ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA SOBRATI

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA
SOBRATI
CELINA DOS SANTOS AMARAL
HUMANIZAÇÃO NA UTI E A TECNOLOGIA ATUAL
E UM DIREITO DE TODOS COM QUALIDADE NOVOS
EQUIPAMENTOS / NOVAS TECNOLOGIAS
SÃO PAULO
2011
CELINA DOS SANTOS AMARAL
HUMANIZAÇÃO NA UTI E A TECNOLOGIA ATUAL
E UM DIREITO DE TODOS COM QUALIDADE NOVOS
EQUIPAMENTOS / NOVAS TECNOLOGIAS
Trabalho elaborado para o Mestrado em Unidade de
Terapia Intensiva e Emergência, com pólo em São
Paulo, sob a orientação do Prof°. Dr. Douglas Ferrari.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2011
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................1
METODOLOGIA.................................................................................3
1_ O TRABALHO DE ENFERMAGEM EM UTI...............................4
2_ O SIGNIFICADO DE HUMANIZAÇÃO........................................5
CONCLUSÃO.....................................................................................7
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS.................................................8
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INTRODUÇÃO
A Humanização dos serviços prestados aos pacientes /clientes internados
em um hospital, deve ser vista não enquanto um modismo, mas como uma questão
que vai além dos instrumentos técnicos científicos. O ponto chave do trabalho de
humanização esta no fortalecimento da posição ética de articulação do cuidado
técnico cientifico, com o acolhimento e aumento do vinculo estabelecido entre
paciente / cliente e profissionais. Alguns enfermeiros acreditam que a melhora das
enfermidades de seus pacientes / clientes, depende exclusivamente de executar
uma técnica precisa, seguir-se padrões com frieza e exatidão, assim como as
prescrições sem questionamento.
Em contra partida outros acreditam que uma boa assistência deve ser
prestada dentro de uma visão holística, na qual a solidariedade e a benevolência
para com o próximo são imprescindíveis para a valorização do ser humano, fazendo
com que a humanização seja à base da profissão de enfermagem. Na realidade a
enfermagem devera manter um pouco mais de contato pessoal, fornecendo aos
seus pacientes / clientes, além da assistência profissional, o carinho, a atenção e a
responsabilidade, o que repercutirá na assistência com qualidade.
O termo Humanizar significa tornar humano, dar condição humana, tornar
afável e tratável, refere-se, portanto, a possibilidade de assumir uma posição ética
de respeito ao outro e de reconhecimento dos limites. Recentemente no Brasil,
Wanda Horta, a partir de suas experiências cotidianas com o ser humano, difundiu
um modelo de atendimento de enfermagem que permite o auto cuidado sem se
desvincular do acompanhamento do profissional, é colocar o enfermeiro a par do
potencial do próprio paciente / cliente.
A hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva apesar de contar com
assistência médica e de enfermagem especializada e dispor de equipamentos
diferenciados, expõe o paciente a um ambiente hostil e a estímulos dolorosos, onde
são essenciais os cuidados dos profissionais que se empenham para aumentar as
chances de vida e sobrevida com uma assistência de qualidade e humanização.
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O Programa Nacional de Humanização de Assistência Hospitalar PNHAH, foi
instituído pelo ministério da saúde, através da portaria nº 881, de 19/06/2001,no
âmbito do sistema único de saúde (Brasil 2002).
O PNHAH faz parte de um processo de discussão e implementação de
projetos de humanização do atendimento a saúde e de melhoria da qualidade do
vínculo estabelecido entre profissional da saúde, pacientes / clientes e familiares.
Apesar de sua crescente importância, a humanização da assistência de
enfermagem ainda é um assunto pouco pesquisado e pouco aplicado no Brasil,
contudo, temos assistido nos últimos anos um considerável crescimento e
aprimoramento de ações concretas destinadas a promover a Humanização da
Assistência Hospitalar no âmbito das UTIs.
