18.07.12_1a_edicao

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Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais
ÍNDICE
HIT ............................................................................................................... Error! Bookmark not defined.
Governo quer fixar médicos no interior ...................................................................................................2
RJ terá centro para idosos com hanseníase ..........................................................................................3
Atol explosão de vida .................................................................................................................................3
Onde os jovens morrem .............................................................................................................................4
Material só pode ser obtido por doação ..................................................................................................5
Empresas lucram com uso de cadáveres ...............................................................................................6
Drogas poderão pôr fim a infecções de HIV (Ciência + Saúde) .........................................................7
Campanha de vacinação contra a pólio é ameaçada pelo Taleban ...................................................8
Saúde pública (Dos Leitores) ....................................................................................................................9
Custo anual de R$ 3,5 bilhões ................................................................................................................10
Gripe volta a causar preocupação .........................................................................................................10
Informação e Saúde (Artigo) ...................................................................................................................12
Doenças ligadas à obesidade custam R$ 3,5 bi por ano ao governo ..............................................13
Mosquito transgênico será usado no combate à dengue ...................................................................13
Em entrevista ao site do jornal O Estado de S.Paulo, Pedro Chequer critica pressão religiosa
em ações contra a aids e compara momento atual à era Bush nos EUA .......................................14
Leitos de internação do CRT-SP podem ser transferidos; ativistas se movimentam contra a
medida ........................................................................................................................................................16
Pacientes têm opiniões diferentes sobre uso do Truvada para prevenção do HIV .......................17
Diretor da OMS acredita que grande arsenal de remedios poderá ajudar a acabar com a aids.18
Jornal da Cultura destaca parceria com Agência Aids para cobertura da Conferência em
Washington ................................................................................................................................................19
Imprensa destaca liberação do medicamento Truvada para previnir HIV no EUA ........................20
Temer e Patriota participam de debates sobre combate à fome e crise em Guiné-Bissau .........21
Pacientes pagam por remédio gratuito e ficam em macas sem lençóis em hospitais do RN ......22
Pauta de vídeos AFP HD .........................................................................................................................23
Estudo mapeia mortes de jovens no Brasil ..........................................................................................26
Crítica: Chester Brown escapa do moralismo em HQ didática e divertida ......................................27
Chester Brown retrata em gibi sua decisão de se relacionar apenas com prostitutas ..................28
Empresas lucram com uso de cadáveres humanos ...........................................................................29
CORREIO BRAZILIENSE - DF | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012
Imagem 1
Governo quer fixar médicos no interior
O Ministério da Saúde prepara uma ofensiva na intenção de atrair médicos para o interior do país depois que a última
iniciativa nesse sentido - o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) - não apresentou os
resultados esperados. A pasta tenta, agora, viabilizar a criação de uma carreira aos moldes das carreiras típicas de Estado
para os médicos, baseada no princípio da ascensão e na remuneração por subsídio, assim como as de procurador e de auditor
fiscal. O que se discute atualmente é no âmbito da atenção básica, mas o plano é um embrião que pode ser ampliado aos
demais níveis. Entretanto, uma das maiores dificuldades da proposta é adequá-la à realidade de cada unidade da Federação.
A proposta atende a uma solicitação antiga das entidades médicas de classe. O 1º vice-presidente do Conselho Federal de
Medicina (CFM), Carlos Vital, acredita que seria a melhor maneira de fixar médicos nas zonas mais remotas do país. "Foi
assim que o Brasil conseguiu levar juízes para o interior do país. Antigamente, eles largavam seus postos e faziam concurso
de caixa de banco público porque era uma carreira estatal e ganhava mais", diz. O conselheiro do CFM, Waldir Cardoso,
também afirma que a criação da carreira estimula os profissionais a enfrentarem os problemas do interior, como a falta de
infraestrutura nos hospitais.
O ministério reforça que já existe uma carreira para médicos em algumas unidades da Federação, mas não há plano de
ascensão e o foco está pulverizado nos municípios. O intuito é fortalecê-la em cada estado, respeitando as diferenças das
localidades, passando, assim, a responsabilidade para as administrações locais e não para a Federação.
Apesar de ainda ser um estudo, a criação de uma carreira para médicos causa polêmica em setores de defesa da saúde. Para
o secretário executivo do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Jurandi Frutuoso da Silva, o problema do
Sistema Único de Saúde (SUS) não se restringe a ausência desses profissionais. "Também é preciso ter enfermeiros de
qualidade, psicólogos etc.", afirmou, durante a reunião do Conselho Nacional de Saúde, em que se discutiu a carreira do SUS.
A ideia de regionalização do concurso para profissionais do SUS, no entanto, agrada ao secretário executivo do Conass.
Segundo Jurandi, se é para se criar uma carreira, que ela seja efetivamente regional e com critérios claros para a remoção dos
concursados. "Não podemos deixar isso atrelado a itens políticos", alerta.
Iniciativas
Segundo o CFM, enquanto a Região Sudeste conta com 2,61 médicos para cada 1 mil habitantes, incluindo o serviço público e
particular, a Região Norte tem 0,98 para a mesma proporção. A questão da falta de médicos no interior não é privilégio do
Brasil. O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Salles, amenizou o
problema e lembrou que o Canadá, por exemplo, sofre para fixar médicos nas zonas de geleiras, onde vivem os esquimós.
"Essa dificuldade de provimento é mundial", comparou.
No início deste ano, a presidente Dilma Rousseff deu ao ministro da pasta, Alexandre Padilha, a missão de levar médicos para
as áreas mais pobres do país. Além do Provab, o governo conta com outras propostas para fomentar o processo de
interiorização como o Revalida - programa de certificação de diplomas de medicina expedidos no exterior -, a quitação da
dívida do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e a expansão e qualificação da Residência Médica para as Redes de
Atenção à Saúde. Outra estratégia da pasta está focada no aumento da oferta de vagas desses programas, alinhadas à
expansão das necessidades do SUS.
Na visão do conselho federal, diferentemente do que a pasta prega, não faltam médicos no Brasil, o problema está na má
distribuição. De acordo com a pesquisa Demografia Médica no Brasil, elaborada pelo CFM, o país tem 1,95 médico para cada
mil habitantes, enquanto no Distrito Federal são 4,02 para a mesma proporção, e estados como o Maranhão e o Pará têm
menos de um para cada mil habitantes. Para suprir a demanda por médicos no serviço público, o Ministério da Educação prevê
nos próximos anos a abertura de 2.415 vagas em cursos já existentes, 800 delas no setor privado.
Independência
As carreiras típicas de Estado são as que englobam a elite do funcionalismo público, formada por servidores que
independentemente do governo permanecem na máquina estatal. Elas contam com estruturação específica e salário
compatível com a responsabilidade do cargo. Atualmente, entre as carreiras consideradas típicas de Estado estão as
relacionadas às atividades de fiscalização agropecuária, tributária e de relação de trabalho, arrecadação, finanças e controle,
gestão pública, segurança pública e diplomacia.
O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012
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RJ terá centro para idosos com hanseníase
Clarissa Thomé
Uma colônia para pacientes com hansenías e está criando o primeiro serviço de gerontologia e geriatria para essa pessoas. A
intenção é transformar o Hospital Tavares de Macedo,emItaboraí (RJ), em referência para o atendimento dessa especialidade
médica, com a abertura deumcentro-dia também à população em geral.
Na semana passada, pesquisadores debateram no 1.º Simpósio sobre Envelhecimento e Hanseníase aspectos da saúde dos
pacientes submetidos ao isolamento compulsório nas antigas colônias - 7 mil ainda vivem na instituição; 180 são idosos.
As sequelas de Hanseníase agravam doenças comuns aos idosos. A hipertensão acometerá um paciente que já tem
complicações renais, por conta da medicação tomada para combater a enfermidade. Osteoporose, artrose e artrite atingirão
ossos já comprometidos. As questões de saúde são acompanhadas ainda pelo estigma da doença. "O idoso tem alta
hospitalar, mas não tem alta social", afirma a diretora do Tavares de Macedo, Ana Claudia Krivochein.
No centro-dia, os pacientes terão atividades diárias, refeições e consultas.
O ESTADO DE S. PAULO - SP | CADERNO 2
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012
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Atol explosão de vida
Livro, que será lançado hoje, recupera em textos e imagens história da reserva marinha
Camila Molina
No Atlântico, localizado a 269,5 quilômetros de Natal (Rio Grande do Norte) ou a 148 quilômetros do arquipélago de Fernando
de Noronha, o Atol das Rocas é a primeira reserva biológica marinha criada no Brasil. Um anel no meio do oceano, com
diâmetro de pouco mais de 3 quilômetros e com cerca de 1,5 quilômetro de praia, a reserva, que recebe apenas cientistas, vai
até milmetros de profundidade, preservando exemplos raros da biodiversidade marinha. Para se chegar até Rocas, é
necessário pegar um barco em Natal e viajar por um dia. "Temos de levar tudo o que precisamos elá ficamos isolados", conta a
bióloga Alice Grossman, que foi pela primeira vez ao atol em 1994, como estagiária do projeto Tamar, dedicado às tartarugas
marinhas.
Lugar isolado do público, com um abrigo para acolher os cientistas em suas expedições, a reserva marinha é apresentada de
forma abrangente no livro Atol das Rocas 3.º 51"S 33.º 48"W, organizado por Alice Grossman e com imagens realizadas por
Marta Granville e Zaira Matheus, ambas especializadas em fotografia submarina. Obra editada pela Bei, Atol das Rocas tem
seu lançamento hoje, às 18h30, na Livraria Cultura. As autoras, que vivem em Fernando de Noronha, autografam a edição,
lançada, anteriormente, em Natal.
A reserva biológica foi instituída em 1979 por meio de um decreto-lei, mas sua implantação somente se deu a partir de 1991.
"A história do Atol das Rocas estava pulverizada até a realização deste livro, pela primeira vez ela aparece de forma concisa e
linear", diz Alice. A edição, assim, conta também com textos de Maurizélia de Brito Silva, chefe da reserva marinha, e do
historiador e almirante Max Justo Guedes. Trabalhos cartográficos e fotografias antigas, muitas delas inéditas, pertencentes ao
arquivo da Marinha do Brasil, resgatam a importância do Atol das Rocas desde o primeiro mapa no qual a localidade aparece,
em 1605.
"É uma explosão de vida, com toda a beleza cênica, mas no meio do nada", afirma Marta. Na rota de embarcações, Rocas foi
palco de naufrágios no século 19.
Transformou-se, também, durante tempos, em abundante pesqueiro em alto mar, mas essa atividade foi desativada com a
criação da reserva biológica protegida para a ciência. "Rocas é a segunda maior colônia de tartarugas no Atlântico", afirma
Alice Grossman, que se especializou na pesquisa de uma espécie em extinção dos répteis aquáticos, a das tartarugas verdes.
Elas fazem desova no Atol das Rocas, mas a reserva ainda conserva infinidade de objetos de estudos, como colônias de
corais, algas, esponjas, crustáceos, peixes, polvos, cerca de 150 mil aves e exemplares da flora. "Recentemente, foi publicada
uma pesquisa na qual é citada uma alga de Rocas com forte tendência de cura do vírus HIV", conta a bióloga.
