INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA (IBRATI) MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA MÉDICA AO PACIENTE ATENDIDO EM UTI DAISE AMARAL TÔRRES Tese apresentada como requisito parcial para conclusão do Curso de Mestrado em Terapia Intensiva. Orientadora: Dra. Ana Maria Torraca Levy BRASILIA/DF MARÇO- 2011 HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA MÉDICA AO PACIENTE ATENDIDO EM UTI RESUMO. A saúde é uma cadeira que se desenvolveu através dos séculos, mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Neste contexto, tem um papel preponderante, pois busca promover o bem estar do ser humano, considerando sua liberdade, unicidade e dignidade, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas incapacidades e no processo de morrer. Com o avanço científico, tecnológico e a modernização de procedimentos, vinculados à necessidade de se estabelecer controle, o profissional da saúde passou a assumir cada vez mais encargos administrativos, afastando-se gradualmente do cuidado ao paciente, surgindo com isso a necessidade de resgatar os valores humanísticos da assistência. Este trabalho tem o objetivo contribuir para promover um serviço humanizado no atendimento ao paciente na UTI; compreender a ansiedade e medo dos pacientes que necessitam de cuidados na admissão hospitalar; minimizar sua ansiedade, a fim de contribuir para a diminuição do risco e prevenção de complicações. Palavras-chaves: Humanização em saúde, UTI, ética na Saúde. ABSTRACT Health is a chair that has evolved through the centuries, maintaining a close relationship with the history of civilization. In this context, has a leading role, for it seeks to promote the welfare of human beings, given their liberty, unity and dignity, prevention of diseases, in the course of diseases and disorders, and disabilities in the process of dying. With the advancement of science, technology and modernization of procedures, linked to the need to establish control, the health professional has become a growing administrative burden, gradually moving away from patient care, emerging with it the need to redeem the values humanistic care. This work aims to identify factors that cause anxiety; help promote humane service for patient care in the ICU; understand the anxiety and fear of patients who need care at hospital admission; minimize their anxiety in order to contribute to risk reduction and prevention of complications. Keywords: Humanization in health care, ICU, Ethics in Health. INTRODUÇÃO Este trabalho consistiu em um estudo etnográfico, partindo do interesse pessoal sobre a temática cujo objetivo foi compreender o significado cultural do cuidado humanizado na perspectiva das equipes médicas que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva de Adulto e Neonatal do Hospital Regional de Cáceres-MT , acrescido pela aclamação e pela humanização na assistência à saúde e a demanda atual no contexto brasileiro onde os usuários do serviço de saúde que se queixam dos maus tratos. Desta maneira reconhecer na assistência médica a humanização principalmente ao paciente internado que é atualmente um desafio para os profissionais da saúde é extremamente importante para os avanços da assistência à saúde. Em especial, falar-se-á do paciente internado, que em sua maioria encontra-se fragilizado pelo seu estado de saúde, além de estar em uma situação de passividade e impotência, tendo que seguir ordens, sendo considerado pela maioria dos médicos um individuo inanimado e incapaz de tomar suas próprias decisões. De acordo com o Ministério da Saúde (2010), o grande número de iniciativas de humanização em andamento nos hospitais, das mais simples às mais criativas e complexas, demonstra que há necessidade de mudança na forma de gerir a relação entre usuário e profissional de saúde, a qual vem sendo amplamente reconhecida. Comenta também que no campo das relações humanas que caracterizam qualquer atendimento à saúde, é fundamental agregar à eficiência técnica e científica uma ética que considere e respeite a singularidade das necessidades do usuário e do profissional. A humanização do cuidar foi enfocada no século XIX por Florence Nightingale, que em vários momentos da sua vida sugere maneiras para o melhor restabelecimento dos pacientes através de adoção de medidas ambientais proporcionadas pela enfermagem. Assim, “Humanizar: não requer grande prática ou