Material e Métodos

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1
Análise da similaridade florística entre remanescentes florestais da Planície de
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Inundação do Alto Rio Paraná, Brasil
42
INTRODUÇÃO
Título resumido: Similaridade florística em planície de inundação.
Simone Rodrigues Slusarski1* e Maria Conceição de Souza2
1
Rua Costa Rica, 175, Jardim América, 85.935-000, Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil. 2Programa de Pósgraduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais, Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e
Aquicultura, Departamento de Biologia, Universidade Estadual de Maringá – UEM, Av. Colombo, 5790, CEP
87020-900, Maringá, Paraná, Brasil. Autor para correspondência. E-mail: [email protected]
RESUMO – (Análise da similaridade florística entre remanescentes florestais da Planície de Inundação do Alto
Rio Paraná, Brasil). A vegetação da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná encontra-se nos domínios da
Floresta Estacional Semidecidual (FES) e, além das formações florestais, apresenta campos, várzeas e extensas
áreas de pastagem. Com o objetivo de elaborar análises da similaridade florística entre remanescentes florestais
ripários dessa planície, foi realizada uma análise entre nove levantamentos, sendo quatro na margem direita, dois
na esquerda e três em uma ilha, para as espécies arbóreas. Foram calculados os índices de similaridade de
Sørensen (ISs) e de Jaccard (ISj) e elaborada Análise de Correspondência (CA), a partir de uma matriz de
presença e ausência para espécies. Foram listadas 37 famílias, 80 gêneros e 110 espécies. Dentre as espécies,
5,5% foram generalistas enquanto que, 29,1% foram exclusivas de apenas um levantamento. Os valores de ISs
variaram de 31% a 78,4% e os de ISj de 31% a 64,5%. A CA agrupou os levantamentos nas margens direita e
esquerda e a ilha, as espécies com maior correlação positiva no eixo 1 foram as comuns aos levantamentos da
margem esquerda. Os resultados alcançados demonstraram que levantamentos florísticos constituem importantes
indicativos para avaliações da distribuição da vegetação nessa planície.
Palavras-chave: índices de similaridade, análises multivariadas, floresta estacional semidecidual, floresta ripária.
ABSTRACT – (Analysis of floristic similarity between forest remnants of the upper Paraná River floodplain,
Brazil). The vegetation of the Upper Paraná River floodplain is a fragment of Seasonal Semideciduous Forest
(SSF) that presents fields, lowlands and extensive areas of pasture in addition to forest formations. With the aim
to drawed up analysis of floristic similarity between the riparian forest remnants of this plain, an analysis using
nine surveys was performed, being four on the right bank, two on the left bank and three on an island, including
tree species. Indexes of similarity of Sørensen (ISs) and Jaccard (ISj) were calculated and Correspondence
Analysis (CA) were elaborated, starting from a matrix of presence and absence of species. Thirty-seven families,
80 genera and 110 species were reported. Generalists represented 5.5% of the studied species, while 29.1% were
exclusive to one survey. Values of ISs and ISj varied from 31% to 78.4%, and 31% to 64.5%, respectively. The
CA grouped the surveys in the right and left banks and the island, the species with the highest positive correlation
on axis 1 were the most common in the surveys on the left bank. The reached results demonstrated that risings
floristics constitutes important indicatives for evaluations of the distribution of the vegetation in that plain.
Key words: indexes of similarity, multivariate analysis, Seasonal Semideciduous Forest, riparian vegetation.
43
Áreas úmidas compreendem os ecossistemas aquáticos encontrados em todos os tipos
44
de clima, dos trópicos até a tundra e em todos os continentes, exceto na Antártida (MITSCH;
45
GOSSELINK, 1993). Incluem corpos de água, temporários ou não, como lagos, rios e
46
riachos, além de pântanos, planícies de inundação e ecossistemas marinhos, dentre outros
47
(GOPAL; JUNK, 2000; NEIFF, 2001).
48
Ocupam aproximadamente 6% da superfície da Terra, ou seja, 8,6 milhões de Km2, dos
49
quais, cerca de 56%, encontra-se em regiões tropicais e subtropicais (MITSCH; GOSSELINK,
50
1993). Essas áreas conferem uma das principais características ecológicas para a América do
2
51
Sul, devido à grande extensão com que ocorrem, abrangendo cerca de 20% de seu território
52
(JUNK, 1993), sendo que para o Brasil, foram estimados 1.082.466 Km2 (NEIFF, 2001). A
53
maior parte das áreas úmidas pertence à categoria de planície de inundação, que são aquelas
54
periodicamente inundáveis (JUNK et al., 1989).