"Levar todo o equipamento fotográfico para o atol não é nada fácil", diz Zaira Matheus, também formada em biologia. Tanto ela
quanto Marta Granville acompanharam Alice Grossman durante muitas expedições à reserva, além de participarem de outros
estudos no local - contabilizam que reúnem, afinal, um arquivo de mais de 60 mil imagens. As fotografias presentes no livro
não são apenas submarinas-segmento no qual são especializadas, mas apresentam a beleza do Atol das Rocas pela
magnitude de sua paisagem como também de seus detalhes
FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012
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Onde os jovens morrem
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
Estudo mostra que homicídio de jovens com até 19 anos cresceu 376% desde 1980; Alagoas tem a maior taxa do país
Era 26 de março de 2010 quando Rafael Souza de Abreu, 16, virou mais um número para pesquisadores de segurança
pública.
Nessa data, ele foi morto com oito tiros perto da casa de um amigo em Santos (SP).
Segundo seu pai, o operador portuário José de Abreu, e a Promotoria, o rapaz foi confundido com um ladrão de uma loja de
roupas e foi morto em represália a um furto que não praticou.
Assim, ele passou a ser um dos 8.686 adolescentes e crianças assassinados naquele ano e engrossou a lista que, desde
1980, aumentou 376%. No mesmo período, entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%.
Os dados são do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", pesquisa que será lançada hoje.
O levantamento analisa as informações do Ministério da Saúde sobre as causas das mortes de pessoas entre zero e 19 anos
de idade.
O ritmo de crescimento da morte entre jovens é constante. Em 30 anos, só teve queda quatro vezes. Nos demais aumentou
entre 0,7% e 30%.
Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de
jovens representava no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de assassinato. Já em 2010, 43%.
"Os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de aquiles do governo. Esse aumento mostra que criança e
adolescente não são prioridade dos governos", disse.
Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios
por 100 mil habitantes, Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).
Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos
homicídios.
"Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros. Agora, com a melhor distribuição de renda, houve uma
migração da população e os governos não conseguiram implantar políticas públicas para acompanhar essa mudança", disse.
Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).
Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os dados devem ser analisados com "cuidado", já que entre
2002 e 2010 houve uma melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja, casos que antes constavam como
"outras violências" nos dados oficiais passaram a ser homicídios.
"É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo", afirmou Zaluar.
Waiselfisz diz que a pesquisa aponta que os problemas existem e serve de alerta para governos tentarem reduzir o índice, que
já incluiu o assassinato do jovem Rafael.
Em tempo: quatro pessoas, sendo três policiais, foram acusadas pela morte do adolescente. Mas o julgamento ainda não
aconteceu.
FOLHA DE S. PAULO - SP | MERCADO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012
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Material só pode ser obtido por doação
DO CONSÓRCIO INTERNACIONAL DE JORNALISTAS INVESTIGATIVOS
Devido à proibição de vender o próprio tecido, as empresas norte-americanas que deram início ao negócio adotaram os
mesmos métodos do ramo de coleta de sangue.
As empresas com fins lucrativos criam subsidiárias sem fins lucrativos para coletar o tecido -da mesma maneira como a Cruz
Vermelha recolhe sangue, depois transformado em produtos por entidades comerciais.
Ninguém cobra pelo tecido em si, que em circunstâncias normais é livremente doado pelos mortos (por meio de cadastros de
doadores) ou por suas famílias.
Em vez disso, os bancos de tecidos e outras organizações recebem o que é chamado de "pagamento razoável" para
compensar pela obtenção e manuseio do tecido.
"A linguagem comum é se referir aos contratos de doadores como "colheita" e às transferências subsequentes por meio do
banco de ossos como "compra" e "venda"", escreveu Klaus Hoyer, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de
Copenhague, na revista acadêmica "BioSocieties".
APLICAÇÃO MÉDICA
A pele é usada para proteger vítimas de queimaduras de infecções bacterianas ou em reconstruções da mama.
Ossos são esculpidos como pedaços de madeira em parafusos e buchas para dezenas de aplicações dentárias e ortopédicas.
Podem ainda ser triturados e misturados com produtos químicos para formar colas cirúrgicas.
Tendões inteiros são usados em lesões de atletas. Um número significativo de tecidos recuperados é usado nos ramos
odontológicos e de beleza -para fins como preencher lábios ou suavizar rugas.
FOLHA DE S. PAULO - SP | MERCADO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012
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Empresas lucram com uso de cadáveres
DO CONSÓRCIO INTERNACIONAL DE JORNALISTAS INVESTIGATIVOS
Mercado de produtos derivados de tecidos humanos cresce, mas fiscalização sobre procedência do material é falha
Na Ucrânia, autoridades encontraram caixas com partes de corpos destinadas a uma empresa americana
Em 24 de fevereiro, autoridades ucranianas descobriram ossos e outros tecidos humanos amontoados em caixas refrigeradas
num micro-ônibus. Entre as partes de corpos, encontraram envelopes cheios de dinheiro e relatórios de autópsia em inglês.
Não era obra de um serial killer, mas parte de um escoadouro internacional de ingredientes para produtos médicos e
odontológicos utilizados ao redor do mundo.
Os documentos apreendidos indicavam que os corpos eram destinados a uma fábrica na Alemanha pertencente à subsidiária
de uma empresa norte-americana de produtos médicos, com sede na Flórida, a RTI Biologics.
A RTI faz parte de um negócio crescente de empresas que lucram transformando restos mortais em tudo, de implantes
dentários a material para reduzir rugas.
À medida que a indústria cresceu, suas práticas despertaram preocupações sobre como os tecidos são obtidos e com que grau
de detalhe as famílias dos doadores e os pacientes transplantados são informados sobre as realidades e os riscos do negócio.
Só nos EUA, o maior mercado e o maior fornecedor, estima-se que 2 milhões de produtos derivados de tecidos humanos
sejam vendidos a cada ano, um número que duplicou na última década.
Numa investigação de oito meses em 11 países, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) descobriu que as
salvaguardas para garantir que todo tecido usado seja obtido legalmente são inadequadas.
Apesar das preocupações dos médicos de que um negócio mal regulado permita que tecidos doentes transmitam a
transplantados doenças como Hepatite, HIV e outras, as autoridades não têm como saber com precisão de onde vêm e para
onde vão a pele e outros tecidos.
NEGÓCIO LUCRATIVO
No mercado de tecidos humanos, as oportunidades de lucros são imensas. Um único corpo livre de doenças pode gerar fluxos
de caixa de US$ 80 mil a US$ 200 mil para os vários envolvidos na recuperação de tecidos, de acordo com documentos e
especialistas entrevistados.
É ilegal nos EUA, como na maioria dos outros países, comprar ou vender tecidos humanos. No entanto, é permitido que se
paguem taxas de serviço que cubram os custos de encontrar, armazenar e processar tecidos humanos.
Olheiros podem ganhar até US$ 10 mil para cada cadáver que garantam em hospitais e necrotérios. Funerárias podem atuar
como intermediárias para identificar potenciais doadores. Hospitais podem ser pagos pelo uso de salas de recuperação de
tecidos.
E as multinacionais de produtos médicos como a RTI? Ganham bem, também. No ano passado, a RTI lucrou US$ 11,6
milhões antes dos impostos sobre receita de US$ 169 milhões.
OUTRO LADO
Representantes do setor argumentam que supostos abusos como o ocorrido na Ucrânia são raros e que a indústria opera com
segurança e responsabilidade.
A RTI não respondeu a repetidos pedidos de comentário ou a uma lista de perguntas encaminhada há um mês.
Em declarações públicas, a empresa diz que "honra a doação de tecidos tratando o material com respeito".
FOLHA DE S. PAULO - SP |
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012
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Drogas poderão pôr fim a infecções de HIV (Ciência + Saúde)
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Afirmação é de diretor do departamento de Aids da Organização Mundial da Saúde
Um crescente arsenal de remédios poderá, algum dia, ajudar a pôr fim a novas infecções de HIV, afirmou o diretor do
departamento de HIV/Aids da OMS (Organização Mundial da Saúde), Gottfried Hirnschall.
A chave é encontrar a maneira de administrar melhor os últimos avanços, de acordo com Hirnschall.
A FDA (agência federal de alimentos e medicamentos dos EUA) anunciou anteontem a aprovação do Truvada como primeira
pílula para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.
A OMS se prepara para divulgar diretrizes para a administração de remédios Antirretrovirais como prevenção para pessoas
saudáveis
A entidade também planeja lançar neste domingo (22), na Conferência Internacional sobre a Aids, nos EUA, seu primeiro
relatório global sobre resistência aos medicamentos anti-HIV em países de renda média e baixa.
O uso de drogas antes da exposição ao vírus é um enfoque promissor, diz Hirnschall. "Acreditamos que esse seja um nicho de
intervenção em indivíduos para os quais outras formas de prevenção podem não ser acessíveis ou difíceis de implementar."
"Essa é uma intervenção adicional que poderá se somar ao arsenal de intervenções que temos", disse.
Os Antirretrovirais reduzem o risco de transmissão do vírus e salvaram cerca de 700 mil vidas no mundo em 2010, uma
conquista extraordinária, segundo os especialistas.
REPERCUSSÃO
A Unaids (agência das Nações Unidas de luta contra a Aids) comemorou a aprovação pela FDA.
No entanto, a ONG Aids Healthcare Foundation, uma das principais entidades de apoio a pacientes e pesquisas de HIV/Aids,
criticou a decisão da FDA de aprovar o tratamento sem exigir testes para o vírus.
"A aprovação sem a exigência é um passo que fará com que os esforços para a prevenção retrocedam anos", disse Michael
Weinstein, presidente da ONG.
Segundo ele, a FDA se apressou em aprovar o tratamento, apesar de estudos apresentados terem conclusões díspares a
respeito desse tipo de estratégia.
"A ação é negligente e, infelizmente, resultará em novas infecções, resistência às drogas e efeitos colaterais sérios em muitas
pessoas."
FOLHA DE S. PAULO - SP | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012
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Campanha de vacinação contra a pólio é ameaçada pelo Taleban
Paquistão
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - Homens armados feriram ontem, no Paquistão, um funcionário da OMS (Organização
Mundial da Saúde) e um consultor também a serviço da ONU.
Eles trabalham na campanha de imunização contra a pólio. Ambos estão internados, em estado de saúde estável, após o
veículo em que trafegavam ser alvejado em Karachi, no sul do país.
Apesar de não haver evidência de que foi um ataque para impedir a erradicação da pólio no país, o grupo fundamentalista
Taleban proibiu imunizações na região noroeste.
A alegação é de que a imunização é um disfarce para operações de espionagem dos EUA -um médico paquistanês foi preso
ao ajudar a CIA a rastrear o terrorista Osama bin Laden por meio de um programa de vacinação contra a Hepatite.
A pólio é hoje endêmica em apenas três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
Cerca de 200 mil voluntários, a maioria deles paquistaneses, trabalham na campanha -que recebe críticas de clérigos islâmicos
no país.
