CÂNCER DE PULMÃO Epidemiologia: 2° tumor mais comum,sendo o câncer que mais mata. O prognóstico é melhor nos pacientes assintomáticos, sendo que 75% dos pacientes sintomáticos são incuráveis. Além disso, o prognóstico é melhor para pacientes que apresentam sintomas em menos de 3 meses. Mais comum em homens que em mulheres (homem 2-3,5:1 mulher) mas isso esta tendendo a se igualar pelo aumento de mulheres fumantes. Fatores de risco: - Tabagismo; aumenta o risco de 13x. esta mais relacionado ao epidermoide e oat cel. - asbesto (relacionado ao mesetolioma e menos relacionado ao oat cel); - minerais radioativos; - hidrocarbonetos aromáticos tricíclicos( são radicais livres); - DPOC; - carência de vitamina A e betacaroteno (estes 2 diminuem a incidência de CA em fumantes pesados). SINAIS E SINTOMAS: Crescimento tumoral local pode levar a dor toracica, tosse, hemoptóicos,atelectasia, dispnéia, febre. Invasão local ou regional;Isso pode levar a sintomas como disfagia(por comprimir esôfago), rouquidão (ao atingir o nervo laríngeo recorrente), instabilidade hemodinâmica( quando atinge o coração), dor progressiva no ombro (por invasão do plexo braquial). Metástases intratorácicas; Metástases extratorácicas principalmente para cérebro, osso, fígado e supra renais. Síndromes paraneoplásicas como em pacientes que vão ter osteoartropatia hipertrófica de Pierre, s. de cushing, etc. Estas síndromes estao mais relacionadas ao oat cel. DIAGNÓSTICO: História avaliar a genética, se fuma, os sinais e sintomas do paciente. Exame físico- observar a presença de síndromes paraneoplásicas, as alterações na percussão, na palpação e frêmito, etc. Citologia do escarro- para detectar células neoplásicas. Imagem: RX de tórax- PA em inspiração e expiração para ver se há paralisia frênica ( diafragma não se mexe), perfil, Laurell, ápico-lordótica dependendo da localização- avaliar áreas hipotransparentes anormais. USG para localizar derrame pleural e pericárdico associadoTC é o melhor exame para estudar o parênquima pulmonar, sendo importante para estadiamento de tumores não invasivos. RNM que tem em vantagem em relação a TC a investigação de estruturas vasculares ou da medula espinhal. Cintilografia pra verificar metástases ósseas ( não se faz de rotina). PET Scan- este exame capta alterações no metabolismo da glicose ( nos focos de neoplasia há aumento do consumo de glicose). Trata-se de um exame importante para detectar metástases.É um exame muito caro, segundo o professor custa 5000 reais. Broncoscopia com LBA avalia critérios de inoperabilidade como Carina fixa.Faz melhor o diagnostico de tumores centrais. Biópsia transtoracica guiada pela TC- bom para lesões periféricas. 1 Biópsia a céu aberto- é a cirurgia propriamente dita, geralmente o diagnostico e feito antes. DIAGNÒSTICO INVASIVO: Broncoscopia- não é bom para massas periféricas. Toracoscopia- para biopsar pleura, nódulos e massas periférica. Biópsia transtorácica com agulha fina- p/ massas muito periféricas. Biópsia incisional (tira um pedaço) e excisional (tira o linfonodo inteiro) de linfonodos axilares e cervicais. Biópsia de Daniels (biópsia de ângulo venoso)- biópsia com incisão cervical para avaliar cadeia linfonodal. Mediastinoscopia- indicado qdo há linfonodos mediastinais. Mediastinostomia (Chamberlain) Toracotomia exploradora. Toracocentese e biópsia pleural. Critérios de Operabilidade: Espirometria Capacidade de difusão de CO. Gasometria arterial Ergometria (teste de função cardiovascular); Cintilografia perfusional pulmonar. CLASSIFICAÇÂO HISTOLÒGICA: I - Carcinoma de cels escamosas (epidermóide) Carcinoma escamoso. II - Carcinoma indiferenciado de pequenas cels. - Avenocelular - Cels intermediarias - Avenocelular combinado III- Adenocarcinoma -Acinar - Papilar - Bronquíolo alveolar - Sólido com secreção de muco IV- Carcinoma indiferenciado de grandes células - cels gicgantes - cels claras Carcinoma epidermóide: - Pérolas córnea ( queratina) - Centralizado - corresponde a 30% dos cânceres de pulmão. - Associado ao tabagismo - O tumor de Pancoast é muito comum no carcinoma epidermóide. 