Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Disciplina MCM1674 Introdução à Medicina e às suas Especialidades Responsável: Maria do Patrocínio Tenório Nunes Coordenação: Kátia Regina de Oliveira Joaquim Edson Vieira Os cursos de graduação médica no país passam por fase de reavaliação de seu produto final. Processos de avaliação empregados demonstraram a necessidade de atenção durante a formação do aluno aos aspectos éticos e humanitários, onde a prática clínica fundamentase em sólida base generalista e de integração multiprofissional. O processo de revisão, discussão e implantação do novo currículo na FMUSP privilegia estes aspectos em todas as etapas da formação. A disciplina MCM0674 “Introdução à Medicina e às suas Especialidades” foi elaborado com o objetivo principal de expor o aluno de medicina às nuanças da prática médica e incentiva o desenvolvimento da prática baseada nos objetivos relacionados abaixo. O curso terá a duração de um semestre, com carga horária de 8 horas semanais, em dois períodos por semana, e oferecerá 180 vagas. Semestre: I (primeiro semestre) Duração: 01 semestre Carga horária: 5 créditos Local de Encontro: Prédio da Faculdade de Medicina, 1º andar. As atividades serão nos períodos da Terça-f, 14h às 18h e Quarta-f, 8h às 12h. Apresentação do Curso 7 de março, Turma A, anfiteatro de Técnica Cirúrgica, 4o andar FMUSP, 4104, 14horas. 8 de março, Turma B, anfiteatro de Técnica Cirúrgica, 4o andar FMUSP, 4104, 8 horas. OBJETIVOS: I - Cognitivos: 1. Expor os alunos a diferentes formas de prática médica que enfatiza a prevenção, promoção, reabilitação e educação em saúde, independentemente da especialização e dos ensinamentos quanto ao diagnóstico e à terapêutica; 2. Desenvolver noções sobre o trabalho médico em uma equipe multiprofissional; 3. Ensinar o aluno reconhecer e trabalhar as dificuldades no desenvolvimento das habilidades referentes a pratica médica; 4. Promover a integração dos conhecimentos básicos e clínicos, desenvolvendo o raciocínio fundamentado em diferentes evidências. II- Psicomotores: 1. Capacitar os alunos a se portar em ambiente hospitalar, facilitando a iniciação as atividades, proceder aos curativos, imobilizações básicas, medicamentos e vias de administração, efeitos colaterais e riscos, de sondas e cateteres. 2. Capacitar o aluno a reconhecer o papel e a importância de cada profissional na promoção, prevenção, educação e reabilitação da saúde. 1 3. Desenvolver a visão integral do paciente habilitando-o a abordá-lo a partir de preceitos éticos. 4. Entender o significado das diferenças culturais, sociais, religiosas e econômicas na relação médico-paciente, tendo como referência a prática hospitalar e o domicílio do paciente. 5. Expor os alunos às angústias e necessidades de pacientes e família nos diferentes graus de complexidade de atendimento. 6. Habilitar o aluno a reconhecer o papel da equipe de saúde dentro do processo saúdedoença, identificando-a como meio de manutenção e reabilitação da saúde. 7. Desenvolver no aluno a capacidade de reconhecer as próprias ações e reações frente as etapas de desenvolvimento das habilidades profissionais, bem como o significado e as implicações destas no seu desenvolvimento profissional. III- Afetivos, onde ao final do estágio o aluno deve ser capaz de: 1. Reconhecer o papel do médico no estabelecimento da relação médico-paciente 2. Valorizar a importância do trabalho multiprofissional na atenção à saúde 3. Reconhecer as responsabilidades da função médica e demais profissionais nos diversos níveis de atuação. 4. Conhecer o significado do símbolos da comunicação e atitudes próprias e alheias. CONTEÚDO: O conteúdo consistirá de aprendizado observacional e prático para grupos de 15 a 30 alunos sob a orientação de um professor, na forma de 3 módulos: Prática Médica: Disciplina de Clínica Geral, Maria do Patrocínio T. Nunes. Noções de Enfermagem: Divisão de Enfermagem do ICHC, Kátia Regina de Oliveira. Noções do Suporte Básico de Vida (BLS): Disciplina de Emergências Clínicas - Renata Galotti e Divisão de Enfermagem do ICHC. ESTRATÉGIAS E CORPO DOCENTE: O módulo "Prática Médica", na grade abreviado como "pm", aborda aspectos da prática profissional utilizando técnica de discussão em pequenos grupos. Apresenta casos clínicos que envolvem pacientes, familiares e acompanhantes que procuram por atendimento à saúde conseqüente à alguma das