Segunda Guerra Mundial(A Aviacao Aliada Golpeia Sem Treguas

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A Aviação Aliada Golpeia Sem Trégua
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Luta no Ar
A Aviação Aliada golpeia sem trégua
Guerra Aérea sobre a Europa
No dia 27 de dezembro de 1943 o general americano Arnold, um dos chefes da força aérea aliada na Europa,
dirigiu aos comandantes gerais das 8 e 15 forças aéreas, a seguinte mensagem:
a) As fábricas de aviões dos Estados Unidos estão entregando grandes quantidades de aviões, motores e acessórios.
b) Nossos estabelecimentos de adestramento funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, treinando
tripulações.
c) Estamos em vias de providenciar todos os aviões e tripulações necessários para compensar os desgastes.
d) É ponto pacífico que Overlord e Anvil não serão possíveis, a menos que se destrua a força aérea alemã.
e) Portanto, minha mensagem pessoal a vocês - que é uma ordem - é: "Destruir a força aérea alemã, em qualquer
lugar em que se encontre, no ar, na terra e nas fábricas".
a
a
Esta foi a mensagem de Ano Novo que o General Arnold dirigiu a Doolittle e Twining.
Na frente da Itália, os Aliados ostentavam uma nítida superioridade aérea que se acentuava dia a dia, porém a
iminência da operação Overlord fez com que a Itália fosse considerada uma frente secundária, e que a maioria dos
recursos disponíveis fossem concentrados para garantir o êxito da nova campanha. No começo de 1944, foi criada a
força aérea aliada do Mediterrâneo, dirigida pelo General Eaker.
Este efetivo participou na primeira empreitada em grande escala destinado a quebrar a resistência ao desembarque
de Anzio.
Cortou as linhas de comunicação que conduziam à zona de batalha, amaciou defesas e, apesar da distância de suas
bases, ofereceu eficaz proteção aos desembarques. Porém as condições meteorológicas do inverno não facilitaram, em
geral, as incursões. A grosso modo, podemos dizer que as missões fundamentais foram: a proteção da perigosa cabeçade-praia de Anzio e o começo dos ansiosamente esperados ataques às fábricas alemães.
Algumas operações aéreas atraíram uma atenção que não coincidiu, porém, com a sua real importância militar.
Essas operações, a destruição da abadia beneditina de Monte Cassino e a do cidade de Cassino, foram inclusive
feitas contra a opinião de homens como Eaker e Clark, e deixaram um amargo saldo, pois constituía o uso incorreto
de uma arma. Na verdade, os efeitos foram negativos, pois os fragmentos de alvenaria e as crateras contribuíram para
demorar o já lento avanço dos Aliados e para aumentar a eficácia dos defensores.
Ao chegar a primavera, as operações cresceram em intensidade, favorecidas pelo clima mais ameno. A necessidade
de forçar a linha Gustavo determinou o nascimento da operação "estrangulamento" que era um ataque destinado a
destruir as comunicações inimigas. Depois de muitas discussões entre diversos pontos de vista, sobre se deviam
bombardear principalmente as pontes ou os pátios de manobras ferroviárias, decidiu-se atacar todos os elementos do
sistema ferroviário tais como: pontes, túneis, estradas, material rodante e oficinas.
"Estrangulamento" começou oficialmente a 19 de março e seu sucesso foi crescendo paulatinamente à medida que
a precisão dos bombardeiros e caça-bombardeiros aliados aumentava. Isto fez com que os alemães dependessem cada
vez mais dos transportes motorizados, o que retardou enormemente o seu sistema de abastecimentos.
No dia 4 de junho, os Aliados haviam chegado a Roma e a retirada alemã foi acelerada, começando, assim, a se
desorganizar. Enquanto isso, o poderio aéreo aliado praticamente dominava os céus. Salvo alguns combates com uns
poucos aparelhos italianos treinados na Alemanha, os aviões da Força Aérea do Mediterrâneo não encontravam
resistência no ar. Os alemães tiveram que depender quase exclusivamente dos forças antiaérea, poderosamente
reforçadas, a tal ponto, que nos comunicados de baixas, os aviões alemães caídos eram menos que os aparelhos aliados,
simplesmente porque a quantidade de aviões em combate era muito menor.
A retirada das divisões alemães para o Reich começou a 23 de janeiro de 1945 e, a partir desse momento, a força
aérea aliado intensificou seus esforços para impedir o trânsito pelas rotas que atravessavam os desfiladeiros alpinos.
