Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Instituto de Estudos Geográficos Reflexão sobre a Restauração Vegetariana No Território Português Docente Orientador do Seminário: Rui Gama Fernandes Trabalho realizado por: Anabela da Silva Marques 2008-2009 Reflexão sobre a Restauração Vegetariana No Território Português 1 O apetite nem sempre é o melhor guia, a escolha dos alimentos para uma melhor edificação do organismo deve ser factor preferencial. Nem sempre a sociedade adopta hábitos considerados ideais. Várias dietas alimentares surgem como opção. Palavras-chave: Comportamento do consumidor, Hábitos de consumo, Alimentação, Vegetarianismo, Restauração, Turismo. 2 Índice Índice…………………………………………………………………………………...3 Introdução……………………………………………………………………………. 4 Objectivos …………………………………………. …………………………………5 Metodologia……………………………………………………………………………6 I Parte ............................................................................................................. 9 Conjuntura e enquadramento teórico da Restauração Vegetariana em Portugal .......................................................................................................... 9 Breve história do vegetarianismo…………………………………………………...9 A problemática da produção de alimentos face ao crescimento da população…………………………………………………………………………….13 Razões que levam à opção do vegetarianismo…………………………………17 Razões ecológicas………………………………………………………………….19 Razões éticas………………………………………………………………………..20 Razões Ecnómicas………………………………………………………………….21 Razões religiosas……………………………………………………………………21 Estudo………………………………………………………………………………...22 Vegetarianismo Global……………………………………………………………..24 Caracterização da Restauração Portuguesa…………………………………….28 II Parte ....................................................................................................... …39 Caracterização dos Restaurantes Vegetarianos em Portugal…………………40 Inquérito on line do Centro Vegetariano………………………………………….45 Inquérito de Celas…………………………………………………………………..50 Inquérito aos Empreendedores……………………………………………………55 Conclusão……………………………………………………………………………57 Curiosidades…………………………………………………………………………59 Bibliografia .................................................................................................... 64 Sites recomendados ..................................................................................... 68 Anexos ......................................................................................................... 70 Tabela do diagrama 1 ................................................................................... 71 Tabela do gráfico 1 ....................................................................................... 71 3 Introdução Começam a ser notórias as mudanças alimentares na sociedade, pelo conhecimento que esta tem vindo adquirir, incluindo a dissolução das culturas nos diversos espaços, consequência da globalização. Factores como a necessidade crescente de manter maior longevidade, os apelos feitos em defesa dos animais, a luta por um ambiente melhor e com objectivo de legar aos nossos descendentes um mundo mais protegido do que foi deixado à nossa geração, as religiões que se dedicam a sensibilizar os crentes para um corpo saudável e por fim a economia de consumo que alterou e incentivou a hábitos pouco edificantes, que só tinham como objectivo a maximização do lucro, agora tentam acompanhar as novas tendências do mercado. Hoje as mobilidades que se fazem, em tempos de lazer ou em trabalho, com a diversificação dos gostos e opções feitas na dieta alimentar especializada, levam o público a manifestar uma preferência por Restaurantes Vegetarianos, umas vezes como alternativa ao existente, outras por opção de uma alimentação mais saudável, por razões éticas ou por um ambiente melhor. Em Portugal, pais marcado pelo seu desenvolvimento tardio, devido a factores histórico político, com a entrada dos retornados e emigrantes, verifica-se a introdução de novos alimentos, logo uma gastronomia diferente. Também a cozinha Chinesa, Italiana e Goesa abrem portas aos Portugueses. Lisboa acolhe muitos estrangeiros com origens bem diversas. A cozinha Africana, só mais tarde começa a ser vista sem preconceito, pois a acessibilidade dos portugueses ao mundo, leva-os a aceitar e a lidar com as vivências dos outros mais facilmente. A alimentação Vegetariana que nos últimos anos é preconizada quase como que uma moda, uma maneira de estar própria ou até mesmo como um estilo de vida mais saudável de uma 4 população com mais conhecimento, vai eliminando preconceitos que aceleram a sua expansão. . 5 Objectivos A Geografia Humana tem de estar atenta a todas as mudanças no espaço, para assim conseguir dar uma melhor resposta a um planeamento mais preciso, estrategicamente mais desenvolvido e sustentável, tanto da parte da população como da área territorial, leva a esta reflexão sobre a Restauração Vegetariana no Território pormenorizadamente este Português. fenómeno Precisamos ainda em de analisar expansão, tanto mais de mentalidades como de conhecimento, afim de se conseguir dar respostas à implementação da Restauração Vegetariana no território. Não é da nossa competência analisar financeiramente, mas sim, a nível do espaço e cruzar com vectores como o publico alvo, de maneira a deixar para um futuro uma estratégia sustentável neste tipo de restauração. Conhecendo as características do publico, onde se localiza, e quais as suas mobilidades, poderão ser projectadas respostas eficientes. 6 Metodologia A metodologia escolhida para este trabalho de investigação consistiu em primeiro lugar, num tema que tivesse interesse para a sociedade e ainda pouco explorado. De seguida, a recolha feita de material para a elaboração deste seminário, foi com alguma dificuldade, devido aos poucos artigos portugueses de uma época muito contemporânea. Foram realmente O Brasil, os USA e a Inglaterra os pioneiros neste tipo matéria. Dividimos numa primeira parte teórica, em que iniciamos sobre uma breve génese do vegetarianismo, descrevendo em seguida, as razoes da escolha feita pelos adeptos, celebridades, praticantes deste regime alimentar. Abordamos a problemática da produção de alimentos para um número de população em crescimento, exemplificamos métodos utilizados no Japão em áreas urbanas aproveitadas para produção de agricultura. Demonstramos os hábitos que os portugueses têm em consumir frutas e verduras. Mas sendo o Turismo, que mais receitas contribuem para o PIB, considerámos fazer uma análise da restauração, dos consumos e preferências feitos nestes espaços, pela parte da clientela. A segunda parte, prática, propusemos fazer o seguinte: Devido à escassa informação inexistente sobre Restaurantes Vegetarianos, optamos pela realização de inqueritos, com o objectivo de conhecer melhor este universo de população à escala Nacional e local (Celas), mas tambem o perfil do actual empreendedor. Quanto à natureza da pesquisa, foi utilizada classificação quantitativa e de análise do problema. Esta abordagem permitiu a quantificação (tradução de informações/opiniões em números) dos testes aplicados à amostra da população alvo. Todos os dados foram tabulados e cruzados através do programa Microsoft Excel. 7 Foram realizados tres inqueritos : Um inquerito na pagina online do centrovegetariano Um inquerito sectorial na area de Celas em Coimbra Um inquerito aos emprendedores da Restauração exclusivamente Vegetariana Em anexo, encontram-se os formulários realizados para consulta. 8 I Parte Conjuntura e enquadramento teórico da Restauração Vegetariana em Portugal 9 Breve história do Vegetarianismo O Vegetarianismo não é uma moda que se está a expandir nestas ultimas décadas, mas já conta com uma longa história de vários milénios. Sendo uma das opções o vegetarianismo, por motivos religiosos, levou-me a uma resposta que se enquadre neste factor de escolha. Para os Criacionistas que defendem a origem da Terra acerca de 6 mil anos e tendo como base a Bíblia (livro Histórico), ela descreve a alimentação nos seus primórdios e começa logo na primeira folha Génesis 1:29. Deus apenas deu como alimento aos primeiros habitantes cereais “erva que dá semente” e frutas, quando Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden foi-lhes permitido adicionar vegetais “erva do campo” Génesis 3:18. Só depois do dilúvio Génesis 9:1-4, foi introduzida a carne. Esta só era utilizada em ocasiões muito especiais e quase sempre ligada a cerimónias religiosas. Um fenómeno constatado na população após o dilúvio, é que a sua longevidade diminuiu drasticamente. Enquanto que Adão viveu até aos 912 anos, Èber viveu 438 anos e após a dispersão de Babel, Réu atingiu 239 anos e Abraão viveu 175 anos. O Salmo 90:10” Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa...” E Salmos foi em parte escrito pelo Rei David que viveu no ano 1006AC. Já o Rei Salomão que viveu no sec VIII AC, marca uma etapa em que a carne foi introduzida para consumo diário I Reis 4:7-28. 