Adolf Hitler

Propaganda
Qual ditador matou mais em todos os tempos?
Confira uma biografia dos 10 mais cruéis matadores da história
Texto Roberto Navarro
Em números absolutos, o maior matador foi o ditador chinês Mao Tsé-tung, que
mandou nada menos que 77 milhões de compatriotas para o além.
Em percentual relativo, o líder mais sanguinário foi o general Pol Pot, que assassinou
“apenas” 2 milhões de pessoas – um terço da população do Camboja, país em que ele
foi primeiro-ministro entre 1976 e 1979.
A relação tem como critério básico o total de mortes causadas pela ação ou omissão de
líderes com poderes ditatoriais. Isso inclui desde fuzilamentos no paredão até grandes
fomes causadas por uma guerra civil, por exemplo.
Os números foram coletados pelo cientista político e historiador americano Rudolph J.
Rummel, que escreveu quase duas dúzias de livros com informações sobre casos de
“democídio” – o nome que Rummel dá ao assassinato de uma pessoa por um governo.
Foram muitos, sobretudo nos últimos 100 anos. “Se enfileirarmos os cadáveres das
vítimas de democídio no século 20, eles dariam 6 voltas em torno da Terra”, diz o
historiador.
Veja abaixo os 10 governantes mais assassinos de todos os tempos.
1. Mao Tsé-tung (ou Mao Zedong) (1893-1976)
VÍTIMAS: 77.000.000
PAÍS: China
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Execuções, assassinatos e políticas
econômicas desastradas que mataram de fome parte da população
Líder do Partido Comunista Chinês desde 1931, Mao foi presidente da República
Popular da China de 1949 a 1959 e presidente do Partido até sua morte. Neste período,
implantou um regime de terror, com o assassinato de “contra-revolucionários”,
proprietários rurais e inimigos políticos, sendo responsabilizado pela execução de vários
ex-companheiros, militantes comunistas expurgados sob as mais variadas justificativas.
A partir de 1950, lançou um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura
que desorganizou a economia do país e provocou a maior onda de fome já registrada
pela História. Pouco depois deste episódio, Mao e seus assessores mais próximos
lançaram em meados da década de 1960 a Revolução Cultural, esforço justificado como
uma tentativa de mudar a mentalidade da população chinesa e prepará-la para o
socialismo. A campanha levou a prisões em massa, fechamento de escolas e
perseguições que provavelmente causaram a morte de mais de 1 milhão e meio de
pessoas.
2. Joseph Stalin (1879-1953)
VÍTIMAS: 43.000.000
PAÍS: União Soviética
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Assassinatos, perseguições étnicas
Durante os 25 anos que governou ditatorialmente a antiga URSS, Stalin transformou o
país em potência mundial, promovendo a industrialização. Isso envolveu, porém, entre
outras coisas, a implantação de um programa forçado de coletivização da agricultura e
abolição da propriedade privada, que só foi possível com o assassinato de agricultores e
a criação de um estado de terror policial, através do qual promoveu o expurgo e a
execução de adversários políticos.
Depois de ter papel fundamental na derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), estendeu o controle soviético aos países das Europa Oriental, obrigando
vários deles a manterem-se no bloco comunista, ao custo da repressão de opositores, da
fome e do empobrecimento das suas populações. Stalin também foi responsabilizado
pela existência de campos de trabalhos forçados para deter dissidentes e pela
perseguição de minorias étnicas que viviam na União Soviética, realizando
transferências compulsórias de populações que causaram número de mortes jamais
calculado com precisão.
3. Adolf Hitler (1889-1945)
VÍTIMAS: 21.000.000
PAÍS: Alemanha
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, campos de extermínio
Líder do Partido Nacional Socialista (nome oficial da organização nazista) entre 1921 e
1923 e chefe do governo da Alemanha de janeiro de 1930 até a morte, Hitler chegou ao
poder através de eleições livres, depois de tentar um golpe de estado que resultou em
sua prisão. Transformou-se em ditador logo em seguida, com a eliminação de rivais e
opositores.
Principal responsável individual pela Segunda Guerra Mundial, que deflagrou ao
invadir a Polônia em 1939, ordenou que exércitos alemães atacassem e ocupassem
vários países, assumindo a responsabilidade pelas atrocidades cometidas pelos nazistas
em seu nome durante a primeira metade da década de 1940 na Europa e norte da África.