Essas operações foram interrompidas a 2 de maio de 1945, quando ocorreu a rendição total.
Enquanto isso, a aviação aliada realizara operações estratégicas apoiando o avanço russo que desalojou os alemães
da Romênia, Bulgária, Grécia, Iugoslávia e parte da Hungria. Nestas frentes a força aérea encontrou o inconveniente
de cooperar com um aliado que não permitia o estabelecimento de nenhum sistema real de comunicação ou de uma
linha de bombardeio determinada racionalmente.
Na estratégia do bombardeio aéreo, os americanos tropeçaram com outro inconveniente: os aviões. Apesar do
poder defensivo ostentado pelos aparelhos B-17 e B-24, os alemães intensificavam a construção de caças e isso,
agregado à eficácia da defesa antiaérea, fazia com que cada incursão custasse um preço muito alto aos Aliados.
Durante algum tempo, devido em parte às condições atmosféricas desfavoráveis, decidiu-se que o solução seria o
bombardeio com instrumentos ou bombardeio às cegas. Houve, inclusive, grandes pressões em Washington para levar
avante essa teoria.
O bombardeio às cegas desperdiçou muitos esforços, porém, talvez se justifique, supondo que o pensamento dos
altos-comandos era: "é preferível bombardear às cegas, sem garantia de acertar no objetivo, do que não poder golpear
o inimigo".
Uma experiência mais frutífera foi a de aumentar o raio de ação dos caças da escolta. Os engenheiros haviam
fracassado várias vezes, tentando criar um tipo de caça protetor com grande raio de ação. Então, resolveu-se aumentar
as possibilidades dos já existentes. Assim, aos P-38, P-47 e principalmente ao P-51, foram agregados tanques
adicionais para aumentar suas horas de vôo. Desta forma conseguiu-se equilibrar a superioridade dos caças
interceptores alemães, embora ainda tivessem que transcorrer alguns meses antes de se contar com suficiente
quantidade de aviões que significassem uma proteção adequada.
"Pensei que o "Super-Homen" estava do nosso lado..."
Os alemães tentavam intensificar os aperfeiçoamentos nos seus novos aparelhos.
Um B-25 que voava sobre a Alemanha, integrando uma formação cerrada, viu, de súbito, que do alto, um bólido
se lançava sobre a esquadrilha. Executava mergulhos mortíferos. Pouco depois, vários bombardeiros caíam envoltos
em chamas. Tanto os aviões-escolta como a artilharia dos próprios bombardeiros eram impotentes para detê-lo. Num
dos mergulhos, o bólido avariou um dos motores do B-25; no seguinte avariou o outro. - Ei! - gritou um dos tripulantes
ao comandante - pensei que o Super-Homem estava do nosso lado!
Era o Messerschmit 262, um projeto que os alemães haviam abandonado em 1942, e que voltava a ganhar
atualidade nos primeiros dias de 1944. E o Me-262 não era o único. Junto com ele, outros projetos de Arado, Heinkel,
Focke Wulf etc., esperavam sua vez para aparecer. Por sorte para os Aliados, todas essas iniciativas tropeçavam no
autoritarismo de Hitler, que achava que se deviam produzir bombardeiros para missões de represália.
Este projeto seria enviado também ao Japão, porém sua realização demorou muito e os primeiros protótipos
ficaram prontos somente quando a guerra já chegava ao fim.
Na Inglaterra, a necessidade de soluções rápidas que pudessem deter as V-1 e V-2 intensificara os trabalhos para
a fabricação de um interceptador a jato; era o Goster Meteor que também fez seu aparecimento ao apagar das luzes da
guerra.
Quer dizer, portanto, que a Alemanha tinha nessa iniciativa vários meses de vantagem sobre as outras potências,
porém a atitude de Hitler retardou a concretização do projeto até, finalmente, ser demasiado tarde.
A grande semana
Os esforços para destruir o potencial aéreo alemão culminaram em fins de 1943 (novembro) no planejamento de
um ataque maciço contra uma dezena de fábricas que produziam aparelhos de caça ou peças para os Me109 e 110, Ju88 e 188 e Fw-190. Este plano se denominava Argument e seria aperfeiçoado mais tarde com ataques complementares.