55
As florestas que se localizam no entorno dos corpos de água, denominadas ripárias ou
56
ciliares, dentre outras, apresentam-se diferenciadas principalmente quanto à composição e à
57
estrutura florísticas. De maneira geral, para as florestas ripárias do Brasil, têm sido
58
encontrados valores baixos para os índices de similaridade e elevada diversidade de espécies,
59
devido a heterogeneidade ambiental (BERNACCI et al., 1998; LACERDA et al., 2005;
60
MEYER et al., 2004; RODRIGUES; NAVE, 2004; ROLIM et al., 2006; TEIXEIRA;
61
RODRIGUES, 2006).
62
Vários fatores podem influenciar a (dis) similaridade entre florestas ripárias, como as
63
características hidrológicas da bacia hidrográfica, os diferentes graus de influência das
64
inundações, a largura do remanescente florestal, a matriz e o domínio de vegetação, o estádio
65
sucessional, o clima, a topografia, os tipos de solo, a distância geográfica, a altitude e a latitude
66
(ARAÚJO et al., 2005; BERNACCI et al., 1998; COSTA; MANTOVANI, 1995; DURIGAN
67
et al., 2008; KINOSHITA et al., 2006; LACERDA et al., 2005; MACHADO et al., 2004;
68
MARANGON et al., 2003; MEYER et al., 2004; METZGER et al., 1997; RODRIGUES;
69
NAVE, 2004; ROLIM et al., 2006; SANTOS; KINOSHITA, 2003; SILVA et al., 2007;
70
STRANGHETTI; RANGA, 1998; TEIXEIRA; RODRIGUES, 2006).
71
Para a Planície de Inundação do Alto Rio Paraná, a similaridade florística mostrou-se
72
baixa e os fatores relacionados foram a heterogeneidade da vegetação, que compreendeu a
73
Floresta Estacional Semidecidual (FES), as formações típicas de florestas ripárias, o Cerrado e
74
o Pantanal; a disponibilidade de água, o tipo de solo e as perturbações antrópicas (SOUZA et
75
al., 1997; SOUZA; MONTEIRO, 2005; ROMAGNOLO; SOUZA, 2000; SOUZA et al.,
76
2004a). Tendo em vista avaliações dessa natureza, Souza et al. (2004b) dividiram
77
didaticamente o trecho superior dessa planície em três sistemas, denominados margem
78
esquerda, margem direita e central (ilhas).
79
Neste contexto, teve-se como objetivo analisar a similaridade florística para o
80
componente arbóreo entre remanescentes florestais ripários da Planície de Inundação do Alto
81
Rio Paraná, considerando-se a hipótese de que a composição florística constitui um indicativo
82
útil para separar os três compartimentos, ou seja, margem esquerda, margem direita e ilha.
83
84
MATERIAL E MÉTODOS
3
85
A área de estudo compreendeu remanescentes florestais ripários localizados na Planície
86
de Inundação do Alto Rio Paraná, nos Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, dos quais
87
foram selecionados nove onde foram realizados levantamentos de espécies arbóreas (Fig. 1;
88
Tab. 1). O rio Paraná é o décimo do mundo em descarga e um dos principais formadores da
89
segunda maior bacia de drenagem da América do Sul, a Bacia do Prata. Desde sua nascente, na
90
confluência dos rios Grande e Paranaíba, até sua foz, no estuário do rio da Prata próximo a
91
Buenos Aires, percorre cerca de 3.800 Km, drenando uma área de 2.800.000 Km2 (STEVAUX
92
et al., 1997).
93
Em seu alto curso forma uma planície de inundação, composto por um canal principal,
94
ilhas e barras arenosas (STEVAUX, 1994). Sua margem esquerda é formada por Arenitos da
95
Formação Caiuá e apresenta-se diferencialmente exposta às inundações, determinadas pelas
96
variações altimétricas e topográficas, na maioria das vezes, formando barrancos de até 15 m de
97
altura e, mais raramente, áreas baixas e sujeitas a alagamento. Já, a margem direita é
98
constituída por sedimentos aluviais e colúvio aluviais não consolidados e associados ao rio
99
Paraná e seus afluentes, forma uma extensa planície fluvial com um complexo de tributários,
100
canais secundários, pântanos, lagoas e diques marginais (SOUZA FILHO; STEVAUX, 1997).
101
102
103
104
105
106
Figura 1. Localização da área de estudo e dos levantamentos empregados na análise de
similaridade florística da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná (MS e PR, Brasil) (1= A1,
A2, A3; 2=A4, A9; 3=A5 e 4=A6, A7, A8) (A1 a A9=áreas de estudo conforme Tab. 1)
(Adaptada de Nupélia/UEM, 2008).
4
107
Dentre as perturbações antrópicas a que o rio Paraná está exposto, a principal delas
108
constitui as barragens, presentes tanto no canal principal como na maioria dos tributários e
109
totalizam cerca de 130 reservatórios. Assim, a planície de inundação, que apresentava 480 Km
110
de extensão e mais que 20 Km de largura, foi reduzida para 230 Km de extensão com a
111
construção da barragem de Porto Primavera em 1998, entre Porto Primavera e a Hidrelétrica de
112
Itaipu (AGOSTINHO et al., 2004).