2 Adenocarcinoma: - É o mais comum correspondendo a 30 -35% dos cânceres de pulmão. - “scar carcinoma” - Periférico - Assintomático em 50% dos casos - 26% dos adenocarcinosmas são bronquíolo-alveolar sendo este multifocal por se disseminar por via aerógina, este subtipo se assemelha a uma pneumonia e o que tem menor relação com o fumo. - Aparece nódulos ou massas periféricas em lobos superiores. -Atinge principalmente mulheres e jovens e tem tendência a formar glândulas. Carcinoma indiferenciado de grandes células: - Periférico com crescimento rápido; - Corresponde a 10-20% dos cânceres de pulmão - Metastização precoce - Associado ao tabagismo - Cels gigantes pior prognóstico Carcinoma indiferenciado de pequenas células: - Origem neuroendócrina, sendo por isso quase uma doença sistêmica(palavras do professor) - Corresponde a 20% - É central - Tem metastização precoce - É o que mais cursa com síndromes paraneoplásicas ( ACTH, Síndrome da secreção inapropriada do ADH, hipercalcemia). É, portanto um tumor do sistema APUD. -Tem maior associação com a Síndrome da veia Cava Superior (ocorre devido a obstrução tumoral deste vaso, levando a edema de face e fossa supraclavicular,turgencia jugular fixa circulaçao colateral) por ser central. - Raramente ocorre em não fumantes. Estadiamento: T0- sem tumor primário Tx- na citologia apareceu cel neoplásica mas não há tumor Tis- tumor in situ T1- nódulo do pulmão, < 3cm e não invade pleura parietal T2- está no interior do pulmão, >3cm ou <3cm invadindo pleura parietal ou envolvendo brônquio causando pneumonite ou bronquiectasia e esta a mais de 2 cm da carina. T3- tumor de qualquer tamanho que invada estruturas ressecáveis (parede torácica, pericárdio) ou envolve o brônquio a menos de 2cm da carina. T4- tumor de qualquer tamnho que invade estruturas irressecáveis (traquéia) ou presença de derrame pleural maligno. N0- sem envolvimento nodal N1- linfonodo peribrônquico + N2- linfonodo positivo paratraqueal ou subcarinal do mesmo lado da lesão. N3- linfonodos escalenos, submandibular e axilar envolvidos. M0- sem metástase M1- há metástase. 3 Estágio I: IA- T1 N0 M0- 13% IB- T2 N0 M0- 23% Tto cirúrgico Sobrevida em 5 anos IA= 67% IB = 57% Estágio II: IIA- T1 N1 M0- 1% IIB- T2 N1 M0/T3 N0 M0- tumor de Pancoast (cresce no ápice do pulmão e invade a parede torácica)- 7% Tto cirúrgico+complementar já que a ressecção é incompleta Sobrevida em 5 anos: IIA -55% IIB – 38-39% Estágio III: IIIA- são tdos que tenham T3 ou tenham N2 Até o estagio IIIA opera-se o paciente, sendo então considerados ressecáveis (N2)- 10% Lesão com extensão extrapulmonar(T3) T3 N1 M0 Comprometimento linfonodal mediastinal ipsilateral ou subcarinal- T1-3 N2 M0 O objetivo do tratamento é aumentar a sobrevida e o intervalo livre da doença. Sobrevida em 5 anos- 23% IIIB- são tdos que tenham T4 ou N3. (envolvimento extrapulmonar):NÃO É MAIS TRATAMENTO CIRÚRGICO Acometimento de Linfonodos hilares e mediastinais contralaterais (T3) Ou Linfonodos extratorácicos (escalenos e supraclavicular) Sobrevida em 5 anos é de 5%. Estágio IV: qualquer um que tenha M1 Envolvimento metastático M1- 27% Terapêutica paliativa( segundo o professor é caríssima, custando cerca de 30 000 reais por semana) Sobrevida 1% 4