Organização como cultura

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Teoria das Organizações
CURSO: ADMINISTRAÇÃO EM MARKETING
2012
VII SEMESTRE /
Alunos:
Antonio F. da Paz
RA: 909204922
Danusa Ap. dos Reis Almeida
Francisco Degerson Nunes
RA: 912121657
RA: 909205549
Resumo do Livro: Imagens da Organização
Gareth Morgan
Editora Atlas
São Paulo
2012
Criação da Realidade Social. As Organizações vistas como cultura.
Logo de inicio ao definir e considerar que as organizações fazem parte de
nossa cultura verifica-se que cada uma tem seus valores, rituais e crenças
próprias.
O texto nos descreve que em:
1960 – A confiança e o impacto da indústria e da administração americana
parecia incontestável.
1970 – O desempenho das indústrias automobilística, eletrônica e outras
manufaturas japonesas, levaram o Japão a assumir o comando, estabelecendo
sólida reputação de qualidade e confiabilidade com as organizações bem
sucedidas.
1980 – A cultura começa se tornar assunto importante em administração.
1990 – A administração ocidental começa a se interessar especialmente pela
cultura de seus próprios países, fazendo ligações entre cultura e vida
organizacional.
Cultura e Organização.
Conceito: Significa que diferentes grupos de pessoas possuem diferentes
modos de vida.
Ela é uma metáfora para nossa compreensão nas organizações.
Portanto, temos várias tentativas de entender a cultura organizacional.
Organizações como um fenômeno cultural.
De acordo com Robert Presthus vivemos numa “sociedade organizacional,”
influenciada pelas grandes organizações nos países desenvolvidos. Isso
parece óbvio, mas veremos que a cultura se baseia no óbvio.
Exemplo: * As pessoas constroem suas vidas em torno de diferentes conceitos
de trabalho e lazer como os seis dias da semana.
* Moram num lugar e trabalham noutro.
* Passam a maior parte do tempo num lugar fazendo um único conjunto de
atividades.
Para quem trabalha fora de uma sociedade organizacional, ocupa uma parcela
menor do tempo. Portanto as diferenças entre atividades ocupacionais e outros
aspectos de vida social tendem a ser menos claras.
Embora a rotina organizacional seja vista como apenas rotina, ela se baseia
em numerosas atividades que requerem habilidades. Para nós, membros de
uma sociedade organizacional, consideramos natural.
Portanto, somos condicionados ao trabalho e sua rotina, isso torna sua
profissão a sua identidade nacional, tornando assim um fenômeno cultural.
Diferenças internacionais em organização e administração.
Muitas sociedades organizacionais são crucialmente relacionadas com o
conflito em que nasceram. Como exemplo temos o Japão, o trabalho e as
relações com os empregados são muito diferentes do que no Ocidente.
Eles consideram a organização como uma extensão de sua família. O espírito
de colaboração nos interesses comuns e na ajuda mútua. Na matsushita uma
das maiores empresas japonesas, seus princípios integram a filosofia da
companhia.
Os bancos no Japão assumem a responsabilidade de ajudar quando e onde for
necessário, aqui no ocidente agem como juízes independentes e controladores
do investimento corporativo.
O cultivo do arroz no Japão é uma atividade precária devido à escassez da
terra e da curta duração da estação de cultivo. Portanto o processo de cultivo
exige trabalho de equipe intenso e todo mundo tem que dar o máximo de si
para garantir que o resultado seja o melhor possível, e se algo der errado todo
o sistema sofre as consequências.
O sistema da organização era feudal e não moderno, ou seja, a mobilidade
entre os níveis hierárquico são altamente restritos e determinados para cada
pessoa desde certa idade, e isso não significava e nem era visto como
humilhação, e sim como um sistema de ajuda mútua, não como um controle de
cima para baixo.
A jornada de trabalho é determinada para melhorar a eficiência através de
círculos de qualidade, como exemplo, o operário da Honda, ele se dedicava a
endireitar os limpadores de para brisas, e fazia isso em todos os carros Honda
que encontrava no caminho de casa todas as noites.
O Japão é apenas um exemplo das diferenças organizacionais, pois a cultura
seja ela em qualquer outro país determina o caráter da organização.
Nos Estados Unidos a cultura enfatiza a competição. As empresas americanas
e seus empregados estão preocupados com o desejo de ser vencedores.
“Somos número 1”. A ética do individualismo competitivo é o que se sobressai.
O valor do reconhecimento de diferenças culturais.
Não devemos falar que um país tem a cultura integrada e homogênea, pois as
sociedades estão cada vez mais diversas com diferenças. Devemos entender
essas diferenças para apreciar nossa própria cultura.
Cultura e subculturas Corporativas.
As organizações são minissociedades que tem seus próprios padrões
específicos de cultura e subculturas.
Uma organização acredita que a equipe é unida ou uma família que trabalha
em conjunto. Outra pode acreditar que somos os melhores do ramo, ou ser
fragmentada, dividida em grupos que veem padrões de maneira diferentes.
Observações de diferenças culturais.
Alguns exemplos foram estudados em grandes organizações e conclui-se que
nem sempre estão de acordo com o contexto.
 A cultura baseada em agricultura fazendo as pessoas serem educadas e
preocupadas em ajudar com o lema “Nós plantamos amigos”. Por outro