113
O clima da região, segundo o sistema de classificação de Köppen, é do tipo Cfa, ou seja,
114
clima tropical-subtropical com verão quente. A temperatura média anual é superior a 22C e a
115
precipitação média anual varia de 1.200-1.500 mm (CAMPOS; SOUZA, 2003; CAMPOS et
116
al., 2000; SOUZA; MONTEIRO, 2005).
117
A vegetação encontra-se inserida nos domínios da FES (IBGE, 1992) e é representada
118
por duas formações, a Aluvial e a Submontana (VELOSO; GÓES FILHO, 1982), além da
119
vegetação não florestal e das áreas de tensão ecológica (CAMPOS; SOUZA, 1997). As
120
florestas, além de espécies da FES, apresentam as típicas de áreas ripárias, do Cerrado e do
121
Pantanal (SOUZA; MONTEIRO, 2005) e são influenciadas pela disponibilidade de água, tipo
122
de solo, vegetação adjacente e perturbações antrópicas (SOUZA et al., 2004a).
123
A partir da lista de espécies compilada desses levantamentos, foi elaborada uma matriz
124
de presença ou ausência, empregada na comparação florística e nas análises de similaridade
125
entre as áreas. Foram conferidas as sinonímias e excluídos os táxons desconhecidos em
126
quaisquer dos níveis taxonômicos. As espécies de angiospermas foram reunidas em famílias de
127
acordo com o sistema de APG II (APG II, 2003; SOUZA; LORENZI, 2005). A escrita dos
128
nomes científicos e a abreviação dos nomes dos autores das espécies foram conferidas no
129
Index Kewensis, por meio de consulta ao site do The Royal Botanic Gardens, Kew (IPNI,
130
2010) ou do Missouri Botanical Garden, St. Louis (MOBOT, 2010).
131
A similaridade florística entre os levantamentos foi avaliada pelos Índices de
132
Similaridade de Sørensen (ISs) e de Jaccard (ISj) (MÜELLER-DOMBOIS; ELLENBERG,
133
1974), sendo que o primeiro permitiu tecer comparações com três estudos já realizados na
134
Planície de Inundação do Alto Rio Paraná, e o segundo, com outros trabalhos desenvolvidos
135
em áreas de FES ripárias. Para a ordenação dos dados foram utilizados os métodos de Análise
136
de Correspondência (CA) (MCCUNE; GRACE, 2002), por meio do programa PC-ORD versão
137
4, e os gráficos foram elaborados utilizando-se o programa Statistica 7.
5
138
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140
141
142
Tabela 1. Levantamentos realizados em florestas ripárias da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná (MS e PR, Brasil) e empregados na análise de similaridade florística
(FES=Floresta Estacional Semidecidual; DAP=diâmetro à altura do peito; Ne=número de espécies).
Fonte
Código Município Estado Altitude
Formação
Tipo de solo
Localização Ponto
Método de
Área
Critério de
Ne
(m)
vegetal
amostragem amostrada inclusão
(ha)
CAMPOS; SOUZA, A1
Porto Rico PR
230
FES
Aluvial
Ilha Porto
Floresta 1
Parcelas
0,41
DAP≥4,8cm
33
2003
Aluvial
hidromórfico Rico
CAMPOS; SOUZA, A2
Porto Rico PR
230
FES
Aluvial não
Ilha Porto
Floresta 2
Parcelas
0,45
DAP≥4,8cm
18
2003
Aluvial
hidromórfico Rico
CAMPOS; SOUZA, A3
Porto Rico PR
230
FES
Aluvial não
Ilha Porto
Floresta 3
Parcelas
0,13
DAP≥4,8cm
23
2003
Aluvial
hidromórfico Rico
SLUSARSKI;
A4
Porto Rico PR
250
FES
Margem
Mata do
Florística
Arbóreas
68
 10,0
SOUZA, dados não
Submontana
esquerda
Araldo
publicados
CAMPOS et. al.,
A5
MS
250
FES
Aluvial não
Margem
Parcelas
0,54
DAP≥4,8cm
43
2000
Aluvial
hidromórfico direita
(dique) e
Aluvial
hidromórfico
(lago)
ROMAGNOLO;
A6
Taquaruçu MS
200-300 FES
Aluvial não
Margem
Jusante
Parcelas
0,31
DAP≥4,8cm
40
SOUZA, 2000
Aluvial
hidromórfico direita
ROMAGNOLO;
A7
Taquaruçu MS
200-300 FES
Aluvial não
Margem
Intermediário Parcelas
0,31
DAP≥4,8cm
29
SOUZA, 2000
Aluvial
hidromórfico direita
ROMAGNOLO;
A8
Taquaruçu MS
200-300 FES
Aluvial não
Margem
Montante
Parcelas
0,31
DAP≥4,8cm
36
SOUZA, 2000
Aluvial
hidromórfico direita
SOUZA;
A9
Porto Rico PR
250
FES
Margem
Mata do
Florística
Arbóreas
85
 2,5
MONTEIRO, 2005
Submontana
esquerda
Araldo
6
143
RESULTADOS E DISCUSSÃO
144
A lista florística, compilada dos nove levantamentos, resultou em um total de 110
145
espécies, que foram reunidas em 80 gêneros e 37 famílias (Tab. 2). O número de espécies
146
amostradas, por levantamento, variou de 18 a 85, com média de 12,22.