O Paquistão registrou 22 casos de pólio entre janeiro e 10 de julho deste ano. No mesmo espaço de tempo, no ano passado,
haviam sido 59.
O GLOBO | OPINIÃO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012
Saúde pública (Dos Leitores)
É triste assistir à degradação da saúde pública no Estado do Rio de Janeiro. O Hospital do Iaserj era uma referência, assim
como o foram os hospitais São Sebastião, Clemente Ferreira, Eduardo Rabello e tantos outros mais que estão ao deus-dará. A
transferência dos pacientes de madrugada, protegidos pela PM, foi coisa arquitetada. É inconcebível que órgãos como Cremerj
e MPE assistam, inertes, a mais essa vergonha contra o povo do Rio de Janeiro.
SEBASTIÃO PASCHOAL
Rio
O governador e seu secretário de Saúde dão mais uma demonstração de que querem acabar com o funcionalismo do estado.
Não bastasse o achatamento salarial - nos quase sete anos deste governo, os médicos aposentados do estado tiveram um
ridículo aumento que não chegou a R$ 20 -, agora a dupla desativa o hospital que, prioritariamente, era para atendimento aos
servidores públicos. Se o Ministério da Saúde precisa da área ocupada pelo Iaserj para expansão do Inca que construa um
novo hospital para os servidores, em outro local.
ROBERTO LOUREIRO
Rio
Primeiro, foi desativado o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião; agora - literalmente na calada da noite, garantida a
remoção dos doentes internados por tropa de choque, fortemente armada -, o mesmo aconteceu com o Hospital do Iaserj. O
governador Sérgio Cabral será lembrado pela História como "o desativador de hospitais". Cadê o Cremerj e o Sindicato dos
Médicos?
WLADEMAR WELLER
Rio
Sobre a transferência dos serviços do Iaserj Central, a Secretaria de Estado de Saúde esclarece que ao menos um familiar de
todos os pacientes foi avisado da transferência e convidado a conhecer as instalações para onde seriam transferidos. A
transferência foi feita após avaliação de uma junta médica, e não houve alteração no quadro clínico de nenhum paciente. É
importante ressaltar ainda que, desde 1999, o servidor do Estado do Rio de Janeiro não contribui para a manutenção do Iaserj.
O estado não pode investir recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) em saúde restrita, e deve investir e ampliar a saúde
pública. Tanto que os 12 leitos de UTI existentes no Iaserj transformaram-se em 24 no Hospital Estadual Getúlio Vargas, para
uso de toda a população. Reitero que os serviços não serão descontinuados, mas apenas transferidos de endereço.
VALÉRIA MOLL
superintendente de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde
JORNAL DE BRASILIA - DF | BRASIL
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012
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Custo anual de R$ 3,5 bilhões
O tratamento de doenças ligadas à obesidade e ao sobrepeso custa R$ 3,57 bilhões por ano aos cofres públicos. É o que
revela pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que fez o estudo a partir dos atendimentos de ambulatório
e internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento usou dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, referentes às doenças
cardiovasculares, alguns tipos de câncer, diabetes, asma e osteoartrite de joelho e quadril.
A pesquisa começou no fim de 2011 e durou seis meses. Não foram incluídos gastos indiretos, como compra de remédios e
licenças médicas, além de pacientes atendidos pela rede privada de saúde.
O estudo mostra que as doenças cardiovasculares, maior causa de morte no País, respondem por 67% das despesas do SUS
no tratamento de doenças ligadas à obesidade e ao sobrepeso, com custo de R$ 2,37 bilhões por ano. O médico Denizar
Vianna, professor da Uerj que participou da pesquisa, explica que os brasileiros têm engordado. Os dados de 2011 mostram
que 48,5% da população pode ser considerada com sobrepeso e 15,8% está obesa.
JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012
Imagem 1
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Gripe volta a causar preocupação
Pelo País, já são cem mortes. DF registrou um caso de paciente de Goiás
Francisco Dutra
Ao ultrapassar a marca de cem mortes neste ano no Brasil, a influenza A (H1N1) volta a despertar preocupação entre os
brasileiros. No Distrito Federal, ainda não foram registrados casos da doença na população local. Por ora, a rede pública tratou
e curou um paciente de Goiás com a enfermidade, em maio. A pasta investigou outras 16 pessoas com suspeita da gripe, mas
os exames mostraram que elas não tinham contraído o vírus H1N1. A secretaria avalia outras 37.
"Até o momento, não temos situação para se preocupar", tranquiliza a chefe do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis e
Agudas da Secretaria de Saúde, Ana Luíza Grisoto. A especialista frisa que era esperado um aumento de casos com a
chegada do inverno ao País, e que os números nacionais registrados até agora estão dentro do previsto. Ana Luíza também
explica que a pasta está monitorando todos os casos de gripe, seja comum, H1N1, ou outras versões "menos populares" da
enfermidade, mas com o mesmo risco à saúde.
ACOMPANHAMENTO
O monitoramento é constante. A cada semana, as regionais de saúde enviam dados sobre as variações de gripe para análise.
No primeiro semestre do ano passado, a secretaria contabilizou 31 mil casos. No mesmo período deste ano, os casos de
síndrome gripal foram 27 mil. Para Ana Luíza, do ponto vista estatístico, é uma ligeira variação.
Em 2009, ano da pandemia da influenza A pelo mundo, no DF foram registrados 672 casos, e dez morreram. No ano seguinte,
a rede pública contou nove casos. Em 2010, não houve morte pela doença. No ano passado, foram dois casos da influenza A,
e um óbito.
Busca pela vacina
A fonoaudióloga Cláudia Buzza, 40 anos, tentou, mas não conseguiu. Ao levar a filha, Paula Buzza, de cinco anos, para
vacinação de rotina em um posto de saúde da Asa Sul, ela pediu para que a pequena também recebesse a imunização contra
a H1N1. No entanto, os estoques da vacina estão no fim, não apenas no DF, mas em todo País. Em função disso, as doses
para aplicação da rede pública estão reservadas para os pacientes classificados nos grupos de risco, especialmente para a
segunda dose das crianças de até dois anos (veja mais detalhes na infografia).
Preocupada com os casos da doença, Cláudia chegou a pedir que a equipe médica do posto abrisse uma exceção para a filha.
"Eu acho que o governo deveria aumentar essa idade. Criança de dois anos é pequena, mas criança de cinco também é. E
eles brincam, correm. Se pega em menina de dois, pega em menina de cinco", avalia. A preocupação de Claúdia tem uma
explicação. Ela diz que a filha já teve febre muito alta e precisou ser internada em um hospital.
Crescida, Paula não tem medo de injeção - um temor que atrapalha a proteção de muitas crianças. Após proteger-se contra
outras doenças, ela deixou o posto tranquilamente. Sem chances de vacinação nos postos de saúde, Cláudia já prepara o
bolso para tentar vacinar a filha em uma clínica particular. Zelosa, a fonoaudióloga pensa que o melhor tratamento contra
qualquer doença é a prevenção.
Estoques em baixa
Seguindo os passos de Cláudia Buzza, milhares de brasilienses também cogitam ou querem vacinar-se contra o H1N1. No
entanto, os estoques estão no fim não apenas na rede pública, mas também na rede privada. Nas clínicas particulares, é difícil
encontrar doses da vacina que custa de R$ 60 a R$ 70. Apesar do preço alto, trata-se um valor baixo comparado com outras
vacinas pagas, cujo valor pode chegar R$ 380.
Segundo a presidente regional da Associação Brasileira de Imunizações (SBIM), Cláudia Valente, os estoques atuais estão no
fim e existe a previsão de apenas mais um lote para a próxima semana. De acordo com a presidente, em função do grande
número de casos registrados no Sul do País, a indústria e o governo focaram os últimos lotes na região, levando à escassez
nos demais estados e DF.
Cláudia lembrou que a vacinação começou meses atrás e agora, em julho, o DF está naturalmente no final do período. A
vacina tem período relativamente curto, começando em março e terminando em julho. Ela lembrou que a maior parte da
população já se vacinou, mas que os pais devem estar atentos para a aplicação da segunda dose. "As crianças até seis meses
e oito anos, que estiverem no primeiro ano de vacinação, devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Só no primeiro
ano", recomendou.
PROCURA
Por telefone, a reportagem do Jornal de Brasília conversou com funcionários de duas clínicas particulares. "Aqui acabou, agora
só no ano que vem. O lote é anual. Acabou mais cedo, porque no Brasil teve muita procura", comentou uma funcionária. Todos
os dias, as clínicas costumam receber dezenas de pessoas em busca da vacina. Em alguns casos, quase 200 pessoas
buscam a imunização.
A médica Ana Luíza Grisoto também considera que o período de vacinação está próximo do fim. No entanto, a população pode
se prevenir com cuidados básicos, seguindo a etiqueta respiratória (confira a infografia). Ao lado de uma postura preventiva, é
importante que a população esteja atenta.
"As pessoas não devem ficar esperando. Elas esperam, esperam e a situação fica mais grave. Depois de uma gripe comum, a
pessoa deve apresentar melhora em sete dias", explicou. A população deve procurar um posto de saúde caso apresente
sintoma acentuados.
Outra recomendação é evitar a automedicação. Quem tiver suspeita da doença deve em primeiro lugar procurar um médico. A
automedicação pode não render resultados e ainda contribui para a evolução dos vírus para formas mais perigosas.
JORNAL DE BRASILIA - DF | OPINIÃO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012
Veja a matéria no site de origem
Informação e Saúde (Artigo)
Luiz Odorico Monteiro de Andrade
Médico e secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde
O Cartão Nacional de Saúde é um aliado da era da informação. O modelo, que antes era centrado no hospital, hoje está
focado no empoderamento do paciente, por meio da democratização da informação. Instrumento que permite ao cidadão
acompanhar todo seu histórico de saúde, ao profissional otimizar o trabalho por meio da integração de vários sistemas em uma
única base de dados e ao gestor ter subsídio para a tomada de decisões.
O Sistema estará ao alcance do usuário até o final deste ano no Portal Saúde do Cidadão. O acesso ao histórico de
atendimentos será registrado para garantir segurança e privacidade. O propósito é colocar o cidadão no centro da gestão, com
uma identidade que lhe permitirá saber como o SUS está presente em sua vida.
Por meio do Registro Eletrônico de Saúde (RES), será possível a disponibilização, no Portal, dos dados cadastrais do Cartão e
o rol de serviços consumidos pelo usuário. O RES é uma ferramenta estratégica e funcionará como um prontuário eletrônico
com interoperabilidade, agregando informações que podem ser compartilhadas com acesso a usuários autorizados.
No primeiro semestre de 2012, foi concluído o ciclo inicial de higienização dos dados, que incluiu 30 milhões de números de
cartão pertencentes a usuários dos planos de saúde. Em um futuro breve, cada criança que nascer vai deixar a maternidade
com o seu cartão.