lado isso se tornava superficial e os empregados não participavam das
reuniões e se tornavam desinteressados.
Empresas utilizavam imagens e símbolos para alcançar o desejo de
harmonia. Como a utilização de cocar e cada pessoa recebia nome de
índio para fazer parte da tribo, porém os empregados viam de forma
negativa, e relatava que era verdadeira perda de tempo, uma situação
em que se pode dizer praticamente tudo e ninguém contesta.
Outro exemplo era o uso de uma roda dentro da empresa com o tema
“Rodar juntos”. Isso fez com que as pessoas escondessem as
diferenças para manter a paz e os problemas eram minimizados para
não aborrecer ninguém e assim a organização tornou se cada vez mais
incapaz de lidar com os problemas reais.
Cultura: Obediência a regras ou representação teatral?
O sociólogo Harold Garfinkel nos mostra que nossas habilidades tidas como
normais, quando são quebradas, modifica as nossas atitudes perante a
sociedade.
O que acontece se ficarmos olhando nos olhos de uma pessoa por um tempo
prolongado no metrô? A outra pessoa vai olhar para outro lado, descer, ou
seja, vai ficar incomodada.
Na casa de um vizinho comporte-se como se fosse morar lá.
Iremos descobrir que somos conduzindo por códigos não escritos e se
interromper essas normas a realidade ordenada se quebra.
Representação da realidade.
Karl weich ensina que determinamos e estruturamos nossa realidade como um
processo de representação. Diferente de Harold Garfinkel em seu conceito de
realização.
Weich descreve que a realidade nos enfatiza o papel proativo
inconscientemente na criação de nosso universo, ou melhor, trazemos nossa
realidade à vida através de esquemas interpretativos, e às vezes possam ter o
hábito de impor do jeito que as coisas realmente são. Como em um quadro de
Picasso retratando uma mulher, na visão do marido estava errada, contestando
com uma fotografia e afirmando que a esposa era pequena.
Portanto a cultura já não pode ser vista como uma simples variável que a
sociedade ou a organização possuem ou algo que um líder traz para sua
organização. Ela deve ser entendida como um fenômeno ativo vivo onde as
pessoas em conjunto criam e recriam.
Organização: a representação de uma realidade compartilhada.
Organização como construções sociais.
1- Quais são os esquemas interpretativos comuns que tornam uma
organização possível?
2- De onde eles vêm?
3- Como são criados e divulgados e sustentados?
Essas perguntas se tornam centrais para análise organizacional e a
administração efetiva. Através delas podemos enfatizar as organizações bem
sucedidas que constroem culturas coesas, em torno de conjuntos comuns de
normas, valores e ideias com foco adequado.
Mudança cultural e transformação de atitudes, valores e significados
comuns.
A criação de determinada cultura corporativa não consiste apenas em inventar
novos lemas ou adquirir um novo líder. Ela consiste em inventar um novo modo
de vida. Para essa criação deverão estar organizadas em termos dos
significados fundamentais que as pessoas possuem e compartilham.
As profundezas ocultas da cultura.
Para entender a cultura de uma organização é necessário descobrir os
aspectos banais tanto quanto os aspectos mais expressivo do processo de
construção da realidade. Pois às vezes são tão banais, sutis e tão estranhados
que são difíceis de identificar.
Assim como os valores, crenças e tradições de uma sociedade tribal podem
estar impregnadas nas relações familiares e outras estruturas sociais, mitos
aspectos da cultura de uma organização estão estranhados nas práticas
rotineiras. Portanto as organizações acabam sendo o que pensam e dizem por
que suas ideias e visões se auto - realizam.
Vantagens e Limitações da metáfora da cultura.
Por fim as organizações como cultura possuem vantagens e limitações.
Vejamos algumas para analisarmos.
Vantagens:
 A metáfora enfatiza o significado simbólico de quase tudo que fazemos.
 Aprendemos que organização e significado compartilhado são a mesma
coisa.
 Líderes e gerentes veem como seu sucesso depende da criação de
significado compartilhado.
 Líderes e dirigentes ganham um novo entendimento de seus papéis e de
seu impacto.
 As organizações e seus ambientes são domínios representados.

A administração estratégica é vista como um processo de
representação.
 A metáfora oferece uma nova perspectiva sobre a mudança
organizacional.
Limitações:
 A metáfora pode ser usada para apoiar a manipulação e o controle
ideológico.
 A cultura é holográfica e não pode ser realmente gerenciada.
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