147
148
149
150
151
152
Tabela 2. Lista florística de espécies arbóreas com respectivas ocorrências em nove levantamentos da Planície
de Inundação do Alto Rio Paraná (MS e PR, Brasil) (A1 a A9=áreas de estudo conforme Tab. 1; 1=presença;
0=ausência; T=número total de levantamentos em que a espécie ocorreu; * espécie exótica).
Família/Espécie
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 T
ANACARDIACEAE
3-Astronium graveolens Jacq.
0
0
0
0
0
0
0 0
1
1
4-Spondias lutea L.
0
0
0
1
1
1
1 1
0
5
ANNONACEAE
5-Rollinia emarginata Schltdl.
1
1
0
1
1
1
1 1
0
7
6-Rollinia silvatica Mart.
1
0
0
0
0
0
0 0
0
1
7-Unonopsis lindmani R.Fries
1
0
1
1
1
1
1 1
1
8
APOCYNACEAE
8-Tabernaemontana catharinensis A.DC.
1
1
1
1
1
1
1 1
1
9
ARECACEAE
1-Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart.
0
0
0
1
0
0
0 0
1
2
BIGNONIACEAE
9-Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb.
0
0
0
0
0
0
0 0
1
1
10-Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith
0
0
0
0
0
0
0 0
1
1
BORAGINACEAE
11-Cordia ecalyculata Vell.
0
0
0
0
0
0
0 0
1
1
12-Cordia sellowiana Cham.
0
0
0
0
1
1
0 1
0
3
BURSERACEAE
13-Protium heptaphyllum L.Marchand
0
0
1
0
1
1
0 0
0
3
CANNABACEAE
107-Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.
1
1
0
1
1
0
0 1
1
6
108-Trema micrantha Blume
0
0
0
1
0
1
0 0
1
3
CELASTRACEAE
32-Salacia grandiflora Peyr.
0
0
0
0
0
1
1 0
0
2
CHRYSOBALANACEAE
15-Licania octandra Kuntze
0
0
0
0
0
0
0 0
1
1
CLUSIACEAE
16-Calophyllum brasiliense Cambess.
0
0
0
0
1
1
0 1
1
4
17-Garcinia brasiliensis Mart.
0
0
0
0
0
1
0 1
0
2
18-Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
0
0
0
1
0
0
0 0
0
1
ELAEOCARPACEAE
19-Sloanea garckeana K.Schum.
1
1
1
1
1
0
0 1
1
7
20-Sloanea guianensis Benth.
0
0
0
1
1
1
1 1
1
6
ERYTHROXYLACEAE
21-Erythroxylum anguifugum Mart.
1
0
0
1
0
0
0 0
1
3
22-Erythroxylum pelleterianum A.St.-Hil.
0
0
0
0
0
0
0 0
1
1
EUPHORBIACEAE
23-Actinostemon concepciones Pax & K.Hoffm.
0
0
0
1
0
0
0 0
1
2
24-Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.
0
0
0
1
0
1
0 0
1
3
25-Croton urucurana Baill.
1
1
0
1
1
0
1 1
1
7
LAMIACEAE
109-Vitex montevidensis Cham.
0
1
0
1
0
1
1 0
1
5
LAURACEAE
33-Nectandra cissiflora Ness
0
0
0
0
1
1
0 1
0
3
34-Nectandra cuspidata Nees & Mart. ex Nees
0
0
0
0
0
0
0 1
0
1
continua
7
153
154
Tabela 2 (continuação)
35-Nectandra falcifolia (Nees) Castiglioni
36-Nectandra leucantha Nees & Mart. ex Nees
37-Nectandra mollis Nees
38-Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez
39-Ocotea puberula Nees
LECYTIDACEAE
40-Cariniana estrellensis Kuntze
LEGUMINOSAE
- Caesalpinioideae
41-Apuleia leiocarpa J.F.Macbr.
42-Copaifera langsdorffii Desf.
43-Peltophorum dubium Taub.
44-Pterogyne nitens Tul.
- Faboideae
45-Andira fraxinifolia Benth.
46-Dalbergia frutescens Britton
47-Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G.Azevedo &
H.C.Lima
48-Machaerium stipitatum Vogel
49-Machaerium villosum Vogel
50-Myroxylum peruiferum L.f.
51-Pterocarpus rohrii Vahl
52-Sweetia fruticosa Spreng.
- Mimosoideae
53-Albizia hassleri (Chodat) Burkart
54-Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan
55-Calliandra foliolosa Benth.