10 I Reis 80 Anos Salmos Abraão 175 Anos Réu 239 Anos Dispersão de Babel Èber 464 Anos Dilúvio Introdução de carne em situações especiais Expulsão do Jardim do Éden Comeram Vegetais “erva do campo” Adão e Eva 912 Anos Comeram “erva com semente e fruta” Fonte: Elaboração própria 11 Por volta de 3200AC, o vegetarianismo foi adoptado no Egipto por grupos religiosos, que acreditavam que a abstinência de carne criava um poder que facilitava a reencarnação. O primeiro profeta rei chinês, Fu Xi, era vegetariano e ensinava às pessoas a arte do cultivo, as propriedades medicinais das ervas e o aproveitamento de plantações para roupas e utensílios. O rei indiano Asoka (264-232AC) converteu-se ao Budismo, chocado com os horrores das batalhas. Ele proibiu os sacrifícios de animais e o seu reino tornou-se vegetariano. Na Índia, o Budismo e Hinduísmo, religiões que sempre se orientaram pelo respeito dos seres vivos, aconselhava os cereais e os frutos como a melhor forma (mais equilibrada) de alimentar a população. Para os celtas e aztecas, com uma forte ligação à natureza, a carne era reservada para grandes ocasiões. Já o regime alimentar grego e romano foi fundado sobre os valores do trigo, da vinha e da oliveira. Modelo ligado à ideia de frugalidade: o pão, o vinho e o azeite. Pitágoras e Platão defendiam que o vegetarianismo venerava a religiosidade, a saúde física e a responsabilidade ecológica. Os povos mediterrâneos, sempre associaram o consumo da carne ao luxo, à gula, à festa, ao status social, pois a carne não era considerado um bem essencial, mas sim os produtos da terra. A venda da carne chegava a ser proibida. Com a conquista de novos territórios, novos vegetais foram introduzidos na Europa, tais como as batatas, a couve-flor e o milho. A adopção destes novos alimentos trouxe imensos benefícios à saúde, ajudando a prevenir doenças. No sec XVIII, os animais já eram considerados inteligentes e sensíveis, o que levou a posições de defesa quanto ao abuso dos animais. Ilustres da época do iluminismo vegetarianos: poetas John Gay e Alexander Pope, o médico Dr. John Arbuthnot e o fundador do movimento metodista John Wesley, filósofos como Voltaire, Rousseau e Locke. A obra de Paine, The Rights of Man, de 1791, levantou muitas questões a respeito dos direitos dos animais. No sec XIX, ao Adventistas do Sétimo Dia, com origem nos EUA, difundem esta prática pela Inglaterra e daqui para outros lados da Europa e restante mundo. Dr. Kellogg dava aos seus pacientes do Sanatório em Battle a sua criação: os cereais: Kellogg´s que se encontram em qualquer supermercado do mundo. Os restaurantes vegetarianos em Londres, eram a resposta em 12 momentos de crise económica após guerra. Eles aliavam o factor económico com o nutritivo. A Sociedade Vegetariana Britânica no sec XX fazia parceria com o humanitarismo. A dieta vegetariana proporcionou à população da II Guerra Mundial mais saúde e os Britânicos foram incentivados a cultivar os seus legumes e frutos para combater a escassez de alimentos. O vegetarianismo ainda ficou mais reforçado após as influências orientais. Mas foi no final do Sec.XX que o homem se torna alerta para auto destruição que faz ao planeta. A sustentabilidade ambiental, preservando os recursos existentes começa a fazer parte dos objectivos políticos de alguns países desenvolvidos. As doenças de animais como: as vacas loucas (BSE), listeria, salmonelas e gripe das aves; alteram economias, com os embargos das carnes exercidos a certos países. Desde então o vegetarianismo deixa de ser considerado como um tabu e é associado a um estilo de vida saudável que proporciona maior longevidade com mais qualidade, evitando doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol, etc. Estudos demonstram que o menor consumo de carne estimula pessoas mais calmas, com menor violência. As organizações vegetarianas multiplicaram-se nas últimas décadas, tornando-se num fenómeno global. Já a Teoria Populacional Malthusiana, demógrafo e economista Inglês, analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade de produção de alimentos que a terra proporcionava. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria. Fonte: ISEC 13 A problemática da produção de alimentos face ao crescimento da população A explosão demográfica nos países subdesenvolvidos, foi acompanhada da escassez de alimentos originando consequências catastróficas. ARAGÃO, Maria José; no seu livro Alimentação Vegetariana versus Alimentação Tradicional, no capítulo Demografia e Alimentação refere a mesma problemática do Boom de População no Sec.XX: problema de produção de alimentos para satisfazer as necessidades do homem no planeta. Também são tratadas as técnicas laboratoriais, em que é usada a biotecnologia nos alimentos, usando-se o ADN e as técnicas de ceel-fusion para obter resultados no reino animal e vegetal. A domesticação dos animais e as culturas intensivas, já não conseguem responder às necessidades da subsistência da população. A comparação de 1977, em que nasciam 230 pessoas por minuto, mas morriam 100 e no final do dia existiam 190.000 seres humanos. Devido à evolução na ciência houve uma maior esperança de vida, apesar de não ser homogéneo em toda a área do globo. Assim a Europa, verifica um crescimento de 30% da população. A autora supõe que o planeta vá suportar apenas 8 biliões de indivíduos. Surgem dois grandes problemas para a ciência: a falta de agua e a fome. Não esquecendo contudo o problema da poluição do ar, da agua e dos solos. É feita uma questão pertinente: “ Como reagirá o organismo humano a longo prazo, às condições de vida cada vez mais artificiais do mundo industrial”? No Japão, o distrito comercial de Otemachi na cidade de Tokyo, a empresa Pasonao 2, oferece um desenvolvimento tecnológico de produção agrícola urbana. Em 1000 m2 são plantadas: alfaces, morangos, flores (cerca de 100 produtos diferentes). A inovação deve-se à não utilização de luz solar, plantas sustentadas por luz artificial, apesar de serem cultivados isentos de fertilizantes e pesticidas. O método utilizado para o desenvolvimento das plantas, chamado de hidroponia, é pelo facto de não utilizar quase nenhum solo, mas são cultivadas em água. Estas fábricas, localizadas em áreas suburbanas, mas dentro de prédios. 14 Sala 3 Plataforma Campo de Arroz. Lâmpadas de sódio de alta pressão. O arroz é possível ser colhido três vezes ao ano. Sala 4 Frutas/Legumes Campo. Cultivo de tomate por hidroponia. Com lâmpadas fluorescentes. Sala 6 Quarto dos Legumes. Os Alfaces são cultivados com lâmpadas fluorescentes. O cultivo é feito em “camas”. Fonte: http://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/02/page/2/ 15 Os países desenvolvidos deparam-se então com as doenças da civilização devido aos hábitos alimentares adquiridos, como é exemplo, o consumo de farinhas refinadas, sem vitaminas e fibras, com muita gordura, açúcar e uma exagerada ingestão de carnes e fritos (óleos com teores elevados de polinsaturados que em temperaturas elevadas decompõem-se em agentes cancerígenos), hambúrgueres, Coca-Cola e álcool. Verifica-se um défice no uso de frutas e verduras, que são ricos em fibras e vitaminas. Toda esta carência de nutrientes e estilo de vida, provocam doenças como a obesidade, a diabetes, a hipertensão arterial, a trigliceridémia e colesterolémia que causam problemas no sistema cardiovascular, cálculos nos rins e vesícula, elevado acido úrico que provoca o reumatismo gotoso, o facto de consumir carnes não maduras como o frango, o borrego, a vitela, leitão, também estimulam ao aparecimento de novas formas de cancro e doenças neuropsiquicas que são características nos países desenvolvidas, com vida sedentária e população com maior nível de vida. Uma alimentação saudável é aquela capaz de oferecer todos os nutrientes necessários para o corpo humano, promovendo saúde e bem-estar. Actualmente, os hábitos alimentares devem ser conhecidos e entendidos para que se possa planear alimentação e promover mudanças no comportamento alimentar. De acordo com os dados Target Group Index (TGI) Portugal, Setembro 2008, 63% dos portugueses com idades entre os 15 e os 64 anos, residentes de Portugal Continental, afirmaram ter bebido sumos de fruta e/ou vegetais nos últimos 12 meses. No que concerne à análise da variável sexo, os dados TGI revelam que as mulheres (66%) mais do que os homens (59%) afirmaram ter bebido este tipo de bebida nos últimos 12 meses. Focando a análise na variável idade, verifica-se que é junto dos indivíduos com idades compreendidas entre 25 e os 44 anos que o consumo deste tipo de bebida é maior (25/34 anos - 68%; 35/44 anos - 69%). Por oposição, é junto dos mais velhos (55/64 anos) que se verifica o menor consumo de sumos de fruta e/ou vegetais (54%). 16 Uma análise por região Marktest, revela que é nas regiões da Grande Lisboa (67%), Sul (66%) e Litoral Norte (65%) que o consumo deste tipo de bebida é maior. Por oposição é na região do Grande Porto que se verifica o menor consumo de sumos de fruta e/ou vegetais (58%). 