É importante lembrarmos que uma assistência humanizada em UTI, é um
processo com metas à médio e longo prazo, impulsionadas por medidas de
avaliação e da capacidade de aprender com a própria experiência e a dos outros.
Na literatura verifica-se que humanizar a assistência é uma preocupação da
enfermagem desde os tempos de florece. A mecanização da assistência pode
comprometer o atendimento humanizado e a tecnologia, todavia a busca e melhoria
da qualidade de assistência contribuem para que novos modelos sejam adotados,
nos quais o conceito humanização tem lugar gratuito.
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METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de revisão biográfica, cujo objetivo é identificar na
literatura, estudos relacionados às dificuldades enfrentadas pela equipe de
enfermagem, com relação a pratica do cuidado humanizado no âmbito hospitalar,
visando contribuir para a melhoria continua da assistência na Unidade de Terapia
Intensiva. Este trabalho tem o enfermeiro como referencial. Foram entrevistados 08
(oito) profissionais de enfermagem dentro dos aspectos éticos definidos na
resolução 196/96, sobre a pesquisa com seres humanos (Brasil 1996).
As entrevistas foram realizadas no local de trabalho dos enfermeiros,
mediante um roteiro pré-elaborado, com as seguintes questões: Como você vê a
questão da humanização? Você considera a humanização importante? Como está a
humanização nas unidades de terapia intensiva?.
Tendo como objetivo o desenvolvimento e adequação de técnicas que
facilitem a prática do cuidado humanizado, que esta intimamente ligado aos modelos
de assistências adotadas pela equipe multidisciplinar.
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1_ O TRABALHO DE ENFERMAGEM EM UTI
Ao falarmos de cuidados de enfermagem ao humano, seja voltado para a
assistência direta ou para as relações de trabalho, implica essencialmente falar de
cuidado humanizado. Contudo é importante ressaltar que muitas vezes devido a
sobrecarga imposta pelo cotidiano do trabalho, a enfermagem presta uma
assistência mecanizada e tecnicista, não reflexiva, esquecendo de humanizar o
cuidado.
Os enfermeiros ao falarem em humanização relatam que o cotidiano do
trabalho em UTI, é um trabalho estressante, cansativo e desgastante, não só pela
sobrecarga de trabalho, mas também pelo grau de cuidados que os pacientes /
clientes requerem. No ambiente da UTI o trabalho envolve uma forte carga
emocional, na qual vida e morte se misturam, compondo um cenário desgastante e,
muitas vezes frustrante.
Dentro dos fatores relatados como estressantes no trabalho de enfermagem
temos: o lidar com o sofrimento do paciente / cliente e da família, o fazer especifico
da profissão que requer agilidade, atenção e renovação de conhecimentos técnicos,
a necessidade de improvisação, as questões de ordem burocrática, o interrelacionamento com a equipe, o barulho constante dos aparelhos, a organização e
as condições do trabalho na UTI.
A equipe de enfermagem que atua dentro da UTI está exposta a um nível
maior de estresse, porque presta assistência direta aos pacientes / clientes e
familiares, esses profissionais também têm que lidar com as próprias emoções e
conflitos, por outro lado os entrevistados identificam situações prazerosas no
trabalho da UTI, principalmente aquelas ligadas à recuperação do paciente / cliente
e seu retorno ao convívio familiar.
Os depoimentos a seguir exemplificam essas situações:
•
O trabalho é cansativo porque você tem que se doar mais para o paciente,
tem que estar de olho neles, os cuidados são maiores e tem mais o que fazer por eles.
(enfermeiro 1).
•
È um trabalho de muito envolvimento, meu trabalho não é de gerenciamento,
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é de muita assistência. (enfermeiro 2).
•
Boa parte do tempo temos que fazer a “sistematização”, porém não consigo
fazer, por conta do número insuficiente de funcionários. (enfermeiro 3).
•
O trabalho é corrido, é exigente, mas é recompensado quando temos êxito,
quando o paciente melhora e vai embora, isso pra gente é muito gratificante.