doenças comuns na prática clínica. A discussão se inicia pelo reconhecimento dos problemas envolvidos e esclarecimento dos jargões médicos. Estes problemas são de natureza clínica, ética, relacionamento médico-paciente, médicoequipe-de-saúde, raciocínio clínico, conduta diagnóstica, tomada de decisão terapêutica e as condições de trabalho e prática da medicina. Os cinco casos clínicos foram desenvolvidos de modo a promover, sempre que possível, a integração do conteúdo de aprendizado entre este módulo e os demais. As referências bibliográficas são fornecidas por ocasião da apresentação dos casos clínicos, quando necessárias. As atividades neste módulo serão desenvolvidas pelos professores: Wanderley Marques Bernardo Joaquim Edson Vieira Luciano Drager Mariano Janiszewski Felipe Silva Fittipaldi Tatiana Goldbaum Ana Carolina Antunes Maria do Patrocínio Tenório Nunes Mirna Alameddine Marcos Tavares Marcel Hiratsuka Guilherme F. Marquezine Kátia Miyahara Ana Cristina de Medeiros 2 Turma Segunda Turma Terça A1 1-30 Marcos/Mariano B1 1-30 WBernardo/Guilherme/Mirna A2 31-60 Vera/Kátia/Marcel B2 31-60 Luciano/Fittipaldi A3 61-90 Patrô/Carol/Ana Cristina B3 61-90 Joaquim/Tatiana Para localizar os Institutos que compõem o Complexo do Hospital das Clínicas visitar na Internet http://www.hcnet.usp.br/ e clicar na entrada “Banco de Imagens para downloads”. Locais de aula do módulo de prática médica Terça-feira: AGD salas 3 e 4, Prédio dos Ambulatórios – 4º andar. Quarta-feira: AGD salas 3 e 4, Prédio dos Ambulatórios – 4º andar. O módulo "Noções de enfermagem", na grade abreviado como "e", aborda o atendimento médico de qualidade, através da conscientização e técnicas participativas com o objetivo de mudar posturas. Aborda casos clínicos, envolvendo seus aspectos éticos, relacionamento entre o médico, o paciente, a família e a equipe multidisciplinar. Utiliza a informação, a comunicação instrumental eos procedimentos básicos na conduta diagnóstica e terapêutica. A metodologia promove a interação docente/aluno, com dinâmicas de grupo, dramatizações, manequins vivos, discussão em grupo, estudo dirigido e pesquisa bibliográfica através da internet. A avaliação do aluno é contínua, individual e em grupo, considerando a assimilação de conhecimentos e o desempenho nos procedimentos. As atividades neste módulo serão desenvolvidas pelos professores: Eliana Rodrigues Carlessi Mayor Kátia Regina de Oliveira Walquíria Barcelos de Figueiredo Eloísa Leonel Visitin Edoília Maria Teixeira Mendes Ligia Maria Dal Secco Márcia Aiko Ueda Local de aula do módulo de enfermagem Salas de aula da Enfermaria de Reumatologia, 7º andar do ICHC. APROVAÇÃO NA DISCIPLINA: AVALIAÇÃO A avaliação de desempenho do aluno será realizada utilizando-se de provas ao final da disciplina e o conceito dado pelo professor em função da participação do aluno nas discussões de casos clínicos. Como o aprendizado nestes módulos depende fundamentalmente da presença nas atividades, a nota de avaliação será ponderada pela freqüência, multiplicando-se a média das notas pelo percentual de freqüência. Será atribuído um conceito pela participação do aluno nas discussões dos casos clínicos: aumento de até um ponto ou retirada de até um ponto, ou ainda manutenção da nota final, respeitado o limite de nota máxima em 10. A nota final de aprovação do conjunto prática médica pode ser resumida da seguinte forma: {[(prova PM x 0.4) + (prova Enf. X 0.3) + (prova BLS x 0.3)] x FREQ} + conceito. A freqüência mínima para aprovação é de 70%. A reprovação, inclusive por falta, em qualquer um dos módulos implica reprovação na Disciplina. Não há modo de compensar freqüência entre os módulos. GRADE HORÁRIA (página seguinte): 3 TURMA A – Terça-feira, 14h-18h. A1 A2 A3 Adriana Santos a Evandro Lima 01 -- 30 Fábio Carezzato a Mariane Gouvea 31 - 60 Marina Gonzales a William Hideki 61 - 90 m t semana integração semana 0 28-Fev recesso ICB Apresentação ICB 1pm 1e 1BLS 2pm ICB 1pm ICB 1e ICB 1BLS 1pm 1e recesso - Semana Santa 2e 2BLS 3pm 3e 4pm 4e 3BLS ICB 2pm ICB 2e ICB 2BLS ICB 3pm ICB 3e ICB 3BLS ICB 4pm ICB 4e ICB 2pm 2e 1BLS 3pm 3e 2BLS 4pm 5pm 4e ICB 5pm ICB 20/Fev-25/Fev 3BLS 5pm AVALIAÇÃO Avaliação da turma B m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t 1 7-Mar 2 14-Mar - 21-Mar 3 28-Mar e = enfermagem BLS = suporte vida livre 4 4-Abr 5 11-Abr 6 18-Abr PM - Prática Médica Avaliação 7 25-Abr 