Resenha : Filosofia da Mente Os problemas da filosofia da mente e das ciências da cognição são hoje em dia extremamente estimulantes por procurarem estudar fenômenos que até há pouco tempo muitas pessoas consideravam que estavam para além do alcance da ciência. Muitos dos temas comtemporâneos da filosofia da mente foram estudados por filósofos como Platão e Aristóteles, assim como Tomás de Aquino, Descartes e Locke. Para o filósofo René Descartes, o homem era composto de uma dualidade, corpo e alma, encontrando-se uma incompatibilidade entre estas duas substâncias, vários filósofos procuraram buscar uma solução para este problema propondo um relacionamento entre mente e corpo (cérebro), pois encontrar este elo perdido parecia impossível, de onde originou uma visão de pêndulo entre mundo físico e mundo mental. Sem uma solução definitiva, acaba permanecendo a idéia intuitiva de nossas ações são decorrentes de nossa mente, assim sendo, o princípio de causalidade e o de incompatibilidade continua sendo inaceitável para os filósofos que sucederam Descartes. A noção de intecionalidade defendida por alguns filósofos afirma que não existem intenções sem conteúdo, estas são sempre acerca de alguma coisa, uma vez que, todos os estados mentais têm essa marca distintiva. Os estados mentais refere-se a algo exterior a mim, essa referência implícita a algo fora de mim é a marca intencional de meus estados mentais, na qual, meus estados mentais adquirem significado, ou seja, pasam a ser representações de coisas no mundo. Pode-se construir sentenças acerca de fatos ou objetos que não existem mas que contudo tem sentido. O filósofo norteamericano John Searle, sustenta a idéia de que nunca poderíamos reproduzir nossa vida mental usando computadores, porque a estas máquinas falta-lhe a intencionalidade. Searle não foi o único a retomar o tema da intencionalidade do mental, muitos tentam conceber ou reduzir a relação entre algo físico ou biológico. Estes buscam respostas na física e na neurociência, elementos e argumentos para refutar o dualismo. As neurociências buscam uma solução para o problema da relação entre mente-cérebro, deverá ser algo acessível ao senso comum, algo imaginável.