DE 14_Semana de Arte Moderna – 6ª série

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PA_Artes_7_DE14
Semana de Arte Moderna
Atividade 1 – O que você já sabe
Professor, estimule a turma a responder o que julgam ser moderno, ou seja, quais
conceitos traduzem essa ideia para eles. Lembre os alunos de que o que é moderno
agora pode não ser depois, já que este é um conceito que está relacionado não só
com o tempo em que vivemos, mas também com o modo como vemos as coisas.
Atividade 2 – O Modernismo
Nesta atividade, os alunos entram em contato com as principais características do
Modernismo. Procure recordar com eles quais movimentos artísticos europeus
influenciaram o modernismo no Brasil: Dadaísmo, Futurismo, Cubismo e Surrealismo
(e, no caso de Anita Malfatti, o Expressionismo alemão).
Atividade 3 – A Semana de Arte Moderna
Nesta atividade o aluno encontra a definição do que foi a Semana de Arte Moderna e
percebe qual a importância dessa semana para a propagação da primeira fase do
Modernismo no país.
Enfatize com a turma que o tipo de arte proposta era extremamente contrário àquela
vista e considerada bela até então. Por tal razão, a elite paulistana criticou duramente
o trabalho desses artistas, que tiveram de se esforçar para levar as apresentações até
o fim em meio a tanto barulho, causado pelos protestos.
Explique também aos alunos o conceito de Arte Acadêmica, que abrange a pintura e
escultura produzida durante o século XIX, período no qual muitos artistas recebiam
treinamento formal. Tal medida resultava num estilo mais rigoroso de arte, que remete
à academia francesa.
Atividade 4 – Alguns artistas da Semana de 22
Agora os alunos conhecem melhor alguns dos artistas que participaram da Semana de
22, com exceção de Tarsila do Amaral, e aprecia algumas de suas obras.
Observe que a atividade oferece outros links para o conhecimento de mais obras
desses artistas. Professor, neste momento você pode utilizar a lousa para mostrar e
observar melhor o conjunto de obras selecionadas e algumas informações biográficas.
Note que muitas das xilogravuras de Goeldi lembram as encontradas na literatura de
cordel; no entanto, são mais refinadas. O artista utiliza também o recurso de cores em
muitas de suas obras.
Na música, o aluno entra em contato com a obra de Villa-Lobos por meio de uma
apresentação da orquestra da USP.
Além dos artistas citados, outros também deram sua contribuição: é o caso de Graça
Aranha e Menotti Del Picchia.
Para conferir a biografia dos artistas Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Villa-Lobos, Manuel
Bandeira, Menotti, Graça Aranha, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do
Amaral, consulte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2002/semanadeartemoderna80/personalid
ades.shtml
Victor Brecheret
http://www.victor.brecheret.nom.br/biobr1.htm
Oswaldo Goeldi
http://www.pitoresco.com.br/brasil/goeldi.htm
http://www.centrovirtualgoeldi.com/default.aspx (instituto)
Dica de livro:
Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro. Autor: TELES, Gilberto Mendonça.
Curiosidades:
• Após 1922, surgiram quatro grupos modernistas, entre eles: o Movimento Pau-Brasil
(1924), lançado por Oswald, que propôs uma literatura nacionalista; o Movimento
Verde-Amarelo (1926), do qual Menotti del Picchia participava, que afirmava a
liberdade e a igualdade entre os povos; o Manifesto Regionalista de Recife (1926), que
visava trabalhar para os interesses do Nordeste e retratar seus aspectos econômicos
e sociais; e o Movimento Antropofágico (1928), também de Oswald de Andrade, que
era contra o conservadorismo do grupo Verde-Amarelo e a favor da devoração dos
valores e influências estrangeiras, num processo de assimilação crítica, para lhes
atribuir um caráter originalmente nacional.
• Entre 1900 e 1920 houve muitos avanços tecnológicos, como o radiotelefone, a
máquina de escrever elétrica, o sistema elétrico de partida de automóveis nos EUA; o
avião de Dumont, o helicóptero e a fotografia colorida na França; o primeiro registro
sonoro em filme e o plano para o sistema de televisão na Grã–Bretanha; o
eletrocardiógrafo na Holanda etc.
