Candidíase (=candidose, monilíase) • Agentes etiológicos: leveduras do gênero Candida – C.albicans, C.tropicalis, C.krusei, C.parapsilosis, C.Glabrata, etc... • Distribuição geográfica: cosmopolita • Habitat: pele, cavidade oral (30 a 50%), trato genital (20%), trato digestivo • Morfologia em vida saprofítica: leveduras e pseudomicélio. • Em vida parasitária: pseudomicélio e hifas septadas. • Modo de infecção: endógeno ou contato direto • Patogenia: podem produzir doença aguda ou crônica, superficial ou profunda na presença de fator predisponente (micose oportunista) • Candidíase superficial – pele e unhas: intertrigo e paroníquia. Lesões eritematosas, exudativas, pruriginosas. - mucosas: - estomatite (“sapinho”). Eritema e exsudato pontilhado branco e cremoso; Queilite angular; - Vulvovaginites – Leucorréia branca e leitosa, eritema, prurido, ardência à micção Candidíase sistêmica – Comum em unidades de tto intensivo. Acomete vários órgãos. Esofagite é frequente no paciente infectado pelo HIV Candidíase oral Diagnóstico • Exame direto do material obtido das lesões: - raspado das lesões cutâneas ou mucosas – observa-se sob lâmina e lamínula com solução de NaOH a 4% ou KOH 10% pseudomicélio indica invasão • Cultura do material das lesões: - hemocultura - em meio Sabouraud o crescimento é obtido em 24-48h - crescem em colônias cremosas cuja cor depende da sp. - As espécies são identificadas por provas bioquímicas. Tratamento • Candidíase superficial – nistatina ou derivados imidazólicos para uso tópico • Candidíase sistêmica ou superficial extensa – Fluconazol ou Anfotericina-B Aspergilose • Agentes etiológicos: fungo filamentoso do gênero Aspergillus – A. fumigatus, A. flavus, A. niger, A.terreus, A. nidulans • Distribuição geográfica: cosmopolita • Habitat: por todo o ambiente: solo, ar, plantas, matéria orgânica em decomposição, poeira e alimentos. • Morfologia em vida parasitária ou saprofítica: filamentos micelianos • Modo de infecção: inalação de esporos • Patogenia: podem produzir doença alérgica ou infecções profundas colonizando os tecidos na presença de fator predisponente (micose oportunista) • Bola fúngica – aspergilose pulmonar numa caverna residual de tuberculose. Geralmente assintomática. Hemoptise é o sintoma mais grave e pode levar ao óbito. • Aspergilose crônica necrotizante do pulmão – semelhante à anterior em pacientes com doença pulmonar crônica, alcoolismo e diabetes • Forma pulmonar invasiva – gravíssima. Acomete neutropênicos, transplantados, HIV e crianças com doença granulomatosa crônica. Febre que não cede a atb., dor pleurítica, tosse, queda do estado geral, nódulos pulmonares. Diagnóstico • Exame direto do escarro ou secreções - De valor apenas nas alergias. Nas formas invasivas não serve como diagnóstico (não é possível diferenciar de colonização) • Cultura do material das lesões: - o material deve ser obtido por lavado broncoalveolar ou escarro - Semeado em meio Sabouraud - Crescimento de grande quantidade de colônias em mais de uma ocasião sugere o diagnóstico. • Testes sorológicos – são úteis nos casos de alergia, bola fúngica e forma crônica necrotizante Tratamento • Bola fúngica – cirúrgico somado ao tratamento antifúngico com anfotericina-b ou itraconazol • Forma necrotizante, invasiva e demais formas – anfotericina-B e suas formulações lipídicas, itraconazol, recuperação do sistema imunológico FIM