, tornando possível a medição da taxa de utilização de oxigênio, sem a necessidade de transferência do conteúdo do frasco para outros recipientes. Estas alterações minimizaram significativamente as perdas por volatilização dos compostos. Porém, a diminuição da concentração da biomassa para 75 mg/L como sugerido por Volskay; Grady (1988), pode prejudicar a sensibilidade do teste, uma vez que o número de organismos expostos ao poluente influencia, de forma significativa, os resultados obtidos nos testes de toxicidade. Posteriormente, Volskay; Grady (1990) apresentaram um respirômetro fechado confeccionado em vidro, com volume de 250 mL. Este respirômetro tinha em sua parte superior três singularidades, sendo uma para a injeção do substrato, outra para inserção da sonda de OD e a terceira para a instalação do tubo de reaeração. Barbeau et al. (1995) observaram que estas singularidades, apesar de sua vedação com fitas de PTFE, mostravam-se como pontos críticos para a troca de gases do respirômetro com o exterior. Estes pesquisadores sugeriram o uso de septos de borracha envoltos em fitas de PTFE, aperfeiçoando o sistema de vedação. A partir da década de oitenta, vários biosensores, baseados na medida contínua da taxa específica de utilização de oxigênio (TEUO), têm sido introduzidos no mercado. Pode-se citar, por exemplo, o “RODTOX” (Herricks et al., 1991) e o “BIOSCAN”, produzido pela N-CON Systems Co. Inc. (Beach et al., 1995). O RODTOX consiste, basicamente, de três partes: um reator biológico, um microprocessador e seus acessórios e uma parte eletrônica, que serve de interface entre as duas anteriores. Este conjunto é disposto em um gabinete que o protege das intempéries. Um esquema do RODTOX é apresentado na Figura 2. A unidade biológica consiste de um reator, que é preenchido com 10 litros de lodo ativado, mantido sob aeração e agitação. A temperatura é controlada e o pH e o OD, constantemente monitorados. Os dados respirométricos são analisados pelo microprocessador. O método respirométrico computadorizado “BIOSCAN” (Figura 3), comercializado pela “NCON Systems”, é outro monitor de toxicidade “on-line”, utilizado para assegurar a integridade de sistemas aeróbios de tratamento (Beach et al.,1995; Cadena et al., 1988; Magliette et al. s.d.; Graves et al. 1991) . O sistema é composto por um filtro biológico, com uma população microbiana similar ao do sistema de lodos ativados da estação de tratamento de esgotos. O filtro biológico é projetado para manter um biofilme de espessura constante. A água residuária afluente ao equipamento é misturada com um substrato rapidamente biodegradável e é aerada até a saturação. Este substrato garante que a biomassa tenha alimento suficiente para uma demanda de oxigênio adequada. 6 1. Reator biológico com 10 litros de lodo ativado 2. Aerador 3. Misturador 4. Sensor de temperatura 5. Eletrodo de OD 6. Eletrodo de pH 7. Bomba de injeção do substrato de calibração 8. Bomba de injeção de água residuária 9. Válvula para a saída do sobrenadante 10. Válvula de descarga de Lodo 11. “Bypass” 12. Sistema de filtração 13. Microprocessador Água residuária 14. Monitor e teclado 15. Impressora Figura 2. Esquema do “RODTOX” Fonte: Herricks e al (1991) A razão entre as vazões de água residuária e de substrato pode ser controlada ajustando-as separadamente. Esta mistura escoa através do filtro biológico, permitindo que a biomassa viável utilize praticamente todo o alimento e o oxigênio disponíveis. Se a água residuária contiver substâncias tóxicas que possam inibir ou inativar a biomassa do filtro, os microrganismos reduzirão o consumo de oxigênio. Portanto, a concentração de OD no efluente do filtro é um indicador da toxicidade. O OD remanescente no efluente do filtro é monitorado por um sensor e os resultados são continuamente exibidos. Este sistema apresenta a limitação de utilizar um crescimento bacteriano aderido à superfície, diferenciando-se bastante da condição de crescimento em suspensão do sistema de lodos ativados. Embora largamente utilizada, a respirometria apresenta algumas limitações. Segundo Patoczka et al. (1989), o consumo de oxigênio como parâmetro de toxicidade apresenta uma séria restrição em relação aos compostos que tem seu efeito tóxico sobre a fosforilação oxidativa. Esta classe de compostos, como por exemplo os compostos fenólicos clorados, podem estimular o consumo de oxigênio sem aumentar o consumo de substrato. Na tentativa de melhorar a resposta dos respirômetros, Govind et al. (1997) apresentaram um método de quantificação automática da evolução de dióxido de carbono (CO2) durante a análise respirométrica (Figura 4). Segundo estes autores, a ocorrência do consumo de oxigênio pode demonstrar uma biotransformação inicial do composto, porém não pode provar que este foi mineralizado a CO2. Além disso, estes autores ressaltaram que a ocorrência da nitrificação podia, também, tornarse uma fonte de erro na interpretação dos dados respirométricos. 