17 Razões que levam à opção do vegetarianismo A União Vegetariana Internacional define o Vegetarianismo como "a prática de não comer carne, aves, peixes ou seus subprodutos, com ou sem uso de lacticínios e ovos." As quatro formas de Vegetarianismo são: Ovolactovegetarianismo Lactovegetarianismo Ovovegetarianismo Vegetariana Apresentamos um quadro que melhor define os alimentos usados em cada uma delas Nome da dieta Carne (Qualquer Tipo) Ovos Lacticínios Mel Ovolactovegetarianismo Não Sim Sim Sim Lactovegetarianismo Não Não Sim Sim Ovovegetarianismo Não Sim Não Sim Vegetarianismo Não Não Não Não Fonte: Wikipedia As razoes que levam à pratica do Vegetarianismo dividem-se em cinco principais: 1. Saúde 2. Ecológicas 3. Éticas 4. Económicas 5. Espirituais 18 As razoes de saúde, é motivo para muitas pessoas para conseguirem obter uma melhor qualidade de vida. Vários estudos têm sido realizados para comprovar longevidade com qualidade. As pessoas que praticam esta dieta têm menos 20% de colesterol, consequência da introdução de vegetais, legumes e frutas. A dieta torna-se mais rica em fibras, vitaminas e sais minerais que conjuntamente com os hidratos de carbono e proteínas tornam esta dieta mais saudável. Ainda existe muito preconceito e pouca informação, pois alguns médicos ainda desaconselham esta dieta. No entanto, ela é seguida por desportistas, grávidas e crianças sem qualquer prejuízo, mas há a necessidade de saber conjugar os vários alimentos e nutrientes para que não se verifique carências de qualquer tipo. Cada país tem as combinações próprias de alimentos. México – milho com feijão Indianos – arroz com lentilhas Médio Oriente – trigo com grão Pirâmide Alimentar 19 Razões Ecológicas Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) Para produzir 1kg de carne bovina são gastos aproximadamente 15 mil litros de água (Considerando o consumo do animal durante sua vida dividido pelo rendimento bruto de sua carne); para produzir 1kg de soja são gastos menos de 1300litros de água, cerca de 10%. A economia de água é, portanto, superior a 90%. Fonte: www.fao.org (sobre o tema vide, Singer, P. (2004). Libertação Animal.Editora Lugano). 100 Ocres de terra produzem carne que alimentam 20 pessoas, mas se fosse trigo daria para alimentar 240 pessoas. Para que haja um desenvolvimento sustentável à que ter em atenção o ambiente e os impactos que nele poderão surtir efeitos negativos. O Presidente da EU, Durão Barroso, faz uma abordagem das energias renováveis de baixo carbono, contra os impactos ambientais e mais viável economicamente. A eficiência ambiental dos agrocombustiveis e a sustentabilidade da vida na Terra é questionada por Boaventura Sousa Santos. Num teste, efectuado na Assembleia da Republica, uma das perguntas era: “ com que frequência consome produtos de origem animal?” outra “de entre os alimentos que consome que quantidade é pré-preparada?”, com o intuito de saber a percentagem do que poluímos. Visão edição verde Nº764, 25 Outubro de 2007 È necessário pensar de maneira verde, mas os produtos não poderão ser mais caros, mas sim deverá registar-se o inverso. Assim os produtos biológicos e orgânicos deverão ter uma estratégia comercial de redução de 20 preço, uma vez que se existir uma aposta forte no consumo destes produtos, os seus custos e preço final serão reduzidos. A consultora Ac Nielsen, conclui que a segunda razão para a escolha destes produtos, é a protecção pelo meio ambiente, mas a primeira é por serem mais saudáveis. 38% Não compram estes produtos por serem mais caros. Para Carlos Coelho da Ivity Brand Corp: “ O Grenn é uma tendência, não é uma moda, porque está relacionado com uma necessidade concreta e que é transversal a todas as actividades. Acredito que vão surgir soluções para encontrar um equilíbrio e que as preocupações ambientais deixarão de ser uma coisa de riscos.” Jerónimo Martins, em Julho lançou nos supermercados Pingo Doce, uma marca própria de alimentos biológicos com preços mais acessíveis. Ao escolhermos produtos biológicos, com o sabor de antigamente, sem químicos que poluem o ambiente, os níveis de vitamina, de hidratos de carbono e proteínas têm níveis mais levados de nutrientes. “ Quem por preguiça, ignorância ou teimosia, optar pelo conservadorismo está condenado ao fracasso…e a ficar sem presente e sem futuro.” O clima vai afectar a cultura do arroz e milho, diminuindo-a drasticamente em todo o território nacional, o mesmo acontecerá com o trigo no Centro e Sul, só as pastagens beneficiarão com o aquecimento. Razões Éticas São defensores dos direitos à injustiça, na morte e sofrimento dos animais para o consumo humano, por causa da violência existente neste processo. Activistas radicais definem o abate das vacas como assassinato e os vitelos infanticídios. 21 Os animais são engordados rapidamente para um maior lucro. São privados da luz natural, do ar puro e respiram atmosferas imundas. Os animais são transportados a longas distanciam, com temperaturas quentes, aglomerados em carros sujos, muitas vezes privados de alimento e agua durante varias horas e sujeitos a grandes sofrimentos para chegarem ao abate, a fim do sere humano banquetear com o seu cadáver. Os animais vêem e ouvem, amam, temem e sofrem. Manifestam ternura pelos que cuidam deles, maiores do alguns da raça humana. O homem não necessita de se alimentar com carne para ser mais forte. Os cereais, as frutas e as oleaginosas contem propriedades nutritivas para formar um bom sangue. Razões Económicas Tem havido uma preocupação pela parte dos produtores de soja e seus derivados, para que estes produtos cheguem ao cliente de uma maneira atractiva e pratica para confeccionar os pratos. Há uma introdução no mercado de produtos e variedades de alimentos substitutos da carne, para isso vemos empresas como a “ Casa de Prisco”, com sede em Tondela e fabricação de enchidos, também com alheiras de soja, pois é um mercado emergente. A Nobre também lançou no mercado uma gama de salsichas de soja. Razões religiosas Muitas pessoas não ingerem carne por motivos religiosos. O Budismo defende o Vegetarianismo, mas admite o consumo moderado de carne e peixe. O judaísmo e o Islamismo proíbem o consumo de carne de porco, o judaísmo proíbe ainda as ostras. Os Hindus consideram as vacas sagradas e não as comem. A Igreja Católica, no passado, aconselhava os jejuns e limitava a ingestão de carne, pois só era permitida em caso de doença ou dias festivos. 22 Segundo a Bíblia, a carne só foi introduzida na dieta humana, após o dilúvio, porque tinha sido destruído todo o verde. Mais tarde, no deserto com Moisés o povo recebeu o maná, “ pão do Céu”. Após a chegada Canaã, foi permitido aos israelitas o uso de alimento animal, mas com restrições. As carnes de porco eram proibidas, assim como a de outros animais e aves que eram considerados imundos. Das carnes permitidas ainda era proibido o uso do sangue assim como a gordura dos animais. Só era permitido usar como alimento, animais em boas condições. Assim também havia como proibição os animais que morressem de morte natural ou do qual o sangue não havia sido cuidadosamente tirado. Estudo Passo a publicar um estudo realizado pela empresa Nielson, em que concluía existência de 30.000 vegetarianos em Portugal no ano de 2007. 30 000 Portugueses serão mesmo vegetarianos, nunca consumindo carne nem peixe. O estudo foi realizado pela empresa Nielsen, líder mundial em estudos de mercado, durante o mês de Outubro de 2007. Consistiu na realização de 2000 entrevistas, a indivíduos entre os 15 e 65 anos residentes em Portugal Continental, que são uma amostra que será representativa da população Portuguesa. As perguntas feitas foram: Com que frequência consome: Carne ou produtos derivados (Fiambre, Hambúrgueres, Mortadela, Chouriços, Patês,…) Peixe ou produtos derivados (Filetes, Marisco, Patês,…) Leite ou outros lacticínios como queijo, manteiga, iogurtes,… Ovos ou produtos com ovos como bolos,… As alternativas de resposta eram “Nunca”, “Ocasionalmente” e 23 “Frequentemente”. Para as conclusões acima apresentadas consideramse apenas os indivíduos que afirmaram nunca consumir os produtos em causa. Desta forma, conseguem-se resultados coerentes com a definição mais amplamente aceite de que um vegetariano é aquele que nunca consom carne nem peixe (e respectivos derivados). Neste estudo não foram feitas quaisquer alusões aos motivos que levariam ao seguimento da dieta em causa. Outros dados interessantes: As mulheres são quem consome menos carne e ovos. No entanto, são as que mais consomem lacticínios; É na Grande Lisboa e Litoral Norte menos se consome carne e ovos; 20% da população portuguesa consome carne apenas ocasionalmente; 23% consome peixe apenas ocasionalmente; Estes resultados têm um erro máximo associado de 2,2 para um intervalo de confiança de 95%. Ao que sabemos, é a primeira vez que é feito um estudo deste género, a uma amostra representativa de toda a população. Agora sabemos que em Portugal já são 30 000 os vegetarianos. Vegetarianos celebres Isaac Newton Napoleon Bonaparte Thomas Edison Leonardo da Vinci Albert Einstein Prince Paul Macartney 24 Vegetarianismo Global O Vegetarianismo torna-se nos dias de hoje tão vulgarizado nos paises desenvolvidos ao ponto da cidade belga de Ghent, em Maio de 2009, motivar os seus habitantes a não comerem carne um dia da semana, destancando os beneficicos ambientais e de saude, numa dieta vegetariana. É já considerada a capital vegetariana. A cidade incentiva os funcionários públicos e escolas a participarem no “veggie day”, que exclui carne da dieta Os cálculos indicam que é o equivalente a retirar um milhão de carros das estradas. O pró- prio líder do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri , incentivou as pessoas a deixarem de comer carne um dia por semana. Uma informação das Nações Unidas descobriu que a criação de animais emite mais gases nefastos do que os automóveis. Também refere, que 30% da