• Durante a Semana de Arte Moderna, Villa-Lobos chegou a ser vaiado numa de suas
apresentações por estar calçando um chinelo num pé e um sapato no outro; no
entanto, segundo o maestro, não foi de propósito, seu pé realmente estava
machucado. Apesar desse evento, o objetivo dos modernistas passava pela ruptura
com a arte acadêmica, pela discussão e criação de uma nova estética nacional, e pela
quebra da solenidade.
Abaixo, uma breve análise da obra Macunaíma, de Mário de Andrade:
Macunaíma é uma lenda de origem indígena na qual Mário mistura outras lendas,
superstições, provérbios e anedotas, e cria o que ele chama de rapsódia, uma espécie
de poema épico ou de trechos misturados de cantos populares. Na narrativa de Mário
de Andrade, o fantástico se confunde com o real, e Macunaíma é um herói ameríndio
que trai e é traído, que é preguiçoso, indolente, mas esperto e matreiro, individualista e
dúbio. Destituído da auréola idealizada dos românticos, Macunaíma é o índio
moderno, múltiplo e contraditório. Nasce na selva, filho de uma índia tapanhumas, fala
tardiamente e só anda quando ouve o som do dinheiro. Vira príncipe e trai o irmão
Jiguê ao ‘brincar’ com as cunhadas, primeiro Sofará e depois Iriqui. Vira homem e
mata a mãe, enganado por Anhangá. Casa-se com Ci, a mãe do mato, guerreira
amazonas da tribo das Icamiabas. Macunaíma torna-se o Imperador do Mato Virgem.
Após seis meses, tem um filho. A criança morre, transformando-se em planta do
guaraná. Ci, cansada e desiludida, vira a estrela Beta da Constelação Centauro. Antes
de morrer, porém, Ci deixa o esposo a muiraquitã, uma pedra talismã que lhe daria a
garantia de felicidade. Mas o herói perde a pedra que acaba nas mãos do rico
comerciante peruano Venceslau Pietro Pietra, colecionador de pedras em São Paulo.
Em companhia de seus dois irmãos, Maanape e Jiguê, vai para São Paulo a fim de
reconquistar a pedra, que simboliza seu próprio ideal. Porém, Venceslau, que está
disfarçado de comerciante, é na verdade o gigante Piaimã, comedor de gente; por
isso, as investidas de Macunaíma contra ele não dão resultado. Somente depois de
apelar para a macumba Macunaíma consegue derrotar o gigante.
Reconquistada a pedra, Macunaíma retorna ao Amazonas e se deixa atrair pela Iara,
perdendo definitivamente a pedra. Como já não vê mais graça no mundo, vai para o
céu, onde se transforma em estrela da Constelação Ursa Maior, ficando relegado ao
brilho das estrelas.
Atividade 5 – Para aplicar o que aprendeu
Professor, oriente os alunos a resolverem o exercício de verdadeiro ou falso sobre o
Modernismo. Estipule um tempo para a atividade.
O jogo conta com autocorreção, porém você pode comentar cada sentença com os
alunos.
Gabarito:
(V) O Modernismo europeu influenciou o Modernismo no Brasil.
(F) Olavo Bilac e Monteiro Lobato participaram da Semana de 22. (Olavo foi um
escritor parnasiano e Lobato também criticou a pintura modernista de Anita Malfatti.)
(V) No Modernismo, os artistas buscavam o resgate das raízes nacionais.
(V) Oswald de Andrade era escritor e dramaturgo modernista e foi quem escreveu a
peça O rei da vela.
(F) Tarsila do Amaral expôs seu famoso quadro Abaporu no Teatro Municipal de São
Paulo em 1922. (Tarsila ficou de fora da Semana de 22 e a tela Abaporu foi dada de
presente ao se marido, dando-lhe a ideia de criar o Manifesto Antropofágico.)
(V) Villa-Lobos, assim como outros modernistas, inspirou-se no cotidiano do povo para
fazer sua arte.
Atividade 6 – Criação artística
Agora, os alunos serão os artistas da vez. Nesta atividade a turma deve escolher um
tema que retrate o Brasil (como o samba, o Carnaval, a plantação de café, a pesca
etc.) e, a partir dele, criar uma cena no Paint Brush.
Professor, deixe os alunos livres na criação quanto ao uso de cores e demais artifícios.
Lembre-os de nomearem a obra, salvarem o arquivo e enviarem-no a você. Se julgar
pertinente, apresente na lousa os trabalhos feitos.
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