O SR

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Discurso do Deputado COSTA FERREIRA (PSC-MA)
Quero saudar as cooperativas do Maranhão e do Brasil
pela inclusão social e defesa do meio ambiente que sua
filosofia de trabalho produz, baseado na agregação da
força de trabalho e o cuidado com a produção
sustentável.
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,
Muitas são as virtudes e o sucesso alcançado pelo
cooperativismo
no
Brasil,
que
se
apresenta
como
ferramenta de viabilização do trabalho e de fomento à
pequena produção. Mais do que um movimento embasado
em uma filosofia, o cooperativismo é uma estratégia de
sobrevivência, que faz da união dos cooperados a sua
grande força, seja lhes dando orientação e apoio, seja lhes
facilitando ou mesmo garantindo o acesso ao crédito, às
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tecnologias e demais meios requeridos pelos cânones
modernos de produtividade.
Mérito maior, o cooperativismo, enquanto alternativa
de desenvolvimento socioeconômico, constitui um modelo
único, em sua virtude original de colocar a prosperidade do
grupo ao lado do bem estar do indivíduo. Voltado para as
pessoas e não para o capital, o cooperativismo não tem o
lucro por premissa, senão por decorrência.
Antes dele, sobrelevam valores como democracia e
justiça,
equilíbrio
e
solidariedade,
independência
e
autonomia. As cooperativas que se espalham Brasil afora,
hoje, contribuem verdadeiramente para a inclusão social,
ao fazerem o que o Estado brasileiro, historicamente,
deixou de fazer, pelos mais diferentes motivos e nas mais
diversas circunstâncias, conforme todos nós sabemos.
No Maranhão, por exemplo, o cooperativismo vem se
desenvolvendo e tem sido o meio de coletivizar a força,
dispersada
e
fragilizada
pelo
labor
solitário,
de
trabalhadores extrativistas, como quebradoras de coco
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babaçu, coletores de juçara, pescadores artesanais e de
frutos do mar, dentre outros. Também uma força contra a
exploração de grileiros e do latifúndio. A produção
sustentável é outra prática benéfica desenvolvida pelo
cooperativismo.
De fato, Senhor Presidente, o cooperativismo é
modernamente
percebido
como
veículo
de
desenvolvimento social, e a maior prova disso é o empenho
de muitas cooperativas, junto às respectivas comunidades,
no que diz respeito a facilitar, oferecer, viabilizar,
disseminar e promover o conhecimento. Ora se integrando
ao sistema público, ora buscando parcerias na sociedade
civil, o cooperativismo está firmemente comprometido em
suprir as enormes carências educacionais existentes,
substituindo-as pela educação de qualidade, com ênfase
no ensino profissionalizante.
Não é outra coisa, Senhor Presidente, o que esperam
legiões imensas de jovens que as empresas rejeitam, e
rejeitam, nobres Colegas, não pela indisponibilidade de
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vagas, mas sim, muitas vezes, por faltar a esses jovens a
habilitação técnica à altura das novas exigências da
produção.
Programas como Aprendiz Cooperativo são belos
exemplos de como o modelo cooperativista pode – e deve
– ir ao encontro dessa necessidade de mão dupla: de um
lado, o mercado, as injunções da economia e do
desenvolvimento sustentável; de outro, o trabalhador, suas
motivações pessoais, sua legítima aspiração de prepararse, aperfeiçoar-se, desenvolver-se.
Da perspectiva do jovem que vive o problema e
encontra boas alternativas de solução no âmbito do
cooperativismo, eis que este, o cooperativismo, exerce um
papel importantíssimo, verdadeiramente inclusivo, do ponto
de vista socioeconômico.
Quanto ao Programa, a partir de 2012, ele terá
versões para audiobook e também em braile, a fim de
atender pessoas com deficiência visual. O mesmo deverá
ser feito no que diz respeito a uma série de outras ações,
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como forma de oferecer novos nichos de oportunidades.
Essa é uma das boas notícias que nos chegam do
Encontro Nacional de Educação Cooperativa (Enec),
realizado semana passada aqui, em Brasília, na sede do
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop).
O que percebo com muita alegria, Senhor Presidente,
é que a cada dia crescem as preocupações das
cooperativas, ou, pelo menos, de boa parte delas, em torno
da inclusão social. É, por assim dizer, uma evolução do
conceito original do cooperativismo. Para a educação
brasileira, uma revolução, porque significa a adesão de
milhares de cooperados ao esforço, que, realmente, deve
ser de todos, em prol da juventude do País e do futuro
digno, que haveremos de legar às gerações que virão.
Fica, desse modo, a minha alegria em testemunhar a
maneira inteligente e humana com que o cooperativismo
brasileiro vem se desincumbindo da missão, a despeito de
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não ser sua, tão somente, mas, repito, de toda a sociedade
– uma gigantesca, uma esplêndida tarefa coletiva.
Por todas essas razões, hipoteco minha solidariedade
e meu apoio a esses trabalhadores, mulheres e homens
valorosos que fazem do trabalho o caminho para seu
sustento e prosperidade. Em especial, a todas as
cooperativas do Maranhão.
Muito obrigado.
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