Oswaldo K. Watanabe 2000 1 GEOMETRIA Plana Inicialmente, para podermos trabalhar as figuras mais freqüentes no dia a dia das crianças e a partir das figuras simples, estudar seus nomes e seus elementos, tudo isso, fazendo a apresentação dos elementos através de uma linguagem infantil ou não matemática, para depois apresentar seus nomes corretos. Exemplos: Todas figuras não redondas tem bico ou ponta (vértices) que são os pontos, elas são formadas por traços retos ou lados (segmento de reta), cada par de lados visinhos formam uma abertura (ângulo), .... Para facilitar a associação dos nomes quando aos números de lados ou vértices, trabalhar os prefixos bi, tri, tetra, penta, hexa, hepta, ......, equi, iso, ... Conceitos iniciais da geometria plana Euclidiana necessários para trabalhar com as congruências entre triângulos.. Geo = Terra metria = medidas, geometria = medidas da Terra. Conceitos primitivos = Conceitos aceitos intuitivamente, porém não definidos. Na geometria, Ponto, reta e plano são conceitos primitivos, pois sabemos intuitivamente, conseguimos dar exemplos, mas não conseguimos definir. Ponto: Não tem forma e nem dimensão. Uma mancha ou um prédio vistos de uma certa distância são considerados pontos. No desenho, é representada por um X, que simboliza a intersecção entre dois pontos. Convenção sobre nomes dos pontos - Letras latinas maiúsculas: A, B, ..., P, Q, .. Reta: è infinita È um conjunto de pontos. A reta inteira é imaginária. Convenção sobre nomes das retas - Letras latinas minúsculas: a, b, c, ..., r, s, ... Como ela é infinita, qualquer um de seus pontos dividi-a em duas semi-retas. Uma reta indica uma direção. Uma direção tem dois sentidos. ___________________________________________ reta que chamaremos de r. ___________A___________B__________C____________ r Semi-reta de origem em B no sentido deA. Semi-reta de origem em B no sentido de C Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 2 Por um ponto passam infinitas retas. Por dois pontos distintos passa uma única reta, portanto podemos identificar uma reta através de 2 de seus pontos não coincidentes (distintos). Um segmento de reta é uma poção da reta limitada por dois de seus pontos. Pode ser considerada como a intersecção não vazia de duas semi-reta de origens diferentes e de uma mesma reta. ________________________A___________________B______________________ s Quando queremos falar sobre um segmento e necessitamos do sentido, isto é quando segmento de A para B (AB) não significa que é igual de B para A (BA), estou trabalhando com segmentos orientados. (que na física será estudado como vetores). Caso contrário, segmento AB = BA. Ponto médio que chamaremos de M, de um segmento AB é o ponto que divide AB em dois segmentos de mesma medida. Isto é: m(AM) = m(MB), com m = medida de. Se dois segmentos têm as mesmas medidas, então são denominados segmentos côngruos ou congruentes. Podemos aproveitar para fazer exercícios que vão treinando a visão e organização do aluno. Como por exemplo 1: Ao colocarmos 5 pontos distintos sobre uma mesma reta, qual é o número de segmentos que podemos identificar e quais são? Exercícios: I) Qual é o número de semi-retas que podemos caracterizar ao destacarmos 3 pontos distintos de uma mesma reta? Represente-os no desenho de uma reta com os pontos em destaque sendo os pontos A, B e C. II) Se colocarmos num mesmo plano um conjunto de pontos, onde quaisquer 3 deles nunca estão alinhados (não co-lineares), em cada caso abaixo: a) represente num desenho, os pontos segundo as condições do enunciado.Qual é o número de retas diferentes que podemos identificar? b) Descreva a lógica de pelo menos 3 métodos diferentes de contagem do número de retes que podemos identificar. 1) Num conjunto de 4 pontos distintos. 2) Num conjunto de 5 pontos distintos. 3) Num conjunto de 6 pontos distintos. 