Para a realização desse programa se requeriam pelo menos meia dúzia de dias de céu limpo. Estas condições
apareceram em fevereiro de 1944. A 19 de fevereiro, o comando da Força Aérea Estratégica americano na Europa
(um novo organismo que, sob o direção do General Carl Spaatz, coordenava a ação aérea em todas as frentes de luta)
programou as primeiras missões para o dia seguinte e, em menos de uma semana, registraram-se mais de 3.800 saídas.
Os resultados nunca puderam ser totalmente comprovadas, mas, evidentemente, foram importantes.
Embora a produção alemã de caças, apesar de tudo, tenha aumentado no transcorrer de 1944, não chegou a alcançar
os níveis previstos.
A Grande Semana custou à força aérea 226 bombardeiros pesados e 28 caças, porém as perdas alemães foram
maiores e, a partir de então, a Luftwaffe perdeu a prioridade no ar. A Grande Semana era o começo de uma série de
ataques contra centros vitais, porém esse projeto estaria subordinado às necessidades operacionais. Isso quer dizer que
a força aérea teria que colaborar ativamente para o êxito de operações como Overlord e depois concentrar seus esforços
no ataque de objetivos de interesse geral.
Os ataques a fábricas de combustível sintético, comunicações e, depois, às fábricas de aviões a jato, foram
intensificados depois do Dia D. A quantidade de incursões empreendidas pelos tripulações originou sérios problemas
psíquicos entre seus membros e inclusive foram apresentadas denúncias acusando algumas delas de buscar,
deliberadamente, refúgio em países neutros como a Suécia e a Suíça. Esses casos aconteceram e foram
minuciosamente investigados, pois, evidentemente, sua difusão poderia ter conseqüências desastrosas.
Em setembro de 1944 as esperanças há longo tempo alimentadas do término breve da guerra desapareceram. Então
tornou-se necessário intensificar os ataques à indústria alemã. Uma teoria foi tomando corpo: a de atacar as cidades
alemães para quebrar sua resistência moral. Essa teoria, atribuída ao Marechal-do-Ar Sir Arthur Harris, foi contestada
por Arnold, Spaatz e outros chefes.
Estes achavam que esta teoria era contrário aos seus princípios do bombardeio de precisão. A sua preocupação
com a opinião pública americana e alemã e do que diria a "História", contrasta com a determinação com que se aplicou
contra o Japão o bombardeio de zonas e, segundo alguns observadores, "seria interessante especular sobre se a prática
aplicada na guerra do Pacífico não foi responsável pela mudança de política em relação à Alemanha, ocorrida nos
meses que se seguiram ao fim da guerra".
Para apoiar a Resistência
Manter o espírito e o contato com elementos patrióticos e clandestinos que se negavam a aceitar a derrota foi um
dos importantes objetivos para a força aérea aliada em todo o transcorrer da guerra. Era necessário alentar os focos de
resistência, fazer com que se organizassem de maneira eficiente e deles obter dados muito úteis relacionados com o
continente ocupado pelo inimigo. Suas tarefas consistiam em entregar cargas (canhões, munição, explosivos,
medicamentos e outros elementos de importância da guerra de guerrilhas) vindas de bases da Grã-Bretanha, África ou
Itália, aos maquis na França e aos grupos de resistência dos Bálcãs e da própria Itália. Às vezes, junto com as cargas,
iam Joes (agentes) ou, ocasionalmente, alguma Jane (agente feminina). Um dos trabalhos mais complexos consistia
no resgate de agentes que tinham terminado sua missão, de aviadores aliados obrigados a aterrissar ou que caíam em
território inimigo, prisioneiros de guerra fugidos ou componentes dos grupos de resistência feridos...
O êxito de todas essas operações dependia do estabelecimento de boas ligações para coordenar a ação da resistência
e os planos aliados. Estes eram, em geral, os objetivos que atingiam por intermédio de agentes lançados de páraquedas ou que aterrissavam na retaguarda do adversário. Agentes dedicados à sabotagem ou à espionagem,
organizadores de grupos clandestinos, observadores meteorológicos, operadores de rádio, unidades de resgate de
tripulações aéreas e missões militares formavam a maioria dos "corpos" transportados pelos aviões dedicados a
missões desse tipo.
O resgate era uma operação muito mais complexa. A viagem de regresso do Europa Ocidental ou da Polônia era
extremamente difícil.