superfície da Terra é ocupada com a criação de gado, mas também adicionamos mais 33% de área para produção de comida para o gado. 25 As ultimas novidadades levam tambem ao apelo de figuaras publicas como Paul McCartney que lançou, no Reino Unido, a campanha «Meat Free Monday» («Segunda-feira Sem Carne», numa tradução literal), com o objectivo de ajudar a combater as mudanças climáticas e proporcionar uma alimentação saudavel. Tambem a companhia aerea SWISS desenvolveu ementas sem carne para todas as classes nas suas reserva. Segundo avaliação realizada a dados de 2000 pela OMS, a Europa tinha um grupo etário mais idoso (+80anos) de 21,4 milhões, e em 2025 prevê-se que atingirá 35,7 milhões. Recomenda ser feito um investimento para a promoção do envelhecimento saudável, incluindo a nutrição, pois haverá sempre compensações económicas a curto, médio e longo prazo. Quanto mais saudável a população for, menores serão os encargos orçamentais futuros suportados pelos governos em cuidados médicos. Devido à qualidade de vida não ser apenas ausência de doença mas também a manutenção da independência, da mobilidade, das funções cognitivas, de um estado psicológico adequado, das relações sociais e das redes de apoio. Uma boa alimentação torna-se importante em qualquer etapa da vida. Fazer uma dieta adequada ajuda a reduzir o risco de doenças (obesidade, desnutrição, doenças cardíacas, diabetes, tensão alta, osteoporose e alguns tipos de cancro), alem de poder melhor a qualidade de vida nas pessoas que sofrem de doenças crónicas. A influência da urbanização nos modos de vida, leva à necessidade de questionar o nosso modo de estar segundo as condições que temos em relação ao tempo, periodicidade das compras, recursos financeiros e locais necessários para a nossa alimentação. A indústria e o comércio oferecem alternativas adaptadas ao consumidor urbano com novos padrões na alimentação o que contribui em mudanças no consumo alimentar. O indivíduo urbano de hoje, devido à falta de tempo tanto para a preparação dos alimentos como para o consumo destes, cada vez menos tem possibilidade, tempo e vontade de confeccionar comida e assim vão surgindo no mercado 26 produtos fabricados com novas técnicas de preparação que facilitam em casa a sua confecção. A vasta oferta de utensílios transportáveis para alimentos que tem surgido, tem levado a uma maior oferta de produtos de várias partes do globo. Contudo, o vector publicidade provoca novas experiências, novas realidades gastronómicas, espalhadas pelo mundo. O facto da nossa sociedade ser maioritariamente urbana influencia o acesso aos alimentos determinando a estrutura socio-económica, o que leva a ter especial atenção no campo das políticas económicas, sociais e agrícolas. As ciências da saúde tendo como preocupação a alimentação levaram à realização de estudos concluindo a relação existente entre uma dieta alimentar e algumas doenças devido a esta, pelo que os Estados e mesmo a EU demoraram a intervir nas mudanças dos padrões alimentares. A prosperidade económica levou a dietas com excesso de alimentos ricos em gordura, açúcar refinado e menor ingestão em carbonatos complexos (ricos em fibras). A indústria alimentar para um maior crescimento produz alimentos mais saborosos, de alto valor energético, mas com custo baixo. A globalização influencia fortemente a industria alimentar, utilizando a distribuição de alimentos em redes de mercado. Segundo a Revista de Nutrição Campinas de Outubro/Dezembro refere os novos processos de produção, estilização e pasteurização formam a mercadoria em produto desejável para diferentes nacionalidades. O público absorve padrões, estilos, modas, os quais são difundidos como mercadorias globais, designado a existir um carácter homogéneo. A utilização na publicidade dos produtos alimentares do factor científico, leva a uma maior credibilidade por parte do consumidor. Os povos que se julgam “ inferiores” imitam modos de vida dos “superiores”. Caso é das culturas Americanas e Europeias que têm influenciado o mundo. FISCHLER (1995) refere os restaurantes estrangeiros que confeccionam a sua comida típica de acordo com a cozinha receptora, dando origem a novos pratos culinários do país estrangeiro, preservando algumas características da culinária de origem. O exemplo da pizza que se via modificando consoante o pais que a confecciona, mas utilizando sempre os ingredientes: massa, tomate, orégãos e queijo. O croissant, a pizza e o hambúrguer apesar de 27 serem produzidos industrialmente em todo o globo, contem o seu valor simbólico da sua origem. As sociedades vão modificando as condições de vida, os modos de ser, de pensar, sentir e até imaginar. Influenciadas pela globalização levam ao deslocamento de ideias, indivíduos, de coisas, promovendo a uma desterritorialização. A relação da globalização com o desenvolvimento económico, levou a existirem preocupações das tendências no consumo alimentar, pois a promoção à saúde e ao corpo, como o valor relacionado com os alimentos exige atenção para com estas necessidades. Devido à globalização, hoje poderemos encontrar pratos típicos de qualquer parte do mundo, assim como os alimentos, que anteriormente eram sazonais, encontramos nos países desenvolvidos durante todo ano. Como o tempo é um elemento crucial na sociedade contemporânea, os fastfood ajustam-se por oferecerem pouco tempo na preparação dos alimentos e na ingestão, são rápidos e difundem-se pela expressão que comportam modernidade no mundo. O fast-food deve o seu sucesso ao modo de vida urbana, pois a sua indústria é automatizada, com aspecto moderno, organizada, higiénica e a sua marca é destacada. A preocupação que as grandes cadeias de fast-food em acompanhar as tendências do mercado, levou à introdução de ementas mais saudáveis, como saladas e sopas, pois os valores ligados ao corpo são cada vez factores mais decisivos nas estratégias comerciais. No entanto têm aparecido ementas ligadas à tradição, ao autêntico, ao puro, à terra, à natureza e são estes agora os caminhos trilhados pelos industrias de produção alimentar opondo ao carácter que incorpora os alimentos industrializados com os de produção domestica ou artesanal. No entanto esta técnica utilizada: “tradição”, não deixa de elaborar alguma etapa na preparação, mas utiliza as facilidades da tecnologia e a modernidade. Foi realizada um estudo Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no Brasil, a estudantes, quanto aos seus hábitos alimentares e verificou-se que os factores que influenciam o processo de compra são: disponibilidade de tempo, recursos financeiros, lugar, variedade de alimentos e qualidade dos 28 produtos oferecidos. A alteração de hábitos alimentares dos universitários é verificada com a entrada para a Universidade por estarem insatisfeitos com as suas dietas alimentares e almejam ao consumo de alimentos mais saudáveis realizando as suas refeições em horários mais padronizados. As mudanças na sociedade em relação aos hábitos de consumo, contribuiu a entrada da mulher no mercado de trabalho, queda da taxa de natalidade, maior número de famílias monoparentais, a urbanização e o envelhecimento da população, o que exige novas medidas a adoptar pela parte dos governos, de maneira que haja regulamentação na criação de produtos para oferecer às novas necessidades de consumo. Diz-me o que comes e dirte-ei quem és, define que somos estruturados por aquilo que comemos. Muitos dos hábitos são adquiridos na infância e verificase que os mais velhos consomem os snacks enquanto que os mais novos aderem aos novos pratos. No inquérito realizado aos universitários da Universidade Brasileira, verificouse que os jovens no fim-de-semana tem a liberdade de comer o que desejam e as mulheres encontram-se mais preocupadas com a saúde nos dias de semana. O facto de terem entrado para a universidade levou a alterarem os hábitos alimentares, pois desejam realizar as refeições a horas, em casa e consumir alimentos mais saudáveis. Devido a maior tempo, tanto para confeccionar alimentos como para comelos, leva a uma menor utilização dos espaços da restauração ao jantar. Caracterização da Restauração Portuguesa O gráfico que apresentamos de seguida, leva-nos a uma melhor leitura da utilização da restauração, tanto ao almoço como ao jantar, verificando-se uma menor percentagem nos jantares. São dados recolhidos pela ARESP 29 (Associação da restauração e similares de Portugal) nos anos de 2007 e 2008. Matos, Carvalhosa e Fonseca (2001) num trabalho que realizaram em adolescentes portuguesas para elaborar o perfil destas e concluíram que as que faziam dieta estavam satisfeitas com o seu corpo e que 53% pertenciam ao sexo feminino, pois estas apresentam maior preocupação com o seu corpo e 66% desejaria alterar alguma coisa na sua aparência corporal. “A ingestão de uma alimentação saudável está ligada com indicadores de proximidade em relação à família, colegas escola, bem como a percepção de bem-estar pessoal e social.” Anos 11 13 15 +16 % 15,4 32,8 33,2 18,6 Fonte: Elaboração própria Como actualmente não existe informação tão especializada sobre Restauração Vegetariana, não posso deixar de evidenciar a importância da Restauração no sector do Turismo em Portugal e demonstrar a sua grande importância económica. 