4) Num conjunto de 7 pontos distintos. III) Dados 3 pontos A, B e C, colocados nesta ordem e M e N sendo ponto médio dos segmentos AB e BC, Qual é a relação entre a medida do segmento AB = m(AB) e a medida do segmento MN = m(MN)? Justifique a relação encontrada, explicando passo a passo, isto é explicando os porquês de cada afirmação. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 3 Posições relativas entre duas retas no plano: Retas coincidentes são aquelas cuja intersecção é a própria reta. Para entender melhor, podemos dizer que r é coincidente com s, quando r e s são dois nomes diferentes dados a uma mesma reta. Se r é coincidente com s, então r∩s = r = s. r___________________________________________ s Retas concorrentes são retas cuja intersecção é um conjunto unitário(formado por um único ponto). Podemos dizer que são duas retas que se cruzam num ponto P. Se r é concorrente com s, então r∩s = {P}. s P _________________________________________________ r Retas paralelas são retas cuja intersecção é um conjunto vazio ou é a própria reta. Nesta definição, estamos admitindo que as retas coincidentes são paralelas. Se r é paralela a s, então r∩s = Existe também a definição que não admite as coincidentes como paralelas e neste caso dizemos que retas paralelas são aquelas cuja intersecção é vazia. Ou ainda retas que nunca se encontram. Se r é paralela a s, então r∩s = ou r∩s = r = s. _________________________________________________________r ≡ t _________________________________________________________s Se uma reta caracteriza uma única direção, então as retas paralelas a ela têm a mesma direção. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 4 Se duas retas distintas não são paralelas e nem concorrentes, então elas não estão no mesmo plano e são chamadas de retas reversas. PLANO: É infinita È um conjunto de infinitos pontos ( Um plano tem infinitos pontos ) È um conjunto de infinitas reta (Um plano tem infinitas retas. Pode ser caracterizada por : 3 pontos distintos e não co-lineares, ou por duas retas distintas e concorrentes ou paralelas, ou ainda por uma reta e um ponto não pertencente a esta reta. Os nomes dados aos planos são normalmente letras gregas (α, β, γ, δ, etc.) ÂNGULOS As aberturas entre duas reta concorrentes. Ou a abertura entre duas semi-retas de mesma origem. Ou em alguns livros: Porção do plano limitada por duas semi-retas de mesma origem. Ou é a união entre duas semi-retas de mesma origem. Ao colocarmos nomes A de uma das semi-retas, O na origem das duas e B num ponto da outra semi-reta, teremos definidos dois ângulos, cuja leitura deve ser feita no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros de um relógio ( sentido anti-horário ). Isto é um ponto da semi-reta a direita e mais baixa, o ponto de origem das semi-retas com acento circunflexo e o outro ponto da outra semi-reta. Ou podem ser representados por letras gregas: α, β, γ θ, .. B O AÔB ou α A Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 5 A semi-reta que divide um ângulo em dois ângulos de mesmas medidas é denominado bissetriz deste ângulo. B O M A AM é bissetriz de AÔB A unidade de medida de ângulo mais usada é o GRAU. 1 grau simbolizado por 1° equivale a 1/360 de uma circunferência (do Equador terrestre) Portanto uma circunferência mede 360°. Isto é ao girarmos o raio até voltar ao inicio de um movimento, ela girou 360°. Por conseqüência, ao girar meia circunferência ela girou em 180°. 180° também é chamado de ângulo raso. Um quarto da circunferência ou metade de meia circunferência mede 90° e este ângulo recebeu o nome de ângulo reto. Fazer a complementação do desenho Classificação dos ângulos, quanto suas medidas Se a medida de um ângulo é maior que 0° e menor que 90°, então ele é denominado ângulo agudo. Se a medida de um ângulo é 90°, então ele é denominado ângulo reto. Se a medida de um ângulo é maior que 90° e menor que 180°, então ele é denominado ângulo obtuso. Se a medida de um ângulo é 180°, então ele é denominado ângulo raso. Se a soma das medidas entre dois ângulos é: 90°, então eles são chamadas de ângulos complementares. 