Calor e umidade favorecem candidíase Embora não seja

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Calor e umidade favorecem candidíase
Embora não seja considerada uma doença grave, traz vários transtornos
para as portadoras. SUS oferece diagnóstico e tratamento
A candidíase é uma das infecções vaginais mais comuns entre as
mulheres. Embora não seja considerada uma doença grave, traz problemas para
as portadoras, como coceiras e corrimentos. O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece o diagnóstico e o tratamento gratuitos para candidíase e também para
outras doenças que afetam a saúde sexual e reprodutiva.
Causada pelo fungo Cândida sp, a vulvovaginite fúngica ou candidíase se
manifesta com mais intensidade em países tropicais, como o Brasil. O calor e a
umidade favorecem a proliferação do microorganismo causador. A doença
também pode ter como origem o uso de calças apertadas, absorventes internos e
a má higiene local. O uso de antibióticos, corticóides ou anticoncepcionais também
pode desencadear o aparecimento da doença, porque essas substâncias
diminuem a imunidade do organismo. Por esse mesmo fator, mulheres grávidas e
diabéticas têm mais chances de contraír o fungo. “Vale lembrar que a candidíase
não é uma doença sexualmente transmissível (DST). Não se pega pelo contato
sexual, porém o início das atividades sexuais aumenta a freqüência da doença”,
observa o responsável pela Unidade de Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST) do Ministério da Saúde, Valdir Pinto. “Apenas se a mulher apresentar a
candidíase de repetição, recomenda-se o tratamento do parceiro”, complementa.
A candidíase tem como sintomas corrimento branco semelhante ao leite
coalhado e placas na parte interna da vagina. A paciente também apresenta
coceira forte no órgão genital e pontinhos avermelhados ou inchaço na vulva. A
candidíase provoca uma irritação capaz de causar dor à mulher durante as
relações sexuais. Os homens também podem sofrer de candidíase, principalmente
aqueles que não se submeteram à operação de fimose, que remove a pele ao
redor do pênis. A camada pode servir de reservatório para suor e outros resíduos
de má higiene, que permitem o surgimento da doença,
Hábitos – O desenvolvimento dessa infecção depende muito de hábitos
diários, como a higiene e de secar bem os órgãos genitais após o banho. Com a
aproximação do verão, os casos de candidíase tendem a aumentar. Os médicos
recomendam alguns cuidados para evitar a doença. As mulheres não devem, por
exemplo, passar o dia inteiro com roupas de banho molhadas. Os ginecologistas
também alertam para o risco de as mulheres vestirem calças jeans muito
apertadas. “O tecido é muito grosso e não permite a passagem de ventilação.
Com isso, há um acúmulo de suor no órgão genital feminino”, alerta Valdir Pinto.
Os médicos recomendam, ainda, o uso de calcinhas de algodão, ao invés
de tecidos sintéticos, como a lycra. Esse tipo de tecido não absorve o suor, que
fica em contato com a pele, criando um ambiente propício para o desenvolvimento
de fungos.
Mulheres com candidíase devem evitar dormir com calcinha. Isso
também evita a proliferação do fungo.
“Se a pessoa notar algum sintoma dessa infecção, deve procurar o posto de
saúde mais próximo”, recomenda Valdir Pinto. Segundo ele, o diagnóstico é feito
por meio de um exame ginecológico e do Papanicolau, onde o material é colhido e
analisado microscopicamente. Os dois são oferecidos gratuitamente pelo SUS. “É
importante que as mulheres passem periodicamente pelo exame de Papanicolau
para detectar não só a Candidíase, como várias doenças que ameaçam sua
saúde, como o câncer de colo de útero e outras DSTs”, aconselha. “Nunca é
demais lembrar a importância do uso da camisinha nas relações sexuais. Essa é a
proteção mais segura”, diz.
A forma de manifestação da Candidíase depende muito de cada mulher. A
imunidade é um fator importante para a eliminação desse fungo. Algumas
mulheres que apresentam a infecção podem tratar de maneira bem simples. “Às
vezes basta melhorar a alimentação e a higiene pessoal ou simplesmente dormir
sem calcinha para que a cândida vá embora”, afirma Valdir. Para casos mais
críticos os tratamentos variam, há pomadas ginecológicas, que são aplicadas no
local ou então recomenda-se o uso de remédios orais, fornecidos pelo SUS. “A
simples mudança de hábito também pode ajudar muito na eficácia do tratamento”,
ressalta Valdir.
Serviço:
O Sistema Único de Saúde oferece os exames laboratoriais e o Papanicolau para
o diagnóstico da Candidíase. O SUS também oferece o tratamento para a doença.
Tanto o atendimento quanto a terapia são gratuitos. Procure o posto de saúde
mais próximo da sua casa. Mais informações pelo Disque Saúde (0800-61-1997).
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