56-Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong
57-Inga laurina Willd.
58-Inga marginata Willd.
59-Inga vera Willd.
60-Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan
61-Zygia cauliflora (Willd.) Killip
MALVACEAE
105-Guazuma ulmifolia Lam.
106-Luehea divaricata Mart.
MELASTOMATACEAE
62-Miconia jucunda Triana
MELIACEAE
63-Guarea guidonia (L.) Sleumer
64-Guarea kunthiana A.Juss.
65-Guarea macrophylla Vahl
66-Trichilia catigua A.Juss.
67-Trichilia pallida Sw.
MORACEAE
68-Ficus guianensis Desv.
69-Ficus gomelleira Hort.Monac. ex Kunth & C.D.Bouché
70-Ficus obtusiuscula Miq.
71-Maclura tinctoria D.Don ex Steud.
MYRTACEAE
72-Calycorectes psidiiflorus (O.Berg) Sobral
73-Campomanesia xanthocarpa O.Berg
74-Eugenia egensis DC.
75-Eugenia florida DC.
76-Eugenia moraviana O.Berg
77-Hexachlamys itatiaiensis Mattos
78-Plinia rivularis (Cambess.) Rotman
79-Psidium guajava L.
1
0
0
1
1
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
1
1
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1
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1
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7
2
2
9
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1
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1
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0
1
0
2
1
7
1
1
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0
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9
2
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0
1
0
0
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0
1
1
1
1
0
2
1
8
1
2
0
2
1
1
1
5
continua
8
155
Tabela 2 (continuação)
80-Psidium cf. guineense Sw.
NYCTAGINACEAE
81-Guapira opposita (Vell.) Reitz
PHYTOLACCACEAE
82-Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms
PICRAMNIACEAE
103-Picramnia sellowii Planch.
PIPERACEAE
83-Piper tuberculatum Jacq.
POACEAE
2-Chusquea sellowii Rupr.
POLYGONACEAE
84-Ruprechtia laxiflora Meisn.
85-Triplaris americana L.
RHAMNACEAE
86-Colubrina retusa (Pittier) R.S.Cowan
RUBIACEAE
87-Coussarea platyphylla Müll.Arg.
88-Genipa americana L.
89-Machaonia brasiliensis Cham. & Schltdl.
90-Psychotria carthagenensis Jacq.
91-Rosenbergiodendron longiflorum (Ruiz & Pav.) Fargerl.
RUTACEAE
92-Citrus aurantium L.*
93-Citrus limonia Osbeck*
94-Metrodorea nigra A.St.-Hil.
95-Pilocarpus pennatifolius Lem.
96-Zanthoxylum chiloperone Mart. ex Engl.
SALICACEAE
26-Casearia aculeata Jacq.
27-Casearia decandra Jacq.
28-Casearia gossypiosperma Briq.
29-Casearia lasiophylla Eichler
110-Casearia sylvestris Sw.
30-Xylosma glaberrima Sleumer
31-Xylosma venosa N.E.Br.
SAPINDACEAE
97-Allophylus edulis Radlk. ex Warm.
98-Sapindus saponaria L.
SAPOTACEAE
99-Chrysophyllum gonocarpum Engl.
100-Chrysophyllum marginatum Radlk.
101-Pouteria glomerata Radlk.
102-Pouteria torta Radlk.
SOLANACEAE
104-Solanum granuloso-leprosum Dunal
URTICACEAE
14-Cecropia pachystachya Trécul
Total
0
0
0
0
0
1
0
0
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0
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0
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5
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1
5
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1
1
1
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1
1
7
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1
1
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1
4
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1
0
1
0
1
1
1
1
1
1
1
0
1
0
1
1
1
4
9
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0
0
0
0
1
1
1
4
1
1
0
1
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0
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1
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1
1
0
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0
1
1
1
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0
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1
1
1
1
1
7
4
4
5
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0
1
1
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0
1
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1
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0
0
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0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
3
3
1
1
2
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0
0
1
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1
1
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0
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1
0
1
0
1
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1
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0
0
0
0
1
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0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
0
0
1
1
1
1
0
0
0
2
1
5
4
1
3
2
1
1
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
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8
8
0
0
1
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0
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0
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0
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1
1
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0
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0
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1
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0
0
0
1
1
1
1
1
2
2
7
6
0
0
0
0
1
0
0
0
0
1
1
33
1
18
1
23
1
68
1
43
1
40
1
29
1
36
1
85
9
156
157
Os levantamentos que apresentaram maior número de espécies foram o A9 e o A4,
158
ambos localizados na margem esquerda, enquanto que os de menor riqueza localizaram-se na
159
margem direita e na ilha (Tab. 2). A heterogeneidade ambiental da margem esquerda, nos
160
locais onde foram realizados os levantamentos, com uma zona marginal e sujeita a inundações
161
frequentes, uma intermediária e sujeita a inundações esporádicas, além de uma terceira, mais
9
162
interna e não exposta a inundações (SOUZA, 1998), pode estar relacionada à maior riqueza
163
florística. Já, na margem direita e nas ilhas, as áreas inventariadas apresentaram maior
164
homogeneidade topográfica e, portanto, também quanto à exposição a inundações que tendem
165
a ser frequentes (CAMPOS et al., 2000; ROMAGNOLO; SOUZA, 2000; CAMPOS; SOUZA,
166
2003; SOUZA; MONTEIRO, 2005).