30 Conforme pesquisa da Dun & Bradstreet Corporation apud Chiavenato (2005) As causas mais comuns que acarretam a mortalidade das empresas nascentes são: em 72% dos casos factores económicos, (como por exemplo: incompetência do empreendedor, falta de experiência no campo e falta de experiência gerência), em 20% a inexperiência (como por exemplo: lucros insuficientes e nenhuma viabilidade futura), 11% as vendas insuficientes (como fraca competitividade e localização inadequada), 8% as despesas excessivas (como despesas operacionais elevadas) e 3% as outras causas. Sem experiência, a maioria dos empreendedores iniciantes ignora os riscos e as armadilhas do mundo dos negócios (Medeiros, 1995). Várias são as políticas quanto ao sector do turismo que tem vindo a ser reestruturadas e adaptadas, pois este sector reveste-se de um grande interesse económico para o país. Já em 1992 foi elaborado “Estratégias de Desenvolvimento do Turismo e Quadro de Apoio Financeiro” para o desenvolvimento do turismo em Portugal, que consistia em aumentar a qualidade de oferta, aumentar o profissionalismo, a diversificação de produtos e diversificação de mercados. Tinha como estratégia a promoção turística. O investimento que é feito pelo Estado produz um retorno em emprego de mãode-obra especializada e impostos. O processo de crescimento económico de natureza endógena, os quais consideram o tipo produtivo, social e cultural, são decisivos para o desenvolvimento local (Costa, 2001). A hotelaria e restauração são um dos sectores de crescimento mais rápido na Europa. Em 2005, mais de 7,8 milhões de pessoas estavam empregadas neste sector (Eurostat, 2005), que gerou mais de 338 mil milhões de euros (Eurofound, 2005). Portugal apresenta valores mais altos do que Espanha na sua variação homóloga das receitas no Turismo, no período de Janeiro a Abril de 2007 e 2008 31 Verificamos que Portugal ao contrário de Espanha tem tido um crescimento contínuo, não apresentando grandes oscilações, apesar das receitas serem muito mais baixas do que o país vizinho, é o mês de Agosto que se registam o maior volume de negócios.A esmagadora maioria das empresas do sector são de pequena dimensão, empregando menos de 10 pessoas. As mulheres constituem um pouco mais de metade da mão-de-obra. (Eurofound 2005: 'Hotels and catering - policies, issues and the future' [Hotelaria e catering políticas, questões e futuro]) Fonte: Elaboração própria A restauração representa uma fatia de peso no turismo, chegando a atingir os 92% em número de empresas afectas ao sector, 78% de índice de empregabilidade no sector e 55% do volume de negócios da actividade. Conforme o quadro seguinte pretende ilustrar: Peso da Restauração no sector do Turismo 2005 Pessoal Actividades Nº de empresas serviço ao Volume negócios de 32 Restauração 92,4% 78,1% 55,7% Quanto á representatividade da restauração face ao total de empresas constituídas, a nível nacional a restauração atinge uns significativos 27%. No que respeita ao número de empresas no ramo do turismo a restauração atinge os 90%, exemplo no quadro seguinte; Nº de Empresas CAE 55 Actividades Total Nacional Total Turismo Restauração 2005 1.057.158 84.971 78.532 Em seguida observamos que a restauração representa cerca de 20% do volume de negócios, por actividade no total nacional. Volume de negócios CAE 55 Actividades Total Nacional Total Turismo Restauração 2005 297.513.484.562€ 11.47.043.400€ 6.393.145.289€ Por ultimo apresentamos a percentagem de pessoal ao serviço na restauração face ao turismo e ao total nacional, representando 22% e 42% respectivamente e em valores aproximados. Pessoal ao serviço CAE 55 Actividades Total Nacional Total Turismo Restauração 2005 3.680.588 277.889 217.031 33 O sector do Turismo deverá ser desenvolvido de uma forma sustentável e interrelacionando as suas dinâmicas específicas em conjunto com as do desenvolvimento local. As mudanças na sociedade são uma constante e o investimento deverá incidir na qualidade, em virtude das alterações constantes de hábitos e comportamentos por parte dos consumidores do produto turístico. É a região de Lisboa e Vale do Tejo que mais absorve as empresas de restauração, seguindo-se o Norte com 31%, ficando logo atrás o Centro com 22%. Açores e Madeira são as regiões com menores valores. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a liderar, agora no número de trabalhadores, seguindo-se igualmente o Norte e o Centro posiciona-se em segundo e terceiro, respectivamente. Açores e Madeira que só tinham a diferença de 1% no número de empresas, reparamos que quanto aos postos de trabalho a Madeira apresenta uma distância de 4% dos Açores. 34 Evuloção do numero de empresas no sector do Turismo em Portugal 20022005 140000 125.707 122.513 2004 2005 120000 100000 95.826 99.135 2002 2003 80000 60000 40000 20000 0 Fonte: Elaboração própria Segundo o INE no Inquérito de despesas às famílias de 2005-2006, as famílias tinham um rendimento líquido total anual médio em Portugal no ano 2005 de 22 136 euros, o que equivale a um rendimento líquido mensal de 1845 euros. A despesa média anual era 17 607 euros por agregado familiar, dos quais 4691 euros (26,6%) foram gastos em habitação e neste valor encontra-se incluído as despesas de água, gás e electricidade. Destacamos que 2736 euros (15,5%) em bens alimentar e não alcoólicos e 2272 euros (12,9%) em transportes. As despesas realizadas com hotéis, restaurantes, cafés e similares foram de 1909 euros (10,8%). Mas as despesas somente em restaurantes, cafés e similares foram por família de 1849 euros e significa que foram gastos cerca de 5,06 euros/dia na média. Verifica-se que a despesa com a alimentação tem variado a sua evolução de diferente modo com ou sem crianças/jovens a cargo do agregado familiar. Inquérito às despesas das famílias 2005/2006 Anos 1995 2000 2005 Diferença 35 C/crianças ou jovens a cargo S/crianças ou jovens a cargo 9.7 10.0 11.3 1.6 8.4 8.8 10.3 1.9 Fonte: Elaboração própria Despesa total anual média por agregado e principal fonte de rendimento Tota Trabalh l o Trabalh por o Propriedad por e e capital conta conta de própria Pensõe Outras Outras s transferência fontes de s sociais rendiment o outrem 10.8 11.2 10.8 7.5 7.6 8.6 16.9 Fonte: Elaboração própria Despesa total anual por agregado, sexo masculino e grupo etário do individuo, Portugal 2005/2006 em hotelaria, restauração, cafés e similares Total Até 29 anos 30-44 Anos 45-64 Anos 65 e + anos 11.2 11.1 12.0 11.4 9.9 Fonte: Elaboração própria Despesa total anual por agregado, sexo feminino e grupo etário do individuo, Portugal 2005/2006 em hotelaria, restauração, cafés e similares Total Até 29 anos 30-44 Anos 45-64 Anos 65 e + anos 9.9 10.1 11.7 8.8 8.3 Fonte: Elaboração própria Verifica-se segundo o nível de escolaridade, que os maiores consumidores deste sector são indivíduos com ensino superior e secundário, logo a seguir 36 com o 2º ciclo, posicionando-se posteriormente o 3º ciclo, 1º ciclo e os que não possuem qualquer escolaridade. Deixamos este gráfico que exemplifica, o crescimento do índice de preços no consumidor do ramo da restauração no período de Janeiro em 2006 de Abril de 2008, pois Portugal comparativamente com Espanha e França, sendo o terceiro, mantêm também uma tendência de crescimento. Verificamos que o crescimento não tem sido contínuo, pois neste período apresentam-se algumas oscilações, contudo Portugal, desde Setembro de 2007 até Abril de 2008 tem mostrado sinais positivos de crescimento. SANTOS, Norberto e MENDES, António referem ser os grupos sócioeconómicos em que os rendimentos são mais elevados e as relações sociais são mais promovidas, como os Directores e quadros superiores e 37 trabalhadores liberais que apresentam reduções nos valores em despesas com alimentação em mais de 100% em 40 anos. O rendimento do indivíduo torna-se determinante no seu conforto, como diz o ditado popular “ tempo é dinheiro” e as organizações das famílias nos últimos anos levam a investimentos em alimentação já confeccionada (take-way ou pré-congelada) o que lhes permite libertar tempo para o lazer. E este afecta espaços, tanto locais, como regionais, nacionais e internacionais. Os espaços locais são os que mais frequentemente gastamos, com idas ao café, ao restaurante, ao cinema, etc. consequentemente estão mais perto do indivíduo e a oferta tem de ser acompanhada com as mudanças que este vai se sujeitando, tanto no estilo de vida que adopta, como nos produtos que consome. Por isto ele vai modelando este sector terciário. Nos últimos anos temos vindo a observar o fecho de muitos estabelecimentos que não conseguiram acompanhar o rigor a que está sujeito este sector. Umas vezes é encerrado por má gestão, outras pelas pessoas que gerem o negócio, não se encontrarem com habilitações para acompanhar as evoluções tanto a nível tecnológico, como de mentalidades. Hoje o desenvolvimento turístico dos espaços, obedece a planos de ordenamento do território e tenta-se conjugar interesses económicos com a preservação do património cultural. O sector da restauração em Portugal tem que diversificar a sua oferta e conquistar novos mercados e aumentar as receitas. É notório que as grandes cadeias deste sector, mesmo as de fast food tem o cuidado de acompanhar as mudanças alimentares, introduziram mudanças estéticas do espaço comercial, e acompanharam os novos modos de distribuição. A estratégia do livre-serviço, deixa o cliente mais liberto para a sua escolha instantânea, oferecendo diferenças para satisfazer o individualismo que caracteriza o comércio do Século XX após a II Guerra Mundial, sendo anteriormente um consumo de massas. Actualmente as Escolas de Hotelaria, assim como os programas de formação existentes abrangem áreas desde a cozinha, gestão, atendimento oferecendo meios de melhor formação, com mais conhecimento técnico, pois hoje não 38 basta só a simpatia do povo Português para agradar á clientela, é necessário oferecer m serviço de qualidade. A imagem com humorismo do frigorifico cheio de embalagens take way, representa o consumo de alguns indivíduos que nem aprenderam a cozinhar. Para um melhor reconhecimento no motor de busca google encontramos no dia 4 de Junho de 2009, os seguintes resultados: Vegeterian 53 000 000 resultados União Europeia 11 500 000 resultados Universidade Coimbra 1 340 000 resultados 39 Reultados de pesquisas no Google 60000000 50000000 40000000 30000000 20000000 10000000 0 53.000.000 11.500.000 1.340.000 Vegetarian União Europeia Universidade Coimbra II Parte A realidade do Vegetarianismo em Portugal. Do conhecimento às adaptações da restauração. 