PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – EAD MÓDULO XVI – OUTRAS FALHAS NA ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Nesse módulo continuaremos abordando as falhas e os problemas mais usuais no momento da elaboração do planejamento estratégico nas organizações. 1. Falta de adequação no envolvimento da alta e média administração das empresas. Um aspecto de extrema importância na eficácia de um planejamento estratégico é o nível de comprometimento e participação dos envolvidos no processo. No caso de falta de interesse da alta cúpula, a interligação empresa X ambiente fica prejudicada, tendo como conseqüência a falta de credibilidade no planejamento estratégico. Já no caso de envolvimento exagerado da alta administração podem ocorrer alguns problemas como tendência a centralização excessiva e falta de comprometimento com os problemas de ordem operacional. No caso do envolvimento da média administração no processo de planejamento estratégico, há controvérsias segundo algumas opiniões de autores que afirmam a viabilidade, pois o processo é designado para a empresa na sua totalidade, e há outra linha de estudiosos que afirma que não é viável o envolvimento do nível médio da pirâmide hierárquica. Conforme Reis e Mandetta (2002, p. 162): “as decisões estratégicas devem ser operacionalizadas e interligadas no dia-a-dia da empresa, no mínimo, para propiciar maior credibilidade ao processo, e as atividades inerentes a tornar isso possível são de responsabilidade da média administração, tornando-se válido o envolvimento desse nível hierárquico da organização na elaboração do planejamento estratégico”. Nesse caso, o envolvimento pode ocorrer direta ou indiretamente. Indiretamente ocorre quando a média administração recebe as decisões prontas e ordena os recursos para obtenção dos resultados e, diretamente quando ele participa efetivamente no desenvolvimento do planejamento estratégico. 2. Ações inadequadas no planejamento estratégico. Algumas atitudes podem ser observadas em relação ao processo do planejamento estratégico. - Inativa: estilo e postura da administração conservadora, não considera o futuro, busca pela sobrevivência e estabilidade, resiste aos processos de mudança, reage às ameaças e não às oportunidades e tem como filosofia básica almejar o que pode obter. - Reativa: estilo e postura da administração reacionária e saudosista, não trata do futuro, busca por uma situação passada adequada, resiste aos processos de mudança, reage às ameaças e não às oportunidades e tem como filosofia básica almejar o que já teve. - Pré-ativa: estilo e postura da administração liberal e otimizadora, prazo do futuro é curto e médio, busca pela otimização da situação, não resiste aos processos de mudança, reage às oportunidades e ameaças e tem como filosofia básica tentar almejar o que quer. - Interativa: estilo e postura da administração criativa e idealizadora, prazo do futuro é longo, busca pelo autodesenvolvimento, autorealização e autocontrole, não resiste aos processos de mudança, procura criar oportunidades e se antecipar às ameaças e tem como filosofia básica tentar criar condições para conseguir o que almeja.