167
Elevada diversidade de espécies em florestas ripárias, em função da heterogeneidade
168
ambiental, foi verificada por Van den Berg e Oliveira Filho (2000) e por Rodrigues e Nave
169
(2004). Por outro lado, Bernacci et al. (1998), Metzger et al. (1997), Metzger et al. (1998),
170
Silva et al. (2007) e Teixeira e Rodrigues (2006), consideraram que áreas expostas a
171
inundações freqüentes tendem a apresentar menor riqueza de espécies.
172
Essas considerações devem ser analisadas com certa cautela, pois perturbações
173
antrópicas relatadas para as áreas e diferentes métodos de amostragem constituem alguns
174
parâmetros que poderiam interferir nos resultados obtidos. Segundo Magurram (1988), o
175
número de espécies é positivamente correlacionado com o tamanho das amostras. Stranghetti e
176
Ranga (1998) compararam quatro remanescentes de FES do Estado de São Paulo e três do
177
Estado de Minas Gerais e verificaram que o tamanho das amostras influenciou na diversidade
178
de espécies. De acordo com Teixeira e Rodrigues (2006), o número de espécies amostradas em
179
florestas ripárias de diferentes regiões do Brasil, tem-se mostrado bastante variado em
180
decorrência das diversas condições ambientais, da matriz de vegetação circundante, da
181
dinâmica de clareiras naturais, da interferência antrópica e, também, dos diferentes métodos de
182
amostragem.
183
Quanto à distribuição das espécies, verificou-se a ocorrência de dois grupos, o das
184
generalistas e o das exclusivas. O primeiro, constituído pelas espécies que ocorreram em nove
185
levantamentos
186
diospyrifolia, Albizia hassleri, Inga vera e Triplaris americana), que reuniu 5,5% das espécies
187
(Tab. 2; Fig. 2) e em oito (Unonopsis lindmani, Zygia cauliflora, Eugenia florida, Allophylus
188
edulis e Sapindus saponaria), reuniu 10% das espécies. Essa relação de espécies já havia sido
189
citada como generalista para a Planície de Inundação do Alto Rio Paraná (SOUZA et al.,
190
2004a). O grupo das exclusivas, mais amplo, reuniu 29,1% das espécies que apresentaram
191
ocorrência exclusiva em um dos levantamentos, dentre os quais os mais expressivos foram o
192
A9, com 20% dessas espécies e o A4, com 4,5% (Tab. 2; Fig. 2).
(Tabernaemontana
catharinensis,
Cecropia
pachystachya,
Ocotea
193
De maneira geral, as florestas ripárias apresentam-se com reduzido número de espécies
194
generalistas e elevado número de exclusivas. Para a Planície de Inundação do Alto Rio Paraná,
195
numa análise entre seis (SOUZA et al., 1997) e, posteriormente, entre nove levantamentos
10
196
(SOUZA et al., 2004a), foram encontrados cerca de 3% de espécies generalistas e de 60% de
197
exclusivas.
% espécies exclusivas
25
20
15
10
5
0
A9
A4
A5
A1
A6
A8
A2
A3
A7
Levantamentos
198
199
200
201
202
203
Para as florestas inundáveis do sul e sudeste do Brasil (SILVA et al., 2007),
204
aproximadamente 37% das espécies foram exclusivas de uma das 35 áreas analisadas e 8%
205
ocorreram em oito, não tendo sido encontradas espécies comuns a todas as áreas. Para as
206
florestas ripárias do rio Jacaré-Pepira, estado de São Paulo (METZGER et al., 1997;
207
BERNACCI et al., 1998), 27% das espécies foram exclusivas de um dos 15 remanescentes
208
estudados e 0,5% foram generalistas, ou seja, estiveram presentes em todos os levantamentos.
Figura 2. Percentagem do número de espécies arbóreas com ocorrência exclusiva para cada
um dos levantamentos analisados da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná (MS e PR,
Brasil).
209
Dentre as espécies listadas no presente estudo, as mais freqüentes para as florestas
210
ciliares
das
regiões
extra-amazônicas
(RODRIGUES;
NAVE,
2004;
TEIXEIRA;
211
RODRIGUES, 2006) e para florestas inundáveis do Sul e Sudeste do Brasil (SILVA et al.,
212
2007), foram Callophylum brasiliensis, Casearia sylvestris, Cecropia pachystachya, Copaifera
213
langsdorffii, Trichilia pallida e Luehea divaricata. Com exceção de Cecropia pachystachya,
214
Trichilia pallida e Callophylum brasiliensis as demais foram exclusivas de apenas um dos
215
levantamentos analisados na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná.