40 Caracterização dos Restaurantes Vegetarianos em Portugal 41 Mapa elaborado por Guida Sofia O levantamento feito de todos Restaurantes Vegetarianos em Portugal, foi recolhido da pagina do Centro vegetariano, no mês de Dezembro 2008. Selecionámos apenas os resaturantes exclusivamente vegetarianos e neste cartograma de Portugal, facilmente concluimos que predominam nas Areas Metropolitanas de Lisboa e Porto, alguma representatividade na região de Portimão, Setubal. No entanto o territorio Portugues, apresenta algumas ilhas 42 isoladas como em: Albufeira, Aveiro, Barcelos, Beja, Caminha, Coimbra, Guimarães, Loulé, Lagoa, Lagos, Odemira, Évora, Faro, Moita, Seixal, Ponta Delgada, Angra do Heroismo e Funchal. Area Metropolitana de Lisboa Mapa elaborado por Guida Sofia 43 Mapa elaborado por Guida Sofia A concentração de restaurantes existente na area com maior densidade de serviços, outros em areas reurbanizadas, como na Expo. Lisboa, a Capital que recebe população de todas as origens do mundo, que mistura todas as culturas, apresenta novas propostas para os cidadãos. Já não só para o portugues tradicional, que emigrou nos anos 60 para a Capital, levando consigo a Gastronomia da sua região. Hoje Gastronomia, vai muito alem das fronteiras conquistadas pelo comum cidadão que teve acesso a um turismo acessivel, que lhe trouxe novas formas de sentir e ver o mundo, produz arte na confeção dos seus pratos elaborados. 44 A Area metropolitana do Porto, apresenta um menor numero de Restaurantes Vegetarianos em relação ao caso anterior. Mais a Nordeste, Brga e as areas circundantes, representam tambem um numero significativo. haver uma Universidade em Braga, pode ser um factor O Facto de que influencia mentalidades. Area Metropolitana do Porto Mapa elaborado por Guida Sofia 45 Mapa elaborado por Guida Sofia Comparativamente com a área de Lisboa, temos a Restauração Vegetariana difusa no território da Invicta. Sempre em areas de Serviços. Com uma representatividade menor em relação à Capital. 46 Inquerito online do centrovegetariano Foi feita a sugestão ao Eng. Mateus Mendes pois tem trabalhado com a União Vegetariana Europeia e o Centro Vegetariano desde o seu início e tendo sido um dos membros fundadores. A sua prontidão em colaborar neste trabalho, deixa-me aqui ficar uma gratidão pela disponibilidade imediata. Alem do formulário que foi realizado, a sua ajuda fantástica para ajustar melhor as perguntas, a um alvo de indivíduos tão abrangente. Pretendia-se conhecer a população portuguesa quanto aos hábitos alimentares, especialmente na dieta vegetariana. Saber igualmente qual o território português em que há uma maior numero de pessoas com este tipo de pratica. Quisemos saber as idades, o grau de escolaridade, a razão desta opção, a frequência nos restaurantes Vegetarianos e a opinião sobre se os preços são mais elevados ou não. Foi também nosso objectivo saber a oferta de produtos vegetarianos em supermercados, lojas de especialidade e on-line. Realizamos uma cartografia, para rapidamente e melhor, observar as origens das respostas ao inquérito. Contudo, não representamos as respostas com origem fora de Portugal. A cartografia que se segue nas páginas seguintes, são a representação das respostas ao Inquérito on line, e os concelhos a que correspondiam os inquiridores. Acabamos por conhecer as áreas de Portugal que maior sensibilidade existe a esta problemática da alimentação vegetariana. Quero contudo agradecer a todos que tiveram a amabilidade de participarem ao responderem apresentam ao questionário. resposta à Reconhecemos Restauração que Vegetariana as com Ilhas também um numero relativamente á população existente na região. 47 Fonte: Elaboração própria 48 Fonte: Elaboração própria 49 Consumo de carne e peixe ocasional 27 frequente 35 nunca 38 0 10 20 nunca frequente 30 40 ocasional Fonte: Elaboração própria Verificamos que num universo de 589 respostas, a percentagem maior 38%, nunca come nem carne nem peixe, apesar de relembrar que é um site vegetariano e portanto com mais conhecimento deste tipo de população. 35% dos inquiridos consomem frequentemente carne e peixe, mas 27% só ocasionalmente introduzem-nos na sua alimentação. Razões de escolha do Vegetarianismo Religião 2 Económicas 6 Esperituais 26 44 Saude Ecologicas 51 Eticas 68 0 Eticas 10 Ecologicas 20 Saude 30 40 Esperituais 50 60 Económicas 70 80 Religião Fonte: Elaboração própria A ética, com 68%, é a primeira razão apresentada pela escolha desta dieta, mesmo as razões ecologicas com 51%, ultrapassam as da saude que se fica com 44%. Segue-se finalmente as espirituais com 26% , as economicas 6% e 50 apenas 2% por motivos religiosos. Verifica-se a grande maioria, na sensibilização para a defesa dos animais e do ambiente, seguida a de saude. Opinião dos custos da alimentação Vegetariana 52 60 50 40 30 25 23 Mais barato Mais caro 20 10 0 O mesmo Fonte: Elaboração própria Com efeito a opinião dos inquiridos, consideram 52% énão é mais cara, 25% consideram-na mais barata e apenas 23%, cerca de 1/3 define alimentação vegetariana como mais dispendiosa. O inquerito online do centro vegetariano, teve um universo mais abranjente, devido ao dimensionamento de individos que responderam de todo o territorio Portugues, com tudo tambem obtivemos respostas do exterior, apesar de um numero muito infimo. 51 Inquérito de Celas Escolhemos uma area especifica: Celas, em virtude de brevemente abrir um novo Restaurante Vegetariano, neste local. Rodeado de serviços de saude e educação entre muito outros, tornou-se objecto de estudo a sua localização. Foi solicitada a licença antecipada dos alunos para participação do projecto junto à coordenação de cada um dos seguintes Estabelecimentos: Escola Secundária José Falcão, Instituto Superior Miguel Torga, Centro de Saúde de Celas (USC) e também realizados a trabalhadores de espaços comerciais na área de Celas. Tínhamos como objectivo três públicos alvo: Educação, Saúde e Comercio. O local escolhido da área de Celas, teve como base a implementação de um novo Restaurante Vegetariano com breve abertura ao público. Está localizado numa área residencial, mas rodeado de serviços do sector terciário, além de não ter qualquer concorrência actualmente, pois só existe um outro no lado oposto da Cidade. 52 O questionário tentava definir publico residente ou que trabalha na área de Celas, a faixa etária a que pertence os mais sensíveis à problemática em questão, o género, a dieta mais utilizada, os produtos preferidos entre a: soja, Tofu e Seitan. Também o hábito de comer fora: pequeno-almoço, almoço ou jantar e se é mais frequente ao fim de semana ou durante o período de trabalho. Também quisemos saber a opinião relativamente aos preços de alimentação vegetariana serem ou não mais dispendiosos. Participaram 108 voluntários neste questionário. A finalidade de obter esta informação, foi para conhecer os individuos da area de Celas quanto à sua abertura e informação para este tipo de alimentação. Habilitaçoes dos inquiridos em Celas 80 60 40 20 0 Basico Secundário Superior Inquiridos Fonte: Elaboração própria Obtivemos maior respostas de pessoas com o secundário em seguida com ensino superior e em ultimo, pessoas com apenas ensino básico. O universo inquirido, tinha 74 na faixa etária até aos 25 anos, 27 entre os 25 e 50 anos, 6 individuos entre 50 e 75 anos e por ultimo respondeu uma única pessoa com mais de 75 anos. Num universo de 108 individuos, 52 comem fora durante a semana, 7 não responderam, e 49 comem fora ao fim de semana. 53 Apesar do local de trabalho ser Celas, 39 são residentes em concelhos limitrofes a Coimbra. Os pequeno almoços fora, são consumidos apenas por 28 individuos, mas 11 gastam apenas 1 euro. Preço gasto ao apequeno almoço 0€ 1€ 2€ 3€ 4€ 5€ 7€ 74 11 7 5 3 1 1 Fonte: Elaboração própria Nº de pessoas Preço que cada individuo gasta no almoço 40 35 30 25 20 15 10 5 0 38 0 28 1 2 6 5 2 2,5 3 4 5 9 4 2 8 1 1 1 6 7 8 10 11 12 15 valores em euros Fonte: Elaboração própria Os individuos que responderam ao inquérito, 38 não gastam dinheiro em almoçar fora, mas 28 inquiridos gastam 5 euros no almoço, tambem 9 pessoas gastam 6 euros e ainda o numero que gasta 10 euros, posiciona-se logo a seguir, sendo 8 individuos. Quatro e tres euros são gastos respectivamente por 5 e 6 individuos. 