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ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL ANGELINA JAIME TEBET
PROJETO INTERDISCIPLINAR DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA
PROJETO ESCOLA VIVA: A VIOLÊNCIA SE COMBATE COM JUSTIÇA E
IGUALDADE SOCIAL! “DIGA NÃO AO BULLYING (CYBERBULLING)”.
PROFESSOR: CARLOS ROBERTO DAS VIRGENS
DISCIPLINA: BIOLOGIA E STE
COORDENADORA PEDAGÓGICA: CASSIA MARIA STAUT RODRIGUES
DIRETOR: FERNANDO FERREIRA DE SOUZA
IVINHEMA-MS-2009
Introdução
Até poucas décadas atrás, os professores educavam seus alunos com base numa regra
simples: cabia a eles exercer sua ascendência sobre os discentes de maneira inquestionável,
pois como diziam os avós dos adultos de hoje, criança não tinha direito de querer.
Muita coisa mudou desde então. Com a revolução comportamental dos anos 60, a
difusão de métodos pedagógicos modernos e a popularização da psicologia, a liberdade
passou a dar o tom nas relações entre pais, filhos e professores, a tal ponto que hoje se vive
o oposto da rigidez que pontificava antes disso: em muitas salas de aula, mestres é que se
sentem desorientados, e os alunos na ausência de quem estabeleça limites à sua conduta,
assumiram o papel de tiranos.
“Trata-se de uma bomba relógio que começa a ser gestada cedo, mas cujos
efeitos se agonizam na adolescência, é nesse período que os pais e professores se
sentem mais confusos sobre seu papel”. (ZAGURY, TÂNIA. Os Direitos dos
Pais. Record: 206 p.).
Há um problema novo e pouco estudado nas escolas brasileiras, relacionado com a
indisciplina nas salas de aula, assumindo tais proporções que muitos professores estão com
medo dos alunos, e o mesmo acontece entre os próprios alunos, uns com medo do outros,
causando fobia escolar, sentem um profundo pavor da sala de aula, acompanhado de
alterações físicas, como palpitações e tremores. Atualmente, há um termo inglês para
designar uma das causas da violência na escola: bullying que é definido como o
comportamento agressivo e repetitivo sem motivações, são formas manifestadas do
fenômeno. Apresenta características próprias, uma delas é de causar danos psíquicos em
sua vítimas. Não está presente apenas na escola, mas também, nas famílias, nas empresas,
nas forças armadas, enfim onde há relações pessoais. A denominação dessa palavra talvez
até por ser um termo estrangeiro, ainda causa certa polêmica entre os estudiosos do assunto
sobre violência nas escolas, não há uma tradução correta, ela tem um significado que
abrange várias atitudes: zoar, intimidar, humilhar, ofender, roubar, aterrorizar, colocar
apelidos, discriminar, isolar, ferir, tiranizar, e outras. O bullying é diferente das brigas que
freqüentemente acontecem entre iguais, provocadas por motivos eventuais, essas brigas
acontecem e acabam e o bullying, ao contrário, é contínuo, metódico, persistente, não
precisa de razões para acontecer. A vítima, ao se preparar para ir à escola, sabe o que a
aguarda, o seu desejo é fugir, mas não pode. E não há nada que possa ser feito para que o
Bullying não aconteça. Informar os professores só pode agravar a sua situação. Misturado
ao medo cresce o ódio, o desejo de vingança e as fantasias de destruir os agressores, essas
fantasias, um dia, poderão se transformar em realidade.
Os estudos do fenômeno bullying levam a crer que há uma síndrome psicossocial com
características próprias denominadas SMAR (Síndrome dos maus-tratos repetitivos). O
portador dessa Síndrome apresenta comportamento autoritário e se utiliza de meios de
coação para subjugar outrem. Necessita de uma auto-afirmação constante, apresenta
irritação, impulsividade, descontroles emocionais, tensão, raiva reprimida, sintomas
psicossomáticos, depressão, stress e outros. São produtos de uma educação de estímulos
agressivos que agridem a psique. A criança acaba internalizando o comportamento, o
transformando em uma energia psíquica que comanda ações e reações.