216
Quanto à similaridade florística entre os levantamentos, os valores do índice de Sørensen
217
(ISs) variaram de 31% a 78,4%, sendo que em 61,1% das análises os valores foram iguais ou
218
superiores a 50%. Os levantamentos mais similares foram A5 e A8, ambos localizados na
219
margem direita, seguidos por A4 e A9, da margem esquerda (Tab. 3).
220
Para a Planície de Inundação do Alto Rio Paraná, Souza et al. (1997), Romagnolo e
221
Souza (2000) e Souza et al. (2004a), encontraram valores médios de 13% a 72,7%. A
222
dominância de valores considerados baixos foi relacionada à heterogeneidade ambiental e às
223
perturbações antrópicas. O primeiro em função, principalmente, da diversidade dos ambientes
11
224
que são influenciados pela disponibilidade de água, tipo de solo, localização entre o domínio
225
florestal do Estado do Paraná e o Cerrado de Mato Grosso do Sul (SOUZA et al., 2004a).
226
Valores considerados baixos, em remanescentes de FES, foram relatados por Silva e Soares
227
(2003), Meira Neto e Martins (2002), Marangon et al. (2003), Meyer et al. (2004) e Teixeira e
228
Rodrigues (2006).
229
230
231
Tabela 3. Índices de Similaridade de Sørensen (ISs) e de Jaccard
(ISj) entre nove levantamentos de espécies arbóreas da Planície de
Inundação do Alto Rio Paraná (MS e PR, Brasil).
ISs A2
A3
A4
A5
A6
A7
A8
A9
A1 66,7 67,9 55,4 52,6 43,8
54,8 63,8 47,5
A2
43,9 39,5 39,3 31,0
42,5 51,9 31,1
A3
43,9 54,5 53,9
50,0 54,2 37,0
A4
59,5 57,4
47,4 55,8 78,4
A5
74,7
63,9 78,5 50,0
A6
63,8 71,1 49,6
A7
61,5 40,4
A8
47,9
A9
ISj A2
A3
A4
A5
A6
A7
A8
A9
A1 39,1 55,6 31,0 31,0 31,0
31,0 31,0 31,0
A2
39,1 31,0 31,0 31,0
31,0 31,0 31,0
A3
31,0 31,0 31,0
31,0 31,0 31,0
A4
34,4 34,4
34,4 34,4 64,5
A5
55,7
45,4 63,3 34,4
A6
45,4 55,7 34,4
A7
45,4 34,4
A8
34,4
A9
-
232
233
Os valores do índice de Jaccard (ISj), variaram de 31% a 64,5%, sendo que em 13,9%
234
das análises os valores foram superiores a 50% (Tab. 3). Os levantamentos mais similares
235
foram A4 e A9, ambos localizados na margem esquerda, seguidos por A5 e A8, da margem
236
direita. Em áreas de FES, os valores também foram considerados baixos (KINOSHITA et al.,
237
2006; ARAÚJO et al., 2005; COSTA; MANTOVANI, 1995; SANTOS; KINOSHITA, 2003;
238
BERNACCI et al., 1998).
239
No presente estudo, os valores dos índices de Sørensen foram mais elevados que os de
240
Jaccard e houve, também, alterações entre os levantamentos mais similares, sendo que para o
241
primeiro foram os da margem direita e para o segundo os da margem esquerda. Comparações
242
entre esses dois índices foram realizadas por Pifano et al. (2007), para uma área de FES
243
Submontana em Minas Gerais, que encontraram, também, valores mais elevados para ISs. Os
244
autores consideraram que essa diferença deveu-se à própria formulação dos índices.
245
A Análise de Correspondência (CA), para os levantamentos, demonstrou a separação em
246
três grupos, os da margem esquerda, os da margem direita e da ilha. Nesta análise foram
247
retidos, para interpretação, o eixo 1 com autovalor de 0,3 e o eixo 2 com autovalor de 0,2,
12
248
sendo que o primeiro separou a margem esquerda (A4 e A9), e o segundo separou a ilha (A1,
249
A2, A3). Os levantamentos da margem esquerda (A4 e A9) foram realizados no mesmo
250
remanescente, que se encontrava sob o domínio da FES Submontana sob diferentes exposições
251
à inundação e ambos tiveram a florística como método de amostragem, enquanto que os da
252
margem direita (A5, A6, A7, A8) e da ilha (A1, A2, A3) se encontravam sob o domínio da
253
FES Aluvial em condições similares de inundação e foram amostrados por métodos
254
fitossociológicos.