7 1 2 1.2 3 Ar 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 7 Registrador Controle Alarme Sensor de OD Válvula de calibração Filtro Biológico Aerador 4 5 6 Descarga Amostra Substrato Figura 3. Respirômetro “on-line” N-CON BIOSCAN Fonte: Beach et al (1995) O sistema mostrado na Figura 4 consiste de três partes: um frasco padrão do respirômetro eletrônico contendo uma barra magnética para a mistura do conteúdo; um absorvente de CO2 removível, contendo uma solução de hidróxido de bário, que é agitada por um disco magnético com dois defletores verticais para a total mistura da solução absorvente e para minimizar os efeitos da transferência de massa; e uma sonda que mede continuamente a condutividade da solução de hidróxido de bário. Vai para o medidor de condutividade e para o computador para análise dos dados O2 proveniente do respirômetro Frasco do Respirômetro Sonda de condutividade Agitador magnético para aumentar a taxa de reação do CO2 na solução de Ba(OH)2 Barra magnética de agitação Figura 4. Aparato utilizado para a medição automática e simultânea da taxa de utilização de O2 e da evolução do CO2 Fonte: Govind et al (1997) Os frascos servem como recipientes de reação, que são acoplados a um sistema de absorção de CO2, um gerador de O2 e um indicador de pressão. A atividade dos microrganismos nos reatores cria um vácuo que é registrado pelo indicador de pressão, que controla o gerador eletrolítico de oxigênio e fornece os valores obtidos em gráficos. Com a queda de pressão no 8 interior do frasco, o nível de uma solução de ácido sulfúrico no interior do indicador de pressão sobe, e entra em contato com um eletrodo de platina, dando início à geração de O2 pela célula eletrolítica. O oxigênio gerado alivia a pressão negativa dentro do frasco, resultando na queda do nível de ácido sulfúrico, cessando o contato com o eletrodo, desligando assim, a célula eletrolítica. O suprimento de oxigênio para amostra é medida em miligramas por litro de solução no bioreator. O registrador é conectado a um computador que salva os dados a cada 15 minutos ou qualquer outro intervalo de tempo especificado. Apesar de suas limitações, o emprego da respirometria na operação de estações de tratamento de águas residuárias vem crescendo acentuadamente. A “Southwest Water Pollution Control Plant” , localizada nos Estados Unidos da América, é um grande exemplo dos benefícios da utilização da respirometria. Os dados respirométricos auxiliaram na operação das unidades de tratamento desta estação, possibilitando a diminuição do tempo de detenção hidráulico, levando a eliminação de dois dos dez tanques de aeração, representando uma economia anual nos gastos com energia de US$ 384000, contra um gasto de US$ 18000 para a aquisição do equipamento (Arthur, 1996). 3.2. Ensaios baseados na inibição do consumo de substrato O meio mais direto para avaliar a toxicidade ao tratamento biológico é aquele que se baseia na inibição de sua função principal, a remoção do substrato (Schneider, 1987; Patoczka et al., 1989). A avaliação do efeito de um dado poluente sobre a utilização de substrato pode ser realizada monitorando-se a remoção de substâncias específicas, como por exemplo, o nitrito (Williamsom; Johnson, 1981) e a glicose (Larson; Schaeffer, 1982), ou por parâmetros globais como Carbono Orgânico Total (COT) (Patoczka et al., 1989) e Demanda Química de Oxigênio (DQO) (Botts et al., 1994). Estes testes podem ser classificados, de acordo com o tipo de reator empregado, em: Testes com reatores de fluxo contínuo; Testes com reatores em batelada ( “batch-reactor”); Testes com reatores semi-contínuos (“fed-batch reactor”). Segundo Schneider (1987), os testes com reatores de fluxo contínuo simulam melhor o processo de lodos ativados do que os reatores em batelada, porém, apresentam a desvantagem do longo tempo de duração. Os testes de fluxo contínuo são realizados, normalmente, em reatores em duplicata, alimentados com e sem a substância tóxica, sendo a taxa de utilização de substrato monitorada para posterior comparação. Além do tempo de duração, Williamson; Johnson (1981) destacam como