8 2-May 9 9-May 10 16-May 11 23-May 12 30-May 13 6-Jun 14 13-Jun 15 20-Jun 16 27-Jun 17 28-Jun de 1 a 30 Marcos Mariano de 31 a 60 Vera/Marcel Kátia Miyahara de 61 a 90 Patrô/Carol Ana Cristina 4 TURMA B – Quarta-feira, 8h-12h. B1 B2 Alan Saito a Evelize Naomi 91 -- 120 B3 Fábio Marina Tadafumi Moura a a Marina Viviane Alonso Sayuri 151 121 - 150 180 semana integração recesso Apresentação ICB tutoria 1pm 1e 1BLS 2pm ICB 1pm ICB 1e ICB 1BLS ICB 1pm 1e recesso - Semana Santa tutoria 2e 2BLS 3pm 3e tutoria 4pm 4e 3BLS tutoria 2pm ICB 2e ICB 2BLS ICB 2pm 2e m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t m t semana 0 20/Fev-25/Fev 1 1-Mar 2 8-Mar - 15-Mar 3 22-Mar 4 29-Mar 5 5-Abr 6 12-Abr 7 19-Abr 8 26-Abr 9 3-May e = enfermagem livre 1BLS m t 10 10-May 3e ICB 3BLS ICB 4pm ICB 4e ICB 3pm m t m t m t m t m t m t m t 11 17-May 12 24-May 13 31-May 14 7-Jun 15 14-Jun 16 21-Jun 17 28-Jun 5pm 2BLS 4pm 4e ICB 5pm ICB 3BLS 5pm AVALIAÇÃO PM - Prática Médica Avaliação 3pm ICB 3e BLS = suporte vida de 91 a 120 WBernard/Guilherm Mirna de 121 a 150 Luciano Fittipaldi de 151 a 180 Joaquim Tatiana 5 Aluno conceito LISTA DE PRESENÇA E CONCEITO NO MÓDULO DE PRÁTICA MÉDICA Presença 1 2 3 4 5 6 obs 6 INTRODUÇÃO À MEDICINA E ÀS SUAS ESPECIALIDADES MÓDULO DE PRÁTICA MÉDICA - DISCUSSÃO DO CASO CLÍNICO No.1 CENÁRIO CLÍNICO Médico: Bom dia! Como vai a senhora? Paciente: Bom dia... Eu já estive em mais de dez médicos e nenhum conseguiu dar um jeito na minha dor. Eu tenho dores terríveis pelo corpo todo. É como se ele estivesse sendo partida ao meio ... ou como se passassem com um trator sobre meu corpo. Eu já acordo com dor e cansada, sem vontade de fazer nada .... só faço mesmo por que não tem outro jeito...eles precisam de mim ... e o senhor sabe como é .. se eu não fizer, não tem quem faça ... Médico: Um minuto por favor, eu preciso saber mais sobre as características de sua dor, como ela apareceu ? Paciente: O senhor é tão jovem ! Deve ser recém formado, não é mesmo ? Médico: Sim, estou no primeiro ano de residência. Como é a dor que a senhora sente ? Paciente: Não tenho tempo para mim, sempre vivi em função dos meus filhos e meu marido, não tenho o direito de prejudicá-los, não é mesmo ? Médico: A sua dor é em aperto, queimação ou pontada ? Paciente: Não sei explicar... ela está sempre presente, não me deixa um dia...está sempre lá... no fundo ... pesada ... aborrecida. Não me deixa nem dormir ... é um inferno ... me atrapalha muito no trabalho de casa, só faço mesmo porque não tem outro jeito ... já acordo cansada e sem disposição para nada ( repete o que já havia dito antes). Às vezes, a dor torna-se lancinante, como se estivesse me rasgando as costas as pernas e os braços (leva a mão em direção ao ombro do outro lado e aperta a base do colo). O meu marido não consegue nem me tocar... Após 90 minutos dedicados somente à esta consulta e quatro horas ao ambulatório, o residente consegue discutir o caso com o assistente, que recorda a palpação dos pontos gatilhos e levanta a hipótese diagnóstica de FIBROMIALGIA. O residente levanta o assunto na Internet e encontra o seguinte texto: RÓTULOS QUE ENSINAM ADOECER. Reumatismo é uma denominação genérica que abrange grande número de afeções diferentes que fazem parte da prática do reumatologista. Eles tem em comum o fato de provocar dor musculoesquelética e dificuldade para o movimento dos diferentes segmentos do corpo devido ao comprometimento da articulação e demais componentes do aparelho locomotor. Menos freqüentemente, acometem também a pele, o coração, o pulmão e outros sistemas orgânicos. Em algumas situações, como a gota, febre reumática e lesão por esforço repetitivo, se sabe claramente porque, e como, o reumatismo aparece. Em outras, como a artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico, os mecanismos pelos quais a doença se desenvolve é conhecido, embora a causa desencadeante não seja. Em outras ainda, como a fibromialgia, persiste muitas dúvidas quanto a etiopatogenia do processo, ainda não é claro como ela aparece, e o que a desencadeia. Dor no pescoço, dor nas costas, dor pelo corpo todo, fadiga, desânimo, desarranjo intestinal, ou sentimentos depressivos são queixas que todos nós apresentamos uma vez ou outra. 