180°, então eles são chamados de ângulos suplementares. 360°, então eles são chamados de ângulos replementares. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 6 1 GRAU = 60 MINUTOS 1° = 60` 1 MINUTO = 60 SEGUNDOS 1` = 60`` Exemplo: 2,5° = 2° + 0.5.60` = 2° + 30` = 2°30` Exercícios com operações entre ângulos, usando graus minutos e segundos. Exercícios dos ângulos formados pelos ponteiros do relógio, quando marcam uma determinada hora. Ângulos opostos pelo vértice ( o.p.v.): Quando duas retas são concorrentes, elas formam quatro ângulos, dois a dois opostos em relação ao vértice. Cada par é formado por ângulos denominados opostos pelo vértice. Ângulos consecutivos: Dois ângulos são consecutivos quando possuem um lado em comum. Ângulos Adjacentes: Dois ângulos consecutivos são adjacentes, quando não tem pontos internos em comum. Quando dois ângulos têm a mesma medida então eles são côngruos ou congruentes. Ângulos o.p.v. são congruentes entre si. Podemos dizer também que dois ângulos são congruentes quando colocados um sobre o outro, se confundem num único ângulo ( superponíveis ) Algumas propriedades: Duas retas que formam entre si 4 ângulos congruentes são chamadas de retas perpendiculares. E cada um desses ângulos é chamado de ângulo reto. A reta perpendicular a um segmento, passando pelo seu ponto médio é chamada de mediatriz do segmento. Se dois ângulos têm lados dois a dois paralelos, então eles são congruentes. Ângulos opostos pelo vértice são congruentes. Se dois ângulos têm cada lado perpendicular a um dos lados do outro, então eles são congruentes. Exercícios: Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 ÂNGULOS FORMADOS TRANSVERSAL 7 POR RETAS PARALELAS CORTADAS POR t 2 1 r 3 6 7 5 8 4 s r e s são retas paralelas e t uma reta transversal as retas r e s. Vamos dar nomes numéricos para os ângulos com o objetivo de facilitar as localizações e algumas regras para facilitar a memorização dos nomes. Chamam de alternos, os ângulos que estão em lados opostos em relação a transversal. Chamam de colaterais, os ângulos que estão do mesmo lado em relação a transversal. Chamam de externos, os ângulos estão na parte de fora das paralelas. Chamam de internos, os ângulos que estão entre as paralelas. Nomes dos pares de ângulos: Ângulos 1 e 5 ; 4 e 8 ; 2 e 6 ; 3 e 7 são ângulos correspondentes. (são congruentes) Ângulos 1 e 7 ; 2 e 8 são ângulos alternos externos. (são congruentes) Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 Ângulos 3 e 5 Ângulos 1 e 8 Ângulos 3 e 6 Ângulos 1 e 3 congruentes). ; ; ; ; 4 2 4 2 e e e e 6 7 5 4 8 são ângulos alternos internos. (são congruentes) são ângulos colaterais externos. (são suplementares) são ângulos colaterais externos. (são suplementares) ; 5 e 7 ; 6 e 8 são ângulos opostos pelo vértice (o.p.v.) (são Exercícios: POLÍGONOS São figuras limitadas por uma linha poligonal que não se cruzam e fechada. Uma linha poligonal é uma sucessão de segmentos de reta, onde o final de uma delas é o inicio de outra. Caso o último ponto coincida com o ponto de origem dos segmentos, então a linha é dita fechada. Caso contrário é dita aberta. Polígonos côncavos e polígonos convexos. Polígonos côncavos são aqueles em que existem pelo menos dois ponto no seu interior que ligados formam um segmento que tem uma parte externa a figura. Caso contrário ele é convexo. Perímetro de um polígono é a soma das medidas dos seus lados. Área de um polígono é a medida que nos dá o número de quadrados de unidades de medidas quadradas cabem nesta figura. Como trabalho, tente