desvantagens a necessidade de grande quantidade de água residuária e de sistemas de tratamento em escala de laboratório ou piloto. Os testes de inibição da utilização de substrato com reatores em batelada são empregados com menor freqüência (Williamson; Johnson, 1981; Larson; Schaeffer, 1982). Larson; Schaeffer (1982) propuseram um método para avaliar os efeitos de compostos químicos sobre a utilização de substrato. Este método baseia-se na inibição do consumo de glicose pelos microrganismos do lodo ativado, na presença do composto teste. Os autores utilizaram copos Griffin como reatores em batelada contendo: inóculo microbiano proveniente do tanque de aeração de uma estação de tratamento de esgoto; glicose marcada com carbono quatorze ([14C] D-glicose) e a substância tóxica em diferentes concentrações. Após um tempo de contato de 15 minutos, media-se o consumo da glicose com o auxílio de um cintilador. O teste de inibição da glicose foi, posteriormente, modificado para a avaliação da toxicidade de águas residuárias de diferentes categorias industriais aos microrganismos do lodo ativado (Eckenfelder, 1992). Neste método modificado, 10 mL de água residuária industrial eram introduzidas juntamente com 1 mL de glicose marcada, em um tubo de centrífuga. Eram 9 inseridos também 10 mL de lodo ativado. A seguir, os conteúdos dos tubos eram aerados por 60 minutos. Ao final deste tempo, adicionava-se o ácido clorídrico e media-se a concentração de glicose no centrifugado com o cintilador. Eram, também, preparados dois controles, sendo um do lodo, onde era substituída a água residuária por 10 mL de água desionizada, e um da glicose, onde adicionava-se apenas água desionizada e a glicose no tubo da centrífuga, com imediata acidulação. A porcentagem de inibição era calculada pela equação (3): %deinibição C Cb Co Cb ... (3) onde: C - concentração final de glicose na solução [ M. L-3 ]; Cb - concentração final de glicose no controle do lodo [M.L-3 ]; Co - concentração final de glicose no controle da glicose [M.L-3 ]; Segundo Patoczka et al. (1989), os testes em batelada têm duas grandes limitações: o fato de desprezar os efeitos da adaptação e não detectar os efeitos tóxicos crônicos. A United States Environmental Protection Agency (USEPA) desenvolveu o teste “Refractory Toxicity Assessment” (RTA) para a avaliação do impacto de descargas industriais lançadas em estações de tratamento de esgotos sanitários (USEPA, 1989). Este teste consiste do emprego de reatores em batelada para simulação das condições operacionais do processo de lodos ativados da estação em escala real, incluindo a concentração de sólidos em suspensão voláteis (SSV), a concentração de O.D. no tanque de aeração e o tempo de detenção hidráulico. Inicialmente, são realizados testes de caracterização da toxicidade do efluente primário, do lodo e da água residuária. Ao término do teste, após um intervalo equivalente ao tempo de detenção hidráulico do tanque de aeração, faz-se bioensaios com o sobrenadante dos reatores para a avaliação da toxicidade crônica e aguda usando, por exemplo, Ceriodaphnia dubia e Pimephales promelas. Esta metodologia proposta pela USEPA, avaliava, essencialmente, os efeitos sobre o corpo receptor. Botts et al. (1994) modificaram o teste RTA para avaliar os efeitos tóxicos sobre a unidade de tratamento biológico. Para tanto, propuseram o monitoramento das taxas de utilização de oxigênio, DQO, nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato. O RTA modificado era conduzido em recipientes aerados de dois a quatro litros, utilizando lodo ativado de retorno e efluente primário coletados na estação em estudo. Amostras provenientes de poços de visita (PV) em trechos chaves da rede ou de efluentes diretamente coletados nas indústrias eram misturados ao efluente primário, em proporção adequada para simular a situação mais desfavorável, ou seja, a máxima vazão do trecho ou da indústria e a mínima do efluente primário. Esta mistura mais o lodo de retorno eram dispostos no reator, de forma a obter as mesmas características operacionais da estação, como carga orgânica e concentração de sólidos em suspensão voláteis (SSV) no tanque de aeração. Eram preparados dois outros reatores, sendo que um era réplica do primeiro e outro somente com o efluente primário, funcionando como controle (Figura 5). 