7 Ninguém consegue sentir-se completamente bem durante todo o tempo. Por vezes LIDAMOS bem com essas queixas, superamos esses episódios da mesma forma como superamos as dificuldades do dia-a-dia. As vezes não. É quando perdemos a sensação de bem estar e nos sentimos mais vulneráveis. Vivemos procurando manter o CONTROLE sobre o nosso bem estar e sobre nossa saúde, da mesma forma que procuramos controlar os pensamentos, sentimentos e afastar os temores e desconfortos. Algumas pessoas, muitas vezes devido à experiências vividas no passado, vão acumulando dificuldades e problemas não resolvidos. Passam a sentir-se fragilizadas a maior parte do tempo. As dores, os cansaços e os desarranjos passam a fazer parte do cotidiano. Sentemse aliviadas quando acaba o dia. Procuram manter as suas atribuições em casa e no trabalho, apesar do mal estar. Se esforçam por desempenhar seu dever profissional e seus papéis de marido, esposa, mãe e filho. Acabam por render-se. A dor e o sofrimento passam a ter um significado preponderante em suas vidas. Estão prontas para se tornarem doentes. Os médicos, por sua vez, são treinados à diagnosticar através da história clínica, exame físico e testes de laboratório. Os pacientes durante este processo, muitas vezes, sentem-se desconfortáveis e ansiosos com a expectativa da confirmação da presença da doença. Passam a prestar mais atenção no próprio corpo e nos seus sintomas. Aprendem como são as doenças e como se manifestam. Buscam informações, que são cada vez mais fáceis de serem acebadas através de publicações, radio e televisão. Na rede da Internet é possível encontrar inúmeras fontes de informação sobre qualquer tipo de problema de saúde. Está aberto o flanco para sugestões de toda ordem. A desconfiança de médicos e parentes sobre a veracidade das queixas e a insinuação, por vezes absolutamente explícita, da natureza psíquica do sintoma apresentado, ajudam a isolar ainda mais o seu portador. A insegurança cresce na medida que faltam explicações convincentes e que os resultados de exames se apresentam negativos. A postura é então, de absoluta inconformidade. Ai do reumatologista, que usando o melhor da sua experiência, descarte a possibilidade de lúpus, apesar do anticorpo antinuclear fracamente positivo. Pior ainda, se ele argumentar a favor do lado positivo das doenças descartadas pelos resultados negativos dos exames. Na lógica reforçada pelo conjunto social, é preferível descobrir o inimigo para melhor atacá-lo. Está iniciada a peregrinação de médico em médico, de laboratório em laboratório, numa busca incessante de tentar elucidar seu quadro clínico. A nossa sociedade só aceita apresentações devidamente rotuladas. Aí estão os prestigiados safenados, os reclusos aidéticos, tuberculosos e morféticos. Ela aceita que se porte o rótulo de uma doença, mas fecha os olhos para o sofrimento propriamente dito. Os desentendimentos familiares ou os "desajustes" sociais que colaboram para a manifestação da doença ... nem pensar ! “ Já tenho problemas demais a me preocupar ”. O que acontece com o nosso sofredor emblemático quando recebe o rótulo de fibromialgia, fadiga crônica, ou colite nervosa ? Quando irá se livrar dele ? Até que ponto ele foi apreendendo a se tornar e a permanecer doente ? E se a doença passar a ser a sua principal forma de relacionamento com os outros ? Elas se devem a disfunções orgânicas ? Ou se devem a formas de comportamentos doentios reforçados pelo modelo de atendimento médico ? Afinal, essas doenças existem ? O sofrimento existe. As doenças têm critérios que as definem. A fibromialgia, por exemplo, é definida em base de dois critérios: a presença de dores generalizadas por todos os segmentos corpóreos e a presença de sensibilidade aumentada em pelo menos 11 de 18 pontos gatilhos localizados na musculatura da coluna, caixa torácica, braços e pernas. Ao profissional de saúde cabe auxiliar essas pessoas, para que consigam sair dessa situação por vontade e iniciativa próprias. Para que voltem a enfrentar e lidar melhor com os problemas de seu dia-a-dia. Para que voltem a ter o controle sobre suas próprias vidas. É importante que elas enxerguem que é possível se livrar da doença. É necessário que a postura do profissional seja franca e de apoio. Analgésicos, medicamentos tricíclicos, 8 exercícios e outras técnicas de relaxamento podem ser fundamentais para resolver o problema. No entanto, o principal agente do processo de cura ou reabilitação é o próprio doente, depende da sua disposição em reeducar-se e mudar a sua forma de se relacionar com a vida. PERGUNTAS 01. Qual a freqüência de queixas desse tipo na prática clínica? 