avaliação da expressão do gene fgfr4 na presença do

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AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DO RECEPTOR DA LEPTINA COMO CANDIDATO
A MARCADOR DE AGRESSIVIDADE TUMORAL EM PACIENTES COM
CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA E OROFARINGE
Aluno Leandro Ucela Alves
Orientadora: Profa. Dra. Adriana Madeira Álvares da Silva
Introdução: O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço representa 90% dos
tumores das vias aerodigestivas superiores e está relacionado ao etilismo e
tabagismo e à suscetibilidade genética. Visto a agressividade tumoral para câncer de
cabeça e pescoço, o grupo de pesquisa do Projeto Genoma Clínico de Câncer de
Cabeça e pescoço, selecionou da lista de genes mais expressos em tumores menos
agressivos, através da utilização da técnica de microarray, o gene LEPR – receptor
de leptina, responsável pela sensação de saciedade e gasto de energia quando
ativada pelo seu ligante, a leptina. O LEPR é um receptor de citocina de classe 1
que está envolvido na ativação da transcrição gênica, neovascularização,
obesidade, câncer de pulmão, gástrico e câncer de mama. Objetivos: O presente
trabalho realizou a validação desse gene através da análise de expressão por
imunohistoquímica em 85 pacientes com carcinoma epidermóide de vias
aerodigestivas superiores. Resultados: Das 85 amostras analisadas, 54 foram
positivas com 34 marcações fortes e 20 marcações fracas. As lâminas coradas com
o anticorpo do Lep-R foram avaliadas comparando a sua coloração (negativa ou
positiva), com as características histopatológicas do tumor como: tamanho do tumor
(p= 0,840), linfonodo acometido (p=0,156), invasão extracapsular (p=0,143), grau de
diferenciação do tumor (p=0,825), embolização linfática (p=0,373), invasão
perineural (p=0,198), infiltrado inflamatório peritumoral (p=0,370), necrose (p=0,290)
e desmoplasia (p=0,999), sem associação de significância. A expressão da proteína
também foi comparada com a sobrevida dos pacientes também sem significância
estatística. Discussão: Apesar de outros autores apontarem para a relação do
receptor de leptina e a promoção do câncer, nosso trabalho não detectou tal
associação. Esses resultados poderiam ser significativos se as margens do tumor
fossem analisadas, pois talvez a proteína Lep-R se expresse apenas no carcinoma
epidermóide de boca e orofaringe e não nas margens ou haja diferença na
intensidade da marcação. O número de casos também pode influenciar os
resultados, para se demonstrar realmente uma associação entre a expressão da
proteína e o tumor, deve-se fazer novos estudos aumentando o número de
pacientes.
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