Embora faltem estatísticas completas, o número de feridos e outros tipos de refugiados retirados dos Bálcãs, no
período que vai de 1 de abril de 1944 a 30 de abril de 1945, foi de, aproximadamente, 19.000. O resgate de tripulações
aéreas a cargo de todos os organismos que funcionavam no Mediterrâneo chegou a seu ponto culminante em setembro
de 1944, embora agosto tenha sido o mês mais intenso para os aviões de tarefas especiais. Somente em setembro,
aparelhos B-17 retiraram da Romênia, no curso da operação Reunião, mais de 1.000 americanos; essas mesmas
unidades resgataram da Bulgária cerca de 300 aviadores aliados. Até 1° de outubro de 1944, conseguiu-se resgatar
dos Bálcãs um total de 2.694 aviadores aliados. Deste número, 1.088 provenientes da Iugoslávia, 46 de Creta e 11 da
Albânia. Durante o período transcorrido entre 1 de janeiro e 30 de abril de 1945, os aviadores de tarefas especiais
resgataram da Iugoslávia e Albânia 310 aviadores aliados.
o
o
Como diria Frank Creven: "Com organismos, equipamento e técnicas especiais adaptadas aos seus problemas
operativos peculiares, as unidades dedicadas ao apoio aéreo dos movimentos de resistência adquiriram um certo
caráter que os diferençou das unidades de combate normais". E ainda: "As medidas de segurança, que cercavam suas
atividades de anonimato, enquanto que as cumpridas pelos caças e bombardeiros enchiam as manchetes dos jornais,
acentuavam ainda mais a diferença".
O lançamento de panfletos por meio de aviões foi um dos meios novos de se combater na Segunda Guerra Mundial.
Esse método de manejar a informação e proporcioná-la a amigos e inimigos em zonas ocupadas foi adotado em todos
os teatros de operações. Em todas as zonas européias e também no Pacífico, aviões aliados lançaram milhões e milhões
de panfletos no decorrer de milhares de incursões.
Os britânicos, no seu jargão militar, denominaram nickels (moeda estadunidense de cinco centavos) a estes
panfletos e nickeling ao processo de lançá-las de aviões.
As operações nickeling iniciadas pela Inglaterra tiveram sua origem numa pequena missão levada a cabo pela RAF
sobre Kiel na noite de 3 para 4 de setembro de 1939. Quatro anos mais tarde, em agosto de 1943, a Oitava Força Aéreo
começava a participar dessa forma de guerra psicológica e, até 6 de junho de 1944, lançara 599.000.000 de panfletos
sobre o continente.
O total de panfletos lançados foi, aproximadamente, 5.997.000.000.
Lutando com o "camarada"
A possibilidade de cooperação com a Rússia em assuntos aéreos já fôra tentada com êxito irregular por americanos
e britânicos.
Em geral, as coisas não foram bem, embora a propaganda interessada as enaltecesse e, em muitos filmes, fosse
focalizada quase como uma irmandade aérea anglo-russo-americana.
Os principais problemas que afetavam as forças aéreas eram a obtenção de bases para a 15 Força Aérea mais perto
de Viena e Budapeste, o estabelecimento de uma linha de bombardeio e de estações de radar no território ocupado
pelos soviéticos. A vantagem de sediar grupos da força aérea anglo-americana na Áustria e na Hungria, era
considerável: os Alpes deixariam de ser um obstáculo ao bombardeio da Alemanha, as distâncias de vôo seriam muito
menores e se poderiam salvar maior número de aviões avariados e tripulações esgotadas. Na conferência celebrada
pelos altos chefes da Aeronáutica, em Cannes, em fins de novembro de 1944, o projeto recebeu uma calorosa acolhida.
Porém os soviéticos, com os quais discutiu-se o tema, demonstraram uma indiferença quase hostil. O assunto ficou
paralisado e, inclusive, chegou-se a supor que os russos não tinham nenhum interesse em ver aumentado o poderio
aéreo aliado na Europa.
a
Como os chefes militares não haviam resolvido nada com referência ao assunto das bases em Viena e Budapeste,
o Presidente Roosevelt conversou a respeito com Stalin, na Conferência de Ialta. A 12 de fevereiro de 1945, surgiram
notícias sobre um "acordo de alto nível". De qualquer modo, passou-se um mês antes de que se pudesse convencer os
soviéticos. Finalmente, em meados de março, o General Eaker recebeu autorização para efetuar um giro pela Hungria
oriental e escolher uma base aérea em Debrecen. Porém Eaker não pôde nem sequer obter permissão para ir a Moscou
tratar dos detalhes do acordo, apesar de, em Belgrado, ter sido muito bem recebido por Tito. E o tempo foi passando.