habilidade, basicamente requer boa vontade”. A Humanização é um antigo conceito que renasce para valorizar as características do gênero humano. Para que seja verdadeiramente recuperado, é necessária uma equipe consciente dos desafios a serem enfrentados e dos próprios limites a serem transpostos. A falta de recursos econômicos não pode servir como desculpa para a inexistência de uma política de humanização na realidade, os profissionais que assistem direta ou indiretamente os pacientes são os verdadeiros responsáveis pela humanização e qualidade desse atendimento. É necessário que o profissional da saúde acolha calorosamente o paciente, ao chegar à Unidade de Terapia Intensiva. O ambiente hospitalar e suas características impõem ao paciente uma série de adaptações em seu modo de vida, por ser um lugar com rotinas diárias, determinadas restrições da liberdade e ainda um ambiente exposto a agentes infecciosos. Desse modo o estudo pretendido foi motivado por vivenciar situações que denotam esclarecimentos sobre as dúvidas que o paciente traz consigo visualizando a necessidade de uma intervenção multiprofissional principalmente, é necessário humanizar o atendimento ao paciente, diminuindo suas angustias, dúvidas e ansiedade que traz consigo. O ambiente hospitalar e suas características impõem ao paciente uma série de adaptações em seu modo de vida, por ser um lugar com rotinas diárias, determinadas restrições da liberdade e ainda um ambiente exposto a agentes infecciosos. A todos esses fatores somam-se a ansiedade do paciente frente ao tratamento ao qual irá submeter. Desse modo o estudo pretendido foi motivado por vivenciar situações que denotam esclarecimentos sobre as dúvidas que o paciente traz consigo antes da internação e visualizando a necessidade de uma intervenção multiprofissional, é necessário humanizar o atendimento ao paciente na UTI, diminuindo suas angustias, dúvidas e ansiedade que traz consigo. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área destinada à clientes que necessitam de atendimento médico e de enfermagem contínuo (por causa da complexidade de eventos e situações que possam vir a ocorrer) e o tratamento implantado, muitas vezes é considerado agressivo e invasivo, necessitando de equipamentos e tecnologias de ponta, aliado à uma equipe que busque o aperfeiçoamento constante. A UTI, para os pacientes, é um lugar desconhecido e, que traz uma idéia de gravidade associada com a perda que, muitas vezes, não é real. A internação na UTI é um momento que normalmente desencadeia estresse, tanto ao paciente e seus familiares quanto à equipe que ali trabalham. Os profissionais que atuam em UTI estão, geralmente, preocupados com às necessidades fisiológicas básicas, deixando, às vezes, de cumprir seu dever com o paciente e com o próximo, mas apesar de serem utilizados recursos tecnológicos cada vez mais avançados, estes profissionais não devem esquecer que jamais a máquina substituirá a essência humana. A humanização deve fazer parte da filosofia da equipe de profissionais de um hospital, pois a recuperação do paciente depende em grande parte da compreensão de que alguém se importa com ele, onde a atenção entre outros fatores são elementos essenciais. Humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto familiar e social, devendo esta prática incorporar os valores, as esperanças, os aspectos culturais e as preocupações de cada um. Cada indivíduo é único e tem necessidades, valores e crenças próprias. O objetivo principal deste trabalho é focar o tema da humanização em ambiente de Unidade de Terapia Intensiva e investigar a realidade da assistência prestada aos pacientes, proporcionando“reflexão” por parte dos profissionais da de saúde, sensibilizando-os da importância do atendimento do ser humano como humano. 