02. O que tem de errado neste caso ? O que tem de certo ? 03. Como você se sentiria no lugar do residente ? 04. Como você agiria no lugar dele ? 05. Como a consulta poderia ter sido conduzida no seu início ? 06. O que são os pontos gatilhos ? 07. Você já viveu alguma experiência de dor ? Gostaria de falar sobre ela ? 08. Na sua opinião, O que é dor ? 09. Ela serve para alguma coisa 10. Como as pessoas podem ser utilizar da dor no relacionamento com outras pessoas ? 11. Em situações de estresse intenso, muitas vezes, parece que a nossa “resistência”à dor aumenta. Qual é a base desta resistência? REFERÊNCIAS: Textbook of pain. P.D.Wall & R Melzack. 3a. ed, Churchill Livingstone, Edinburgh, 1994. Fibromyalgia and myofascial pain syndromes. G.A. McCain #26, p.475. Exemplares nas Bibliotecas da FMUSP e do InCor. Internet: www.fmnetnews.com/ www.w2.com/fibro1.html www.afsafund.org/ www.muhealth.org/~fibro/ www.sover.net/~devstar/ www.fibromyalgia.com/ www.ncf.carleton.ca/fibromyalgia/ www.nlm.nih.gov/medlineplus/fibromyalgia.html 9 PONTOS GATILHOS suboccipital inserção base do crânio supraespinhoso escápula trapézio ponto médio na borda glúteo quadrante superior lateral cervical anterolateral C5-C7 costoesternal inserção peitoral alta grande trocanter proeminência lateral úmero epicôndilo lateral joelho antero medial 10 INTRODUÇÃO À MEDICINA E ÀS SUAS ESPECIALIDADES MÓDULO DE PRÁTICA MÉDICA - DISCUSSÃO DO CASO CLÍNICO No.2 L.H., 43 anos, sexo feminino, branca, comerciante, procedente de Guarulhos, S.P. História da Moléstia Atual A paciente informa que nos últimos meses vem apresentando cansaço aos médios esforços, falta de disposição para o trabalho, sensação de peso nas pernas , sonolência, palidez e dificuldade para se concentrar e realizar tarefas costumeiras. Procurou médico particular que diagnosticou anemia e introduziu medicação à base de sais de Ferro e dieta. Apesar da medicação os sintomas progrediram. Procurou outro médico que lhe receitou outras vitaminas e orientação dietética, porém sem melhora.. Refere sempre ter se alimentado bem. Nega perdas sangüíneas. Em vista do agravamento dos sintomas procurou médico hematologista. Antecedentes: Nada digno de nota (NDN) Exame Físico: Paciente em regular estado geral, caminhando com dificuldade, amparada pelo acompanhante. Fascies apalermada. Fala pastosa. P=FC= 68 bpm PA = 100x60 mmHg FR = 20 rpm Acentuada palidez cutâneo mucosa. Pele seca. e descamativa em MMSS e MMII. Cabelos secos e quebradiços. Diminuição de pelos pubianos e axilares. Ausência de adenomegalias e visceromegalias. MMII - edema +/++,duro. Exames subsidiários Hemograma - Hemoglobina = 8,0g/dl (Normal = 12,0-14,0). Volume corpuscular médio = 105 (Normal = 80-92). Reticulócitos = 1%. Leucócitos e Plaquetas normais. Ferro sérico e Ferritina sérica = normais Vitamina B12 e folatos séricos = normais Hormônios Tireoideanos = T3 e T4 diminuídos. TSH = aumentado. Evolução Após introdução de terapêutica de reposição hormonal a paciente apresentou progressiva melhora clínica. Houve elevação inicial do nível de hemoglobina que no entanto estacionou em patamar inferior ao normal. Ao mesmo tempo foi observado diminuição do Ferro sérico e da ferritina, evidenciando uma carência de ferro. Após a introdução de sais de ferro os níveis de hemoglobina chegaram aos valores normais. Atualmente a paciente está bem, recebendo reposição hormonal. Perguntas sobre o Caso Clínico de Anemia 01. Quais os aspectos que você acha relevantes no caso apresentado? 02. Você acha que o diagnóstico neste caso é fácil ou difícil? 03. Houve demora na identificação correta do diagnóstico? Se houve, porque você acha que isso ocorreu? 04. Como você avalia os atendimentos médicos recebidos pela paciente ? 05. Houve erro médico ? 06. Como podemos evitar erros na nossa prática profissional ? 07. Qual a influência do sistema de saúde na qualidade do atendimento médico dado a essa paciente ? 08. Este é um caso que abrange uma especialidade específica? Qual? 09. Porque a paciente apresenta também carência de ferro? Quais as causas? 10. O que é e quais são as causas mais freqüentes de anemia ? 11. Quais as suas conseqüências clínicas ? 11 12. Como a anemia pode ser prevenida ? 13. Qual a importância da orientação nutricional e da suplementação vitamínica ? 