O fenômeno atinge a área mais intima de cada individuo que se faz vítima: a alma. As
vítimas do fenômeno perdem muitas vezes a vontade de viver, devido a agressão de sua
intimidade e estima. Prejudicando a aprendizagem escolar, sendo por vezes o fator da
reprovação e evasão escolar.
O bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não
estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou
privada, rural ou urbana
Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas,
como relacionadas aos papéis que venham a representar.
Alvos de bullying - São os alunos que só sofrem bullying;
Alvos/autores de bullying - São alunos que ora sofrem, ora praticam bullying;
Autores de bullying - São alunos que só praticam bullying;
Testemunhas de bullying - São os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas
convivem em um ambiente onde isso ocorre.( http://www.abrapia.org.br).
Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se
totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente,
passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que
testemunham as situações de bullying, quando percebem que o comportamento agressivo
não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adota-lo.
Já o Cyberbullying, é uma modalidade de bullying que utiliza as ferramentas da Internet
e de outras tecnologias de informação e comunicação, móveis ou fixas, com o propósito de
maltratar, humilhar, constranger, intimidar, excluir e ameaçar as pessoas.
Enfim, esse fenômeno não é só brasileiro, tem várias causas, precisa ser estudado e
encarado com seriedade pelas escolas, pois a cadeia da violência e da impunidade começa
na sala de aula nas primeiras séries escolares. Portanto, educar pessoas para viver em grupo
e obedecer às regras é papel da escola na construção da cidadania, e ela não pode
prevaricar.
Objetivos
Objetivo Geral:
 Verificar se existe bullying e qual é a proporção na escola Angelina Jaime Tebet.
Objetivos Específicos:
 Diagnosticar as causas e naturezas do bullying;
 Identificar modos de prevenção desses problemas;
 Verificar a freqüência de bullying, tipos de agressões, incidência, agressores,
vítimas e testemunhas;
 Promover a uma conscientização sobre o problema, minimizando assim o mesmo;
 Estimular os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema na escola;
 Estimular os professores de forma interdisciplinar, para que combata qualquer tipo
de bullying, que por ventura possa existir.
Metodologia
 Far-se-á pesquisas bibliográficas
 Visita as salas de aulas para conhecer os professores e alunos, e divulgar o projeto;
 Fazer o acompanhamento de alguns professores e alunos sob forma de estágio
(observação) durante algumas aulas;
 Elaboração de questionários para diretores, coordenadores, professores, e, alunos;
 Aplicação dos questionários aos professores, e alunos;
 Tabulação dos resultados obtidos;
 Apresentação dos resultados ao diretor, coordenadores,professores e alunos;
 Preparação do material a ser usado nas palestras e discussões;
 Palestras e acompanhamento do bullying para minimizar o problema caso haja
necessidade.
Justificativa
O motivo que nos leva a propor esse projeto, é que a violência praticada por bullying no
Brasil é pouca estudada, há muitas referencias ao fenômeno “violência na escola”. O
desafio de lecionar hoje nas escolas tornou-se uma das áreas do comportamento humano
mais exaustivamente pesquisadas. Será que existem fórmulas que, se aplicadas com
critério, vão criar o ambiente favorável para que estes discentes se transformem em adultos
emocionalmente equilibrados e com chance de ser produtivos e felizes?
Diversos pesquisadores em todo o mundo têm direcionado seus estudos para esse
fenômeno que toma aspectos preocupantes, tanto pelo seu crescimento, quanto por atingir
faixas etárias cada vez mais baixas, relativas aos primeiros anos de escolaridade. Pesquisa
realizada mais extensa sobre Bullying, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos
alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido Bullying, pelo menos,
uma vez por semana.
