Schmidt diz que novo salário é coerente com a economia gaúcha Por Luciane Fagundes O deputado Luís Fernando Schmidt (PT) acredita que a instituição do piso mínimo regional no Estado não deveria ser motivo de preocupação por parte de setores do empresariado gaúcho. O parlamentar, que participou da audiência pública promovida ontem pela Comissão de Economia que debateu o tema, entende que o projeto do Executivo que fixa entre R$ 230,00 e R$ 250,00 o mínimo no estado é coerente com as condições da economia estado, cujo PIB é o que mais cresce no país. Ele lembrou ainda que o Rio Grande do Sul retomou sua condição de maior produtor de grãos do Brasil. “O novo piso é conseqüência natural desta conjuntura e isto é extremamente positivo para o desenvolvimento do estado”, ressaltou. Conforme Schmidt, o aumento da produtividade da economia possibilitará que as empresas absorvam o impacto do valor estabelecido pelo governo. “A produtividade geral da economia cresceu 100% entre 1991 e 1999, enquanto o salário mínimo nacional aumentou menos de 60% no mesmo período”, destaca. O parlamentar argumenta ainda que a renda per capita do Rio Grande do Sul (R$ 7,8 mil ao ano) é 40% superior à renda nacional (R$ 5,6 mil ao ano), o que permitiria também assegurar salários em proporções semelhantes. De acordo com ele, a proposta foi elaborada a partir de discussões com trabalhadores e empresários, tendo como base o crescimento da economia gaúcha a partir de 1999 e beneficiará cerca de 550 mil trabalhadores.