54 Foi feita a pergunta se as refeiçoes eram feitas sem carne e nem peixe, das quais 25 pessoas responderam que sim e as restantes que não, que consomem carne e peixe. A dieta considerada mais saudavel é a Mediterranea, com 50. A Macrobiótica com 11 individuos, a Vegetariana com 23 , a Fast food com apenas 2 pessoas e por fim a cozinha tradicional Portuguesa responderam 34 . 2 Fast Food FO 11 OD Macrobiótica 23 Vegetariana 34 Cozinha Portuguesa 50 Mediterrânea Fonte: Elaboração própria 55 Produto mais desejado pela população em Celas Soja Tofu Seitan 61 9 5 Fonte: Elaboração própria Soja é relamente o produto mais apreciado pela população de Celas. Algumas responderam que era o único que tinham provado. Foi elaborada a questão da alimentação vegetariana ser mais saudavel relativamente aos seguintes motivos: Saude, Economicos, Ecologicos, Eticos e Religiosos. O quadro abaixo, representam os valores obtidos para cada um dos motivos. Razoes pela escolha do vegetarinismo Saude Economicos Ecologicos Eticos Religiosos 47 3 11 8 1 Fonte: Elaboração própria Quanto ao preço de uma dieta vegetariana de ser mais dispendiosa, os individuos dividem-se de igual maneira com opinioes opostas: sim e não. Mas acreditam que relamente há mais adeptos deste regime alimentar. 56 Inquérito aos Empreendedores O inquerito realizado aos empreendeores, teve como objectivo selecionar os restaurantes que utilizam tecnologia informática, um indicador do desenvolvimento neste tipo de negócio. Assim mesmo, com um numero pouco representativo dos restaurantes existentes em Portugal, foram-nos respondidos apenas cinco inqueritos via email. Deste universo, apesar de pequeno como amostra, mas com as caracteristicas pretendidas, já atrás descritas, obtivemos as seguintes conclusões. O empreendedor mais antigo, que iniciou o negocio em 2002, com 39 anos, possui como grau de habilitação: secundário. Enquanto que os outros restantes emprendedores varaim de idades entre os 32-49 anos e as aberturas de negocios em 2004, 2005, 2007, 2008, todos eles com titulo de habilitação académica superior. Relação entre grau académico, idade e abertura do negócio Soma de Ano Nego 2008 2007 2007 2004 2004 2003 2003 2002 2002 3 2008 2 Grau Esc Ano Nego 0 500 1000 1500 2000 2500 Idade 32 37 39 40 49-45- Fonte: Elaboração própria 57 Quanto ao perfil do empreendedor, 80% não foi o primeiro negócio, 60% tem outro negocio e 80% já era empresário. Analisamos que a frequencia nos restaurentes é por clientes que trabalham ou residem na area. A média das idades varia entre os 25 e 50 anos. O produto mais apreciado foi o seiten, no entanto igualam-se as opinioes quanto ao tofu e soja. Alimento preferido pelos clientes 4 2 0 Tofu Seitan Soja Alimento Fonte: Elaboração própria 58 Conclusão A sensibilidade que tem despertado a maior parte nos jovens para questões éticas, para o ambiente , a saude, são de facto mudanças que se levam a ter em conta em vários dominios, dos quais se reflecte no nosso objecto de estudo: Restauração Vegetarian. Os conhecimentos que se cruzam com todo o mundo e misturam gastronomias, misturam populações, acabam por modificar o espaço, com novidades enriquecidas do conhecimento adquirido e mais acessivel a todos. A sensibildade de uns, faz exemplo para outros. Encontramos Autarcas de uma cidade Belga, com esta preocupação tanto do ambiente, como da saude, propondo assim aos seus cidaddaos um dia Vegetariano. Outros locais do mundo tambem já imitam este procediento. Estudos realizados, consideram a dieta mais saudavel e o uniico factor negativo que poderá sugir é a carencia de vitamina B12, que consideramos mais saudavel adiciona-la á alimentação do que fazer tratamentos mais dolorosos que aparecem em individuos que não adoptaram esta dieta. Os defensores pelas questoes éticas, acabam por considerar que toda a hiper produção animal do planeta têm levado ao enriquecimento da dieta vegetariana. Este regime daria para alimentar o dobro da população mundial actualmente, pois à medida que a população aumneta, diminui a superficie de terrras para cultivo , pois à necessidade de mais area urbanizada, verifica-se mais erosão e à diminuição de recursos hidricos. O modelo neoliberalista, levou à actual crise económica. No entanto por muitas redescobertas que se façam para uma sociedade mais “saudavel”, é necessário a ligação do Estado com a economia. Assim politicas interligadas com Ambiente, Saude e Educação poderão traçar um futuro mais promissor nas respostas do sector terciário, em que os serviços apresenta novos conceitos de modernidade não só na imagem , mas nos eus ideais. Portugal, vai expandido os novos Restaurantes Vegetarianos, com empresários de grau académico superior, dando melhor respostas e servindo-se da tecnologia, para um publico com mais cohecimento, mais exigente, mais sensivel ao Planeta, e saude. 59 A Historia sempre teve retrocessos e avanços, em relação à alimentação, estamos a passar o Boom do Fast Food e começamos a ter alternativas de alimentação mais saudável. A população mais adepta desta dieta, encontra-se na faixa etária dos 18 aos 33 anos, apesar de tambem corresponder a este regime, pessoas com grau de instrução superior. 60 Curiosidades Saúde & Lar – Maio 2008 Dieta vegetariana protege pessoas com artrite Escolher uma alimentação saudável, optando por uma dieta sem produtos animais, pode melhorar os pacientes que sofrem de artrite reumatóide evitando ataques cardíacos e derrames, que são as principais causas de morte, segundo um estudo realizado na Suécia, em Estocolmo, no Instituto Karolinska que publicou na revista Arthritis Research and Therapy, pois os que seguem este tipo de dieta tem menos mau colesterol que é o factor mais importante do coração por obstruir as artérias. Pais & Filhos – Abril 2007; nº195 O seu filho é vegetariano? O facto de hoje se encontrar com mais frequência um indivíduo vegetariano, o que o leva a optar por esta dieta alimentar, são razões culturais, religiosas, preocupações ambientais ou questões relacionadas com a saúde. O artigo começa por definir vegetariano que sendo um individuo que exclui da sua alimentação a carne e o peixe. Contudo existem vários tipos de graus de alimentação vegetariana e as possíveis vantagens a optar por este tipo de alimentação. Refere os riscos inerentes da dieta vegetariana e referencia a necessidade da vitamina B12, D no organismo. Descreve-nos a importância do ferro, do cálcio e de zinco. Como todas as crianças precisam de ser vigiadas, quanto ao seu desenvolvimento, o mesmo acontece nas crianças vegetarianas. Os cuidados alimentares de uma mãe vegetariana deverão ser planeadas conforme o grau adoptado nesta dieta. 61 Visão – 10 Janeiro 2008; nº775 Eu, vegetariano Este artigo retrata uma experiência vivida por um repórter João Luz, que durante duas semanas, excluiu da sua alimentação; a carne, peixe ou qualquer derivado animal. Iniciou, uma avaliação médica antes de começar esta experiência, mas também foi avaliado quando a terminou. Descreve peripécias dessa aventura. José Palma, de 49 anos e professor de Psicologia na Universidade de Lisboa, diz: “ Quem leva avante esta dieta, normalmente é movido por questões éticas que o deixam imune à tentação”. Comparativamente, o cabaz vegetariano é mais caro do que o cabaz normal. O facto, de quando finalizou esta aventura, optou por voltar a comer de tudo, ficou a valer a opinião de se sentir fã pelo vegetarianismo e concluir que o próprio organismo se sentir mais feliz. National Geographic Brasil – Novembro 2005 A ciência da longevidade Neste artigo é afirmado que “uma existência longa e saudável não acontece por acaso. Pesquisadores admitem que se as pessoas tiverem bons genes e adoptarem um estilo de vida correcto, tem probabilidade de viver até dez anos a mais. Os cientistas têm viajado pelo mundo para descobrir os segredos da longa vida. Com financiamento do Instituto Nacional do Envelhecimento, dos Estados Unidos, eles visitaram regiões cuja população tem uma vida significativamente mais duradoura, como na Sardenha, Itália, onde os homens chegam aos 100 anos numa proporção espantosa. Nas ilhas de Okinawa, Japão, uma equipe examinou outra receita de vida extensa e feliz. Em Loma 62 Linda, Califórnia, foi estudado um grupo de adventistas do sétimo dia que estão entre os campeões da longevidade na América do Norte. Os habitantes desses três locais produzem centenários em proporção mais alta e sofrem apenas uma fracção das doenças mortais que ocorrem em outras partes do mundo desenvolvido. Em suma, esses idosos oferecem opções de ‘melhores práticas que todos nós podemos imitar. Agora é com você.” A reportagem ainda informa que “a Igreja Adventista nasceu na mesma época das reformas na saúde no século 19 que difundiram o Vegetarianismo organizado, a bolacha integral tipo graham e os cereais matinais – John Harvey Kellogg era um adventista quando começou a fabricar flocos de trigo. Assim, os adventistas sempre pregaram e praticaram a saúde. Sua igreja proíbe fumar, consumir álcool e comer alimentos que a Bíblia considera impuros, tais como a carne de porco. Também tenta desaconselhar o consumo de outras carnes, alimentos muito gordurosos, bebidas com cafeína e condimentos e temperos considerados ‘estimulantes. ‘Cereais, frutas, verduras e nozes constituem a alimentação escolhida para nós pelo Criador, escreveu Ellen White, uma das figuras que ajudaram a formar a Igreja Adventista. Os religiosos também guardam o descanso no sábado, dia em que socializam com outros membros da igreja e desfrutam de um período de descanso. A maioria dos adventistas segue esse estilo de vida prescrito – demonstrando, talvez, o poder de combinar saúde com religião.” 