Até o momento, foram distribuídos 20 milhões de cartões para 1.300 municípios que têm 100% dos usuários cadastrados no
Cadastro Único do SUS (CadSUS) e Sistema de Regulação (SISReg) implantado. A meta é entregar 102 milhões durante a
primeira etapa de implantação e universalizar a distribuição até 2014.
Para os profissionais de saúde que operam a base de dados do Cartão, já está disponível na internet o Cad-SUSWeb,
instrumento que permite visualizar os dados e editá-los em tempo real. Possibilita imprimir imagem e etiqueta do Cartão. O
CadSUSWeb pode ser acessado por profissionais que possuem o código de acesso do Cadastro Nacional dos
Estabelecimentos de Saúde (CNES).
O novo ambiente permite a consulta, edição, relatórios, cadastro e impressão do documento. Tal impressão pode ser feita em
três modalidades: etiqueta no padrão da impressora, impressão direto da mídia e impressão em papel. A variedade permite
que o município imprima o cartão de acordo com o recurso de que dispõe.
O Ministério da Saúde está incentivando, com um total de R$ 30 milhões, estados e municípios que apresentarem projetos de
soluções informatizadas para se integrar ao Sistema Cartão Nacional de Saúde. Em fase de licitação está a aquisição dos kits
de impressão que serão distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde. Mais do que um precioso instrumento de gestão, o
Cartão Nacional de Saúde fortalece o vínculo do cidadão brasileiro com o SUS. É a materialização da aliança governo e
sociedade por um SUS forte, universal e de qualidade.
JB ONLINE - RJ | CIÊNCIA E TECNOLOGIA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012 06:01
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Doenças ligadas à obesidade custam R$ 3,5 bi por ano ao governo
Uma pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revela que o tratamento de doenças relacionadas à
obesidade e ao sobrepeso custam R$ 3,57 bilhões por ano aos cofres públicos. O levantamento foi realizado com base em
atendimentos de ambulatório e internações através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Uerj levou seis meses para realizar o levantamento, que teve início no final de 2011. A pesquisa não inclui gastos indiretos,
como aquisição de remédios e despesas com licenças médicas, nem pacientes atendidos pela rede privada de saúde.
Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do
Ministério da Saúde, que abordam doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, diabetes, asma e osteoartrite de joelho
e quadril, também foram usados no estudo.
O médico e professor da Uerj Denizar Vianna, que participou do estudo, explica que uma revisão sistemática da literatura foi
feita para encontrar relações entre tais doenças com a obesidade e o sobrepeso. Posteriormente, dados do governo foram
aplicados para estimar as despesas relacionados a elas.
As doenças cardiovasculares, maior causa de morte no País, representam 67% dos custos do SUS para tratamento de
doenças vinculadas à obesidade e sobrepeso, e significam uma despesa anual de R$ 2,37 milhões, conforme mostra o estudo.
Dados sobre hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana e insuficiência cardíaca foram
levados em consideração.
Os dados de 2011 revelam que 48,5% dos brasileiros podem ser considerados com sobrepeso e 15,8% estão obesos. Vianna
concorda que a população tem engordado. "Essa condição só vem aumentando, enquanto outras vêm caindo, como o
tabagismo. Então, em termos de magnitude, a obesidade hoje já é um fator de risco tão impactante quanto o tabagismo, que
está estabilizado em 15% da população", explica o médico.
Para ele, a pesquisa pode ajudar a orientar políticas públicas de saúde, a exemplo da promoção de alimentação saudável em
escolas e campanhas em prol da prática de atividade física.
AGÊNCIA NORDESTE | NOTÍCIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
17/07/2012
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Mosquito transgênico será usado no combate à dengue
O Brasil dará início à produção em larga escala de mosquito transgênico que será utilizado no combate à dengue. No último
dia 7, foi inaugurado em Juazeiro (BA) a fábrica com maior capacidade mundial de produção do mosquito da dengue estéril. A
confecção do macho do Aedes Aegypt geneticamente modificado será supervisionada pelo Ministério da Saúde. A intenção
do governo federal é utilizar tecnologia inovadora criada nacionalmente como opção de controle da dengue em todo o Brasil.
A unidade funcionará na sede da empresa pública Moscamed, especializada na produção de insetos transgênicos para
controle biológico de pragas. A capacidade máxima de produção é de 4 milhões de machos do Aedes Aegypt estéreis por
semana. Esses mosquitos, liberados no ambiente em quantidade duas vezes maior do que os mosquitos não estéreis, vão
atrair as fêmeas para cópula, mas sua prole não será capaz de atingir a fase adulta, o que deve reduzir a população do
mosquito a tal nível que controle a transmissão da dengue. Inicialmente, os insetos serão liberados no município de Jacobina
(BA), com 79 mil habitantes, que apresentou 1.647 casos de dengue e dois óbitos pela doença no primeiro semestre deste
ano. A ação é inédita e considerada a maior liberação de insetos transgênicos de controle urbano do mosquito da dengue.
Com a experiência em Jacobina, uma cidade de médio porte, será possível mensurar a redução da doença na população e
verificar a melhor maneira de adaptar o mosquito ao ambiente. A previsão é de que os estudos para medir o impacto, em
termos de redução da dengue, levem pelo menos 5 anos. A partir dos resultados, o governo poderá expandir a estratégia para
todo o País e, dentro de alguns anos, incorporá-la ao Sistema Único de Saúde (SUS) como um dos mecanismos de combate à
doença.
Pesquisa com Aedes Aegypt é realizada desde 2010
O Ministério da Saúde tem acompanhado a pesquisa com o Aedes Aegypt transgênico desde o seu início, em 2010, que
começou com a adaptação do mosquito em laboratório na Universidade de São Paulo (USP). Conhecido como Projeto Aedes
Transgênico (PAT), o estudo foi desenvolvido em parceria com a empresa britânica Oxitec, que desenvolveu a primeira
linhagem do inseto transgênico, adaptando-a, posteriormente, ao ambiente nacional. Em 2011, a Moscamed, reconhecida pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) como entidade de pesquisa, entrou na parceria e deu
um salto quantitativo na produção, com 550 mil mosquitos.
A Moscamed foi criada em 2005, e ganhou notoriedade depois de uma experiência bem sucedida de controle biológico no
Brasil da chamada "mosca-do-mediterrâneo". Essa praga, conhecida como "bicho da goiaba", também presente em outras
frutas, inviabiliza a comercialização delas, causando prejuízos da ordem de US$ 120 milhões por ano para a fruticultura
brasileira e mais de US$ 2 bilhões para a fruticultura mundial.
Utilizando a "Técnica do Inseto Estéril", a Moscamed conseguiu reduzir a população desse bicho a níveis abaixo do dano
econômico e ampliou o acesso do Brasil ao mercado internacional de frutas, principalmente para os Estados Unidos, Japão e
União Européia. A organização foi escolhida pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para ser a primeira
biofábrica do mundo a utilizar a tecnologia de raios-x para a esterilização de insetos.
Gov. Brasil
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
17/07/2012
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Em entrevista ao site do jornal O Estado de S.Paulo, Pedro Chequer critica pressão
religiosa em ações contra a aids e compara momento atual à era Bush nos EUA
__Crédito fotográfico: Agência Brasil
Em entrevista para a coluna do jornalista Roldão Arruda no site do jornal O Estado de São Paulo, o diretor do Programa
Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, criticou a atuação de grupos religiosos
conservadores, que estariam obtendo sucesso em suas pressões sobre o Estado brasileiro para dificultar a disseminação de
informações e métodos de prevenção do HIV. Chequer assinala que o Brasil já vive uma situação de ambiguidade, entre o
confessional e o laico, com reflexos no campo dos direitos humanos e da cidadania.
Leia a seguir a entrevista na íntegra. Chequer observa que o ponto da virada e distanciamento do conceito moderno de Estado
teria sido a assinatura da Concordata com o Vaticano, em 2008.
O Estado de S.Paulo: Em recente encontro sobre Aids, promovido pelo Ministério da Saúde, em Brasília, o senhor criticou o
governo por ceder às pressões de grupos religiosos, deixando de conduzir adequadamente políticas de prevenção da Aids.
Pedro Chequer: Quero dizer, em primeiro lugar, que não sou favorável a qualquer tipo de cerceamento da liberdade religiosa,
um direito fundamental previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos e também na Constituição do Brasil. O Estado
deve ser laico e deixar fora de sua jurisdição qualquer matéria de caráter religioso. Esse é um princípio democrático essencial.
Quando falo deste assunto, a minha preocupação é outra. Está relacionada ao fanatismo religioso, que pode levar a situações
extremas, como a imposição de uma religião única a todos os cidadãos. Quando se tenta impor princípios religiosos, sejam
eles quais forem, também ocorre uma violação dos princípios da Declaração Universal, que reconhece o foro íntimo da
consciência.
O Estado de S.Paulo: Na sua avaliação o Estado brasileiro não é 100% laico?
Chequer: Do ponto de vista estritamente legal, sim. Os legisladores brasileiros sempre se preocuparam com essa questão. A
primeira constituição republicana, de 1891, defendeu a liberdade religiosa e, ao mesmo tempo, explicitou a laicidade do
Estado. Na prática, porém, nos deparamos com fatos que colidem com esses princípios. Eu citaria como exemplo o
financiamento de atividades religiosas com recursos públicos e a presença, nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, de
símbolos religiosos, como o crucifixo. Exibidos de modo ostensivo, eles deixam claro a inobservância dos princípios
constitucionais. O Estado vive sob constante pressão de grupos religiosos contrários à sua laicidade.
O Estado de S.Paulo: Poderia citar um exemplo?
Chequer: Em 1930, sob pressão da Igreja Católica, o governo de Getúlio Vargas reintroduziu o ensino religioso nas escolas
públicas. Isso foi formalizado na Constituição de 1934 e nas outras, incluindo a de 1988. Não ficou claro, porém, a quem
caberia o ônus dessa atividade. Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabeleceu que o ônus não seria do poder
público. Quando essa lei foi reformulada, em 1996, o princípio foi mantido. Logo depois, porém, por pressão da Igreja Católica,
sofreu alteração.
O Estado de S.Paulo: O senhor se refere à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)?
Chequer: Sim. Ao criar o Fórum Permanente do Ensino, a CNBB estabeleceu uma estratégia de pressão politica, com vistas a
aumentar sua influência e fazer avançar os princípios do ensino religioso nas escolas públicas. Está conseguindo inserir na
legislação de cada sistema estadual um conteúdo interconfessional, com professores credenciados pelas entidades religiosas,
mas inseridos no corpo docente por concursos públicos e remunerados pelo Estado. O Fórum tem se mostrado extremamente
eficaz, mesmo considerando a maior diversidade religiosa e o aumento da força das igrejas evangélicas. É interessante notar
que a Concordata, que o Vaticano e o Brasil assinaram em 2008, focaliza particularmente o ensino religioso nas escolas
públicas.
O Estado de S.Paulo: Vê nisso mais um tipo de ameaça ao Estado laico?
Chequer: A Concordata ocorre num contexto ambíguo, que deixa o Estado brasileiro entre o confessionalismo e a laicidade.
