INSTITUTO DE DOENÇAS DO HOSPITAL CORAÇÃO EVANGÉLICO DE DE LONDRINA LONDRINA CLAUDINA MENDES HOREVICHT MASCARENHAS ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM PACIENTES IDOSOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E EXPERIÊNCIA INICIAL DO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA EM OCTAGENÁRIOS LONDRINA 1998 CLAUDINA MENDES HOREVICHT MASCARENHAS ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM PACIENTES IDOSOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E EXPERIÊNCIA INICIAL DO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA EM OCTAGENÁRIOS MONOGRAFIA DE REFERENTE ESTÁGIO DE CARDIOLOGIA À CONCLUSÃO ESPECIALIZAÇÃO APRESENTADA EM 30 EM DE JANEIRO DE 1998. COORDENADOR DO ESTÁGIO : Dr PEDRO ALOYSIO KRELIING ORIENTADOR : Dr WALACE KOHATA DE AQUINO LONDRINA 1998 2 DEDICATÓRIA AOS MEUS INCENTIVO PAIS, AO PELO ESTUDO, CONSTANTE SEU AMOR E COMPREENSÃO. À GABRIEL, POR TORNAR MINHA VIDA NECESSÁRIA E CHEIA DE SENTIDO. 3 AGRADECIMENTOS AOS MEUS CAROS E ADMIRÁVEIS MESTRES - CLÍNICOS, HEMODINAMICISTAS E CIRURGIÕES - PELO CONHECIMENTO TRANSMITIDO, TANTO NA ARTE DE REALIZAR MEDICINA, COMO NA ARTE DE VIVER EM EQUIPE. À MINHA IRMÃ VANESSA , QUE PASSOU COMIGO VÁRIAS MADRUGADAS ACORDADA REVISANDO CADA PALAVRA DIGITADA. LISTA DE ABREVIATURAS Na seqüência de aparecimento: 4 DAC : Doença Arterial Coronária ATC : Angioplastia Transluminal Percutânea CENIC : Central Nacional de Intervenções cardiovasculares INCOR - FMUSP: Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo NHLBI : National Heart, Lung and Blood Institute UI : Unidade Coronariana IAM : Infarto Agudo do Miocárdio PGDF : Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas CCV : Cirurgia cardiovascular RM : Revascularização do Miocárdio FE : Fração de Ejeção VE : Ventrículo Esquerdo IC : Insuficiência Cardíaca HAS : Hipertensão Arterial Sistêmica DM : Diabetes Mellitus UCO : Unidade Coronariana HEL : Hospital Evangélico de Londrina CINE : Cineangiocoronarioventriculografia SUMÁRIO RESUMO ....................................... 9 5 INTRODUÇÃO ....................................... 10 ANGIOPLASTIA CORONÁRIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA .... 14 HISTÓRICO ....................................... 15 EXPERIÊNCIA INICIAL ............................... 18 TÉCNICA ATUAL ..................................... 23 INDICAÇÕES ....................................... 26 1. INDICAÇÕES ANATÔMICAS .......................... 29 2. INDICAÇÕES CLÍNICAS ............................ 31 2.1 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .................... 32 2.2 PÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO . 24 2.3 CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA ................. 36 2.4 CARDIOPATIA ISQUÊMICA AGUDA ................... 38 COMPLICAÇÕES ...................................... 40 1. REFECHAMENTO SÚBITO ............................ 43 2. REESTENOSE ..................................... 44 6 3. CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO DE EMERGÊNCIA ....................................... 47 RESULTADOS DA ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA NO IDOSO ....................................... 48 1. RESULTADOS IMEDIATOS ........................... 49 1.1 ÍNDICE DE SUCESSO ............................. 49 1.2 COMPLICAÇÕES .................................. 50 2. RESULTADOS TARDIOS ............................. 51 2.1 EVOLUÇÃO CLÍNICA .............................. 51 2.2 NECESSIDADE DE NOVAS INTERVENÇÕES ............. 51 2.3 SOBREVIDA ..................................... 52 FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS DA ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA NO IDOSO ................... 53 1.IDADE ....................................... 54 2. CO-MORBIDADE ................................... 54 3.FUNÇÃO VENTRICULAR .............................. 54 4. CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES CORONÁRIAS .......... 55 5. SEXO ....................................... 56 6. INDICAÇÃO DO PROCEDIMENTO ...................... 56 7. NOVAS TÉCNICAS DE ATC .......................... 57 8. MANUSEIO PÓS-ATC 57 .............................. 7 EXPERIÊNCIA EVANGÉLICO DO DE SERVIÇO DE CARDIOLOGIA LONDRINA EM ANGIOPLASTIA DO HOSPITAL TRANSLUMINAL CORONÁRIA NO PACIENTE OCTAGENÁRIO ................. 59 CONCLUSÃO ....................................... 64 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................. 67 RESUMO 8 A Doença Arterial Coronária (DAC) é comum em idosos e é a maior causa de mortalidade em indivíduos com mais de 65 anos em sociedade ocidentais, A Angioplastia Transluminal Coronária (ATC) é um método invasivo de revascularização do miocárdio através do qual se realiza insuflações com um balão colocado dentro da artéria coronária acometida pela DAC, inicialmente limitado à pacientes jovens e com lesões angiograficamente não complexas. Com a evolução do método, atualmente seu emprego atingiu pacientes considerados de maior risco. cirurgia, tem Por ser relevante um método menos importância no invasivo emprego que a para tratamento de pacientes mais idosos e com risco cirúrgico mais elevado. O método tem sido cada vez mais inclusive no nosso meio, usado, mostrando bons resultados, tanto imediatos quanto tardios. Demonstramos através de estudo retrospectivo a experiência do serviço de Cardiologia em angioplastia realizada em octagenários. Os bons resultados obtidos repercutem na qualidade de vida destes pacientes e sua indicação traz benefícios incontestáveis. 9 INTRODUÇÃO 10 A Doença arterial coronária (DAC) é a maior causa de mortalidade em indivíduos com mais de 65 anos em sociedades ocidentais causa de mortes morte, 1 .Em Framingham, a DAC é a principal sendo responsável por 40% de todas as 2. Aterosclerose patológica das artérias coronária é coronárias, uma condição caracterizada por aumento anormal de lipídios e tecido fibroso na parede dos vasos com destruição da arquitetura dos mesmos e redução do fluxo sangüíneo para o miocárdio. A afigura-se Angioplastia como uma Transluminal opção Coronária terapêutica (ATC) particularmente atraente para o tratamento da DAC nesta faixa etária, pois é um método invasivo de que randomizado, a revascularização cirurgia. multicêntrico Um do miocárdio trial avaliando menos prospectivo, resultados entre cirurgia e ATC, que inclui pacientes com idade superior a 70 anos, está sendo conduzido Cooperative Study 385: AWESOME) (Veterans Affairs 3. 11 Inicialmente, a ATC era limitada ao tratamento de pacientes lesões jovens, sintomáticos, angiograficamente não uniarteriais, complexas. Com o passar com do tempo e o aperfeiçoamento do método, no entanto, a ATC tem se mostrado um opção cada vez mais utilizada nas faixas etárias maiores, e tem sido empregada para tratar lesões mais complexas. De Intervenções acordo com dados Cardiovasculares da Central (CENIC), há Nacional de evidências de que nos anos de 1992 e 1993, aproximadamente 15% das ATCs foram realizadas em pacientes com mais de 70 anos de idade 4 . Dados do 1994, houve gerontes, INCOR-FMUSP, mostram que no período de 1989 a um sendo crescimento 1.5% dos do emprego procedimentos do método em realizados em pacientes octagenários (Fig. 1). Um estudo retrospectivo avaliando o emprego de ATC em idosos, no período de 1987 a 1990, demonstra que o procedimento aumentando de nesta revascularização faixa etária está e progressivamente com resultados considerados bons, comparáveis com a população mais jovem 5 . 