No Brasil estudos realizados pela ABRAPIA, 40,5% dos 5785 dos alunos de 5ª a 8ª
séries (hoje 6º ao 9º ano) admitiram estar diretamente envolvidos em atos agressivos na
escola.
Proponho levar essa discussão na escola Angelina Jaime Tebet, principalmente a alunos
de ensino fundamental com abrangência no ensino Médio, pois é nessa fase que as crianças
mais ficam vulneráveis uma ás outras, idades que ganham personalidades e fobias.
Promover-se-á debates sobre bullying na escola, fazendo com que o assunto seja bastante
divulgado e assimilado pelos alunos, professores, coordenadores e diretor. A escola pode
amenizar e prevenir o fenômeno adotando práticas que sejam pautadas nas relações, nos
valores fortalecendo as emoções, tanto de educadores como de educandos. Acredita-se que
um educador sadio educa crianças sadias.
Cronograma
Mar Abr Mai Jun
Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa
X
bibliográfica
Visita as salas
X
de aula
Elaboração
material
divulgação
de
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
para
do
projeto
Aplicação
questionário p/
X
professores
Aplicação
de
questionário aos X
X
alunos
Palestra
alunos
com
X
X
e
professores
Tabulação dos
X
Resultados
Finalização
X
Referências bibliográficas
Ballone GJ - Maldade da Infância e Adolescência: Bullying - in. PsiqWeb, Internet,
disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2007.
BLEGER; J. Psicologia da Conduta. Tradução de Emilia de Oliveira Diebl. Porto
Alegre; Artes Médicas, 1984.244p.
CONSTANTINI, A.Bullying, como combatê-lo? : prevenir e enfrentar a violência
entre jovens. SP: Itália Nova editora, 2004.
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. RJ: Sextante, 2003.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. 2. ed. rev. Campinas, SP: Verus editora, 2005.
http://www.abrapia.org.br/homepage/portugues/portugues.htm
(Acessado
05/12/2005).
TIBA, I. Quem ama, educa! SP: Gente, 2002.
ZAGURY; T.Os Direitos dos Pais.São Paulo – vol. 1.Record. 2002. 206 pg.
em
Comentário
O presente projeto BULLYING é um tema muito interessante e foi muito bem
abordado pelo professor Carlos, este tema deve ser trabalhado nas escolas constantemente,
pois o Bullying é algo que tem acontecido muito nestes dias atuais, já até mesmo presenciei
em sala de aulas da nossa escola.
Para quem não entendeu bullyingé o fato de que muitas pessoas sem perceberem ou
percebendo são agredidas, principalmente no meio jovem, nas escolas vemos os Bullying
na forma de apelidos, xingamentos, palavrões, coisas que as pessoas dizem uma para as
outras para denegrir, tentar destruir sua alegria, destruir você, tudo isso é uma agressão e
precisa tomar cuidado, muita gente recebe essas agressões e fica quietinha se ferindo até
chegar num momento que ela se exploda e ponha tudo para fora.
Ultimamente saiu uma reportagem sobre bullying em que o juiz condenou da 7ª série
a pagar R$ 8.000 por bullying, em uma parte da reportagem podemos notar que o juiz alega que:
O dano moral decorreu diretamente das atitudes inconvenientes do menor
estudante, no intento de desprestigiar a estudante no ambiente colegial,
com potencialidade de alcançar até mesmo o ambiente extra-colegial. (…)
As brincadeiras de mau gosto do estudante, se assim podemos chamar,
geraram problemas à colega e, consequentemente, seus pais devem ser
responsabilizados, nos termos da lei civil. O juiz teria dito que os pais do
aluno devem ser responsabilizados por não conseguirem impor limites
ao filho, segundo nota do Tribunal. De acordo com informações do TJMG, este seria o primeiro processo por bullying julgado por Hilário.( fonte
globo.com 19/05/2010 )
Então devemos conscientizar e impor limites aos alunos sempre trazendo materiais novos
como esta reportagem e lembrá-los que o Bullying é crime.
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