Esse tratado entre Brasil e Vaticano chegou a ser objeto de oposição por parte de confissões evangélicas tradicionais. Uma
voz que se destacou foi a do pastor presbiteriano Guilhermino Silva da Cunha, do Rio. Em carta aberta aos presidentes da
República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, ele denunciou a Concordata por trazer de volta
"praticamente todos os privilégios do padroado". Em relação ao ensino confessional nas escolas públicas, considerou que o
documento é inconstitucional, pois "privilegia uma denominação cristã em detrimento de outras e agride a liberdade religiosa
em relação a judeus, budistas, espíritas e muçulmanos; e agride agnósticos e ateus".
O Estado de S.Paulo: De que maneira isso ameaça a prevenção da Aids, área na qual o senhor atua?
Chequer: Em qualquer país do mundo, a incorporação de doutrinas e práticas religiosas pelo Estado tem reflexos no campo
dos direitos humanos e da cidadania. Na área em que atuo, o que se observa é o surgimento de uma agenda que obstaculiza
os princípios fundamentais da prevenção da Aids, a partir de evidência científicas. Isso é percebido de maneira clara nos
Estados confessionais islâmicos. Nos Estados Unidos, houve efeito semelhante na era Bush, quando os princípios teológicos
passaram a ser a referência para o estabelecimento de políticas públicas, com sérios reflexos em todos os países abrangidos
pelo PEPFAR (plano lançado pela Presidência dos Estados Unidos para a redução da Aids no mundo).
O Estado de S.Paulo: Há risco de retrocesso em relação às políticas públicas estabelecidas?
Chequer: A incorporação - ou mesmo a proximidade do Estado - de princípios religiosos, notadamente aqueles que demonizam
aspectos relativos à igualdade de gênero, ao respeito a diversidade sexual e à garantia de direitos às minorias sexuais tem
resultado em retrocesso significativo nas políticas públicas de prevenção da infecção pelo HIV. Sob a égide desses princípios,
o uso do Preservativo, por exemplo, é uma prática condenável.
O Estado de S.Paulo: Pode citar casos em que observa retrocesso?
Chequer: Podemos citar restrições a campanhas publicitárias que, ao focalizar as populações mais vulneráveis, tratam a
questão da prevenção de modo aberto e claro.
O Estado de S.Paulo: Isso não é novo. A CNBB interferiu nas campanhas do Ministério da Saúde desde a eclosão da Aids,
na década de 1980. O que mudou?
Chequer: Nas décadas de 80 e 90, a pressão sobre o Estado, com o intuito de estabelecer parâmetros distintos daqueles
cientificamente construídos na prevenção do HIV, era feita basicamente pela Igreja Católica. Em anos recentes, porém, ela
passou a ser exercida, com maior êxito, por setores conservadores evangélicos.
O Estado de S.Paulo: Mais uma vez vou pedir que cite exemplos.
Chequer: Vou citar dois, absolutamente claros. O primeiro foi a proibição do material didático que se destinava à construção de
uma agenda anti-homofóbica no ambiente escolar.
O Estado de S.Paulo: Está se referindo ao material que ficou conhecido como kit gay?
Chequer: Sim. Trata-se de um bom material, respaldado por duas instituições ligadas à ONU - Unesco e UNAIDS. O segundo
exemplo foi a proibição da veiculação da campanha desenvolvida para o Carnaval deste ano. Clara e direta, foi lançada em um
ato publico amplamente difundido, mas não foi veiculada. Devido a pressões, teve que ser substituída às pressas, por uma
outra, improvisada, inócua e evasiva. A população mais vulnerável deixou de ser focalizada.
O Estado de S.Paulo: Como vê a ação dos pastores que prometem a cura da Aids?
Chequer: Apesar da garantia constitucional da pratica religiosa, ela não deve avançar além do escopo estabelecido para o
exercício da mesma. Refiro-me a essa prática, cada vez mais frequente no cotidiano nacional, da chamada cura da Aids. Isso
tem consequências nefastas para pacientes que, convencidos de que estão curados, abandonam o uso dos Antirretrovirais,
arsenal terapêutico fundamental para a preservação da vida com qualidade e ampliação da sobrevida dos pacientes. Há
dezenas de relatos de óbitos em todo o pais como consequência dessa pratica.
O Estado de S.Paulo: Acha possível coibir tais práticas?
Chequer: Diante do fato de que nenhuma instituição do Estado levanta objeções a esse tipo de ação, o UNAIDS encaminhou
ao Conselho Federal de Medicina um pedido para que investigue e tome providências para coibi-la.
O Estado de S.Paulo: Qual foi a resposta do Conselho?
Chequer: Respondeu positivamente e o tema está sob análise.
Fonte: Estadão.com.br
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
17/07/2012
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Leitos de internação do CRT-SP podem ser transferidos; ativistas se movimentam contra
a medida
Na última reunião do Fórum de ONG/Aids do estado de São Paulo, 13 de julho, ativistas denunciaram a ameaça de
fechamento dos leitos do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids do Estado de São Paulo (CRT) e a diminuição
dos serviços oferecidos. A Coordenação de Aids da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da Secretaria de Saúde do
Estado confirma que há a proposta para a transferência dos 24 leitos de internação para o Hospital Emílio Ribas, mas ainda
não há nada concreto. Mediante a possibilidade, os ativistas começaram agora a fazer um levantamento da situação de
assistência em todo o estado.
Murilo Duarte, do Grupo Pela Vidda de São Paulo, informou que na última semana recebeu quatro ligações de usuários
informando que os serviços de Hospital/Dia e do Pronto Atendimento do CRT estariam com os dias contados. "Dois deles
foram informados pelos próprios médicos", esclarece Murilo.
Segundo Alexandre Gonçalves, do Programa Estadual de DST/Aids, a CCD tem interesse na transferência dos leitos de
internação. "Para a administração da CCD, é inviável administrar menos de 50 leitos. Fora isso, a coordenação de controle de
doenças não é para trabalhar com internação, com assistência direta. Esses são os principais motivos", diz ele.
No entanto, segundo o profissional, o CRT não tem interesse em mover estes leitos. "A maioria dos casos que chegam até nós,
conseguimos segurar. Só não conseguimos quando é um paciente que tem complicações. Um cardíaco, por exemplo, aí
transferimos". Segundo Alexandre, os leitos no CRT além de ajudarem o próprio Centro, são benéficos também para o Sistema
Único de Saúde (SUS). A proposta da CCD é de que a transferência seja feita até o final do ano.
Ativistas estão se mobilizando para impedir o fechamento de leitos através de um abaixo assinado a ser encaminhado ao
Secretário Estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri. "O CRT sempre teve excelência no atendimento, seu fechamento
representaria mais um golpe no estado de saúde dos pacientes. Me trato lá desde 1990 e reconheço sua capacidade", afirmou
Murilo Duarte. Os militantes também ameaçam documentar os casos de demora, mau atendimento e outras violações de
Direitos Humanos e enviá-los ao Ministério Público.
Para o presidente do Fórum, Rodrigo Pinheiro, cada vez mais cresce a necessidade de mobilização em torno da garantia da
qualidade da assistência no estado. "O fechamento da Casa da Aids, e agora esta ameaça de fechamento dos leitos do CRT,
indicam uma tendência de se colocar a parte administrativa e financeira acima da garantia de atendimento de qualidade aos
pacientes".
Dicas de entrevista:
Centro de Referência e Treinamento DST/Aids
(11) 5087 - 9911
Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo
(11) 3334-0704
Redação da Agência de Notícias da Aids
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
17/07/2012
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Pacientes têm opiniões diferentes sobre uso do Truvada para prevenção do HIV
Beto Volpe, Hugo Hagström e William Amaral fazem tratamento contra a Aids há vários anos. Em entrevista à Agência de
Notícias da Aids, eles mostraram opiniões diferentes sobre o uso do antirretroviral Truvada para prevenção do HIV, mas
concordaram que o Preservativo ainda é o melhor método de prevenção do vírus.
Nesta segunda-feira, 16 de julho, a Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou a
aprovação do Truvada, do laboratório Gilead Sciences, como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV.
Um dos fundadores do Grupo Hipupiara de São Vicente, Beto Volpe acredita que o surgimento do coquetel antiaids já fez com
que a população se preocupasse menos com o HIV e um medicamento de prevenção só banalizaria ainda mais a doença. "O
uso do Truvada deveria ser controlado por especialistas e não acessível para qualquer pessoa", comentou.
Beto ressalta também que como é possível viver mais tempo com Aids, muitas pessoas têm uma falsa impressão sobre os
efeitos cotidianos da doença. "Acabei de participar de um encontro, onde 70% dos participantes têm o vírus há mais de 20
anos, e a maioria reclama de problemas relacionados à Aids. Não podemos nunca esquecer da gravidade desta doença",
completa.
Já Hugo Hagström, do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), disse que, caso o governo brasileiro adote esta liberação, o receio das
pessoas à doença seria o mesmo. "A banalização já é um fato desde o surgimento do coquetel. Não acho que vá banalizar
ainda mais", afirma. "Uma das questões que colaboram é o receio da população aos efeitos adversos. As pessoas imaginam
que os medicamentos ligados ao HIV e Aids são grandes monstros e teriam certo medo de ingeri-los", completa.
O representante da RNP+ (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids) no Rio de Janeiro, William Amaral, vê o uso
do Truvada como mais uma forma de prevenção. "Pode ser útil para alguns casais sorodiscordantes, por exemplo... Mas as
pessoas precisam saber que a proteção do medicamento não é de 100%. Então, o Preservativo ainda é a melhor opção",
completa.
Ana Alkmim
DICAS DE ENTREVISTA:
Beto Volpe
E-mail: [email protected]
Hugo Hagström
Tel.: (0XX11) 5084-6397
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
17/07/2012
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Diretor da OMS acredita que grande arsenal de remedios poderá ajudar a acabar com a
aids
Reportagem do site de notícias UOL (com informações da Agence France Presse) traz o diretor do departamento de HIV/Aids
da Organização Mundial da Saúde, Gottfried Hirnschall opinando que um crescente arsenal de remédios poderá, algum dia,
pôr fim às novas infecções do HIV. Para o diretor, é necessário encontrar uma maneira de administrar melhor os últimos
avanços na área. Nesta segunda-feira, 16 de julho, a Agência Federal de Alimentos de Medicamentos (FDA) dos Estados
Unidos anunciou a aprovação do Truvada, do laboratório Gilead Sciences, como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV
em alguns grupos de risco.
Gottfried Hirnschall afirmou na reportagem que "as conquistas nas pesquisas e o progresso em alguns países demonstram que
é possível avançar muito significativamente na ampliação da resposta e inclui começar a pensar na eliminação das novas
infecções".
O mundo tem agora 26 Antirretrovirais (conhecidos como ARV) no mercado. Para o diretor da OMS, o arsenal é grande,
considerando que os medicamentos são melhores do que costumavam ser, embora ainda não sejam perfeitos.
Os efeitos colaterais continuam sendo uma preocupação e as autoridades estão vigiando cuidadosamente o surgimento de
resistências. A OMS se prepara para lançar esta semana seu primeiro relatório global sobre resistência aos medicamentos em
países de renda baixa e média.