Também permitiu e incentivou a realização organizada de genocídio que buscava
exterminar judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais, dissidentes políticos,
homossexuais e outras minorias. Suicidou-se ao fim da guerra.
4. Kublai Khan (1215- 1294)
VÍTIMAS: 19.000.000
PAÍS: Mongólia
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, assassinatos
Com nome também traduzido como Khubilai ou Kubla, o “khan” (“chefe”) era neto do
conquistador Genghis Khan. Atacou a China, derrotou-a e em 1271 proclamou-se o
primeiro imperador da dinastia mongol que governou o país. Além das mortes causadas
pelas guerras que provocou em diversas partes da Ásia (incluindo Pérsia, Vietnã e sul da
Rússia), os soldados sob seu comando tornaram-se conhecidos por atos de extrema
crueldade contra populações civis, incluindo castração de prisioneiros, assassinatos em
massa e estupros coletivos.
O único relato pessoal sobre ele foi feito por Marco Polo, que visitou sua corte. O
viajante italiano apresenta Kublai Khan como um soberano ideal – durante o reinado, a
China atravessou uma fase de grande prosperidade – mas reconhece que ele era incapaz
de controlar os atos de subordinados e tinha propensão a sofrer ataques ocasionais de
crueldade assassina.
5. Imperatriz Cixi (1835 - 1908)
VÍTIMAS: 12.000.000
PAÍS: China
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Repressão a rebeliões da
população
Também conhecida como Imperatriz Tz'u-hsi, era uma das concubinas de status inferior
do Imperador Xianfeng quando, em 1856, deu à luz aquele que viria a ser seu único
filho. Quando o garoto tinha seis anos de idade o pai morreu e ele tornou-se o
Imperador Tongzhi, mas poucos meses depois um golpe de estado levou Cixi a assumir
o poder de fato. Seu governo a princípio tentou combater a corrupção endêmica no país,
mas foi marcado pela ocorrência de grandes levantes populares, que devastaram
províncias tanto do norte como do sul e foram sufocados com grande brutalidade.
Porém o maior deles, a Rebelião dos Boxeadores (de 1900 a 1901) teve estímulo oficial
da Imperatriz e de funcionários do governo, em apoio a uma sociedade secreta de
praticantes de artes marciais, que lutavam para expulsar todos os estrangeiros do
território chinês. O incidente culminou com a intervenção de uma força militar
internacional que ocupou e saqueou Pequim, provocando enorme quantidade de baixas
entre a população.
6. Leopoldo II (1835 – 1909)
VÍTIMAS: 10.000.000
PAÍS: Bélgica
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, fome, assassinatos
O rei da Bélgica que ocupou o trono de 1865 até a morte acreditava que a obtenção de
colônias em outros continentes era indispensável à prosperidade econômica de seu país,
e devotou todos os esforços para alcançar esse objetivo. Entre os empreendimentos
estava a criação do Estado Livre do Congo, território de sua propriedade particular
localizado na África, de onde eram extraídos borracha e marfim com o uso de trabalho
escravo, recrutado entre a população local.
Denúncias divulgadas na primeira década do século 20 revelaram também que
assassinatos a sangue frio eram prática habitual no território. As primeiras estimativas
da quantidade de vítimas só foram feitas em 1924, e ressaltaram a dificuldade de
quantificar perdas populacionais ocorridas naquele período na região. Estudos
posteriores indicaram que provavelmente nunca será conhecido o total exato de pessoas
mortas pelas agressões militares indiscriminadas, fome e disseminação de doenças
tropicais causadas no Congo pela ação dos belgas sob o Rei Leopoldo II.
7. Chiang Kai-shek (1887 - 1975)
VÍTIMAS: 10.000.000
PAÍS: República da China (Nacionalista) e Taiwan
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, massacres
Chiang Chung-cheng era o nome oficial do general que liderou o governo nacionalista
da China entre 1928 e 1949. Em 1927, ele chefiou um sangrento golpe de estado e
massacrou milhares de militantes comunistas, contra quem travou uma guerra civil,
encerrada em 1949 com a vitória de seus inimigos, as forças de Mao Zedong. Nesta
época, foi acusado de ignorar as necessidades da população afetada pelo conflito,
agravando seu sofrimento e contribuindo para aumentar o número de baixas.