12 Nas faixas etárias maiores, aumenta a dificuldade da análise dos benefícios desta intervenção, pois múltiplos influem sobre fatores os resultados, considerado, também, intervenção, com que os pacientes achados difusa triarterial a além seleção freqüência mais angiográficos severa, associados estenose DAC de envelhecimento de que idosos clinicamente jovens. de dos ao No mais paciente coronária ser submetidos mais comuns deve à graves do idoso, os são a doença esquerda e doença 6. Os resultados da ATC acabam por repercutir na sobrevida e na qualidade de vida destes pacientes. Esse conhecimento é essencial para otimização das indicações do procedimento para o paciente idoso. FIGURA 1 – Número de ATC em pacientes com idade superior 75 anos. Dados do INCOR-FMUSP 80 70 60 1990 50 1989 40 1991 30 1992 20 1993 10 1994 0 1° Trim. 13 Obs.: 1994 até março. ANGIOPLASTIA CORONÁRIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA 14 HISTÓRICO 15 De cateterismos 1950 a cardíacos 1970, essencialmente foram executados todos para os avaliar estados individuais de doença, para fornecer uma diretriz à terapia clínica ou para prover um roteiro para o percurso do reparo cirúrgico. Em 1980, entretanto, o cateterismo cardíaco começou a desempenhar um papel cada vez mais importante no tratamento, bem como no diagnóstico de lesões cardiovasculares. Em baseado em CARDIOLOGIA 1990, essa cateterismo nova aplicação se INTERVENCIONISTA tornou , que do tratamento conhecido pode como envolver a 16 liberação luminosa de a energia lesões mecânica, térmica, cardiovasculares microcirúgica através da e inserção percutânea especializada de cateteres. O resultado final pode ser a abertura de vasos sangüíneos estenosados, válvulas cardíacas ou o fechamento de canais indesejáveis para o fluxo sangüíneo, num esforço de se obter a correção fisiológica da patologia cardíaca subjacente, comparável àquela obtida através de técnicas cirúrgicas tradicionais. Se esse tipo de correção for possível atualmente é em metade dos pacientes – como requerendo revascularização coronária – este será conseguido com uma fração de gastos, incapacitação e desconforto da cirurgia. O grande crescimento dessa área da cardiologia já apresentou o seu maior impacto no cuidado da saúde é provável que ainda venha a aumentar mais, à medida em que essa técnicas intervencionistas continuem amadurecendo. A angioplastia por balão chamada de Técnica de Gruentzig, foi inicialmente aplicada em periférica 7 após estudo estenose arterial e então em estenose arterial renal 8 . em cadáver e intra-operatórios Em 1977, durante 17 cirurgia para bypass, a angioplastia por balão percutânea foi estendida para estenoses de artéria coronária epicárdica 9 . A ATC, mesmo com muitos refinamentos técnicos, ainda constitui o núcleo da cardiologia intervencionista e tem oferecido o maior estímulo para todo o desenvolvimento subseqüente intencionistas de uma para variedade aplicação no de outras coração e técnicas no sistema vascular extracardíaco. 18 EXPERIÊNCIA INICIAL Em setembro de 1977, Andreas Gruentzig realizou a 1 a ATC em humano vivo em Zurique, Suíça, usando seu novo cateter balão 10 . Entre 1977 e 1980, a ATC utilizava o cateter original idealizado por Gruentzig 11 , que era um dispositivo de dois lúmens, sendo um usado para inflar e desinflar o 19 balão (de cloreto de polivinila), e o outro era utilizado para monitorar a pressão ou injetar material de contraste radiográfico. Um segmento curto de fio-guia flexível foi atado à extremidade da dilatação do cateter. Embora esse fio-guia tenha reduzido a chance de dissecção da tún ica íntima e da passagem sub-íntima, este não pode ser manipulado uma vez que introduzido no paciente, porque a forma pontiaguda limita a habilidade de avançar a dilatação do cateter, principalmente em estenose coronária proximal. Além disso, o diâmetro grande do primeiros cateteres balonados em estado vazio (1.5mm), dificultava a passagem através de estenoses severas ou inelásticas, uma vez que o diâmetro do balão vazio era freqüentemente maior do que o lúmen estenosado. Para dilatação resolver precisava ser este problema, avançado através o de cateter um de cateter- guia grande e rígido, posicionada no óstio da coronária. Outra limitação do cateter original era a 20 pressão comparativamente baixa de ruptura tornava difícil dilatar lesões rígidas Num esforço em do balão que adequadamente. resolver estas questões, operadores de ATC se esforçavam para selecionar pacientes, cujas lesões eram consideradas mais macias do que rígidas, conforme refletia ausência de pelo sintomas calcificações particularmente aqueles da de lesão pacientes início ao cujas recente e fluoroscópio e lesões estavam localizadas em segmentos coronários proximais. Para definir melhor os resultados, complicações e eficácia a longo prazo desta técnica, o “National Heart, Lung and Blood Institute”(NHLBI) estabeleceu em 1979 12 , um Registro de Angioplastia Coronária Tranluminal Percutânea, sendo o pacientes selecionados por terem angina severa o bastante para revascularização miocárdica não e terem do de cirurgia miocárdio, evidência coronária compatível concêntrica, discreta, anatomia calcificada, indicação de para isquemia (uniarterial, subtotal e proximal). A incidência primária de sucesso de ATC foi menor que 60%, com insuficiência para cruzar a estenose em 21 29% e insuficiência para dilatar a estenose em 12%, além de aproximadamente 6% dos pacientes terem tido necessidade de cirurgia de urgência para corrigir isquemia como resultado de fechamento súbito da artéria dilatada e entre 20 a30% dos pacientes com procedimento inicialmente bem sucedido, tiveram retorno dos sintomas anginosos devido a evidência de reestenose em cerca de 6 meses do procedimento. Pouco foram tempo fechados, equipamento de operadores uma que variedade ATC, mais depois de juntamente experientes melhora geral do método 13,14 , os Registro melhoras com a ocasionou de NHLBI técnicas no viabilidade de uma importante . A dilatação inicial foi reprojetada de maneira que o fio-guia se estendia para o comprimento inteiro (da dilatação) do cateter, permitindo que o fio fosse avançado, retirado, reformulado ou controlado durante todo o procedimento 15 . Projetos permitido macias, a não sofisticados fabricação de traumatizantes, de dispositivos com engenharia com excelente tem extremidade controle e 22 visibilidade radiográfica excelente. Os fios-guia através de estenoses lugar até na 0.6 árvore mm, atuais ser manipulados localizadas virtualmente em qualquer coronária, inflados podem de com 2 a diâmetros 4 mm e desinflados de a capacidade para ser utilizados para tolerar as pressões de até 20 atm. Estes dispositivos atravessar e dilatar mesmo O impacto podem a estenose mais rígida. dessas melhoras em fios-guia cateteres para ATC era evidente no Registro II de ATC que 1985 coletava a 1986 informações de pacientes tratados e 16 durante em 14 centros que participaram do Registro original. A análise demonstrou um aumento de 85% de procedimentos bem sucedidos, com a concomitante redução a 3.5% na incidência de cirurgias emergenciais para bypass 17 . A mortalidade devido aos procedimentos para pacientes com doença uniarterial diminuiu comparativamente ao registro original, sendo 0.9 para 0.2%. A mortalidade 23 geral permaneceu em aproximadamente 1% porque o Registro II incluiu mais pacientes com doenças de múltiplos vasos. O pacientes com de óbitos acompanhamento durante um ano de 838 doença uniarterial mostro baixa incidência (1.6%) e IAM (1.9%), porém a ATC repetida (18.1%) e cirurgias (6.2%) forma necessárias para tratar reestenose ou progressão de doença 18 . 