1. REVISÃO DE LITERATURA Hoga (2004) descreve que a humanização é entendida como um processo interpessoal que acontece entre dois seres humanos, no qual um deles precisa de ajuda e o outro fornece ajuda. Essa relação tem como objetivo levar a pessoa, a família e a comunidade a encontrarem um significado para esta experiência e sentido para suas vidas. Para Carlos et al (2004), a comunicação interpessoal se dá através da troca de mensagens codificáveis (verbal e não verbalmente) entre os envolvidos, marcadas pela informalidade e flexibilidade. Segundo Moraes et al (2004), a humanização em Unidade de Terapia Intensiva é um processo que envolve todos os membros da equipe, onde a responsabilidade da equipe se estende para além das intervenções tecnológicas e farmacológicas focalizadas no paciente, inclui a avaliação das necessidades dos familiares, grau de satisfação destes sobre os cuidados realizados, além da preservação da integridade do paciente como ser humano. Para o mesmo autor, alguns profissionais que atuam na UTI vêm percebendo a necessidade de mudar o enfoque predominantemente tecnicista, paciente-doença, para uma abordagem mais humanista que engloba o cliente, enquanto indivíduo, com necessidades próprias. Estudiosos como Barra et al (2005) e Backes et al. (2005) concordam com a importância da comunicação entre o profissional e a pessoa hospitalizada tanto no que se refere à compreensão do jargão local quanto da segurança necessária ao paciente nessas condições. Para Backes et al (2005), a relação de ajuda é uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, o melhor funcionamento e maior capacidade de enfrentar a vida. A relação de ajuda possui uma característica muito importante, ou seja, o enfermeiro usa sua própria pessoa como instrumento terapêutico, através da relação interpessoal. Numa abordagem compreensiva sobre a mesma questão, Dias (2006) afirma que quando alguém busca ajuda e outra pessoa capaz de prestar auxilio coloca-se profissionalmente disposta a compreender o problema, a ajudar o outro a evoluir pessoalmente no sentido de sua melhor adaptação pessoal, através da comunicação interpessoal, temos a relação de ajuda. Assim, em todas as situações de contato com o paciente está presente a comunicação. Esta comunicação poderá ser impessoal (robótica) ou pessoal (compreensiva) e, portanto, terapêutica ou não. Terapêutica será toda interação na qual o profissional esteja voltado para atender as reais necessidades de quem precisa de ajuda. Essa ajuda pode se dar junto a uma pessoa e seus familiares ou junto a grupos específicos da população (DIAS, 2006). Caetano (2007) afirma que ao ser hospitalizado, o paciente deixa sua família, trabalho e meio ambiente para adentrar em um mundo diferente, sendo obrigado, inclusive, a ter seus hábitos modificados para se ajustar às rotinas do hospital. Afirma ainda que este indivíduo traz conceitos advindos de suas relações com vizinhos, conhecidos, leituras de jornais ou revistas, ou mesmo por experiências anteriores de hospitalizações que favorecem a fuga da realidade ou a sua distorção. Diante dessas possibilidades, a equipe de saúde procura amenizar as sensações de desequilíbrio bio-psico-sócio-espirituais apresentadas pelo paciente, aumentando sua confiança e auto-estima. A relação interpessoal que se dá entre o profissional e a pessoa hospitalizada está calçada na comunicação entre ambos. A relação de ajuda se dá através de todas as interações profissional-paciente de duas formas básicas: a) no desempenho das tarefas rotineiras e b) no seguimento de pacientes ou grupos, dentro ou fora do contexto hospitalar (BETZOLD et al, 2007). Na relação de ajuda, espera-se que o profissional promova um ambiente favorável, onde o indivíduo sinta tranqüilidade e confiança para expressar-se, pois, o objetivo da relação de ajuda é dar ao indivíduo a possibilidade de identificar, sentir, saber, escolher e decidir se deve mudar. Quando o indivíduo possui liberdade experiencial é capaz de entrar num processo de exploração de sua personalidade a fim de descobrir e reconhecer por si mesmo as incoerências que nele existem. Da mesma forma, o Modelo de Procedimento de Enfermagem de Saúde Mental (M.P.E.S.M.) oferece subsídios para o profissional conduzir compreensivamente a relação de ajuda. Este processo é possível quando utilizamos a comunicação interpessoal não-diretiva, estimulando a comunicação da pessoa consigo mesma e com a situação com a qual convive. Para Santos (2007) o processo de humanização contempla as dimensões física, psíquica, sócio-cultural e espiritual, onde deixar de atender uma dessas realidades da vida humana implicará num desacerto quanto à humanização. 