(enfermeiro 7).
2_ O SIGNIFICADO DE HUMANIZAÇÃO
A humanização representa um conjunto de iniciativas que visa a produção de
cuidados com a saúde, capaz de conciliar a melhor tecnologia disponível, com
promoção de acolhimento, respeito ético e cultural ao paciente / cliente, espaços de
trabalho favoráveis ao bom exercício técnico e a satisfação dos profissionais de
saúde e usuários.
Os enfermeiros ao se referirem ao conceito de humanização, localizam o
cuidado ao sentimento de respeito e dignidade do paciente / cliente. Assumem
também que cuidar humanamente significa tratar o paciente / cliente como gostaria
de ser tratado.
•
Eu vejo a humanização como uma forma de estar cuidando dele, além dos
medicamentos é estar cuidando do conforto, como se estivesse cuidando de você.
(enfermeiro 1).
•
Humanização é tratar o paciente como pessoa, é respeitar as suas
individualidades, suas vontades, suas crenças. (enfermeiro 7).
•
È cuidar das pessoas como um todo, não só do corpo. (enfermeiro 2).
Os relatos dos enfermeiros denotam a necessidade de se pensar o cuidado
em UTI, não apenas “assistir”, mas tornando o trabalho uma atividade provida de
sentimentos, responsabilidade, sensibilidade, ou seja, o cuidado pressupõe uma
relação a pessoa e não a individualidade.
A portaria nº 3432/98 do Ministério da Saúde, estabelece padrões para a
caracterização da humanização das UTIs e, considera importante os ambientes
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físicos, a assistência prestada ao paciente / cliente, aos familiares e o
relacionamento destes com a equipe de saúde.
•
Humanização é atender bem, é respeitar o próximo, respeitar o doente,o
familiar, o colega é tentar manter-se o respeito no ambiente de trabalho. (enfermeiro 3).
Os enfermeiros relacionam o cuidado humanizado a um ambiente agradável e
mais próximo da realidade do paciente / cliente, pois o cuidado humanizado tem relação
direta com o bem estar do mesmo, da família e da equipe de saúde. Como pode ser
observado no relato a seguir:
•
Humanização é um ambiente acolhedor, calmo, tranqüilo, ambiente que favorece
o recuperação. (enfermeiro 2).
Humanizar aparece ainda relacionada ao diálogo com o paciente, informar e
orientar, identificá-lo pelo nome, com o intuito de personalizar e individualizar o
cuidado.
•
Se comunicar com o paciente, tocar, cumprimentar. (enfermeiro 2).
7
CONCLUSÃO
Acredito que qualquer trabalho realizado e desenvolvido com humanização, o
processo ou procedimento por mais difícil que seja, terá um desempenho melhor,
mais pratico e atenderemos a meta.
A importância e a responsabilidade do enfermeiro quanto a observação e
atendimento das necessidades psicossomáticas do paciente intensivo deve ser
destacada, uma vez que possui função específica na eficácia da terapêutica de seus
pacientes / clientes, pois dependendo de sua atitude pode facilitar ou impedir um
programa de recuperação, visto que este paciente / cliente é invadido por medo do
desconhecido em um ambiente estranho.
Até alguns anos atrás a função do enfermeiro era dirigido para os aspectos
gerenciais, o que o afastava do contato com o paciente, mas com algumas
modificações na sistematização de assistência, o enfermeiro de UTI sentiu a
necessidade de prestar assistência mais direta ao paciente em todas as fases dos
procedimentos, destacando a importância desta para o sucesso do tratamento e o
pronto restabelecimento do cliente.
Por isso, humanizar caracteriza-se em a cabeça e o coração na tarefa a ser
desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com
ciência e paciência as palavras e os silêncios.
O relacionamento e o contato direto fazem crescer, e é neste momento de
troca, que humaniza, porque assim posso me reconhecer e me identificar como
gente cuidando de gente, como ser humano.
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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C.,
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