24 TÉCNICA ATUAL Para realizar a ATC é obtido um acesso vascular apropriados através de punção da artéria femural ou da redução da artéria braquial e o cateter-guia é posicionado no óstio da artéria coronária comprometida. É obtida a anticoagulação sistêmica completa através do uso de 10.000 UI de heparina endovenosa. Usualmente monitorização de é colocado pressão um cardíaca cateter venoso direita e/ou para de 25 marcapasso ventricular temporário. É executada angiografia quaisquer incertezas contínua passado distal da lesão através do vaso comparável avançado da para para esclarecer e para documentar a disponibilidade para dilatação. lesão-alvo envolvido. ao basal tamanho lesão da e O e O fio-guia posicionado cateter artéria com normal adequadamente no uma então é segmento dilatação adjacente pressurizado é para expandir o balão ao seu diâmetro completo. A dilatação adequada é confirmada angiograficamente e/ou pela medida do gradiente de pressão translesão após o qual o segmento dilatado é observado por 5 a 10 min para documentar a estabilidade do resultado. As lesões adicionais podem então ser dilatadas de acordo com a estratégia predeterminada para a dilatação. Após 8 a 24 hs de repouso no leito com curativo compressivo e peso local com “saco de areia”, solicita-se a deambulação do paciente e o mesmo recebe alta. 26 27 INDICAÇÕES A indicação de ATC é isquemia do miocárdio devido a estenose de uma ou mais coronárias, consideradas viáveis para receber esse procedimento de revascularização 19,20 . 28 Com os fios-guia melhorados, cateteres de dilatação e os cateteres-guias, é alcançado alto índice de sucesso do procedimento a despeito do emprego em pacientes com doenças clínicas e anatômicas consideradas angiograficamente desfavoráveis. As acordo com lesões suas dificuldade, coronárias características são em classificadas grau crescente de de como segue: 1. Lesão do Tipo A : Discreta(<10mm de comprimento) Concêntrica Prontamente acessível Segmento não angulado Contorno liso Pequena ou nenhuma calcificação Inferior à oclusão total Não ostial Sem envolvimento de ramo principal Ausência de trombo 29 2.Lesão do Tipo B: Tubular (10 a 20 mm de comprimento) Excêntrica Tortuosidade moderada Ângulo moderado (45 a 90 o ) Contorno irregular Calcificação moderada Oclusão total < 3 meses Localização ostial Lesão com bifurcação tratável Presença de algum trombo 3.Lesão do Tipo C: Difusa (> 20 mm de comprimento) Angulação ou tortuosidade excessiva Enxerto degenerado de veia Oclusão total superior a 3 meses Bifurcação com proteção impossível para o ramo ao lado 30 (Classificação segundo Ryan TJ, et al. ) Pacientes para ATC, deveriam, no geral, terem sintomas miocárdica de angina, e evidência características objetiva anatômicas na de isquemia arteriografia coronária com potencial para revascularização completa ou quase. Idealmente, tais pacientes, deveriam ser também candidatos adequados para a cirurgia; contudo, pacientes selecionados com angina grave que não são adequados para tratamento cirúrgico, por exemplo com doença pulmonar ou renal grave e idade avançada, podem ser considerados para a ATC. Em tais pacientes, a ATC pode ser empreendida como um procedimento paliativo e pode ser ocasionalmente útil mesmo naqueles vasos nos pacientes quais as com lesões acometimento não são de múltiplos adequadas para a dilatação. A quadro de proximal, lesão angina, não do ótima para envolve óstio, uma que ATC, em única é um paciente artéria facilmente com coronária acessível, concêntrica, lisa, não calcificada, pequena, menor que 0.5 cm, subtotal apresenta e ocupa bifurcação e uma que porção supre da uma artéria área “protegida” por vasos colaterais distais. A do que não miocárdio ATC de tais 31 lesões tem sucesso primário maior do que 90 % proximais, distais 1. INDICAÇÕES ANATÔMICAS Originalmente foi as lesões atualmente limitada calcificadas, recebem 21 . a estenoses excêntricas abordagens de e mais rotina 13 . Entretanto geralmente está mais associado com resultados menos favoráveis em termos de se obter um índice menor de sucesso e/ou mais elevado esperado com uma lesão de complicações considerada do ideal que para o o procedimento. As anteriormente lesões envolvendo evitadas devido bifurcações incidência coronárias, de oclusão completa do ramo lateral, atualmente podem ser dilatadas utilizando um “ balão de sucção” ou a técnica do duplo fio para preservar o lúmen do ramo lateral e do principal 22 . Artérias coronárias totalmente ocluídas também são abordáveis pela ATC para revascularização de áreas de 32 miocárdio viável suprido por fluxo colateral inadequado ou para prover estenosados primária um fluxo sofrendo de colateral dilatação sucesso na 23 . dilatação para outros Embora de a vasos incidência oclusões totais crônicas permaneça mais baixa do que para outras lesões estenosadas a idade e (75% abaixo para de oclusões 50% para inferiores oclusões 3 meses mais de antigas), atualmente a dilatação de oclusões totais corresponde a 10 a 20% do volume de ATC em grandes Um número múltiplos vasos crescente centros de 24 . pacientes envolvendo estão sofrendo ATC como alternativa a revascularização do miocárdio através de cirurgia. Os dados iniciais sugerem que muitos pacientes multiarteriais devem obter benefício clínico substancial de ATC. O objetivo geral da ATC em pacientes com doença de múltiplos vasos é dilatar todas as lesões que estreitam o diâmetro dos segmentos coronários principais por mais de 70% 25 . 2. INDICAÇÕES CLÍNICAS Da mesma maneira que a ATC tem sido 33 progressivamente mais empregada em lesões anatômicas mais difíceis, também tem sido aplicada nem espectro mais amplo de doenças clínicas. Inicialmente a ATC era empregada amplamente em pacientes com quadro clínico de angina estável crônica. Atualmente vem sendo crescentemente utilizada em pacientes com padrões mais instáveis, isto é, angina de início recente, de repouso, angina pré-IAM , angina pós-IAM ou mesmo IAM. Cerca anatomicamente revascularização da metade viáveis para puder ser destes ATC, limitada pacientes particularmente à dilatação de são se uma lesão ou mais de lesões “culpadas”, severas responsáveis pelo quadro clínico instável 26 . Em muitas circunstâncias, a ATC pode ser executada em pacientes com quadro clínico instável com uma extensão cateterismo-diagnóstico do procedimento inicial do 27 . Mesmo nos pacientes com a função do ventrículo esquerdo prejudicada, uma reperfusão bem sucedida por ATC pode melhorar tanto a função sistólica como a diastólica, mesmo que os riscos do procedimento seja aumentados. De 34 fato, uma significante melhora a longo prazo da dinâmica da artéria coronária ( equivalente cirurgia) é vista após uma ATC ao resultado bem sucedida. Esta melhora é refletida na melhora da função miocárdica sintomas à longo prazo 2.1 ser sonda e 21 . está conseguida guia e alívio dos INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Atualmente pode da um estabelecido através cateter com de ATC balão, que . 28 é a reperfusão Utilizando tecnicamente uma mais fácil atravessar uma oclusão de artéria consistindo de um trombo fresco do que atravessar a oclusão coronária de longo prazo. Deste modo, o balão de ATC guiado por uma sonda pode ser útil para se conseguir a pronta reperfusão em duas diferente situações: em lugar da terapia trombolítica ou quando trombólise permanece a bem trombólise sucedida, falha uma ou quando estenose após uma residual grave 29 . 