Após a derrota, Chiang fugiu para a ilha de Taiwan, onde fundou um novo país depois
de enviar soldados para exterminar cerca de 20 mil moradores locais. Governou Taiwan
por quase 30 anos, recorrendo a métodos como torturas, prisões sem julgamento e
assassinatos generalizados, além de usar corrupção, chantagem e censura à imprensa
para reprimir seus opositores.
8. Genghis Khan (1162-1227)
VÍTIMAS: 4.000.000
PAÍS: Mongólia
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerras, massacres
O guerreiro-governante mongol foi um dos maiores conquistadores da História,
construindo império que se estendeu da Ásia ao Mar Adriático, na Europa. Começou
subjugando as tribos nômade vizinhas à sua, que unificou sob um estado militar de
rígida disciplina, passou a atacar vilarejos além das áreas sob o controle original de seu
povo, e acabou por liderar exércitos em campanhas militares que causaram destruição,
morte e caos econômico por todo o continente asiático.
Entre as táticas empregadas por ele e por seguidores sob seu comando estava o terror
psicológico provocado pela aniquilação de populações inteiras que resistissem aos seus
ultimatos. Historiadores modernos reconhecem a importância da liderança de Genghis
Khan nas atrocidades cometidas por seus guerreiros, mas ressalvam que muitos dos
abusos foram praticados por generais agindo por conta própria, sem sua supervisão
direta.
9. Hideki Tojo (1884-1948)
VÍTIMAS: 4.000.000
PAÍS: Japão
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, massacres, fome
Militar que foi primeiro-ministro do Japão durante a maior parte da Segunda Guerra
Mundial (no período entre 1941 e 1944), Tojo participou de um motim em Tóquio em
1936, antes de ser nomeado no ano seguinte como comandante do exército japonês que
ocupava a Manchúria, promovendo massacres contra a população local. De volta a
Tóquio, tornou-se um dos principais defensores do acordo com a Alemanha nazista e a
Itália fascista, que originou o Eixo. Tornou-se ministro da Guerra do gabinete japonês
em 1940, assumindo a chefia do governo no ano seguinte.
Um dos militaristas mais agressivos entre o grupo que dirigia o país, coordenou o
esforço de guerra e assumiu poderes ditatoriais durante o conflito. Quando a derrota
final aproximava-se, em 1944, Tojo foi afastado do comando das forças armadas. Após
a rendição tentou suicídio, mas sobreviveu. Julgado por crimes de guerra, foi condenado
e enforcado.
10. Pol Pot (1925-1998)
VÍTIMAS: 2.000.000
PAÍS: Camboja
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Massacres, fome
Saloth Sar era o verdadeiro nome do ditador cambojano conhecido pelo codinome Pol
Pot, que entre 1975 e 1979 liderou um governo comunista radical, responsável pela
retirada em massa da população das cidades, enviada à força para “campos de
reeducação” no interior, com objetivo de criar uma nova sociedade sem classes. A
operação envolveu o assassinato de milhões de pessoas e o desarranjo da economia,
causador de uma onda de fome e doenças que, aliada à repressão política, provocou
eventualmente o extermínio de quase a metade da população do país, segundo algumas
estimativas.
O legado de brutalidade e caos social prossegue até hoje – o Camboja continua sendo
um dos países mais pobres do mundo, mergulhado em turbulento impasse político e
com umas das maiores taxas de incidência de AIDS do planeta. Afastado por uma
invasão vietnamita em 1979, Pol Pot embrenhou-se na selva e continuou chefiando um
governo assassino, agora em guerra civil, até ser afinal deposto em 1997. Foi então
colocado em prisão domiciliar por seus ex-companheiros e morreu no ano seguinte de
causas naturais.
Ditador da Alemanha
Adolf Hitler
Da Redação
Em São Paulo
Reuters
O ditador alemão disseminou idéias anti-semitas por todo o mundo
Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl,
alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial.
Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.
Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o
Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista
Alemão (nazista).
Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus
longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil
em uma Alemanha humilhada pela derrota.
Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda
insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph
Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a
necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o
sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.
Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra
inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o
presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).
Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das
facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich
Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia
em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a
anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.
O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia,
mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra
Mundial.
Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio
obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso
da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa,
que culminou com o holocausto judeu.
Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo
utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim
anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido,
Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e
extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido
campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão
de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.
Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante,
Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados
em um abrigo subterrâneo em 1945.
Download