63 Bibliografia Utilizada 64 • COSTA, Maria Teresa. As pequenas e médias empresas no desenvolvimento local: conceito e experiências. In: Competitividade e Desenvolvimento: actores e instituições locais. São Paulo: Senac, 2001. • PEREIRA, José Cláudio; CARVALHO, Sandra. Manual da empresa incubada: ajudando a empresa incubada a atingir a maturidade e o sucesso almejados. • Santa Rita do Sapucaí: Faculdade de Administração e Informática, 2004. • MEDEIROS, José Adelino; ATAS, Lucília. Incubadoras de empresas: balanço da experiência brasileira. Revista de Administração USP. São Paulo, v. 30,n.1, p.19-31, jan.1995. • DORNELAS, José 2005 • Cozinha Vegetariana; A alternativa saudável: Impala Editores, S.A. 2OO4 Sintra • MAFRA, Wilson José; Estabelecimento de Novos Negócios: Uma alternativa de Sobrevivência e competitividade. Universidade Federal de Santa Catarina: Programa de Pós graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis, Dezembro de 1999 • Inquérito às despesas das Famílias 2005-2006; INE; Junho 2008 • Guia do Empreendedorismo: Portugal 2007 • SILVA, Patrícia; Manual empreendedor; IPL – Instituto Politécnico de Leiria: 2007 • GARCIA, Rosa Wanda Diez; Reflexos da globalização na cultura alimentar: Considerações sobre as mudanças na alimentação urbana: Revista de Nutrição Campinas; Outubro/Dezembro, 2003 • Hábitos Alimentares dos Estudos Universitários: Um Estudo Qualitativo • Hotelaria, Relatório de Conjuntura; Associação de Empresários de Portugal / Gabinete de Estudos; Julho 2005 • Perspectivas Sectoriais da Região Centro; V Congresso dos Empresários do Centro: 26 Novembro de 2005 65 • Alimentação, Actividade Física e Saúde: Instituto de Bebidas e Saúde • OMS / WHO • Impacto sobre o meio ambiente do uso de animais para alimentação; Sociedade Vegetariana Brasileira • A convergência e os novos negócios; • Observatório da Restauração 2007, 1º semestre; ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal): Dezembro 2007 • Publico Quinta-feira, 28 de Fevereiro 2008; pag.6,7; Alvin e Heidi Toffler; A sociedade de massas está a caminho do fim. • Publica, 20 de Abril 2008; pag.76,77. Geração “fast food”; Definidas as regras de bem comer em casa, a comida rápida pode ser uma excepção aceitável na dieta dos mais ovos. Ana Gomes • Barómetro nº8; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Março/ Abril 2008 • Barómetro nº9; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Maio / Junho 2008 • Barómetro nº10; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Julho / Agosto 2008 • Barómetro nº11; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Setembro / Outubro 2008 • Barómetro nº8; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Março/ Abril 2008 • Barómetro nº9; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Maio / Junho 2008 • Barómetro nº10; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Julho / Agosto 2008 66 • Barómetro nº11; Do sector da restauração e bebidas: ARESP (Associação da restauração e similares de Portugal); Setembro / Outubro 2008 • DIAS, Ricardo; Ninguém gosta de comer bacalhau todos os dias. Os portugueses continuam a adorar a sua cozinha, mas estão cada vez mais abertos a novas experiências. Dos mais caros restaurantes japoneses ao “bas-fond” das tascas paquistanesas, passando pelas mercearias do Martim Moniz de Lisboa, quase tudo é diferente sabe bem. Publica, 20 de Abril 2008; pág. 46-54 • Dinâmica económica, poder e novas territorialidades; Exame nº281 Setembro 2007, pág. 63 • Espremer o negócio. Empreendedor: Exame nº281 Setembro 2007, pág.64-66 • FERRÃO, João: Serviços e Inovação; Novos Caminhos para o desenvolvimento regional: Celta Editora, Oeiras 1992 • DORION, Eric; CHALELA, Luciana Ribeiro; As incubadoras de empresas: habitats de Empreendedorismo ou de inovação sustentável? • “Os Portugueses e os Novos Riscos”: NOVOS RISCOS, TECNOLOGIA E AMBIENTE • FILIPE, Sónia; Ética na alimentação: o fim da inocência, Palestra proferida no encontro temático da SVB-Brasilia, 16 e 17 de Agosto de 2008, UFSC, Lisboa. • MATOS, M.G; CARVALHOSA, S.F.FONSECA, H. O comportamento alimentar dos jovens portugueses. Aventura social e saúde, Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, vol.5, n.1.2001. • FISCHLER C, El (h) omnívoro-El gusto, la cocina y el cuerpo. Barcelona: Editorial Anagrama; 1995.421p. • 67 Sites recomendados 68 • WWW.ae.br • WWW.empreendedorismo.pt • WWW.anje.pt • WWW.svb.org.br • http://osha.europa.eu/pt/sector/horeca 69 Anexos 70 Tabela do diagrama 1 2002 2003 2004 2005 26 42 54 84 Elaborado pela própria Tabela do gráfico 1 2002 2003 2004 2005 95826 99135 125707 122513 Elaborado pela própria 71 Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Novos hábitos alimentares tem surgido e sido adaptados á nossa gastronomia tradicional. A informação que hoje é divulgada, sobre a alimentação, é absorvida por uma população mais aberta a novas alternativas alimentares. Como consideramos uma questão pertinente para ser mais investigada, resolvemos partir para um estudo mais concreto da alimentação vegetariana em Portugal. Os dados existentes desta matéria são poucos. Para tal, tornou-se nosso objectivo, reunir a maior informação possível. Elaboramos um inquérito, da qual pedimos o vosso contributo para responderem de uma forma séria e rápida, afim de ser produzido um estudo fidedigno. Contamos publicar este estudo na página do centrovegetariano em Julho. Muito obrigada pelo tempo dispensado Anabela Marques Inquérito a Empreendedores da Restauração Vegetariana Empreendedor Idade Grau de Escolaridade Básico Secundário Superior Hábitos Vegetarianos 72 Sim Não Caracterização do Negócio Em que ano foi criado Razões da sua criação Razão da escolha do local É o primeiro investimento? Sim Não Têm outro negócio em simultâneo? Sim Não Já era empresário? Sim Não 73 Percepção do investidor relativamente à clientela A clientela é habitual? Sim Não Qual a média da idade dos clientes? Os clientes são residentes na área? Sim Não Os clientes trabalham na área? Sim Não Os clientes são vegetarianos? Sim Não Produto mais apreciado: Tofu Seitan Soja Muito obrigado 74 Inquérito on-line no Centrovegetariano 0. Com que frequência consome carne ou peixe? Sempre : 30 Várias vezes por semana : 110 Ocasionalmente : 102 Nunca : 144 1. Com que frequência consome ovos ou lacticínios? Diariamente : 97 Várias vezes por semana : 112 Ocasionalmente : 131 Nunca : 45 2. Se é vegetariana(o), quais os principais motivos para a sua opção? Motivos éticos : 173 Motivos de saúde : 99 Motivos espirituais : 53 Motivos ecológicos : 119 Motivos económicos : 15 Motivos religiosos : 3 Não sou vegetariana(o) : 140 3. Frequenta restaurantes vegetarianos? Várias vezes por semana : 19 Várias vezes por mês : 108 Raramente : 194 Nunca : 62 4. É cliente de serviços vegetarianos: 75 Take away : 69 Entrega em casa : 11 À la carte : 70 Não sou cliente : 256 5. Considera que é mais caro ser vegetariano? Não, alimentação vegetariana é mais barata : 97 O preço é praticamente o mesmo : 205 Sem dúvida, ser vegetariano é mais caro : 75 6. A oferta de produtos vegetarianos em supermercados é: Suficiente : 48 Insuficiente : 197 Suficiente apenas nas grandes cidades : 138 7. A oferta de produtos vegetarianos em lojas da especialidade é: Suficiente : 146 Insuficiente : 81 Suficiente apenas nas grandes cidades : 151 8. A oferta de produtos vegetarianos online é: Suficiente : 167 Insuficiente : 184 9. Indique o seu grau de escolaridade Superior : 286 Secundário : 95 Básico ou menos : 4 10. Indique a sua faixa etária Até 25 anos : 82 26 a 50 anos : 266 51 a 75 anos : 37 Mais de 75 anos : 1 Qual o seu Concelho de residência?</H3 76 Inquérito Sectorial em Celas 1. Que idade têm? Até 25 25-50 Anos anos 50-75 Anos Mais de 75 anos 2. Feminino Masculino 3. Qual o grau de escolaridade? Básico Secundário Superior Nenhum 4. Qual o local que reside? 5. Qual o local de trabalho? 6. Quais as refeições que come fora de casa? Pequeno-almoço Almoço Lanche 7. Costuma comer mais vezes fora: Semana Fim-de-semana 8. Quanto gasta em média por: Pequeno-almoço Almoço 9. É cliente de Take way À la carte Jantar Entrega em casa 10. É Consumidor de refeições sem carne e sem peixe? Sim Não 77 11. Com que regularidade? Algumas Regularmente Sempre vezes 12. Qual a alimentação que considera mais saudável? Tradicional Fast food Vegetariana Macrobiótica Portuguesa Mediterrânea 13. Optava pelo vegetarianismo por questões: Saúde Económicas Ecológicas Éticas Religiosas 14. Destes alimentos, qual o preferido? Soja Tofu Seitan 15. Considera a cozinha vegetariana mais cara? Sim Não 16. Acha que o vegetarianismo tem cada vez mais adeptos? Sim Não 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90