35 A maioria dos pacientes com IAM quadro anatômico ou apresenta um que os tornam indicados para ATC, após ao invés de terapia trombolítica. Os restaurar a relacionados terapia trombolíticos abertura com iniciada de mais artérias e os atuais, de dentro pacientes de são são capazes 75% dos 90 minutos de infartos deixados após com a pelo menos uma estenose moderada do vaso infartado, o que os torna propensos a reoclusão, reinfarto ou angina pós IAM 11 . Geralmente a ATC pode ser executada seguramente em IAM e inicialmente acreditou-se que a rotina de cateterismo e angioplastia desses pacientes após a terapia trombolítica adversos devesse subseqüentes. reduzir Várias a tem mostrado rotina e angioplastia relacionadas ao emergencial de que de investigações, Trombólise em Infarto do Miocárdio entretanto, incidência o ou eventos incluindo Triagem TIMI II A, cateterismo imediato de aumentam o risco de complicações procedimento – hemorragia revascularização), em e cirurgia melhora mortalidade, reinfarto ou função ventricular esquerda da 30 . 36 Igualmente, o TIMI II tem mostrado que mesmo o cateterismo tardio de rotina, 18 a 48 hs e angioplastia, falham para afetar favoravelmente a mortalidade hospitalar ou no 1o comparadas ano, com ou uma ainda as incidências estratégia de conservadora, reinfarto na qual o cateterismo e a ATC seriam reservados para pacientes que exibissem uma recorrência espontânea miocárdio induzida pelo esforço No salvadora, anterior, isto entanto, é, parece a muito favorável, com angioplastia sem para abertura da artéria infartada isquemia 32 . primária terapia restaurar melhora hospitalar tão da ou trombolítica seguramente a O resultado é geralmente altas taxas primárias de sucesso (78 a 94% de ATCs bem sucedidas), taxas de reoclusão 15%, do 31 . realizada possível ou fração baixa de quanto ejeção 1% em e de 10 a mortalidade pacientes com coronariopatia de vaso único, mas consideravelmente mais alta (12%) em pacientes com doença de múltiplos vasos 29 . Isto pode ser particularmente útil em pacientes com contra indicações para receber terapia trombolítica, que se apresentem dentro de 4 a 6 hs do início dos sintomas numa instituição com esquemas para realização de 37 ATC e com assistência comparando a para terapia cirurgia. trombolítica Pequenos com ATC , estudos sugerem diretamente que a última possa resultar em menos isquemia subsequente, artéria presumivelmente coronária com residual base de na estenose menor da gravidade significativa produzida por ATC. Enquanto a mortalidade hospitalar geralmente tem sido mais alta em pacientes com choque cardiogênico, a ATC de emergência nesta situação, com ou sem terapia trombolítica prévia, freqüentemente pode salvar a vida 2.2 PÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO 29 . DO MIOCÁRDIO Uma indicação crescente para ATC, é a usada em pacientes com angina recorrente após cirurgia para bypass, os quais podem sofrer dilatação de uma lesão num enxerto venoso de veia safena, ou enxerto mamário interno, ou de uma lesão numa artéria enxertada ou sem enxerto coronária nativa anteriormente 21,33,34,35 . 38 Lesões de enxerto de safena, que ocorrem dentro do 1 o ano de cirurgia, são tipicamente devidas a hiperplasia íntima ainda que com local e dilatam muito prontamente, um índice de reestenose relativamente alto (50%), mesmo nos casos de artérias totalmente especialmente se houver um curto ocluída e de duração conhecida Lesões vários anos após segmento ocluídas, da artéria 21 . de enxertos ateroscleróticos a cirurgia são mais ocorrendo friáveis e são propensas à ruptura com embolia distal durante o esforço da ATC. Recentemente os enxertos ocluídos tem apresentado problemas abertura especiais prolongada, com de tromboembolização forma geralmente deve ser evitada Os cirurgia pacientes para que a ATC distal desses e vasos 36 . com outros revascularização do fatores de miocárdio, risco tais de com idade avançada ou outros problemas médicos, podem receber ATC de lesões esquerdas importantes desprotegidas ou difusa de três vasos, os quais angioplastia, em favor de bypass seriam rejeitados DAC para 37 . Quando é necessário realizar ATC em pacientes 39 de alto risco, devido a importante disfunção do ventrículo esquerdo , o procedimento pode ser feito com a assistência temporária de suporte cardiopulmonar contra-pulsação por balão intra-aórtica Melhores resultados a percutâneo 39 38 ou . longo prazo são alcançados com dilatação do enxerto distal mais que com aqueles localizados proximalmente ou no corpo do enxerto. O sucesso angiográfico pode se aproximar de 90% no sítio distal da inserção do enxerto, 70% na porção média e 55% proximalmente. 2.3. CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA A ATC aplicada peito estável considerados procedimento, ou seja, em pacientes com angina de ótimos para a realização do apresentarem uma única lesão coronária do tipo A {vide pg. 27), tem um sucesso primário de cerca de 90% Se 21 . no final do procedimento da ATC houver 40 evidência de dissecção da íntima e um diâmetro residual menor que 30% de estreitamento ou um gradientes de pressão menor que 15 mmHg no sítio da lesão coronária, há alta chance de alívio dos sintomas. Mesmo em pacientes com DAC de múltiplos vasos, a taxa de sucesso clínico geral, ou seja, sucesso angiográfico, melhora clínica e ausência de um complicação maior, é inicialmente de 83 a 95% com uma taxa de mortalidade de 0.4 a 2.8%. Tem-se relatado a necessidade revascularização urgente em 1 a 2.8% maior, como coronária submetidos IAM de a , morte emergência ATC em ou em 2 ou e ocorreu um evento necessidade 4 de a mais 9% de dos vasos cirurgia pacientes epicárdicos principais. A taxa de oclusão aguda da ATC em múltiplos vasos tem sido relatada com 2.9% por paciente e 1.7% por vasos e freqüentemente está ligada a um evento hipotensivo que ocorre resultado durante adverso a do dilatação procedimento pacientes com estenoses maiores do é segundo mais vaso. provável O em e lesões mais complexas 21 . 41 A revascularização incompleta após a ATC em múltiplos vasos pode estar associada a uma maior taxa de reestenose, recorrência de angina, eventos mórbidos e necessidade de cirurgia coronária. 2.4. CARDIOPATIA ISQUÊMICA AGUDA Nos pacientes com Angina Instável , a ATC sucedida resulta isquêmicos, bem na como abolição na melhora imediata da dos disfunção bem episódios isquêmica regional e global do ventrículo esquerdo. Os residual 6 pacientes meses após com a menos ATC de 50% de freqüentemente estenose mostram melhora contínua em seu estado funcional e sua perfusão miocárdica 4 a 6 anos depois. 42 Nas 4 séries de pacientes com Angina Instável, onde se realizou ATC, estava envolvendo um único vaso em presente coronariopatia 60 a 80%.A taxa de sucesso inicial da dilatação de estenoses significativas é de 83 a 93%.Ocorre infarto procedimento em do miocárdio aproximadamente 8% relacionado dos ao pacientes, e a após o mortalidade hospitalar geralmente é menor que 1%. Quando se realiza a ATC precocemente inicio da angina Instável, a taxa de complicações é maior e a de sucesso menor. Os pacientes com Angina Instável parecem estar em maior risco de desenvolver um infarto do miocárdio angina no crônica complicação graves momento de da estável. relacionada estenose, a ATC do que os Os fatores ao procedimento presença de de pacientes risco para incluem trombo e com uma graus qualquer elevação do segmento ST ou inversões persistentes da onda T ao eletrocardiograma 21 . A incidência de reestenose após a ATC parece ser similar nos pacientes com Angina Instável e com Angina Crônica Estável, de aproximadamente 30%. Os fatores de risco para a reestenose nos pacientes com Angina Instável, parece ser multifatoriais e incluem má perfusão além de 43 lesão “responsável”, irregularidade múltiplas no vaso ser dilatado, envolvimento a da esquerda e a urgente para presença artéria presença de trombo coronária de vasos revascularização intraluminal, descendente colaterais. do a miocárdio anterior A cirurgia pode ser necessária a mais de 10% dos pacientes 21 . Apesar destes problemas, a sobrevida de 18 meses e de 5 anos são maiores que 95% e aproximadamente ¾ dos pacientes ficam livres dos sintomas anginosos após ATC a bem sucedida. 