Cerimónia de Inauguração da Escola de Ciências da Saúde e de Graduação dos 1ºs Licenciados em Medicina 8 de Outubro de 2007 Discurso do Reitor da Universidade do Minho, Prof. Doutor António Guimarães Rodrigues Senhor Ministro, a presença de Vossa Excelência, em representação do Governo, constitui um forte estímulo para o trabalho que temos desenvolvido e que iniciamos há exactamente 6 anos, com uma Aula Inagural do Curso de Medicina em que muito nos honrou a sua presença, era então V.Exa também Ministro da Saúde. O dia de hoje marca o final da primeira etapa do projecto de criação na Universidade do Minho de competências de investigação na área das ciências da saúde e da oferta de formação qualificada em medicina. Ao longo destes seis anos de instalação, o Centro de Ciências da Vida e da Saúde foi avaliado como Excelente, e a licenciatura em medicina, sempre acompanhada por um painel de peritos internacionais ao longo dos anos de instalação, tem atraído estudantes com as mais elevadas classificações de acesso. O edifício da Escola de Ciências da Saúde foi concluído, e é hoje inaugurado. A Escola de Ciências da Saúde elaborou o seu Regulamento e elegeu a sua Presidente. Formaram-se este ano os primeiros licenciados em Medicina pela Universidade do Minho. Não seriam necessárias mais referências para evidenciar o completo sucesso da instalação da área das Ciências da Saúde na Universidade do Minho. A sorte, porém, pouco tem a ver com estes resultados que são hoje aqui anunciados. O projecto de criação de uma Escola de Medicina é tão antigo quanto a fundação da Universidade, remontando ao tempo da sua Comissão Instaladora. A concepção da Universidade do Minho como uma Universidade Completa nunca foi abandonada e a criação da Escola de Ciências da Saúde veio a ser autorizada para ter início no ano lectivo de 2001/02. Foi então assinado um contrato-programa que garantia as condições financeiras para a instalação de uma Escola de qualidade, capaz de constituir um marco na investigação e no ensino da medicina. Já em 2002, porém, e a partir desse ano, o financiamento associado a este contrato-programa foi diluído no orçamento global transferido para a Universidade e, portanto, objecto das sucessivas reduções, cortes e cativações. Apenas com o recurso a receitas próprias da Universidade foi possível garantir a componente nacional do financiamento necessário à construção do edifício. Só o tremendo esforço financeiro de toda a Universidade permitiu aqui chegar e celebrar o sucesso deste projecto. Só a gestão cuidada e estratégica dos responsáveis pela instalação da Escola permitiu que fosse simultaneamente instalada e desenvolvida a capacidade de investigação. Só o ânimo e o empenhamento pessoal do corpo docente e de funcionários permitiram atingir esta meta. Algumas referências especiais são devidas. Ao Prof. Pinto Machado, que viveu este projecto desde a fundação da Universidade, e que ainda hoje nos explica que um licenciado em medicina não pode ser um estudante apenas suficiente, conhecedor de apenas uma parte da anatomia. À Prof. Cecília Leão, que aceitou como desafio reorientar a sua actividade para se envolver totalmente neste projecto. Finalmente, presto o reconhecimento da Universidade aos anteriores Reitores, que mantiveram esta chama, e que garantiram que se transformasse em realidade. Ao Prof. Machado dos Santos, a Universidade fica profundamente devedora de mais esta realização. Mais do que a construção do edifício, e mais do que o seu recheio de equipamentos pedagógicos e científicos, releva o seu conteúdo. É o projecto de um curso de medicina inovador, que com anos de antecedência introduziu as metodologias de ensino-aprendizagem que identificam o modelo de Bolonha. É um projecto que embebeu a investigação no ensino. É um projecto que agregou as competências de um corpo docente qualificado. É um projecto que ousou abandonar o modelo estabelecido em Escolas de Referência. É um projecto que faz justiça ao espírito inovador da Universidade do Minho. A ars medicina ou a “arte de curar” incorpora não só a base científica e a prática no sentido técnico, mas também a capacidade criativa e imaginativa indispensáveis ao tratamento da complexidade do corpo e da mente. Os estudantes hoje aqui destacados entraram nesta Universidade há 6 anos, para se formar e adquirir competências numa licenciatura que ajudaram a construir ano a ano. Foram cúmplices nesta construção. Serão sempre o grupo dos “magníficos 50”. Cabe-lhes a responsabilidade de demonstrar o valor do modelo de formação da licenciatura em Medicina da Universidade do Minho. Aos nossos licenciados deixo os meus votos do exercício da profissão que lhes traga a maior realização pessoal, cumprindo o imaginário presente na sua opção quando se inscreveram como os primeiros alunos de Medicina da Universidade do Minho. Senhor Ministro da Saúde A Universidade do Minho está orgulhosa da sua Escola de Ciências da Saúde e dos Médicos que aqui se formam. Da parte da Universidade do Minho o compromisso subjacente ao contrato-programa foi totalmente cumprido. Foi cumprido segundo padrões de referência internacionais. Foi cumprido a um nível de excelência. Esta é a marca de uma cultura inculcada e assimilada de exigência que iremos manter e reforçar. Muito obrigado A. Guimarães Rodrigues Reitor