Os números deste terceiro trimestre e do acumulado do ano confirmam a sensível melhoria em 1999 da situação econômico-financeira da Companhia, em decorrência, principalmente, dos aumentos de capital realizados em 1998 e 1999 no total de R$ 345 milhões e da desvalorização do Real iniciada em janeiro do corrente ano (vide análise mais extensa no bloco “outras informações” deste ITR). Neste terceiro trimestre a Companhia reconheceu contabilmente o imposto de renda diferido ativo decorrente dos prejuízos fiscais acumulados, no valor de R$ 177 milhões (vide nota explicativa nº 5), ao mesmo tempo em que descontinuou o diferimento das variações cambiais que vinha fazendo, tendo baixado o saldo que remanesceria diferido em 30/09/99 no valor de R$ 129 milhões (vide nota explicativa nº 8). Os preços de celulose de eucalipto no mercado internacional, assim como no trimestre anterior, melhoraram, atingindo níveis de US$ 560/t em setembro. Os estoques NORSCAN reduziram-se fechando setembro em 1,26 milhões de toneladas, nível mais baixo para essa época do ano nos últimos anos. Os preços na Europa em outubro são de EUR 535/t e nos demais mercados serão, em novembro, de US$ 590/t. Os preços de papel no mercado internacional ainda não tiveram a mesma intensidade de recuperação apresentada pela celulose, como conseqüência da maior disponibilidade de oferta em relação à demanda. O diferencial entre o preço do papel de imprimir e escrever e a celulose ainda está abaixo da média histórica. A geração de caixa operacional, medida pelo conceito EBITDA alcançou R$ 208,1 milhões nos primeiros nove meses de 1999, representando um crescimento de 126% em relação a igual período do ano anterior. A relação dívida líquida / geração de caixa anualizada atingiu nível que dá continuidade ao processo de queda já evidenciado, nos trimestres anteriores de 1999. Nos nove primeiros meses de 1999, foram produzidas 440,9 mil toneladas (283,4 mil toneladas de celulose de mercado e 157,5 mil toneladas de papel), produção maior em 12% se comparada a igual período de 1998. No acumulado de 1999, foram vendidas 447,4 mil toneladas, volume superior em 22% quando comparados ao mesmo período do ano anterior, Deste total 290,7 mil toneladas foram de celulose (82% exportados) e 156,7 mil toneladas de papel (63% exportados). O crescimento de 71% na receita líquida de vendas, comparando-se os nove meses de 1999 com o mesmo período de 1998, combina uma elevação de 22% no volume de produtos vendidos e 41% de aumento nos preços médios unitários em Reais, sendo este último influenciado pela desvalorização do Real e maior participação relativa das exportações. O custo médio unitário dos produtos vendidos durante os primeiros nove meses de 1999, apresentou um crescimento de 12%, comparados ao mesmo período de 1998, principalmente devido ao maior volume exportado, onde são agregados custos adicionais de logística, inclusive custos no exterior denominados em moeda estrangeira.