Seguidamente apareciam novos entraves administrativos, novas delongas.
Os soviéticos, por um lado, alegavam grande interesse, mas por outro retardavam e entorpeciam qualquer
possibilidade de concretização. Em abril, os americanos deixaram o assunto de lado, definitivamente.
A linha de bombardeio foi o segundo problema. Tanto os americanos como os britânicos entendiam que era de
extrema urgência estabelecer acordos para evitar que a força aérea russa fosse confundida com a alemã, americana e
inglesa. Além disso, acertar uma coordenação no sentido de racionalizar os ataques, isto é, evitando que um mesmo
objetivo fosse destruído duas vezes etc. Depois de muitos trâmites, contatos e reuniões, o General John Deane obteve
autorização para fixar a linha Constanza-Bucareste-Ploesti-Budapeste como limite provisória entre as forças aéreas
vermelhas e anglo-americanas, e, inclusive, conseguiu que um oficial da força aérea soviética e o Estado-Maior do
exército vermelho estabelecessem de Moscou uma supervisão de certa elasticidade. Porém, quando a frente avançou,
os russos não permitiram que a linha fosse modificada, devendo permanecer impotente em Bucareste. O problema da
linha de bombardeio tornou-se mais agudo quando aparelhos P-38 atacaram, por engano, uma coluna de tropas russas,
matando um tenente-general do exército vermelho. Os soviéticos reagiram como se tratasse de um ato intencional.
Afinal, o General Eaker tomou conta do problema e estabeleceu uma linha de bombardeio baseada diariamente na
frente da linha do avanço soviético.
A seu devido tempo informaria missão militar americana em Moscou, a qual, por sua vez, informaria aos russos,
com 24 ou 48 horas de antecipação. A missão americana inicialmente se opôs ao plano, porém, depois, aceitou-o, ao
perceber que não restava outra alternativa para racionalizar as missões de bombardeio.
O terceiro problema concernente às forças aéreas americanas e soviéticas se relacionava com os esforços
realizados, infrutíferos até aquela data, para estabelecer em solo russo três pares de estações de microondas. Dessas
instalações poderiam ser emitidos sinais de rádio que chegariam até uma distância de quase 300 km e a conjunção
dessas emissões no equipamento instalado no bombardeiro permitiria uma precisão muito maior ao atacar vinte e seis
alvos alemães de alta prioridade, relacionados com a indústria petrolífera, a produção de aviões a reação, a fabricação
de tanques e o sistema de transporte ferroviário. Enquanto isso, também os britânicos tratavam de estabelecer pequenas
estações para seus equipamentos Gee e Gee H. Tanto as unidades inglesas como as americanas requeriam os serviços
de um número reduzido de pessoal de suas respectivas nacionalidades, uns 100 homens no caso das estações de
microondas. As objeções soviéticas de natureza técnica foram rechaçadas pelos ingleses e americanos por entender
que, na realidade, o que os soviéticos não queriam era ter pessoal estrangeiro dentro de suas linhas. Em conseqüência,
também esta possibilidade foi abandonada.
Além disso, os russos tampouco quiseram designar certos aeródromos situados atrás das suas linhas como bases
de emergência para aviões aliados avariados. Em vez disso, determinaram que qualquer avião avariado aterrissaria
onde pudesse nas zonas controladas pelo Soviet. Essa ordem não agradou aos chefes aliados que temiam - como em
realidade ocorreu - que esses aviões voltassem a aparecer, mas ostentando a estrela da força aérea soviética.
Outro problema era o trato às tripulações caídas nas zonas ocupadas pelos russos. Este não era um problema
provocado por má vontade, mas, possivelmente, por problemas físicos e pela aparente pouca consideração que os
russos tinham pelo vida humana em geral.
Finalmente, as forças aéreas aliadas queriam conhecer o resultado dos alvos que atacavam e em Ialta o Marechal
Stalin autorizou o Presidente Roosevelt para que grupos de reconhecimento operassem nas zonas ocupadas pelos
vermelhos.
Contudo, até quase o final da guerra, os russos, sistematicamente, embargaram esses reconhecimentos.