2. A FORMAÇÃO PARA O CUIDADO HUMANIZADO Muito se tem discutido a questão da humanização da assistência em saúde, sinalizando que, humanizá-la não se resume na prestação de atendimento em local confortável, agradável e com profissionais educados, mas que proporcione resolutividade nas ações prestadas (Deslandes, 2004). Esta questão tem sido priorizada, devido ao detrimento da pessoa que apresenta o problema, acarretando a despersonalização da pessoa cuidada, e também por causa do envolvimento do profissional com a doença e com os procedimentos necessários (SANTOSFILHO, 2007). Com relação à formação do aluno de graduação, o tema “comunicação”, sua importância para o estabelecimento de um diálogo franco e esclarecedor com o cliente, suas funções e formas, a comunicação terapêutica e sua aplicabilidade no cotidiano das ações de enfermagem, são debatidas constantemente com os graduandos, e mesmo com o empenho de docentes e discentes, durante o processo de ensino-apendizagem, mais especificamente nas atividades práticas, deparam com situações em que o processo de comunicação com o cliente parece ineficaz e/ou não oferece subsídios para o planejamento da assistência (SANTOS, 2007). Durante o processo de formação os alunos são colocados em situações onde se torna necessário o processo de comunicação entre eles e o paciente, utilizando-se tanto da forma verbal, quanto não-verbal. Para Santos (2007), “a comunicação franca e aberta auxilia alunos e clientes a enfrentarem momentos de incerteza e ansiedade durante a realização de cuidados”. Amparados nestas afirmações asseguramos que não é possível termos profissionais conscientizados da necessidade de prestarem assistência humanizada aos pacientes se não forem preparados na graduação para estarem desempenhando tal atividade. Santos-Filho (2007), afirma que, “tanto para os alunos quanto para os profissionais a dificuldade no relacionamento profissional/paciente é uma realidade enfrentada diariamente”. A que se considerar comum certa dificuldade em estabelecer e/ou manter uma comunicação efetiva a clientes com nível de consciência alterado ou aqueles mais “reinvidicadores”. Entretanto, ainda se concorda que “se cada um de nós entender e aceitar quem somos e o que fazemos, seremos capazes de lutar e agir para que essa mudança aconteça”. As bases da humanização são as ações do profissional da saúde frente ao paciente, priorizando atitudes de respeito e privacidade, atingindo a satisfação do cliente. Desta forma, é de fundamental importância a qualificação do profissional da saúde, que começa ainda nas universidades, bem como no contexto da educação continuada (Santos, 2007). Porém, o ensino do cuidado não se dá apenas com base apenas na dimensão do cognitivo com fundamentos teóricos humanistas, mas se constrói no cotidiano das interações entre educadores e educandos, com desenvolvimento de comportamentos, habilidades e atitudes humanistas (BACKES, 2005). CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das colocações dos estudiosos das relações interpessoais na área da saúde, temse refletido sobre a atuação profissional que se encontra centrada principalmente na instituição, transferindo para o paciente as normas e rotinas desta, com prevalência de atitudes autoritárias. Os profissionais que trabalham com enfermos precisam ser estimulados a avaliar sua conduta profissional diante das mais variadas situações do cotidiano. Esta avaliação promove profundas reflexões sobre o exercício de sua prática, sobre o suporte no qual é baseada, sobre as possibilidades terapêuticas do desempenho humanista e sobre a responsabilidade que recai sobre sua conduta profissional em respeito ao ser humano sob seus cuidados. Ao analisarmos vários artigos observamos que o avanço das ciências tem contribuído para as especializações que, em certos momentos foge ao que entendemos como assistência ao ser humano, porém, só uma equipe de médicos humanizada é que poderá humanizar o paciente. Na UTI, um dos fatores que vem afastando os profissionais de suas atividades é o avanço tecnológico desta unidade, o que tem favorecido a complexibilidade dos procedimentos ali realizados. Os médicos que trabalham em UTI enfrentam uma crise compreendida pelo desafio entre a racionalidade cientifica do modelo biológico de assistência à saúde e seus valores culturais, sociais e éticos. Assim em seu dia–a–dia, vê–se constantemente impulsionado a transferir e adiar suas escolhas e ideais profissionais, entre as decisões tecnocratas, sentindo–se, cada vez mais, como um instrumento de controle, o que vem pesando sobre si como uma grande e constante ameaça. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRA, D. C. C; JUSTINA, A. D; BERNARDES, J. 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