Antirretroviral como prevenção
A pesquisa sobre o uso dos ARVs como uma maneira de prevenir o HIV nas pessoas saudáveis - também conhecido como
`profilaxia pré-exposição` (PrEP), onde se inclui a aprovação do Truvada - mostrou resultados contraditórios. Foram
promissores em casais heterossexuais e gays que tomaram as pílulas com diligência. Contudo, um importante estudo em
mulheres africanas não mostrou nenhum tipo de proteção dos ARV em comparação com um placebo.
"Isso, provavelmente, será o centro do debate na conferência [Internacional de Aids, que começa no domingo, em
Washington]: quando é apropriado iniciar o tratamento e como aproveitar ao máximo as vantagens dos Antirretrovirais para a
prevenção em um sentido mais amplo", disse Hirnschall.
Para o diretor da OMS, a profilaxia pré-exposição é um enfoque promissor. "Acreditamos que, provavelmente, se transforme
em um nicho de intervenção de certos indivíduos nos quais outras prevenções podem não ser acessíveis ou difíceis de
implementar. Há muito poucas pílulas mágicas, mas é uma intervenção adicional que poderá se somar ao arsenal de
intervenções que temos", acrescentou.
Confira a matéria na íntegra neste link.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
17/07/2012
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Jornal da Cultura destaca parceria com Agência Aids para cobertura da Conferência em
Washington
Com a participação da jornalista Roseli Tardelli ao vivo no estúdio, o Jornal da Cultura anunciou nesta segunda-feira, 16 de
julho, a parceria com a Agência de Notícias da Aids para a transmissão de boletins sobre a 19ª Conferência Internacional de
Aids em Washington.
O telejornal destacou também a recém aprovação dos Estados Unidos do uso do antirretroviral Truvada para prevenção do
HIV, a vida das pessoas com HIV e Aids atualmente e o impacto da doença no mundo.
A Conferência Internacional de Aids deste ano terá como lema a frase Turning the Tide Together, o que em português pode
ser traduzido para "Juntos para virar a maré". A ideia é enfatizar o quanto é importante um comprometimento global para
mudar o curso da pandemia de HIV.
O chefe de redação da Agência Aids, Lucas Bonanno, irá passar os boletins para o Jornal da Cultura. Esta Agência enviará
também informações sobre a Conferência Internacional de Aids para o portal UOL, Rádio Estadão/ESPN, Voz da América e
Sistema Oboré.
Durante o evento, que ocorre entre os dias 22 e 27 de julho, será feita ainda uma série de entrevistas e captação de imagens
para a produção de um documentário sobre o trabalho das ONGs internacionais na luta contra a pandemia, "Aids, 30 anos: o
enfrentamento das ONGs do mundo!".
Redação da Agência de Notícias da Aids
A cobertura internacional da Agência Aids e a produção do documentário em Washington serão apoiados pelo SENAC,
Interfarma, Anglo American, MSD, e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTICIA
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS | ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
17/07/2012
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Imprensa destaca liberação do medicamento Truvada para previnir HIV no EUA
O medicamento Truvada foi aprovado ontem, 16 de julho, pelo governo dos EUA, como forma de prevenção ao HIV. A notícia
recebeu destaque nos principais veículos do País.
A matéria principal da capa do jornal Folha de São Paulo teve como título "EUA liberam pílula para a prevenção contra vírus da
Aids". O jornal destacou a aprovação que surgiu depois de uma série de testes internacionais, envolvendo milhares de
pessoas, tanto heterossexuais quanto homossexuais, que mostrou que, além de controlar infecções já existentes, o Truvada
tem um papel preventivo, diminuindo em 70%, em média, o risco de adquirir o vírus. Entretanto, o jornal destacou que
especialistas afirmam que é improvável que o Truvada substitua o uso da Camisinha como principal medida de prevenção
contra o avanço da Aids.
"Estados Unidos aprovam pílula para prevenir Aids" foi o título da matéria do jornal Estado de S. Paulo no caderno Vida. O
veículo destacou o otimismo de diversos profissionais em relação a decisão do governo americano. Por exemplo, a
pesquisadora Valdilea Veloso, diretora do Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (
Fiocruz ) , diz que o Truvada é uma potencial arma de prevenção da doença , especialmente entre homens que fazem sexo
com homens - grupo de alto risco de contaminação.
"Não podemos generalizar e achar que as pessoas vão fazer mau uso desse instrumento de prevenção. Além disso, o que o
Brasil tem disponível hoje como política de prevenção à doença definitivamente não deu conta de controlar o avanço da
epidemia. Novos casos surgem todos os dias", disse a pesquisadora ao Estadão.
O jornal O Globo também destacou que a aprovação veio às vésperas da divulgação de um novo relatório do Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), prevista para amanhã. O diretor do escritório central do Unaids, Luiz
Loures, comemorou, em entrevista ao jornal, o pioneirismo da pílula.
Os jornais Correio Braziliense e Jornal do Brasil destacaram a notícia com os respectivos títulos: "Liberada a pílula anti-HIV" e
"EUA aprovam uso de remédio que previne infecção pelo vírus HIV".
No Brasil
Os veículos também divulgaram como o Brasil se posicionou diante da decisão dos EUA. A Folha informou que o Ministério
da Saúde, por enquanto, não planeja incluir o Truvada como método auxiliar de prevenção na rede pública. "Nós investimos
fortemente no diagnóstico e tratamento. Ao medicar corretamente os infectados, diminui-se a carga viral, o que reduz bastante
a transmissão do vírus", disse Roberto Hallal, coordenador de Cuidado e Qualidade de Vida do Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde ao jornal.
O Estado de S. Paulo ainda informou que, de acordo com Hallal, os estudos demonstram que, se a pessoa doente for tratada
corretamente, há uma redução de até 95% na transmissão do vírus. "Esse é um resultado bem mais eficaz que os 75%
alcançados com a profilaxia pré- exposição", afirmou Hallal ao jornal.
Redaçao da Agência de Notícias da Aids
AGÊNCIA BRASIL | INTERNACIONAL
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012 07:22
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Temer e Patriota participam de debates sobre combate à fome e crise em Guiné-Bissau
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 9ª Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Maputo (Moçambique), terá como temas
principais o combate à fome e à pobreza, além da violência em Guiné-Bissau e a adesão da Guiné Equatorial ao grupo. O vicepresidente da República, Michel Temer, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, representam o Brasil.
Por dois anos, a comunidade será presidida por Moçambique. A comunidade, criada em 1996, é formada por oito países Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
De acordo com os organizadores da cúpula, preocupam aos integrantes o agravamento da crise em Guiné-Bissau. A chefe da
delegação de Moçambique, Albertina MacDonald, disse que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa não reconhece o
comando militar que assumiu o poder em Guiné-Bissau, em abril, e comandou o golpe de Estado no país.
Também está em discussão a possibilidade de adoção de medidas comuns de esforços conjuntos para o combate à fome e à
pobreza. Autoridades africanas, de vários países, já visitaram o Brasil para analisar os programas de transferência de renda
em execução no país. Participam dos debates o o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o diretor-geral do
Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva.
Além de participarem das reuniões da comunidade portuguesa, Temer e Patriota conversam com o presidente de Moçambique,
Armando Guebuza, e com o primeiro-ministro, Aires Ali. Eles também visitarão projetos de cooperação, como a fábrica de
Antirretrovirais e locais de investimentos produtivos brasileiros.
Em 2011, o intercâmbio comercial entre o Brasil e Moçambique registrou US$ 85,3 milhões, crescimento de 101,2% em
relação a 2010. As importações brasileiras originárias de Moçambique, no mesmo ano, também registraram crescimento
expressivo (104,4%).
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Talita Cavalcante
UOL | UOL NOTÍCIAS
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012 05:49
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Pacientes pagam por remédio gratuito e ficam em macas sem lençóis em hospitais do
RN
Com calamidade pública decretada na área da saúde desde o dia 4 de julho, os hospitais do Rio Grande do Norte enfrentam
problemas com o desabastecimento de remédios e falta de material básico para atendimento. Os pacientes e acompanhantes
reclamam da situação e alegam que são obrigados a pagar por remédios que deveriam ser fornecidos gratuitamente.
Durante três dias, a reportagem do UOL visitou três dos principais hospitais de Natal e constatou uma série de problemas,
entre eles falta de remédios, equipamentos e insumos, além de muitos casos de improviso no atendimento.
A rede de saúde sofre com problemas estruturais básicos, como mofo em enfermarias, aparelhos de ar-condicionados
quebrados e falta de espaço para atender a demanda dos pacientes. No hospital Walfredo Gurgel, o maior de urgência e
emergência do Estado, muitos pacientes são obrigados a ficar em macas nos corredores, com colchões sem lençóis. A maioria
dos que têm lençóis para forrar macas e camas alega que o material é trazido de casa.
As macas se apertam nos estreitos corredores, que mais lembram um cenário de um hospital de guerra. Logo na entrada da
emergência muitos pacientes estão internados de forma improvisada e recebem atendimento precário por conta da greve dos
médicos. Durante a visita feita pela reportagem do UOL, pelo menos oito pacientes foram vistos internados em colchões sem
lençóis. "Dizem que isso aqui é a guerra, mas acho que na guerra é melhor, pois pelo menos eles têm boa vontade e atendem
a pessoa, mesmo sem estrutura", contou um paciente com uma lesão na mão direita, que aguardava atendimento de um
especialista há mais de 20 horas. No hospital Ruy Pereira, especializado em atendimento a pacientes com problemas
vasculares, a falta de medicamentos e insumos é constante há meses e prejudica o atendimento. As condições precárias da
unidade já causaram um surto de superbactérias que matou duas pessoas em um só dia. Segundo profissionais da unidade,
não havia máscaras para atendimentos, por exemplo. Vários medicamentos também estavam em falta. Segundo os relatos, a
carência é antiga e se agravou nos últimos meses. Há um ano, a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) não possui um aparelho
de raio-x, que realizada um exame considerado básico para pacientes internados. No hospital pediátrico José Bezerra (mais
conhecido como hospital Santa Catarina), a falta de suprimentos é rotina tão constante que os funcionários da unidade criaram
um sistema de rodízio para não deixar faltar água, luvas e outros insumos básicos, além de compras imediatas de
medicamentos.
"No quadro de avisos colocamos uma tabelinha com os nomes dos contribuintes para pagamento da água para não ficarmos
com sede. Todo mês, cada um dá R$ 20 para a cota da compra de garrafões de água, mas muitas vezes temos outras
despesas extras para compra de luvas, gazes, álcool em gel e até papel higiênico", diz a médica pediatra Lyenka Pinto. "Já as
máscaras também somos nós que custeamos. Cada um tem sua caixinha guardada porque aqui não tem há muito tempo no
estoque." A pediatra, que também é coordenadora clínica do hospital, disse que com a falta de medicamentos no Santa
Catarina muitas vezes os médicos tentam conseguir amostras grátis com representantes de remédios ou ainda tiram do próprio
bolso para poder atender a um paciente em estado grave. "Sofremos antes, durante e depois de cada plantão devido a falta de
estrutura no Santa Catarina. Tenho 17 anos como médica no Estado e nunca vi uma situação tão precária como esta que
estamos vivenciando. É uma falta de tudo", disse a médica.