mostrar, numa lógica que uma criança entenda, o por que das fórmulas do retângulo, do paralelogramo, do triângulo, do losango ou losângulo e do trapézio. ( Podemos usar papéis recortados para mostrar) TRIÂNGULOS OU TRILÁTEROS. É o menor dos polígonos convexos, formado por 3 lados, 3 vértices, 3 ângulos internos, 3 ângulos, externas, 3 alturas e 3 medianas. E por ser formado por 3 lados (que são segmentos de reta) possuem 3 mediatrizes. Por ter 3 ângulos internos e 3 externos, tem 3 bissetrizes internas e 3 bissetrizes externas. Lados: são os 3 segmentos de reta que formam a linha poligonal. Vértices: são os pontos comuns a dois lados. Ângulos internos: são os ângulos do interior da figura. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 9 Ângulos externos: são os ângulos formados por um lado e o prolongamento do outro com o mesmo vértice. Alturas: cada altura é a medida do segmento perpendicular a um lado(base) com extremidades no vértice oposto e a intersecção da perpendicular com o lado. Como podemos fazer cada lado ser a base, temos três alturas e a intersecção das mesmas é chamado de ORTOCENTRO (H) Medianas: são segmentos que ligam cada vértice ao ponto médio do lado oposto. O ponto de encontro das mesmas é chamado de BARICENTRO (G) é chado também de centro de massa de uma figura de material homogêneo ou centro gravitacional(origem do símbolo G) Bissetrizes: como já vimos, a bissetriz é a semireta que divide um ângulo dois ângulos congruentes, como o triângulo tem três ângulos internos, ele tem três bissetrizes, cujo ponto de encontro é chamado de INCENTRO (I), por ser o centro da circunferência inscrita ao triângulo. O triângulo possui também, três bissetrizes externas. Obs.:A circunferência inscrita é tangente aos três lados do triângulo. Isto é só tem um ponto em comum com cada um dos lados. Mediatrizes: assim como a bissetriz, a mediatriz é uma reta perpendicular a um segmento passando pelo seu ponto médio. E como o triângulo tem três segmentos, ele tem três mediatrizes, cujo ponto de encontro é chamado de CIRCUNCENTRO (C), por ser o centro da circunferência circunscrita ao triângulo. Obas.: A circunferência circunscrita passa pelos três vértices do triângulo. Os pontos: ORTOCENTRO = H, BARICENTRO = G, O INCENTRO = I e o CIRCUNCENTRO = C, são chamados de Pontos Notáveis do triângulo. ( colocar figuras dadas em aula mostrando os elementos do triângulo) Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 Um triângulo pode ser classificado como: 1) Quanto aos lados: a) Escaleno: quando possui os lados dois a dois de medidas diferentes b) Isósceles: quando possui dois lados de mesmas medidas. c) Eqüilátero: quando possui os três lados de mesmas medidas. 2) Quanto aos ângulos: Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 10 Oswaldo K. Watanabe 2000 11 a) Acutângulo: quando possui os três ângulos agudos (menor que 90 graus). b) Obtusângulo: quando possui um ângulo obtuso (maior que 90 graus). c) Retângulo: quando possui um ângulo reto (igual a 90 graus) Soma dos ângulos internos de um triângulo qualquer. A soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180°. Uma das maneiras de provar é fazer três triângulo de papel e juntar os ângulos diferentes, o resultado é que juntas formam um ângulo raso = 180°. Teoricamente, por um dos vértices, trace uma reta paralela ao lado oposto e prolongue um dos lados. Vejam que formamos mais dois ângulos, sendo que um deles é alterno interno com um dos ângulos interno do triângulo e o outro correspondente ao outro ângulo interno. Fica provado também que o ângulo externo é a soma dos não adjacentes. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 12 Congruência entre triângulos Dois triângulos são congruentes quando têm lados correspondentes com mesmas medidas e ângulos internos correspondentes de mesmas medidas. Ou quando superpostos confundemse num único desses triângulos. Quando queremos mostrar que dois triângulos são congruentes, basta mostrar que eles se enquadram em um dos casos dados pela ordem em que estão os elementos de mesma medida: 1º caso: LLL Se dois triângulos têm os lados correspondentes congruentes (mesmas medidas) então eles são congruentes. 2º caso: LAL Se dois triângulos têm 2 lados de um dos triângulos de mesma medidas de dois do outro e os ângulos que eles formam também de mesmas medidas, então eles são congruentes. 3º caso: ALA Se dois triângulos têm 2 ângulos de um deles com as mesmas medidas de 2 do outro e o lado que os separam também de mesma medida, então eles são congruentes. 4º caso: LAAo Se um triângulo tem um lado, um ângulo adjacente ao lado e o ângulo oposto a este lado congruentes com um lado , um ângulo adjacente e o ângulo oposto, então os triângulos são congruentes. Fazer a representação gráfica de cada caso. Vejam que nestes dois últimos casos poderíamos resumir num único: Se um triangulo tem um lado e dois de seus ângulos internos de mesma medida que um lado e dois ângulos de um outro na mesma ordem, então eles são congruentes. Estes casos facilitam a demonstração da congruência entre triângulos, quando a dados suficientes, que nos deixa mostrar que um desses casos está acontecendo no problema. É importante para o aluno aprender a demonstrar teoremas e propriedades quando possíveis, pois estará desenvolvendo a capacidade de argumentar com bases sólidas, cada uma das afirmações que está ou estará fazendo tanto num problema de geometria como numa situação de vida. E ao criar esse hábito, estará tornando-se um cidadão mais analítico. Além disso, estará também aprendendo a planejar, escolher e organizar quais definições e propriedades deve escolher para atingir o objetivo, que fazer a demonstração ou a justificação de uma afirmação. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 13 Teorema de Talles “Um feixe de retas paralelas cortadas por duas transversais, dividem as mesmas em segmentos proporcionais”. A D B E C F AB DE = BC EF Como conseqüência deste teorema, temos as semelhanças entre triângulos. Dois triângulos são semelhantes, se possuem os ângulos internos correspondentes congruentes e os lados correspondentes proporcionais. B B B’ C’ A A B’ C’ C C AB BC AC = = B 'C ' AB' AC ' Assim como na conguência, a semelhança entre triângulos também possuem os casos de semelhança. 1º Se um triângulo possui dois ângulos congruentes aos seus correspondentes do outro, então eles são semelhantes. (Caso AA) 2º Se dois lados de um triângulo são proporcionais aos seus correspondentes do outro e os ângulos por eles formados congruentes, então eles são semelhantes. (Caso LAL). Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 14 3º Se os t^res lados de um triângulo são proporcionais aos seus correspondentes do outro, então os triângulos são semelhantes.(LLL) Como conseqüência do teorema de Talles, Pitágoras, estuda os triângulos retângulos e verifica que num triângulo retângulo ABC: A c B n b H m C a Nesta figura, a é a hipotenusa (lado oposto ao ângulo reto ou maior lado do triângulo) b e c são os catetos (lados que formam o ângulo reto. m é a projeção do cateto b sobre a hipotenusa. n é a projeção do cateto c sobre a hipotenusa. h é altura que tem como base a hipotenusa. As relações métricas entre os elementos deste triângulo são: 1º) O quadrado de um cateto é igual ao produto de sua projeção com a hipotenusa. b2 = am c2 = na Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 15 Estas relações podem ser deduzidas a partir da proporcionalidade dos lados de triângulos semelhantes, sendo a primeira da semelhança entre os triângulos ABC com HAC e a segunda entre ABC e HBA. 2º) O quadrado da altura é igual ao produto entre as projeções. h2 = mn Esta relação assim como as anteriores é deduzida também a partir de semelhança entre triângulos e neste caso, entre HAC e HBA. 3º) A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. b2 + c2 = a2 Esta relação pode ser deduzida através da soma entre as duas primeiras relações encontradas. Fazer a dedução das relações, usando semelhança de triângulos observação: Para calcularmos um dos elementos do triângulo retângulo através de uma única fórmula, devemos utilizar aquela em que só desconhecemos o valor desejado. Porém, se não conhecemos os demais ou um deles, devemos primeiro determinar estes valores através de outras fórmulas, ou montarmos sistemas através dos quais possamos calcular o valor desejado. Exercícios Determine os valores das incógnitas, em cada figura: Os demais polígonos são: Quadriláteros ou quadrângulos: possuem 4 lados. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 16 Pentágonos: possuem 5 lados. Hexágonos: possuem 6 lados. Heptágono: possuem 7 lados. Octágonos: possuem 8 lados. Eneágonos: possuem 9 lados. Decágonos: possuem 10 lados. Undecágonos: possuem 11 lados. Duodecágonos: possuem 12 lados. Icoságonos: possuem 20 lados. Número de diagonais de um polígono Diagonal de um polígono é o segmento que une dois vértices não consecutivos, portanto o triângulo não tem vértices. n.(n 3) Num polígono de n lados, o número de diagonais d é calculado como: d , pois 2 para formar diagonais, só podemos ligar um vértice com todos os demais, tirando ele mesmo e os dois vizinhos, daí o n.(n – 1) e como acabamos contando a mesma diagonal duas vezes, dividimos esse produto por 2. Soma dos ângulos internos de um polígono convexo S i S i (n 2).180 ou S i (n 2).2r , onde n é o número de lados ou vértices e r = 90°(ângulo reto) Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 17 Como num polígono regular os ângulos internos são de mesmas medidas i , então a (n 2).180 medida dele é: i n Polígonos regulares São polígonos que possuem os lados e ângulos internos de mesmas medidas. Eles são: a) Triângulo equilátero b) Quadrado Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 18 c) Pentágono regular d) Hexágono regular e) Heptágono regular f) octágono regular g) eneágono regular h) decágono regular e) undecágono regular e assim sucessivamente. Num polígono regular, a distância do centro da figura (que também é centro da circunferência circunscrita), a qualquer um dos lados é igual ao apótema (a) da figura. Ao ligarmos os vértices do polígono com o centro, formamos um número de triângulos iguais ao número de lados do polígono. E como esses triângulos são congruentes, a área de um polígono regular de n lados é igual a n vezes a área desses triângulos. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 19 Perímetro = 2p: perímetro de um polígono é a soma das medidas de seus lados. Portanto, num polígono regular de n lados de medida L é 2p = n.L. Neste caso p é o semiperímetro. Áreas A área de uma figura geométrica plana é o número de quadrados de uma unidade de medida que podemos colocar no interior do polígono. Num retângulo de medida da base b e altura h, é b.h, pois corresponde a b pilhas de h quadrados. Exemplo: Se o retângulo tem base b = 5m e altura h = 4 metros, sua área será 5.4 = 20 m² 4m 5m A área do paralelogramo de base b e altura h também é b.h Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 A área do losango de diagonal maior D e diagonal menor d é 20 D.d 2 b.h , que pode ser calculado também usando o 2 p.( p a).( p b).( p c) , com a, b e c sendo os lados do triângulo e p o A área do triângulo de base b e altura h é perímetro = semiperímetro. A área do trapézio de base maior B, base menor b e altura h é Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 ( B b).h 2 Oswaldo K. Watanabe 2000 A área de um polígono regular de n lados, apótema a e lado L é 21 n.a.L . 