Adesão ao tratamento em Alvorada – RS/Brasil Autor: Valéria Karina da Rosa Co-autores: Maria Lúcia Silva da Silva; Rita Marizete Gnoatto; Anelise Pezzi Alves; Marlova Gomes; Cristine Cobalchini; Mara Lúcia Amaral; Stella Dimitrof e Saulo Saraiva Schuh A Secretaria Municipal de Alvorada situada no Estado do Rio Grande do Sul no Sul do Brasil reconhecendo a importância da Adesão ao tratamento antiretroviral em pacientes com HIV/Aids está implantando um sistema organizado de atenção especializada em Adesão ao tratamento. A baixa adesão ao tratamento ou adesão insuficiente tem sido questionada pelo programa municipal de DST/Aids uma vez que o acesso universal aos medicamentos pode, em determinadas circunstâncias, causar o surgimento de cepas virais resistentes. (A baixa adesão ou insuficiente adesão ao tratamento tem sido questionada pelo Programa Municipal de DST/Aids desde que, no Brasil, o acesso aos medicamentos é universal. Portanto, se o paciente não tomar os medicamentos adequadamente pode causar o surgimento de vírus resistentes.) É com esta perspectiva que a secretaria municipal de Alvorada agregou à assistência em HIV/Aids um programa de adesão ao tratamento que acompanhe proximamente o paciente observando suas características humanas objetivas e subjetivas. A adesão a medicamentos é uma tarefa bastante enigmática exigindo do paciente uma rotina difícil e responsável que o torna refém de atividades diárias extenuantes. Mas é possível, através da harmonização entre a informação e o respeito as suas dificuldades individuais e culturas regionais. O programa proposto tem um objetivo pragmático: monitorar, avaliar e interferir cautelosamente na adesão dos pacientes de forma a identificar quais os motivos que os fazem abandonar o tratamento, fazê-lo de forma inadequada ou insatisfatória. O projeto passou a chamar-se “Viver muito bem”. O objetivo é comprometer o paciente com sua terapia e motivá-lo a aderir ao tratamento para que possa tirar o maior proveito da sua combinação de drogas e permanecer o maior tempo possível sem falhar, reservando assim, outras drogas do arsenal hoje disponível. Procuramos aproximar através da vinda, principalmente das mulheres, ao Posto para atrair a família para testagem e assistência. Identificamos a mulher como cerne das decisões familiares principalmente no tocante à saúde. Para isso, passam por grupos de informação e educação em HIV/Aids. São reuniões semanais compostas de 10 módulos onde os pacientes podem obter informação sobre os aspectos do tratamento e assuntos relacionados ao “viver com HIV/Aids”. Nesse trabalho, observaremos duas inserções de exame de CD4 e dois de Carga de Viral antes e depois do início dos grupos. É esperado um aumento das defesas do organismo do paciente e diminuição da Carga de Viral. Aplicamos também um questionário para verificar o grau de conhecimento que os pacientes têm sobre o vírus. Fazemos o mesmo questionário no final para compararmos o que ele apreendeu com os módulos e o que ele produz com o conhecimento adquirido. Também será realizado o boletim de adesão onde todas as manifestações ocorridas durante sua permanência no projeto serão anotadas e analisadas em um banco de dados que avaliará e quantificará a situação da adesão de cada paciente. Esse estudo dará origem ao Boletim de adesão que será anexado ao prontuário do paciente de forma que a equipe poderá estar ao par da situação de adesão de cada paciente. Esperamos com isso que possamos incrementar a assistência em DST/Aids na cidade de Alvorada e com isso retardar o avanço da epidemia na região. Esperamos inferir que o Grupo de Adesão tem sucesso, pois os pacientes começaram a corrigir o uso das drogas entendendo a terapia e tornando-a parte de sua vida cotidiana.