10 Efluente industrial + efluente primário + lodo ativado Ar Efluente primário + lodo ativado Efluente industrial + lodo ativado + efluente primário Recipiente de 2 a 4 litros Agitador magnético Pedra porosa Reator 1 Reator 2 (Controle) Reator 3 (réplica) Figura 5. Esquema do teste Refractory Toxicity Assessment (RTA) modificado Fonte - Botts et al. (1994) Os resultados dos reatores de controle e de teste eram comparados para avaliar se a adição da água residuária industrial ou amostra do PV ocasionava inibição ou toxicidade ao sistema. A água residuária industrial ou a amostra do trecho de rede era considerada potencialmente tóxica se o reator que a continha apresentasse maior toxicidade que o controle (Botts et al., 1994). Desde 1986, várias categorias industriais tiveram seus rejeitos líquidos testados pelo método RTA, incluindo industrias farmacêuticas, galvanoplastias, de pesticidas e químicas. Este método vem apresentando resultados satisfatórios na avaliação de descargas industriais em sistemas públicos de esgotos com unidades de lodos ativados convencionais e processos biológicos de remoção de nutrientes como nitrificação de único e duplo estágios (Botts et al., 1994). Botts et al.(1994) citaram como uma possível limitação do RTA, o custo dos bioensaios. Outra desvantagem, se comparado com os demais testes, é o grande número de análises laboratoriais e o tempo de duração que pode, dependendo da situação, ser bastante prolongado. Outra técnica para a avaliação da inibição da taxa de utilização de substrato emprega reatores semi-contínuos ou “Fed-Batch Reactors” (FBR). As características essenciais do teste FBR são as seguintes: a) O substrato é continuamente introduzido em uma alta concentração e baixa vazão, de maneira que o volume do reator não se altere significativamente durante o ensaio; b) A taxa de alimentação deve exceder a de utilização de substrato; c) A duração do teste deve ser suficientemente curta, tal que permita uma modelação simples do crescimento microbiano e d) vários lodos adaptados podem ser utilizados. Um esquema do aparato utilizado no teste FBR é mostrado na Figura 6. 11 Misturador Bomba Peristáltica Retirada de Amostra Rotâmetro Ar Cilindro Graduado ( Substrato ) Figura 6. Material utilizado no teste “Fed-Batch Reactor” (FBR) Fonte: Eckenfelder; Grau (1992) O teste FBR foi originalmente desenvolvido por Willianson; McCarty (1975), para rápida determinação dos coeficientes cinéticos da nitrificação no sistema de lodos ativados. Neste método, um reator de mistura completa, sem retorno de lodo e saída de efluente, era continuamente alimentado com uma solução contendo alta concentração de (NH4)2SO4 e uma quantidade de fósforo suficiente para o crescimento. A alimentação era introduzida no reator com uma baixa vazão, de tal forma que a variação volumétrica do reator fosse mantida em valores inferiores a 5% ao longo das 4 horas de teste. Willianson; McCarty (1975) mostraram que o crescimento biológico foi inferior a 5% e que um pseudo estado de estabilidade na oxidação do nitrogênio podia ser atingido dentro de um período de duas horas. Os resultados obtidos por Willianson; McCarty (1975) mostraram-se bastante coerentes quando comparados com os obtidos em reatores de fluxo contínuo. Porém, a maior desvantagem destes em relação ao método FBR é o tempo requerido para que se atinja o estado de estabilidade e a dificuldade e os gastos em se operar um grande número de reatores. Porém, Watkin (1986) lembra uma desvantagem do método FBR, que Williamson, McCarty (1975) não contemplaram em seu trabalho: o acúmulo de metabólitos ao longo do teste, que ocorre em menor proporção em reatores de fluxo contínuo. Estes autores também demonstraram as vantagens do FBR na determinação das constantes cinéticas quando comparadas aos testes que empregam reatores em batelada. Para este tipo de reator, a determinação da constante de saturação KS , quando esta é muito baixa, apresenta pouca precisão, resultante de erros analíticos. Em 1989, Eckenfelder propôs o uso do FBR para a avaliação da biodegradabilidade e toxicidade de águas residuárias industriais complexas no tratamento biológico com lodos ativados, sendo apresentado por este autor como o mais adequado para a determinação dos coeficientes cinéticos, constante de saturação (Ks) e máxima taxa de remoção de substrato, podendo ser usado também para a determinação da constante de inibição (Ki) da equação de Haldane (Eckenfelder, 1989). As respostas teóricas do “Fed-Batch Reactor” para os casos de substrato inibidor e não inibidor são apresentadas na Figura 7. No caso específico de substrato adicionado com alta concentração e baixa vazão, a máxima taxa de utilização de substrato não será excedida pela taxa de alimentação e a variação