2 A área da circunferência de raio R é Π.R². ARCOS DE CIRCUNFERÊNCIA Arco de circunferência é a parte da conferência que liga dois de seus pontos. Numa circunferência de centro 0 e raio R, Ângulo central é o ângulo formado por dois pontos A e B distintos da circunferência com o centro O. A medida do ângulo AÔB é igual a medida do arco AB. Ao ligarmos um ponto A da circunferência a um outro B da mesma circunferência no sentido antiorário, temos o arco AB. O comprimento do arco AB é igual a L = medida do arcoAB em radianos vezes Π. Isto é: se medida do arco AB em rad = α , então L = α.Π. O segmento que liga dois pontos distintos A e B de uma circunferência é denominada corda AB. Se a corta passa pelo centro da circunferência ela é denominada diâmetro da circunferência. Uma reta que corta a circunferência em dois ponto é denominada reta secante a circunferência. Uma reta que só tem um ponto comum com a circunferência é denominada reta tangente a circunferência. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 22 Propriedades: 1) Ao ligarmos um ponto P da circunferência que não pertence ao arco AB,formaremos o ângulo APB com vértice em P cuja medida é igual a metade do arco AB. B P A ângulo APB = arcoAB 2 2) Se duas cordas se cruzam AB e CD num ponto P no interior da circunferência, então elas formam ângulos iguais a média aritmética dos arcos opostos a esse ângulo. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 B 23 C P A D ângulo BPD = arcoAC arcoBD 2 3) Se duas retas secantes se cruzam num ponto fora da circunferência, então o Ângulo por elas formado é a metade da diferença entre os arcos que definem na circunferência. A P B C D Ângulo DPA = arcoDA arcoBC 2 Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 24 POTÊNCIA DE PONTO Dadas duas retas concorrentes r e s secantes a uma circunferência, cortando a nos pontos A e B, C e D, A, B pertencentes a r e C e D pertencentes a s. Se r∩s = P, então PA.PB = PC.PD, onde PA é a medida do segmento PA, PB é a medida do segmento PB, PC é a medida do segmento PC e PD a medida do segmento PD. A D P P A C C B B D RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 25 B’’ B’ B A C C’ C’’ Quando traçamos duas semi-retas de uma mesma origem e direções diferentes, podemos criar uma série de triângulos retângulos semelhantes. No nosso exemplo: ABC semelhante ao AB’C’ semelhante ao AB’’C’’. Usando os estudos de Talles de Mileto, temos: catetoopos to BC B' C ' B' ' C ' ' = = = seno do ângulo = sen = hipotenusa AB' AB' ' AB AC AC ' AC ' ' catetoadjacente = = = cosseno do ângulo = cos = hipotenusa AB AB' AB' ' catetooposto BC B' C ' B' ' C ' ' = = = tangente do ângulo = tg = AC AC ' AC ' ' catetoadjacente Vejam que cada relação foi batizada por um nome e que para cada ângulo , independente das dimensões dos triângulos, o seno, o cosseno e a tangente são valores fixos. Por serem fixos para cada medida de ângulo, existe uma tabela chamada tabela trigonométrica, que nos dá os valores dos senos, cossenos e tangentes de cada medida de ângulo. Se você quer montar uma tabela, você vai precisar de uma boa régua, um bom transferidor e um bom compasso. Tendo este material, faça uma circunferência de raio 10cm, em seguida, trace uma reta horizontal passando pelo centro da circunferência. Agora trace uma vertical passando pelo centro da circunferência e outra paralela a esta tangente a circunferência à direita. Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998 Oswaldo K. Watanabe 2000 26 O ponto de encontro da horizontal com a primeira vertical é a origem (0,0) do sistema de coordenadas que vamos trabalhar, portanto os pontos de intersecção da circunferência com os eixos são: (10,0), (0,10), (-10,0) e (0,-10). DB 5 = = 0,5 OB 10 OD 8,7 cos300 = = = 0,86 OB 10 sen300 = Prof. Oswaldo K. Watanabe – UNICID - 1998