44 COMPLICAÇÕES Como qualquer procedimento de cateterismo cardíaco, a ATC está relacionada com riscos relacionados com arritmia, embolia arterial, toxicidade do contraste ou injúria vascular no sítio de entrado do cateter. 45 As procedimento complicações são: expressivas ocorrência de IAM, associadas ao necessidade de cirurgia urgente de revascularização do miocárdio e óbito. Estas são incomuns quando o procedimento é realizado eletivamente. Inicialmente acreditou-se que a ATC resumia-se na compressão experimentais lúmen dos da placa demonstraram vasos deslocamento aterosclerótica, que parece dianteiro boa resultar da porém parte de placa, estudos da melhora do uma ruptura e associada com o estiramento plástico local da túnicas média e adventícia 11 . O uso de balão com diâmetro inflado comparável ao diâmetro estenosado dilatação do lúmen usualmente adequada. normal é O adjacente suficiente uso de para balão ao segmento alcançar maior aumenta uma a probabilidade de trauma excessivo para o vaso ou ruptura, precipitada do vaso por superdilatação. Lesões particularmente rígidas podem requerer que o balão seja inflado a uma alta pressão (10 a atm.) lesões para alcançar um bom resultado, enquanto 20 46 excêntricas podem requerer o uso de um cateter balonado discretamente maior, insuflações repetidas ou prolongadas (1 min) para sobrepujar a elasticidade intrínseca da parede arterial normal oposta a placa aterosclerótica. Se durante a houver aparecimento insuflação do balão de nos angina limitante pacientes que não possuem um fluxo colateral para os vasos dilatados, o uso de uma balão de autoperfusão pode auxiliar a controlar a isquemia temporária Mesmo lesão vascular 40 . quando a dilatação associada com ATC é bem sucedida, freqüentemente a é evidenciada na aparência radiográfica da dissecção íntima no sítio da dilatação, levando ao aparecimento de defeitos de enchimento dentro do lúmen do vaso. Pacientes desconforto dissecção enchimento torácico limitada com devido a trauma usualmente anterógrado reendotelização dissecção dentro e de não podem local semanas de interfere continua 6 ter vasos, a com o melhorando de algum pela procedimento dilatação, perfeitamente demonstrado ao reestudo de 11 . 47 Embora a dilatação com sucesso de lesão alvo por ATC possa ser conseguida com freqüência em idosos como em pacientes risco de mais jovens, complicações. o pacientes Além disso, idoso idosos tem maior com idade superior a 75 anos, submetidos a ATC incluem mais mulheres e mais casos de angina instável, fatores que aumentam o risco de complicações. Pacientes nas idades acima de 80 anos há aumento significativo das incidência maior de infarto e óbito Uma Janeiro de análise 1991 a de 3199 Setembro de complicações com 41 . ATCs 1992 realizadas com 474 entre pacientes maiores de 75 anos, demostrou que cirurgia para bypass de urgência ou repetição de ATC em alguma lesão, não foi relatada nesta faixa etária. Em estudos prévios, não foi demonstrada associação entre idade e aumento do risco do procedimento. A presença de DAC mais severa e o grau de condições mórbidas coexistentes faz o paciente idoso menos capaz de tolerar a ATC sem sucesso ou com complicações 42 . 1. REFECHAMENTO SÚBITO 48 Em aproximadamente 4% dos pacientes,, especialmente aqueles sofrendo dilatação de lesões tipo B ou C, Isto a injuria pode, vasoespasmo local produz conjuntamente local, dissecção com progredir mais formação para extensiva. de trombo ou fechamento súbito do vaso. Metade dos vasos que manifestam súbito podem ser reabertos por redilatação refechamento 43 , mas a outra metade atualmente requer cirurgia emergencial, se houver recorrência de fechamento de vasos e isto estiver associado com evidências clínica e eletrocardiográfica de isquemia do miocárdio. Para necessário que o uma tratamento equipe de desta complicação cirurgia cardíaca é esteja disponível para qualquer eventualidade. Embora cirurgia a emergencial maioria se dos recupere pacientes bem, até que requerem metade deles ainda mantém algum grau e infarto do miocárdio a despeito da pronta revascularização, contribuindo importantemente para a mortalidade associada com a ATC eletiva. 49 2. REESTENOSE Após uma ATC bem sucedida, não deve haver evidência clínica, eletrocardiográfica ou de perfusão por tálio de isquemia do miocárdio. Porém, em aproximadamente 20% dos pacientes, a evidência de isquemia miocárdica reaparece dentro de 6 meses da dilatação, juntamente com a evidência angiográfica de reestenose do segmento dilatado. Cerca de 5 a 10% dos pacientes submetidos a ATC, podem permanecer livres de sintomas recorrentes, mas demonstram um reestreitamento angiográfico parcial do segmento dilatado. Alguns parâmetros clínicos, como estenose basal severa, dilatação incompleta, duração breve sintomas, dos angina sexo instável masculino, com estenose uma da artéria coronária descendente anterior esquerda, estenose de óstio, vasoespasmo descontrolado no sítio da dilatação, lesão macia que sofre dilatação sem dissecção visível, ou defeitos associados reestenose tardia com uma incidência maior de 11 . 50 Estudos experimentais em animais, sugerem que a reestenose pós plaquetária na dilatação, ATC seja área de ocorrendo vasoconstritores do uma dano então resultado endotelial dilatação músculo liso, Alguns mecanismos o sítio rebote Atualmente, no o na de fator de 44 . fenômeno elástico usa-se antiplaquetários ticlopidina) da subsequente ( da reestenose, elastic recoil proliferação neo-intimal e a remodelação vascular agentes adesão autores acreditam que existem múltiplos envolvidos destacando-se no como crescimento derivado de plaquetas (PDGF) da tentativa uma terapia diminuir a a 45 . adjunta disponíveis de ), com (aspirina , incidência de reestenose em pacientes que realizaram ATC . Aspirina e dipiridamol parecem reduzir transmural durante, ou logo após O sintomas paciente clínicos e submetido desempenho a incidência o procedimento a na ATC IAM 21 . deve prova de ter de seus esforço cuidadosamente monitorados por um período de 6 meses após o procedimento. Em relatos da literatura com períodos de seguimento que variaram de 1 a 3 anos, a freqüência de 51 pacientes que variou de 55 8% permaneceram a 93% sem manifestações e a incidência de IAM anginosas entre 1.4 a 46 . Se houver evidência clínica de desenvolvimento de reestenose, o melhor manejo é o cateterismo repetido, incluindo repetição da ATC. A repetição é quase sempre bem sucedida. Pode ocorrer o desenvolvimento de reestenose em 30 a 40% dos necessitando um pacientes terceira ou após até repetição mesmo da quarta dilatação antes que seja assegurada uma abertura prolongada Os quando pacientes manifestam tratamento mais mais sintomas intensivo para idosos controlar novas intervenções com maior freqüência Se dentro de dilatação, seguintes, 6 sintomas meses eles serão embora os de da de reestenose realização ocorrência sintomas de 47,48 submetidos anginosos, ATC, . a ATC necessitam sintomas e de 49 . não do se desenvolver procedimento improvável angina nos possam de anos se desenvolver devido a progressão da doença em outros sítios 52 e requerem procedimento adicional de dilatação 50 . 3. CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO DE EMERGÊNCIA Cirurgias em 3 a 4% dos de emergência podem ser necessárias pacientes submetidos a ATC eletiva, dissecção grave da artéria coronária, oclusão por ou angina intratável e são geralmente associadas com maior morbidade e mortalidade do que a cirurgia para revascularização do miocárdio de rotina 21 . Por qualquer isso, instituição disponibilidade um que imediata requerimento desenvolva de uma essencial a equipe para ATC é a de cirurgia cardíaca para a realização de revascularização cirúrgica. 53 RESULTADOS DA ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA NO IDOSO 54 Após inferior a a 50% realização e da gradientes ATC, estenose residuais residual translesionais abaixo de 15 mmHg, são indicativos de um procedimento bem sucedido, estenose embora ou resultados de lúmen de melhores 2mm num de até vaso de 30% 3 de mm , comumente são alcançados. 1. RESULTADOS A análise índice de sucesso, IMEDIATOS dos resultado imediatos considera o a incidência de complicações e a mortalidade intra-hospitalar. 1.1. ÍNDICE DE SUCESSO 55 Os primeiros relatos, feitos no início da década de 80, comparando o sucesso imediato da dilatação de lesões em idos, mostraram resultados piores do que os obtidos técnicas em pacientes jovens as melhorias e maior experiência contribuíram para elevar a expectativa de sucesso 51 . No entanto, 49,52 . Nos casos eletivos, os níveis de sucesso, são superiores a 90%, comparáveis aos obtidos 52,41 nos mais jovens . Nos pacientes octagenários os níveis de sucesso são inferiores ao idoso abaixo desta faixa etária, poré m são bastante satisfatórios. Na experiência do INCOR-FMUSP chega a aproximadamente 80% 45 . 1.2. COMPLICAÇÕES As taxas de complicação observadas são: Infarto Agudo do Miocárdio : 0.8 Necessidade de CCV para a 6% Revascularização Miocárdio (RM) de urgência : 0 a do 6% 56 Óbito : 0 O resultado a 4.6% 4 adverso do procedimento é mais provável em pacientes com estenoses maiores (80 a 99%), tortuosidade excessiva ou um ângulo maior que 60 o ou em pacientes com oclusão total crônica. O fechamento tardio (1 a 24 hs após ATC) geralmente está relacionado com dissecção da íntima a 53 . 2. RESULTADOS TARDIOS Os parâmetros habitualmente usados na avaliação dos resultados tardios são evolução clínica, como sintomas e ocorrência de IAM, necessidade de novas intervenções ( ATC ou RM) e sobrevida. 2.1 EVOLUÇÃO CLÍNICA 57 A os angioplastia sintomas anginosos transluminal a curto coronária prazo na melhora maioria dos pacientes. 2.2. NECESSIDADE DE NOVAS Apesar melhora da sintomática freqüente a manutenção em grande necessidade revascularização de INTERVENÇÕES do quadro clínico parte dos pacientes, novos procedimentos de é de 45,47,48 . Segundo relatos da literatura mundial, nos três primeiros meses após a transluminal coronária, freqüências que variam de 6.4 a cirurgia para RM Nos a realização sua repetição ocorre em 2.8 pacientes da idosos, a é 12.9% , angioplastia realizada em enquanto que a 13% dos casos no prazo de 5 46 . anos de evolução, cerca de 50% sofre nova intervenção, refletindo assim a alta incidência de reestenose deve ser maior, por ser 49 . freqüentemente Esta incidência assintomática, e nem sempre tratada com novo procedimento. 58 Nos atinge 1/3 dos pacientes casos, seis octagenários, meses após a o reestenose procedimento, semelhantemente ao observado em pacientes mais jovens 54 . 2.3. SOBREVIDA À longo prazo, a sobrevida após a ATC é elevada. Numa série envolvendo mais de 20.006 pacientes, a sobrevida de três anos foi de 90% nos pacientes com 65 a 69 anos anos e de 70% em pacientes com idades maiores que 80 55 . 59 FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS DA ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA NO IDOSO 1. IDADE: Apesar da dificuldade na avaliação de sua importância como fator isolado, a idade em si é associada a piores resultados imediatos e tardios. A sobrevida é etária dos 80 anos há menor no mais idosos. Na faixa mais complicações durante o 60 procedimento estariam e evolução relacionados funcionais do tardia às sistema pior. Esses resultados alterações anatômicas e cardiovascular conseqüente à senescência , que alteram respostas e diminuem reservas. 2. CO-MORBIDADE: Idades mais elevadas se acompanham de maior prevalência de co-morbidades cardíacas e não cardíacas. A avaliação da presença de co-morbidade é importante para a estratificação do risco deste procedimento. 3. ejeção (FE) FUNÇÃO do VENTRICULAR: ventrículo Um esquerdo baixa (VE), fração é um de forte preditor de complicações associadas ao procedimento. Como indicação graves, idoso de existe um “vício de seleção” ATC no idosos, priorizando os portanto, em relação ao mais submetido ao procedimento, paciente exibe mais para casos a mais jovem, o comumente alteração da função ventricular esquerda, além de que a prevalência de sintomas de insuficiência cardíaca (IC) aumenta com a idade, chegando a ser cerca de 5 vezes maior 61 em octagenários do que em indivíduos com menos de 50 anos. Porém, quando a função como já foi ventricular dito anteriormente, esquerda está mesmo prejudicada e mesmo com riscos do procedimento aumentado, uma ATC com bons resultados, esquerdo, com pode reflexo melhorar sobre a o função do ventrículo desempenho miocárdico durante o exercício e alívio dos sintomas 4. CARACTERÍSTICAS de regra, a longo prazo. DAS LESÕES CORONÁRIAS : Via a extensão da DAC aumenta com a idade e maior é a prevalência de lesões angiograficamente mais complexas, evidenciando acometimento difuso coronariano e com maior número de lesões com calcificações. Desse modo, o paciente idoso, candidato ao procedimento, freqüentemente tem doença multiarterial, ao contrário doença do paciente uniarterial. mais jovem, Pacientes que com geralmente lesões bi tem ou triarteriais, geralmente recebem tratamento em apenas uma artéria, representando assim, revascularização parcial, na maioria, o que possivelmente traz conseqüências na evolução intra-hospitalar e tardia destes pacientes. 62 5. SEXO : No sexo feminino há um aumento da mortalidade intra-hospitalar após a ATC, que poderia ser explicado pelas características clínicas, pois as mulheres têm tendências, em relação aos homens, a serem mais velhas e mais sintomáticas, fatores de risco bem como terem mais prevalência de cardiovasculares cerebrovasculares, hepáticas Ao mulher, a taxa complicações sexos contrário de imediatas são IC, doenças e renais. do sucesso de aumento do de mortalidade procedimentos semelhantes em e a ambos na suas os 56 . 6. INDICAÇÃO DO PROCEDIMENTO : O procedimento no paciente idoso, geralmente é indicado em situações não eletivas, freqüentemente de urgência e não raramente de emergência. Entre 20.006 pacientes com idade superior a 80 anos, nos EUA, tratados com ATC, cerca de ¼ das indicações foi por IAM 55 . Igualmente, em outra série de 521 63 octagenários, 72.2% dos casos foi submetido a ATC em condições consideradas de urgência. A realização de ATC associa-se a menor sucesso em condições de urgência do procedimento e maior mortalidade hospitalar quando comparada ao procedimento em condições eletivas. Quando na vigência de IAM, em pacientes com mais de 70 anos, demonstra taxas de sucesso bastante satisfatórias, variando de 74 a taxas de mortalidade, prazo são elevadas tanto hospitalar 91%, porém as quando a longo 57 . 7. NOVAS TÉCNICAS DE ATC : O uso e a segurança de novas modalidades de ATC, além do cateter-balão, ainda foram pouco investigadas no paciente idoso. Entre estas modalidades está o emprego de stents, com resultados bastante promissores. Um estudo de 331 pacientes com idade maior que 65 anos, que recebem implante de stent coronariano, mostrou índices de sucesso de 96% em pacientes com 65 anos e 86% para os a maiores 69 anos, 94% para 70 a de 75 anos, sendo que 74 a sobrevida no 1 o ano foi semelhante nos grupos, ficando em 64 cerca de 80% 58 . 