No hospital, apesar das carências, existem equipamentos que nunca foram usados e estão encaixotados há cerca de dois
anos depois que foram enviados pelo Ministério da Saúde. Entre eles estão dois conjuntos de aparelhos de raio-x e
equipamentos para abertura de 10 leitos de UTI neonatal ou pediátrica.
Por conta da falta de remédios, muitos pacientes que recebem atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) são obrigados
a comprar medicamentos que deveriam ser fornecidos gratuitamente.
"A cirurgia do meu pai está marcada para ocorrer amanhã ⎚ de julho] , e tive que vim aqui pegar a receita com o médico para
comprar o medicamento para dor no pós-cirúrgico", conta Maria Lourdes Basílio, que acompanha o pai, Damião Baracho, 73 -que passaria por uma cirurgia de amputação de dedo, devido a complicações da diabetes, no hospital Ruy Pereira. O remédio
indicado pelo médico foi o Tramal, um analgésico para dores moderadas e fortes. A cirurgia de Damião, que deveria ser
realizada em até 48h, pela gravidade do problema, só aconteceria dez dias após a entrada dele no hospital. A demora,
segundo Maria de Lourdes, ocorreu por falta de médicos, que estão em greve há mais de 70 dias. Nesse período de
internação, ela contou que também foi obrigada a comprar outro medicamento, o Cilostazol (indicado para tratar problemas
circulatórios). "Cada caixa custou R$ 41. Muito caro para quem não tem dinheiro sobrando." Com trombose arterial, Benedita
Fernandes de Brito, 41, deu entrada na emergência do hospital Walfredo Gurgel em junho. Por conta da falta de medicamentos
e demora no atendimento, ela teve a perna amputada, segundo contou a irmã da paciente. "Faltou o medicamento que o
médico indicou, o que resultou na ampliação do problema. Ela está consciente do que aconteceu, e sempre a pessoa fica
revoltada. Agora não sei o que vamos fazer", contou Damiana Fernandes.
Segundo o "Plano de Enfrentamento dos Serviços e Urgência e Emergência do Rio Grande do Norte", divulgado no último dia 4
de julho, quando o Estado decretou calamidade pública na Saúde, o governo afirmou que vai investir R$ 5 milhões para
garantir o "abastecimento imediato das necessidades básicas dos hospitais da rede pública estadual". Em nota encaminhada
ao UOL, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte alegou que "a crise na saúde do Rio Grande do Norte é histórica.
Qualquer busca rápida no Google (nos anos de 2006, 2007, 2008...) vai encontrar as mesmas manchetes, que anunciam a
falta de leitos de UTI, macas no Hospital Walfredo Gurgel e a ambulancioterapia (sic)." O órgão alegou ainda que "algumas
medidas estão sendo tomadas para organizar e moralizar os serviços de saúde, como a implantação do ponto eletrônico e o
chamamento de profissionais que hoje estão cedidos a órgãos não ligados ao SUS." "No plano estão contempladas ações
como reforma e equipagem das principais unidades hospitalares da região metropolitana de Natal, reforma de sete hospitais
regionais, que serão centros de referência no atendimento de média e alta complexidade, implantação de 125 leitos novos
leitos de enfermaria e 63 leitos de UTI, ampliação do SAMU para atender 72% da população e implantação da Central de
Regulação", complementa a nota.
G1 | MUNDO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012 00:42
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Pauta de vídeos AFP HD
RIO DE JANEIRO, 17 Jul 2012 (AFP) -2ª Pauta de vídeos AFP HD desta terça-feira, 17 de julho de 2012:
= AMÉRICAS =
- HRW denuncia Chávez (NOVO)
A organização Human Rights Watch afirmou nesta terça-feira que a concentração do poder no Executivo tem permitido ao
presidente venezuelano, Hugo Chávez, intimidar e processar judicialmente a quem lhe faz oposição.
- Prevenção com cautela
A Agência das Nações Unidas de Luta contra a Aids (UNAIDS) comemorou nesta terça-feira a aprovação nos Estados Unidos
do primeiro tratamento preventivo contra o vírus HIV. Mas destacou que as práticas sexuais seguras não podem ser
substituídas.
- Anjo da guarda (NOVO)
A atitude corajosa de um homem salvou a vida de uma menina de 7 anos que caiu do terceiro andar de um edifício no
Brooklyn, em Nova York, após se desequilibrar enquanto cantava e dançava em cima da caixa do ar-condicionado.
- O crédito que não está no banco
A crise econômica que afetou os Estados Unidos reduziu os empréstimos para pequenas e médias empresas. Quem quer
expandir os negócios tem que buscar alternativas de financiamento. Na internet muitos pequenos empresários têm obtido
recursos de através da generosidade de estranhos.
- HSBC ocultou operações ilegais com o Irã por seis anos (NOVO)
Um relatório do Senado dos Estados Unidos afirmou que a filial americana do banco HSBC ocultou operações com o Irã por
seis anos. O valor movimentado foi de US$ 16 bilhões de dólares. As operações violam as regras americanas sobre
transparência.
- Filhos da prisão (NOVO)
Mais de mil crianças vivem com os pais nas penitenciárias da Bolívia - uma escolha feita pelas famílias para permanecer juntas
e sobreviver. Uma organização internacional ajuda prisioneiros com fundos para garantir um futuro melhor para estes filhos das
prisões.
- Ballet francês em palcos americanos (NOVO)
Pela primeira vez em mais de uma década, os dançarinos do Paris Opera Ballet se apresentam nos Estados Unidos, nas
cidades de Chicago, Nova York e Washington. A AFPTV acompanhou os passos da bailarina Aurelie Dupont, uma das estrelas
da turnê americana.
= EUROPA =
- Microsoft na mira da UE
A Comissão Europeia abriu nesta terça-feira uma investigação contra a Microsoft. O processo foi aberto em meio às acusações
de que a gigante de informática não está dando aos consumidores o direito de escolher qual navegador usar.
- Putin declara apoio a Annan (NOVO)
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta terça-feira em Moscou o seu apoio ao emissário internacional da ONU para
a Síria, Kofi Annan. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse que deve ser possível chegar a um
consenso sobre uma resolução sobre a Síria.
- Sem acordo (NOVO)
O presidente executivo da fabricante de automóveis PSA Peugeot-Citroën, Philippe Varin, afirmou nesta terça-feira que não
pretende voltar atrás em sua decisão de fechar a fábrica de Aulnay-sous-Bois (periferia de Paris), o que deve acontecer até
2014, como efeito do plano de reestruturação, que inclui a supressão de 8.000 postos de trabalho na França.
- Tripulação renovada
A cápsula russa Soyuz com uma tripulação internacional a bordo formada por três astronautas - uma americana, um russo e
um japonês - chegou com sucesso nesta terça-feira à Estação Espacial Internacional (ISS). Depois de uma viagem de dois
dias pelo espaço, a equipe deve realizar uma missão de quatro meses no laboratório orbital.
- Drone bombeiro
Bombeiros franceses começaram a utilizar aparelhos não tripulados para monitorar do céu as zonas de risco. Os drones, muito
usados pelos militares, servem para transmitir imagens e evitar o envio de homens para missões perigosas.
= OLIMPÍADAS =
- Confusão humilhante(NOVO)
A pouco mais de uma semana dos Jogos Olímpicos, um executivo da empresa privada G4S, contratada para cuidar da
Segurança durante a competição, admitiu a falta de condições para assegurar o total de 10.400 agentes previstos para manter
a ordem nos Jogos.
- Londres, a capital do mundo (NOVO)
Mais de 200 países vão enviar atletas para os Jogos Olímpicos de Londres, mas o choque cultural não deve ser muito grande
já que milhares de pessoas de outras nacionalidades vivem na capital britânica. A cidade é uma colcha de retalhos étnica e,
apesar da mistura, todos os moradores vão estar torcendo por seus compatriotas. JO2012PT
- Em busca do ouro inédito (NOVO)
A equipe do Brasil de futebol já está em Londres para os Jogos Olímpicos e espera trazer para casa um título inédito. A
seleção é a maior campeã das Histórias das Copas do Mundo, sempre foi recheada de grandes estrelas, é temida pelo resto
do mundo, mas nunca subiu ao lugar mais alto do pódio em Olimpíadas.
= ÁFRICA =
- Mandela completa 94 anos (NOVO)
A África do Sul celebra esta semana os 94 anos de Nelson Mandela, mas apesar das manifestações de afeto do povo sul-
africano, Mandela tem preferido estar mais afastado dos olhos do público. Uma reportagem AFPTV.
- Alerta na Somália (NOVO)
Mais de 2,5 milhões de pessoas estão em perigo na Somália por causa da fome, apesar dos importantes esforços da
comunidade internacional para ajudar as populações mais vulneráveis.
= ORIENTE MÉDIO / ÁSIA =
- Batalha em Damasco
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirmou que pelo menos 35 pessoas foram mortas nesta terça-feira em episódios
de violência na Síria. As mortes aconteceram principalmente na capital, Damasco.
- Do YouTube ao estrelato
Com apenas 16 anos, Sungha Jung, um violonista sul-coreano, já conquistou a fama na Internet com sua técnica
impressionante de dedilhado. O prodígio do violão começou a postar vídeos no YouTube aos 10 anos e hoje já possui 500
milhões de visualizações na rede. Neste fim de semana, o jovem participou de um concerto em Hong Kong ao lado de grandes
nomes da música asiática.
- Apreensão de peso
Autoridades da Tailândia apreenderam quase meia tonelada de marfim africano ilegal. O produto, dividido em 160 peças,
chegou ao país em um avião que saiu do Quênia. Ele tem valor estimado em 725 mil dólares.
- Resgate de tubarão
Ambientalistas filmaram o resgate de um tubarão-baleia que estava preso a uma rede de pesca, na Indonésia. A operação
durou cerca de 10 minutos.
- Música clássica no Afeganistão
O possível retorno dos talibãs não impede que muitos jovens frequentem a Academia Nacional de Música do Afeganistão, que
foi fechada na década de 1990 pelo regime islâmico radical. Cheio de jovens talentos, o instituto acredita que a música é um
farol de esperança em uma terra devastada pela guerra.
Abmael SOARES
Responsável departamento vídeo e novos produtos
Avenida Almirante Barroso,N° 52 - RJ CEP 20031 - 000 Rio de Janeiro
Tel : (55 21) 2217 0025 - Cel : (55 21) 8883 2050
FOLHA ONLINE | COTIDIANO
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012 06:00
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Estudo mapeia mortes de jovens no Brasil
Era 26 de março de 2010 quando o jovem Rafael Souza de Abreu, 16, virou mais um número para pesquisadores de
segurança pública.
Nessa data, ele foi morto com oito tiros perto da casa de um amigo em Santos (SP).
Segundo seu pai, o operador portuário José de Abreu, e a Promotoria, o rapaz foi confundido com um ladrão de uma loja de
roupas e foi morto em represália a um furto que não praticou.