Alerta no Reno
Na época das campanhas da Europa, para que uma força aérea fosse realmente eficaz devia operar de aeroportos
o mais próximo possível da linha de frente. O comando do 9° grupo de engenharia americana construiu ou adaptou
241 aeródromos na França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Alemanha; o rápido avanço dos exércitos nesses países
fez com que, muitas vezes, a engenharia tivesse que deixar de lado aeródromos quase prontos para adiantar-se e
construir novos, em setores nem sempre adequados. Nessas construções eram utilizadas pranchas de aço perfurado,
superpostas, de acordo com a consistência necessária. Além dos 241 aeródromos construídos ou recuperados pelo 9°
de engenharia, outras unidades construíram 32 campos na Europa continental e a marinha americana, um.
Para a construção de pistas, foram transportados até o final da guerra um total aproximado de 295.000 toneladas
de materiais pré-fabricados. Desse total, 190.000 toneladas eram de pranchas de aço perfurado. Partindo dessas pistas,
a aviação aliada se lançava sobre as frentes, assestando duros golpes contra um inimigo cujas possibilidades no ar
diminuíam a olhos vistos.
Em fevereiro de 1942 Hitler nomeara o seu arquiteto pessoal, Albert Speer, Ministro de Produção de Armamentos,
inaugurando assim o chamado "período Speer" alemão. Durante esse período, a produção foi triplicada, iniciando a
fase mais importante em dezembro de 1943 e chegando ao seu ponto máximo em julho de 1944, quando marcou um
aumento da ordem de 332%, prometendo subir ainda mais nos meses seguintes. A intenção alemã era produzir armas
em quantidade suficiente para continuar lutando contra os Aliados até que os acontecimentos políticos ou fatores tais
como as bombas V recuperassem o Reich. Em 1944, a aparição dos aviões a jato, das bombas V-1 e V-2 e de
submarinos extremamente velozes juntamente com o aumento da produção, demonstraram como era formidável o
esforço alemão. Speer contava neutralizar o peso cada vez maior dos devastadores bombardeios aliados, dispersando
as fábricas mais vitais da Alemanha ou montando-as em instalações subterrâneas, e começou, mesmo, a tomar medidas
nesse sentido.
O ponto culminante da produção alemã foi alcançado em meados de 1944, justamente na época em que a ofensiva
aérea aliada atingia a sua maior intensidade. Setenta e dois por cento de todas as bombas que castigaram a Alemanha
durante a Segunda Guerra Mundial caíram depois de 1 de julho de 1944. Nos nove meses seguintes, o comando de
bombardeio da RAF e da Força Aérea dos Estados Unidos se dedicaram a destroçar essa economia poderosa, até que
a mesma já não pôde apoiar as operações militares nem satisfazer as necessidades básicas da população. Na realidade,
a Alemanha esteve economicamente paralisada a partir de abril de 1945. À medida que a luta chegava ao fim, a
Luftwaffe desaparecia do céu europeu e os ataques aliados se produziam sem interferências.
o
Um interessante depoimento sobre a continuidade dos ataques aéreos é a ordem emitida pelo Marechal-de-Campo
Model, que dizia:
"A todos os motoristas e passageiros. Aquele que se oculta vive mais tempo!
Cerabinas e disciplina na campanha contra o fustigamento!
Licença especial de 10 dias para quem derrubar fustigadores inimigos! Os aviões anglo-americanos que atacam
objetivos terrestres são os modernos ladrões de estradas. Não somente procuram colunas de trânsito, mas estão
tratando de caçar todos os caminhões de gasolina e todos os caminhões de munições.
Nossos caças e nosso fogo antiaéreo tiveram um sucesso considerável durante os dias das grandes batalhas
invernais. Porém não podem estar em toda parte...
Todo soldado pode e deve unir-se à luta contra os atacantes!
Serão concedidos prêmios especiais aos artilheiros e unidades que tenham êxito. Cada soldado que derrubar um
fustigador inimigo com sua arma de infantaria, receberá uma licença especial de 10 dias. As unidades que conseguirem
êxito especial com armas de infantaria contra os aviões inimigos que atacarem objetivos terrestres, receberão rações
especiais.
Portanto, busque refúgio primeiro... Depois, atire... "
Anexo
Poderio Aéreo Alemão
Caso seja correto um arquivo capturado ao Alto-Comando alemão conhecido como "Auswertung der
Einsatzbereitsch der fliegenden Verb vom 1 August 1943 bis November 1944", o poderio aéreo alemão em maio de
1944 era, em média, para todas as frentes:
Perdidos
Existentes
Em preparo
Caças
2.680
1.729
1.195
Caças
noturnos
1.052
644
434
Caças
bimotores
385
318
153
Bombardeiros leves
937
869
639
...
Arquivo da conta:
prof.leandro
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