8. MANUSEIO PÓS-ATC : A semelhança dos índices de reestenose nas diferentes faixas etárias, sugere que os mecanismos envolvidos no fenômeno de reestenose não se alteram importantemente com o envelhecimento. Têm sido intensamente investigadas drogas que evitem a reestenose após a ATC, sendo que no estado atual, a aspirina, heparina e bloqueadores de cálcio não se mostraram eficazes. Inibidores específicos e bloqueadores terapêuticas de receptores combinadas da trombina (hirudina) de plaquetas podem ser ou mesmo alternativas promissoras, além do controle dos fatores de risco, como a hipercolesterolemia, e Diabetes Mellitus hipertensão arterial sistêmica (HAS) (DM), que pode ser importante para diminuir a injúria vascular, e deve ser estimulado. A manutenção do paciente em programas de reabilitação facilita o manuseio clínico e contribui para a identificação precoce da reestenose 55 . 65 66 EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA E HEMODINÂMICA DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA EM ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA NO PACIENTE OCTAGENÁRIO Em uma comparação, feita através de estudo retrospectivo, foram analisados os resultados imediatos e a mortalidade intervencionista intra-hospitalar em pacientes com do idade tratamento superior a 80 anos, com quadro clínico de Infarto Agudo do Miocárdio, que deram entrada no Hospital Evangélico de Londrina, no período de janeiro de 1990 a novembro de 1997. Foram levantados 53 casos consecutivos de IAM em octagenários, internados na Unidade Coronária (UCO), do 67 Hospital Evangélico de Londrina (HEL), diagnosticados pelo quadro clínico, eletrocardiográfico e perfil enzimático. A idade mínima encontrada foi de 80 anos e a idade máxima de 90, sendo a idade média de 82.8 anos. Destes, 24 pacientes eram do sexo masculino e 29 eram do sexo feminino, demonstrando ligeiro predomínio deste sexo masculino feminino sobre o masculino. Analisou-se e a os procedimentos intervencionistas mortalidade comparando-se ao tratamento conservador. Obteve-se como resultados, que dos 53 pacientes analisados, 27 (50.9%) cineangiocoronariografia foram (CINE) e 26 submetidos à pacientes (49.1%) não foram estudados. 68 com cine sem cine Dos 18(66.6%) 27 pacientes realizaram ATC sem estudos hemodinamicamente, complicações durante o procedimento. No seguimento imediato, ou seja, observando-se a evolução intra-hospitalar, verificou-se 18 casos de óbito (33.9%), sendo que apenas 4 (22.2%) haviam realizado ATC ao contrário de 11 óbitos (61%) ocorridos naqueles pacientes que não foram estudados. Ocorreram 3 casos de óbito (16.6%) no grupo de pacientes que realizaram CINE 69 e não realizaram intervencionista ATC. ocorre Conclui-se menor que com número de o tratamento óbitos, com perspectiva de melhores resultados nesta faixa etária do que o tratamento conservador. não estudados estudados ATC Na (37.5%) de realizaram ATC população óbito, masculina, sendo que ocorreram destes, 2 9 casos casos (8.5%) e 7 casos (29%) que receberam tratamento 70 conservador. Na (30.8%) de realizaram população óbito, ATC sendo feminina, que observou-se destes, 2 casos 9 casos (6.8%) e 7 casos (24%) que foram tratadas de forma conservadora. Todos os pacientes que foram submetidos à ATC, obtiveram sucesso angiográfico imediato, comparável a população mais jovem. 71 CONCLUSÃO De acordo com o que foi pesquisado e 72 segundo a experiência inicial verificada nos revisados, conclui-se que os resultados arquivos imediatos e tardios da angioplastia transluminal coronária em idosos são estimulantes observa-se que e em na vista do população que foi idosa considerado, o método de revascularização representa valiosa modalidade terapêutica da doença arterial coronária crônica ou aguda. O fatores de idoso, risco no que entanto, exibe contribui para um acúmulo prejudicar de os resultados, principalmente nos procedimentos de urgência, sendo por isso, imperativo diagnosticar e avaliar a gravidade da DAC na sua fase aguda, o que é dificultado pela falta atipia de de manifestações, empenho em submeter bem o como idoso pela à freqüente investigação adequada. A criteriosa, indicação como em deste qualquer procedimento outro, deve levando-se ser em consideração a repercussão da doença e o estado geral do idoso. No paciente com mais de 80 anos, no qual os riscos são maiores, deve-se priorizar a presença de sintomas que prejudicam a qualidade de vida. 73 No oferece a infarto agudo perspectiva tratamento de substituir, miocárdio, resultados trombolítico, octagenários. do porém, melhores inclusive Esses critérios a indicação do para princípios que o pacientes não individualizados, devem que, no idoso, devem ser exercidos na sua maneira mais plena. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1. Wei JY. Age and the cardiovascular system. N Engl J Med 327 : 1735-1739, 1992 2. Carvalho coronária. M, Melo MGJ, Hemodinâmica e Alencar Angiografia, interpretação e aplicações clínicas 3. Morrison elderly DA, patients Bies with RD, “high JEB. Hemodinâmica obtenções na de doença dados, 301, 1982 Sacks J. risk”, Coronary instable angioplasty angina: for short-term outcomes and long-term survival. J Am Coll Cardiol,29(2) : 339-344, 1997 4. Souza AGMR e CENIC. Procedimentos percutâneos de intervenção cardiovascular no Brasil em 1992 e 1993. Relatório do Registro Nacional. Arq Bras Cardiol 62 : 217-223, 1994 5. Peterson Ed, Jollis JG, Bebchulk JD, De Long ER, Muhlabbaier LH, Mark DB, Pryor revascularization in DB. Changes the elderly: in mortality the national after myocardial experience. Ann Intern Med 121 (12) : 919-927, 1994 6. Duprez DA. Angina in the elderly. Eur Heart J 17 suppl 6: 74 8-13, 1996 7. Gruentzig A and transluminal angioplasty Kumpe DA. Technique of percutaneous with the Gruentzig balloon catheter. Am J Radiol 132: 547, 1979 8. Gruentzig A, kuhlmann U, Vetter W, et al. Treatment of renovascular hypertension with percutaneous transluminal dilatation of a renalartery stenosis. Lancet 1 : 801, 1978 9. Gruentzig AR, Senrsing A and Siegenthaler WE. Non operative dilatation of coronary artery stenosis – Percutaneous Transluminal Coronary Angioplasty. N Engl J Med 301 : 61, 1979 10. Jang GD. Historical Background and development stages of Transluminal Angioplasty. Angioplasty pg3, 1986 11. Baim Angioplastia DS. Técnicas por balão de cateterismo transluminal intervencional percutânea, – valvuloplastia e procedimentos correlatos. Tratado de Medicina Cardiovascular vol2 pg 1463 12. the Kent KM, Mullin SM National outcomes of Heart, and Lung Percutaneous Passamani ER (eds). Proceedings and Blood Institute Transluminal workshop Angioplasty . June on 78 of the f, 1983. Am J Cardiol 53 1C, 1984 13. (eds). Baim DS. Coronary Angioplasty. In Grossman W Cardiac catheterization, angiography and and Baim DS intervention 4 th edition, 1991 14. Avedissian Percutaneous MG, Killeavy Transluminal ES, Coronary Garcia JM Angioplasty : and Dear a review WE. of current ballon dilatation system. Cathet Cardiovasc Diagn 18 : 263, 1989 75 15. Stammen F, Piessens J, Vrolix M et al. Immediate and shortterms results of a 1988 – 1989 coronary angioplasty registry. Am J Cardiol 67 : 253, 1991 16. Detre K, Holupkov R, Kelsey S, et al. Transluminal Coronary Angioplasty in 1985-1986 Percutaneous and 1977-1981 : the NHLBI registry. N Eng J Med 318 : 265,1988 17. Holmes DR, Holupkov R, Vlietstra RE, et al. Comparison of complications during percutaneous transluminal coronary angioplasty from 1977 to 1981 and from 1985 to 1986: the NHLBI PTCA registry. J Am Coll Cardiol 12 : 1149, 1988 18. Detre K, Holupkov R, Kelsey S, et al. One year follow-up results of the 1985-1986 National Heart, Lung and Blood Institute’s Percutaneous Transluminal Coronary Angioplasty registry. Circulation 80: 421, 1989 19. Ryan TJ, percutaneous Faxon DP, transluminal Gunnar coronary ACC/ AHA Task Force on assessment RM, et al. angioplasty. of diagnostic Guidelines A report and of from the therapeutic cardiovascular procedures. J Am Coll Cardio 12 : 529, 1988 20. Bourassa MG, Alderman EL, Bertrand M, et al. Report of the Joint ISFC/WHO Task Force on Coronary Angioplasty. Circulation 78 : 780, 1988 21. Rutherford JD and Braunwald E. Cardiopatia Isquêmica Crônica. Tratado de Medicina Cardiovascular vol2 capítulo 40, 1992 22. Weinstein JS, Baim DS, Sipperly ME, et al. Salvage of branche vessels during bifurcation lesion angioplasty – acute and longterm follow-up,. Cathet Cardiovasc Diagn 22 : 1, 1991 23. Dervan JP, Baim DS, Cherniles J and Grossman W. Transluminal Angioplasty of occluded coronary arteries : use of a movable guide 76 wire system. Circulation 68 : 776, 1983 24. Stone GW, Rutherford BD, McConahay DR, et al. Procedural outcome of angioplasty for total coronary occlusion : an analysis of 971 lesions in 905 patients. J Am Coll Cardiol 15 : 849, 1990 25. Ischinger T , Gruentzig AR, Hollman J, King S, et al. Should Coronary arteries with less than 60% diameter stenosis be treated by angioplasty?. Circulation 68 : 148, 1983 26. Leeman D, McCabe CH, Faxon DP, et al. Use of a percutaneous transluminal coronary angioplasty and bypass surgery despite improved medical terapy for unstable angina pectoris. Am J Cardiol 61 : 38 G, 1988 27. Feldman RL, angiooplasty MacDonald at the RG, time of Hill JA initial , cardiac et al. Cornary catheterization. Cathet Cardiovasc Diagn. 12 : 129, 1986 28. AIMS TRAIL Study Group: Effect of intravenous APSA Con mortality after acute myocardial infarction : preliminary report of a placebo-controlled clinical trial. Lancet 1 : 547, 1988] 29. Pasternak RC, Branwald E, Sobel BE. Infarto Agudo do Miocárdio. Tratado de Medicina Cardiovascular, vol 2 capítulo 39 30. Rogers WJ, Baim DS, Gore JM, invasive tissue delayed invasive plasminogen Miocardial Infarction and activator (TIMI) et al. Comparision of immediate consevative strategies – of results Phase IIA Trial. the following Thrombolysis Circulation 81 : 1457, 1990 31. The TIMI Study Group: comparison of invasive and conservative strategies activator after : treatment results of the with intravenous Thrombolysis tissue Miocardial plasminogen Infarction 77 (TIMI) Phase II Trial. N Engl J Med 320 : 618, 1989 32. O’Keefe JH, Rutherford BD, McConahay DR, et al. Early Resultsand a long term outcome of direct coronary angioplasty for acute myocardial infarction in 500 consecutives patients. Am J Cardiol 64 : 1221, 1989 33. Pinkerton transluminal CA, Slack angioplasty JD, in Orr CM, patients et al. with Percutaneous prior myocardial revascularization surgery. Am J Cardiol 61 : 15G, 1988 34. Cote G, Myler RK, Stertzer SH, et al. Percutaneous transluminal angioplasty of stenotic coronary artery bypass grahs : 5 years’ experience”. J Am Coll Cardiol 9 : 8, 1987 35. Shimshak percutaneous TM, Giorgi transluminal LV, Johnson WL, angioplasty to et al. the Application internal of mammary artery grah. J Am Coll Cardiol 12 : 1205, 1988 36. De Feyter PJ, Serruys P, Van Den Brand M, et al. Percutaneous transluminal angioplasty of totaly occluded venous bypass graft : a challenge that 37. O’keefe coronary JH, should be resisted. Am J Cardiol 64 : 88, 1989 Hartzler angioplasty – GO, early Rutherford and late BD,, et al. Left results of 127 acute main and elective procedures. Am J Cardiol 54 : 144, 1989 38. Kahn JE, Rutherford BD, McConahay Dr, et al, Supported ( high risk) coronary counterpulsation. 39. angioplasty using intraaortic balloon J Am Coll Cardiol 15 : 1151, 1990 Vogel Ra, Shawl F, Tommaso C, et al. Initial report of the National Registry of elective cardiopulmonary bypass supported coronary angioplasty. J Am Coll Cardiol 15 : 23, 1990 40. Kent Km, Cleman MW, Cowley MJ, et al. Reduction of myocardial ischemia during percutaneous transluminal coronary angioplasty with oxigenated Flousol. Am J Cardiol 66 : 279, 1990 78 41. Hunter R, Wenger N, Weintreub WS, et al. The influence of age ond the results of coronary angioplasty (PTCA) : in hospital and long term outcome. Proceedings, I Meeting of Council of Geriatric Cardiology, 1995 42. Lindasy Morbidity J and Jr, Reddy mortality VM, Pinnow rates in EE, Little elderly T, Pichard patients Ad. undergoing percutaneous coronary transluminal angioplasty. Am Heart J 128 (4) : 697-702, 1994 43. Sinclair IN, McCabe CH, Sipperly ME, Baim DS. Predicots, therapeutic options and longterm outcome of abrupt reclosure. Am J Cardiol 61 : 61G, 1988 44. Sundrum perfusion P, Harvey catheter for JR, Johnson emergency RG, et coronary al. Benefit artery of grahing the after failed percutaneous transluminal coronary angioplasty. Am J Cardiol 63 : 282, 1989 45. Nusbacher A, Gebara OCE, Ratti M, Arie S, Wajngarten M. Tratamento intervencionista da Insuficiência coronária no Idoso : indicações e resultados. 124 : 1089, 1996 46. Jeroudi MO et al. Percutaneous transluminal coronary angioplasty in octagenerians. Ann Intern Med 113 : 423, 1990 47. Black AJR, Anderson HV, Roubin GS, et al. Repeat coronary angioplasty; Correlates of a second restenosis. J Am Coll Cardiol 11 : 14, 1988 48. Terstein PS, Hoover CA, Ligon RW, angioplasty: efficacy of a 3th et al. Repeat coronary angioplasty for a 2th restenosis. J Am Coll Cardiol 14 : 1389, 1989 49. Bedotto multivessel JB, Rutherford percutaneous BD, McConahay transluminal DR et coronary al. Results angioplasty of in 79 persons aged 65 years and older. Am J Cardiol 67 : 1051-1055, 1991 50. Gruentig Longterm AR, King follow-up SB, after lll, Schlumpf percutaneous M, Siegenthaler transluminal W. coronary angioplasty. N Engl J Med 316 : 1127, 1987 51. Mock MB, Holmes DR, Vliestra RE et al. Percutaneous transluminal coronary angioplasty (PTCA) in the elderly patient; experience in the National Heart, Lung and Blood Institute PTCA Registry. Am J Cardiol 534 : 89C-91C, 1984 52. Shimashak results of TM, 10.000 Giorgi PTCAs LV, – a Jonhson 10 year WL et al. experience . Procedural Circulation 82(supll III) : III 652, 1990 53. in Gaul G, Hollman j, Simpfendorfer C, Franco I. Acute occlusion multiple lesion coronaty angioplasty : Frequency and management. J Am Coll Cardiol 123 : 283, 1989 54. Jackman J, Avetta F, Smith J et al. Percutaneous transluminal coronary angioplasty in octagenarians as na effective therapy for angina pectoris., Am J Cardiol 68 : 116-119, 1991 55. Jollis JG, Peterson ED, Bebchulk JD et al. Coronary angioplasty in 20.006 patients over age 80 in the United States. J Am Coll Cardioil ( suppl) : 47 A, 1995 56. Bell MR. Coronary artery disease efficacy of coronary 57. Lee TC, in women : the safety and angioplasty. Cardiov Ver Reports 15-21, 1995 Laramee LA, Rutherford BD, et al. Emergency percutaneous transluminal coronary angioplasty for acute myocardial infarction in patients 70 years of age and older. Am J Cardiol 66 : 663-667, 1990 58. Yokoi H, Kimura T, Sawada Y et al. Efficacy and safety of Palmaz-Schatz stent in elderly (75years old) patients : early and 80 follow-up results. Am J Coll Cardiol (suppl) 47 A, 1995 81