Assim, ele passou a ser um dos 8.686 adolescentes e crianças assassinados naquele ano e engrossou a lista que, desde
1980, aumentou 376%. No mesmo período, entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%.
Os dados são do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", pesquisa que será lançada hoje.
O levantamento analisa as informações do Ministério da Saúde sobre as causas das mortes de pessoas entre zero e 19 anos
de idade.
O ritmo de crescimento da morte entre jovens é constante. Em 30 anos, só teve queda quatro vezes. Nos demais aumentou
entre 0,7% e 30%.
Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de
jovens representava no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de assassinato. Já em 2010, 43%.
"Os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de aquiles do governo. Esse aumento mostra que criança e
adolescente não são prioridade dos governos", disse.
Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios
por 100 mil habitantes, Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).
Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos
homicídios.
"Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros. Agora, com a melhor distribuição de renda, houve uma
migração da população e os governos não conseguiram implantar políticas públicas para acompanhar essa mudança", disse.
Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).
Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os dados devem ser analisados com "cuidado", já que entre
2002 e 2010 houve uma melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja, casos que antes constavam como
"outras violências" nos dados oficiais passaram a ser homicídios.
"É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo", afirmou Zaluar.
Waiselfisz diz que a pesquisa aponta que os problemas existem e serve de alerta para governos tentarem reduzir o índice, que
já incluiu o assassinato do jovem Rafael.
Em tempo: quatro pessoas, sendo três policiais, foram acusadas pela morte do adolescente. Mas o julgamento ainda não
aconteceu.
FOLHA ONLINE | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012 03:16
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Crítica: Chester Brown escapa do moralismo em HQ didática e divertida
A certa altura de "Pagando por Sexo", Chester Brown faz o seguinte cálculo: se sair com uma garota de programa a cada três
semanas, gastará US$ 2.700 por ano.
Chester Brown retrata em gibi sua decisão de se relacionar apenas com prostitutas
Esse, digamos, pragmatismo do autor é uma baliza possível para a novela gráfica.
Em 33 capítulos, Brown conta, com um nanotraço que muito lembra os trabalhos do norte-americano Chris Ware ("Jimmy
Corrigan") e um misto de humor e alheamento que remete a Daniel Clowes ("Eightball"), como se envolveu com 23 prostitutas.
E escapa de três armadilhas: soar chulo, moralista ou cheio de comiseração.
Longe disso, alterna humor, reflexão e enternecimento ao tatear o leque que se abriu para ele depois de um senhor pé na
bunda.
A turnê pelo mundo da Prostituição se justifica aos poucos com um discurso que não tenta convencer o leitor.
Para Brown, laços românticos são opressores e pessoas se ligam umas às outras em namoros e casamentos por culpa de um
ego frágil. Ou o contrário: para se impor, aproveitando as lacunas emocionais do outro.
Sexo pago seria uma opção para fugir dessas questões --o que não deixa de expor certa inabilidade social e afetiva do
protagonista.
Aos poucos, ele revela a intimidade de suas parcerias e os seus desempenhos na cama. E aprende com elas os códigos que
regem a relação com os clientes (quando dar ou não gorjeta, o que fazer ao se deparar com alguém que não era o que
anunciou etc.), além de esmiuçar os motivos que as mantêm na profissão (nem sempre ligados a sacrifícios ou falta de opção).
Ainda há um sem número de apêndices e notas em que Brown analisa a Prostituição sob prismas como poder, legalidade,
dinheiro, afetividade e objetificação sexual. Vale o quanto cobra.
PAGANDO POR SEXO
AUTOR: Chester Brown
EDITORA: WMF Martins Fontes
QUANTO: R$ 47 (296 págs.)
AVALIAÇÃO: ótimo
FOLHA ONLINE | ILUSTRADA
ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES
18/07/2012 03:05
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Chester Brown retrata em gibi sua decisão de se relacionar apenas com prostitutas
No final dos anos 1990, Chester Brown, 52, é puxado por duas forças concorrentes: o desejo de fazer sexo com frequência e a
repulsa à ideia de ter uma namorada.
Puxa de um lado, puxa do outro, e o quadrinista canadense percebe que há uma solução para o impasse caso ele pague o
preço --em dinheiro.
Brown passou, a partir de então, a se relacionar apenas com garotas de programa.
"Percebi que não gostava de estar envolvido em relacionamentos românticos", conta à Folha o quadrinista.
"Parece que você é dono da outra pessoa, e isso me deixava desconfortável."
A história dessa escolha é relatada no gibi "Pagando por Sexo", lançado no ano passado e editado agora no Brasil pela WMF
Martins Fontes.
Está na HQ o relato de seus encontros com as prostitutas. A ejaculação precoce que teve com Carla, o vazio que sentiu depois
de transar com Anne e o sexo desconfortável que fez com Susan.
As experiências são relatadas em detalhes. De Yvette, por exemplo, pensa: "Antipática, meio feinha, sem sexo oral... Nada de
gorjeta".
A honestidade é uma das marcas da produção de Brown, um dos mais premiados quadrinistas do Canadá.
Ele é expoente de uma vertente canadense voltada à autobiografia, da qual "Pagando por Sexo" é exemplar.
Os artistas Joe Matt e Seth, que são retratados no gibi, fazem parte desse grupo. Ao lado de Brown, são chamados de os "três
mosqueteiros dos quadrinhos alternativos".
"Se eu tivesse transformado a história em ficção, estaria me distanciando, dizendo que transar com prostitutas é algo que eu
não faria", diz.
"Eu quis mostrar o quanto essa questão é importante para mim", afirma o artista.
Assumir-se como personagem e desenhar pessoas reais no gibi teve, porém, o preço do constrangimento.
Brown conta, por exemplo, que ficou nervoso na hora de mostrar o gibi para quem aparecia nele. "Mas parece que todos
gostaram."
MILITÂNCIA
Depois de começar a pagar por sexo, Brown tornou-se um militante da descriminalização da Prostituição --no Canadá,
prostitutas não podem, por lei, receber os clientes em suas próprias casas.
Para animar a discussão, o gibi traz no apêndice uma sugestão de bibliografia e alguns tópicos para debate.
O quadrinista foi além do gibi, candidatando-se duas vezes ao Parlamento pelo Partido Libertário do Canadá, do qual tornou-se
membro.
"Esse é o único partido que apoia a descriminalização", afirma, notando que "o governo não deveria regular nenhum tipo de
relação sexual, envolvendo ou não dinheiro".
OPCIONAL
"Pagando por Sexo" é resultado de uma série de escolhas do artista canadense.
Mesmo a disposição dos quadrinhos é intencional. A grade fixa de oito cenas por página, incomum, foi um teste de
diagramação. "Queria testar o formato", diz Brown.
Assim como foi uma opção dedicar-se exclusivamente às relações sexuais pagas.
O gibi retrata diversos dos embates de Brown sobre o tema com seus amigos próximos. Em muitos momentos o quadrinista é
criticado, ridicularizado e contestado.
"Eles hoje reconhecem que o que eu faço funciona para mim, mesmo que não concordem com o ponto de vista."
"Amar não é comprometer-se num relacionamento de longo prazo sem transar com outras pessoas", afirma.
Brown mantém, há nove anos, uma relação com a mesma garota de programa.
"É uma situação muito feliz", afirma o quadrinista. "Ainda estou pagando --sei que ela não faria sexo comigo se eu não a
pagasse."
FOLHA ONLINE | MERCADO
DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS
18/07/2012 03:00
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Empresas lucram com uso de cadáveres humanos
Em 24 de fevereiro, autoridades ucranianas descobriram ossos e outros tecidos humanos amontoados em caixas refrigeradas
num micro-ônibus. Entre as partes de corpos, encontraram envelopes cheios de dinheiro e relatórios de autópsia em inglês.
Tecido humano só pode ser obtido por doação
Não era obra de um serial killer, mas parte de um escoadouro internacional de ingredientes para produtos médicos e
odontológicos utilizados ao redor do mundo.
Os documentos apreendidos indicavam que os corpos eram destinados a uma fábrica na Alemanha pertencente à subsidiária
de uma empresa norte-americana de produtos médicos, com sede na Flórida, a RTI Biologics.
A RTI faz parte de um negócio crescente de empresas que lucram transformando restos mortais em tudo, de implantes
dentários a material para reduzir rugas.
À medida que a indústria cresceu, suas práticas despertaram preocupações sobre como os tecidos são obtidos e com que grau
de detalhe as famílias dos doadores e os pacientes transplantados são informados sobre as realidades e os riscos do negócio.
Só nos EUA, o maior mercado e o maior fornecedor, estima-se que 2 milhões de produtos derivados de tecidos humanos
sejam vendidos a cada ano, um número que duplicou na última década.
Numa investigação de oito meses em 11 países, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) descobriu que as
salvaguardas para garantir que todo tecido usado seja obtido legalmente são inadequadas.
Apesar das preocupações dos médicos de que um negócio mal regulado permita que tecidos doentes transmitam a
transplantados doenças como Hepatite, HIV e outras, as autoridades não têm como saber com precisão de onde vêm e para
onde vão a pele e outros tecidos.
NEGÓCIO LUCRATIVO
No mercado de tecidos humanos, as oportunidades de lucros são imensas. Um único corpo livre de doenças pode gerar fluxos
de caixa de US$ 80 mil a US$ 200 mil para os vários envolvidos na recuperação de tecidos, de acordo com documentos e
especialistas entrevistados.
É ilegal nos EUA, como na maioria dos outros países, comprar ou vender tecidos humanos. No entanto, é permitido que se
paguem taxas de serviço que cubram os custos de encontrar, armazenar e processar tecidos humanos.
Olheiros podem ganhar até US$ 10 mil para cada cadáver que garantam em hospitais e necrotérios. Funerárias podem atuar
como intermediárias para identificar potenciais doadores. Hospitais podem ser pagos pelo uso de salas de recuperação de
tecidos.
E as multinacionais de produtos médicos como a RTI? Ganham bem, também. No ano passado, a RTI lucrou US$ 11,6
milhões antes dos impostos sobre receita de
US$ 169 milhões.
OUTRO LADO
Representantes do setor argumentam que supostos abusos como o ocorrido na Ucrânia são raros e que a indústria opera com
segurança e responsabilidade.
A RTI não respondeu a repetidos pedidos de comentário ou a uma lista de perguntas encaminhada há um mês.
Em declarações públicas, a empresa diz que "honra a doação de tecidos tratando o material com respeito".
Clique aqui para ler a íntegra da reportagem.
(KATE WILLSON, VLAD LAVROV, MARTINA KELLER, THOMAS MAIER e GERARD RYLE)
Colaboraram MAR CABRA, ALEXENIA DIMITROVA e NARI KIM.
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos é uma rede independente global de jornalistas que colaboram em
reportagens investigativas internacionais. Para ver vídeos, gráficos e mais reportagens desta série, visite http://www.icij.org/.
Esta reportagem foi apurada em colaboração com a National Public Radio (EUA).
Tradução de MARCELO SOARES.
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