14. Qual a conseqüência da anemia nas atividades de trabalho e estudo ? Que tipo de perda social pode acarretar ? 15. A deficiência de vitamina B12 não está associada somente à anemia, podendo associarse a uma redução global em todas as linhagens de células sangüíneas. Que explicações você daria para isto? Como fonte de pesquisa consultar o livro de texto do Cecil, com vários exemplares na biblioteca da Faculdade, e "sites" da Internet? Para casa Anemias - Diagnóstico. Classificação (morfológica e fisiopatológica) Anemias carenciais - prevalência no Brasil e no mundo Referências : Textbook of Medicine - Cecil,20ª edição Principles of Internal Medicina - Harrison,13ª ediçao ou http://www.harrisonsonline.com Clinical Hematology - Wintrobe,9ª ou 10ª edição 12 INTRODUÇÃO À MEDICINA E ÀS SUAS ESPECIALIDADES MÓDULO DE PRÁTICA MÉDICA - DISCUSSÃO DO CASO CLÍNICO No.3 M.M.S., 67 anos, fem., branca, natural e procedente de São Paulo, dona de casa. QD: queimação nas pernas há 02 meses. HMA: Diabética há 20 anos. Inicialmente controlava com dieta e hipoglicemiante oral. Há 05 anos, em uso de Insulina NPH (neutral Protamine of Hagedorn), na dose atual de 54 unidades subcutânea pela manhã e 30 unidades antes do jantar. Há 02 meses apresenta parestesia de MMII que piora à noite e se estende dos pés até os joelhos bilateralmente e de forma simétrica. Nega outras queixas. Apresenta ferida dolorosa em dorso de pé direito de onde drena moderada quantidade de secreção amarelada. Conta que não segue adequadamente as orientações médicas, embora confie e goste muito dela. Em dezembro de 96 apresentava aperto em região mandibular bilateralmente, após esforços físicos, a médica a encaminhou ao INCOR onde foi submetida a revascularização do miocárdio em janeiro de 97. Faz uso de aspirina em baixas doses e bloqueador da enzima de conversão. Exame Físico: BEG, corada, hidratada, acianótica, anictérica, afebril, P=FC=78; PA= 150X90mmHg (MSD, sentada); IMC = 34,5kg/m2. CÁRDIO-CIRCULATÓRIO: BRNF s/ sopros. Pulsos periféricos presentes com pedioso Dir diminuído. PULMÕES: MV+ bilateralmente, globalmente reduzidos. Sem ruídos adventícios. ABDOME: globoso, flácido, indolor à palpação, sem visceromegalia, RHA +, normais. MEMBROS: varizes em MMII, discreto edema pré-tibial, mais acentuado à dir. "Sensação estranha" à palpação dos MMII. Úlcera rasa em dorso de pé dir, com saída de secreção purulenta, bordas enduradas. Exames complementares: glicemia de jejum: 289mg%; Creatinina=1,9mg/dL; Uréia=55mg/dL; Colesterol Total=320mg% (HDL=35, LDL = 245, VLDL = 40), Hb glicosilada =10.8% (nl até 6,5%). Hb=12,2g/dL (VCM = 89 e CHCM = 33); leucócitos=10.200 (76%neutr, 20%linf, 1% eosinof, 3% mono). Urina tipo I: densidade=1020, leucócitos=02/campo; eritrócitos=-2/campo, proteinúria > 1g/dia (estimada). Gilcosúria de 4 períodos: período I (6hs - 12hs): 12g/vol; II (12-18hs): 35g/vol.; III (18 - 24hs): 27 g/vol; IV (24 -6 h): 18g/vol ECG: ritmo sinusal com sinais de sobrecarga de VE. Perguntas: 01. Qual a participação da família no tratamento do Diabetes Mellitus. Procure saber se no HC há projetos envolvendo familiares de pacientes crônicos, como Diabetes Mellitus. 02. Abordagem do paciente crônico. Como convencer alguém a fazer dieta e tomar medicação cronicamente. Quais os meios. 03. O pé diabético? Há formas de prevenção? Quais? 04. Como deve ser a dieta do paciente diabético? Qual o impacto da dieta na sobrevida e qualidade de vida? É realmente importante a dieta ou uso de insulina e outras drogas pode compensar e permitir uma melhor qualidade de vida? 05. Quais as principais causas de cegueira e insuficiência renal no mundo? E no Brasil? 06. Como é o acesso a Saúde no Brasil para pacientes como esta. Qual seria o melhor modo de organização para evitar complicações? 07. Entreviste um diabético. Pergunte-lhe sobre ser um doente crônico e sua relação com seu médico. Há frustrações? Por que? O médico alguma o desencorajou da luta? Como? Sente que não vai conseguir atender aos profissionais de saúde? Quais os principais motivos. 