120
A1
A2
100
80
A3
60
Eixo 2
40
20
0
A9
A4
-20
A8
A7
-40
-60
-80
-80
A5
A6
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
Eixo 1
255
256
257
258
259
Silva et al. (2007) também aplicaram uma análise de ordenação entre 35 áreas de
260
florestas inundáveis das regiões Sul e Sudeste do Brasil e verificaram que áreas com regime de
261
inundação semelhante ficaram mais próximas entre si nos eixos da ordenação.
Figura 3. Ordenação de nove levantamentos florestais da Planície de Inundação do Alto Rio
Paraná (MS e PR, Brasil).
262
Para as espécies (Fig. 4), a CA demonstrou que para o eixo 1, 15 espécies apresentaram
263
maior correlação positiva (r=0,9), e foram as mesmas comuns entre levantamentos da margem
264
esquerda (Tab. 4). Por outro lado, Guazuma ulmifolia, com a maior correlação negativa (r=-
265
0,6), ocorreu apenas nos levantamentos da margem direita. Para o eixo 2, Xylosma glaberrima,
266
com a maior correlação positiva (r=0,9), ocorreu apenas na ilha, enquanto que Sloanea
267
guianensis, com a maior correlação negativa (r=-0, 9), ocorreu nas margem esquerda e
268
margem direita (Tab. 4).
13
269
Os resultados apresentados demonstram que levantamentos florísticos constituem
270
importantes indicativos para avaliações da distribuição da vegetação e para caracterização da
271
margem esquerda, margem direita e ilha na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná. Este
272
resultado confirmou a tendência de separação dessa planície de inundação em três sistemas,
273
conforme dividido didaticamente por Souza et al. (2004b).
600
6
500
30
400
69
300
103
29
31
70, 90
100
21, 45
36,
18, 44,
47,
58, 106,
66,
110
96,
5
8,5
3,5
9,8
,8
6
5
0
,3
5
8
5
83
67, 87 109
7, 61,
75,
97,
98,
43 102
101
71
- 100
34
41
13
4
20
54, 55,
62, 64, 68,
76, 81,
72, 73, 78,
99, 100
91, 94, 95
24, 51, 92, 108
84
105
12, 17, 32, 33
104 42
- 300
40, 46,
50, 52, 56,
60, 93
89
57
37, 77
- 200
15, 22, 27,
1, 23, 26,
39, 48, 49,
107
5
14,3
3, 9, 10, 11,
65, 88
19
2
Ei xo 2
200
2, 16
28, 63,
74
79, 82
80
- 400
- 300
- 200
- 100
0
100
200
300
400
Ei xo 1
274
275
276
277
278
279
280
281
282
283
284
Figura 4. Ordenação de espécies arbóreas de nove levantamentos florestais da Planície de
Inundação do Alto Rio Paraná (MS e PR, Brasil) (os números referem-se às espécies
citadas na tabela 2; em negrito, as que apresentaram maior correlação; as exclusivas de cada
sistema foram circundadas).
Tabela 4. Espécies arbóreas que apresentaram maior
correlação (r) na Análise de Correspondência (CA) entre
nove levantamentos florestais da Planície de Inundação do
Alto Rio Paraná (MS e PR, Brasil).
Espécie
Eixo Eixo 1
Eixo 1
Eixo 2
1-Acrocomia aculeata
0,9
20-Sloanea guianensis
-0,9
23-Actinostemon concepciones
0,9
26-Casearia aculeata
0,9
30-Xylosma glaberrima
0,9
36-Nectandra leucantha
0,9
40-Cariniana estrellensis
0,9
46-Dalbergia frutescens
0,9
47-Lonchocarpus cultratus
0,9
54-Anadenanthera macrocarpa
0,9
55-Calliandra foliolosa
0,9
66-Trichilia catigua
0,9
76-Eugenia moraviana
0,9
81-Guapira opposita
0,9
96-Zanthoxylum chiloperone
0,9
continua
14
285
Tabela 3 (continuação)
99-Chrysophyllum gonocarpum
100-Chrysophyllum marginatum
105-Guazuma ulmifolia
0,9
0,9
-.0,6
-
286
287
As espécies compartilhadas entre as margens e a ilha, apesar de representarem menos de
288
um quarto das espécies aqui listadas, e a elevada ocorrência de espécies exclusivas de um
289
levantamento, constituem importantes subsídios para projetos de revegetação dessa região. As
290
primeiras, por serem mais freqüentes, seriam indicadas para etapas iniciais de revegetação dos
291
ambientes em geral, e a demais, por serem exclusivas de determinados locais, seriam indicadas
292
para enriquecimento de cada área em particular.
293
294
AGRADECIMENTOS
295
Ao programa PELD/CNPq sítio 6; ao PEA/UEM e ao Nupélia/UEM pelo apoio logístico;
296
ao CNPq pela bolsa concedida; ao Prof. Dr. Luiz Carlos Gomes pelo auxílio nas análises
297
estatísticas e aos Profs. Drs. Liliana Rodrigues e Sidinei Magela Thomaz pelas sugestões.
298
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