volumétrica no reator será insignificante. Se a premissa básica do FBR for mantida, isto é, as mudanças volumétricas forem desprezíveis, e se a taxa de alimentação exceder a taxa máxima de utilização de substrato, então, a concentração de substrato no interior do reator aumentará com o tempo. A máxima taxa específica de remoção 12 de substrato (qmáx) pode ser calculada pela diferença entre a taxa de alimentação e a de crescimento da concentração residual do substrato dividida pela concentração da biomassa. No caso do substrato inibidor, a utilização deste decrescerá rapidamente, resultando numa deflexão ascendente da curva da concentração residual de substrato, como mostra a Figura 8. Com a progressão da inibição e a ocorrência da toxicidade aguda, o gráfico da concentração residual de substrato pelo tempo tenderá a ser paralela à taxa de alimentação. A constante de inibição (KI) pode ser aproximada pela identificação da concentração do substrato no ponto médio da porção curvilínea do gráfico de acumulo de substrato. A taxa específica de utilização de oxigênio (TEUO), normalmente, decresce na presença do inibidor. Enquanto não houver inibição, a TEUO manter-se-á constante na máxima taxa. A inibição, no entanto, provocará um decréscimo progressivo na TEUO, como representado na Figura 8. 450 Alimentação Inibição Máxima Utilização de Substrato Crescimento ou Adaptação Concentração do Substrato [M.L-3] 400 350 300 250 200 KI 150 100 50 0 0 2 4 Tempo [T] 8 6 10 12 14 Taxa específica de utilização de oxigênio (T-1) Figura 7. Resposta teórica do teste FBR Fonte: Watkin (1986) Sem inibição Inibição Tempo [T] Figura 8. Efeito da inibição sobre a taxa específica de utilização de oxigênio Fonte: Watkin (1986) 13 Leite (1997) propôs as seguintes modificações no método original, para minimizar os efeitos da retirada das amostras e da temperatura, satisfazendo melhor os preceitos do FBR, de mínimas variações volumétricas e térmicas: a) volume útil do reator de quatro litros, o dobro do recomendado pelo método original; b) controle da temperatura do conteúdo do reator pela sua imersão em um banho termostatizado; c) mistura contínua do conteúdo do reator através de agitador mecânico; d) leitura do consumo de oxigênio realizada no interior do próprio reator; e) determinação da DQO através da metodologia do reciclo fechado, realizada em ampolas; f) monitoramento de microbiota ao longo do teste. Na Figura 9, é apresentado um esquema do FBR modificado com a identificação de suas partes constituintes. 1. Bomba peristáltica 2. Microcomputador 3. Medidor de OD 4. Impressora 5. Solução de alimentação 6. Bomba de aquário 7. Sonda de OD 8. Banho termostatizado 9. Reator cilíndrico de 4 L 10. Controle da rotação 11. Controle do aquecimento 12. Controle do resfriamento 13. Paleta do misturador 14. Mostrador da temperatura e rotação 15. Cronômetro Figura 9. Esquema do FBR modificado Fonte: Leite (1997) Utilizando este aparato, Leite (1997) avaliou a toxicidade do fenol sobre quatro diferentes tipos de biomassa, sendo 3 originárias de estações de tratamento de esgotos sanitários da RMSP e uma de um sistema piloto de tratamento de água residuária de coqueria. Dos resultados obtidos, concluiu-se que as modificações propostas mostraram-se adequadas para a avaliação da toxicidade e que os diferentes tipos de biomassa apresentaram comportamento distintos quando expostos ao fenol. O lodo intumescido demonstrou ser mais suscetível aos efeitos adversos do composto. A comparação dos resultados obtidos com o FBR modificado e os dados operacionais das estações de tratamento de esgotos demonstrou a adequabilidade do teste para auxiliar a operação das estações. Leite (1997) concluiu, ainda, que os organismos da Classe Rotífera eram os principais indicadores da toxicidade do fenol aos sistemas de lodos ativados estudados. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLSOP, G. M.; WAGGY, G. T.; CONWAY, R. A. Bacterial growth inhibition test. Journal of Water Pollution Control Federation, v. 52, n. 10, p. 2452 - 2456. Out. 1980. ARTHUR, B. Respirometers measure bioactivity for better process control. Operations Forum. v. 13, n. 8. p. 33, 1996. BARBEAU, D. S.; ELLIS, T. G.; GRADY Jr., C. P. L . Oxygen leakage during respirometric measurements: a caution on the use of PTFE tape. Water Research, v. 29, n. 4, p. 1211 12, 1995. 14 BEACH, M. I.; BEACH Jr., J. S.; CADENA, F. Respirometric methods for rapid toxicity / inhibition assessment of industrial wastewater. 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