13 08. Compare o portador de diabetes que você entrevistou com o relatado no caso. Há alguma diferença entre eles? Existem pacientes que se beneficiam com a administração de insulina, outros não. Qual a base desta diferença? O que é a resistência periférica à insulina? Para casa: questões 1, 5, 7. Bibliografia: Cecil ou Harrison. Associação Nacional dos Diabéticos (ANAD) http:www.diabetes.org.br/Dicas, http//:www.mendosa.com/nonengl.htm; http// :www. netcomp.com.br/anad/diabetes.htm 14 INTRODUÇÃO À MEDICINA E ÀS SUAS ESPECIALIDADES MÓDULO DE PRÁTICA MÉDICA - DISCUSSÃO DO CASO CLÍNICO No.4 A.O.S., 14 a, masculino, branco, estudante, procedente de Mogi das Cruzes, S.P. História da Moléstia Atual (HMA) Paciente refere falta de ar aos esforços de grande e média intensidade, acompanhada de chiado no peito há 2 meses. A intensidade dos sintomas foi se acentuando com o passar do tempo. Refere também febre alta (não medida), emagrecimento de 5 quilos nos últimos meses, e sudorese profusa. Procurou médico em sua cidade, que após avaliação clínica solicitou uma radiografia de tórax . A seguir, foi encaminhado ao Hospital das Clínicas para avaliação e tratamento. Antecedentes Bronquite quando criança. Exame Físico (EF) Regular estado geral, corado, hidratado, taquipneico, afebril. Pulso = 100/minuto PA = 120x70mm Hg FR= 32/minuto. Pescoço = gânglio palpável em região cervical Esquerda, com 2 cm de diâmetro, consistência firme, indolor, móvel, não aderente aos planos profundos. Pulmões = roncos e sibilos esparsos. Coração = bulhas rítmicas, normofonéticas, sem sopros. Abdome = plano, flácido, indolor á palpação. Ausência de visceromegalias. MMII = sem edemas Exames subsidiários hemograma, uréia, creatinina, glicemia, Na, K - normais. RX de tórax - presença de importante massa mediastinal, de localização média, com desvio de brônquios. Áreas de atelectasia pulmonar. Área cardíaca normal. Mantoux - negativo. Biópsia do gânglio cervical esquerdo = Linfoma maligno (Doença de Hodgkin, forma celularidade mista).. Evolução Estadiamento cirúrgico revelou ausência de comprometimento em área subdiafragmática. Medula óssea normal. Indicado tratamento quimioterápico com esquema MOPP (poliquimioterapia). Após o primeiro ciclo da medicação o paciente apresentou melhora do cansaço e da falta de ar, bem como da febre e dos suores. O paciente apresentou os efeitos colaterais habituais da quimioterapia, ou seja, náuseas, vômitos, queda de cabelos e indisposição. Em vista disso, houve necessidade de muita discussão com o paciente e a família para persuadi-los a insistir com o tratamento anti neoplásico. Após 2 ciclos RX de tórax apresentou aspecto normal, sem massa mediastinal. Ao fim de 8 ciclos foi interrompido o tratamento quimioterápico, e o paciente nunca mais apresentou quadro clínico sugestivo de comprometimento tumoral. Atualmente, 10 anos após, o paciente está clínicamente bem e se prepara para casar. Exame pré-nupcial revela azoospermia. Perguntas 01. Quais os aspectos mais importantes que você observa neste caso? 02. Diante de um diagnóstico como este como você agiria frente ao paciente (menor de idade) e a família? 03. Como orientar o paciente com relação às suas perspectivas de vida? 04. Você considerou o caso fácil ou difícil? Porque? 05. Em que idade freqüentemente aparecem os diferentes tumores? Existe alguma associação entre a taxa de proliferação do tecido afetado e a idade de aparecimento dos tumores? 06. Canceres são doenças genéticas, mas não necessariamente hereditárias. Você concorda com esta afirmação? Por quê? 15 INTRODUÇÃO À MEDICINA E ÀS SUAS ESPECIALIDADES MÓDULO DE PRÁTICA MÉDICA - DISCUSSÃO DO CASO CLÍNICO No.5 Avaliação inicial de um paciente que foi atendido no ambulatório do Hospital das Clínicas. Identificação: JS, 43 anos, casado, mulato, motorista de ônibus, procedente da capital de São Paulo. Queixa e duração: Cansaço ao subir escada há aproximadamente 3 meses. História da moléstia atual (HMA): Há aproximadamente 8 meses, começou com quadro de falta de ar (dispnéia), inicialmente aos grandes esforços (quando andava vários quarteirões + ladeira no centro da cidade) e, posteriormente aos esforços médios (dificuldade progressiva para subir as escadas de sua casa). Mais recentemente, por vezes, acorda à noite com forte dispnéia e sudorese que desaparece espontaneamente em menos de uma hora (sic). Hábitos: Fuma 20 cigarros/dia há 30 anos. Etilista de 1 a 3 "aperitivos" praticamente todos os dias. Antecedentes Pessoais: Quando perguntado se já teve alguma doença no passado, lembrou-se que há 10 anos no exame médico de admissão no emprego atual foi constatado pressão arterial alta, mas não se lembra dos valores (normal até 140x90 mmHg). Na ocasião foi orientado a alterar a dieta (restrição de sal) e tomar 1 comprimido pela manhã (não se lembra o nome, sabe que era um diurético). Foi também recomendado alterações do estilo de vida (exercícios, redução de ingestão de bebidas alcoólicas, emagrecimento). O paciente seguiu as recomendações por alguns meses, mas abandonou o tratamento. Nesse período, sua pressão foi medida mais uma vez, estava alta (não sabe referir quanto, acha que era mais de 20), mas não seguiu a recomendação de procurar tratamento regular. Antecedentes familiares: Pai hipertenso, falecido subitamente aos 40 anos de idade. Mãe sadia e viva. Dois irmãos em 4 com hipertensão arterial. ISDA (interrogatório sobre os diversos aparelhos): Não tem problemas de visão, audição. Refere cefaléia eventual, não usa medicações para cefaléia. Nega dores torácicas ou palpitações. Nega chiado no peito. Alimenta-se bem, boa digestão evacua diariamente. Urina bem. Sem queixas quanto ao aparelho locomotor. Exame Físico Geral: Bom estado geral (BEG), pele e mucosas coradas. Obeso: Peso: 98Kg. Altura: 1,60 cm. Sem edemas. PA: 190x120 mmHg Pulso (P): 84 rítmico Exame Físico Especial: Cabeça, pescoço, pulmão, coração e abdome: semiologicamente normais. Pulsos: radiais, carotídeos e femorais palpáveis e simétricos. Fundoscopia ocular: grau II de K-W ou A1 H2 de Gans Evolução do paciente: Após a primeira consulta, o paciente foi orientado a iniciar tratamento rigoroso. Foram solicitados exames. Foi receitado: aldomet 500 mg VO de 12/12 h e higroton 50 mg/dia. Foi solicitado um retorno após uma semana para reavaliação da pressão arterial. O paciente começou a tomar as medicações mas no terceiro dia parou, pois sentia-se muito fraco e indisposto. Não retornou na consulta da semana seguinte. Um mês após a avaliação inicial acordou com dor de cabeça (cefaléia) nucal de forte intensidade, acompanhada de embaralhamento da visão, seguido de tontura e desmaio (ao levantar-se). Acordou em pronto socorro, onde foi constatado PA de 220x130 mm Hg e hemiparesia direita que regrediu em 24 horas. Ficou 48 horas no Pronto Socorro (PSM), quando foi internado na enfermaria para controle da hipertensão e investigação do quadro. Durante a internação na enfermaria o paciente evoluiu clinicamente bem com controle parcial da PA com dieta hipossódica, higroton 50 mg pela manhã e capoten 50mg VO 3X/dia. O paciente não teve qualquer sintoma neurológico. No período de internação os companheiros de quarto se queixaram que o paciente roncava muito alto, dificultando o sono de todos. Quanto questionado, o paciente confirmou que todos se queixavam do ronco alto. 16 A esposa relatou que o paciente tinha também paradas respiratórias freqüentes durante a noite que a deixavam preocupada (paradas respiratórias de até 40 segundos. Quando perguntado, o paciente referiu que sempre estava com sono durante o dia. Já tinha dormido inclusive na frente de amigos, ao receber visitas em casa. O paciente já tinha cochilado no trânsito (ao dirigir o ônibus), porém nunca causou qualquer acidente. Foi suspeitado de apnéia obstrutiva do sono, diagnóstico confirmado por polissonografia noturna, foram constatadas 50 apnéias por hora de sono. Evolução: O paciente foi acompanhado em nível ambulatorial, com estabilização da pressão arterial, principalmente após redução de aproximadamente 15 Kg (conseguido através de reeducação alimentar). Perguntas: 01. O que é hipertensão arterial? Qual o limite entre normotensão e hipertensão? 02. Qual a prevalência da hipertensão arterial sistêmica na população? 03. Qual é a prevalência de acordo com: a. idade b. sexo c. raça 04. A HAS é afecção com muitos sintomas? Quais? 05. É bom ou mau ter HAS? 06. Diferença entre HAS primária e secundária? Qual é a mais freqüente? 07. Alguns estudos sugerem que a associação entre HAS e Apnéia Obstrutiva do sono (AOS) ocorre em 30% dos pacientes. A AOS provavelmente contribuiu para a gênese da HAS. Por que você acha que a AOS é pouco diagnosticada? 08. Qual o objetivo dos exames feitos nos pacientes hipertensos: a. órgãos alvos b. HAS secundária. 09. Quando e como tratar a HAS? 10. Tratamento não farmacológico da HAS (mudança de estilo de vida, alimentação). 11. Em que condições normais, a pressão arterial tende a aumentar? Que alterações ocorrem no organismo? Tarefa Para Casa 1. O que é aderência (ou concordância) ao tratamento e como melhorá-la. 2. Dieta hipossódica, é difícil? 17